(Ilustração: Wilson Tonioli)
Falar do que vi pode ser fácil quanto ao que descrever, mas, garantidamente, é amargo, visto não ter alcançado o fim pelo qual eu tanto fiz.
Não me julgue como a um arrogante, definitivamente não o sou; mas confesso que a juventude evangélica pentecostal pouco faz, a fim de atender as exigências do reino de Deus. Não vi, enquanto fui um integrante de tal mocidade – como líder, em grande parte do tempo – ações efetivas em direção às ações sociais, tampouco interesse no crescimento intelectual; apenas uma desenvoltura supostamente espiritual, cheia de histeria – atendendo ao script evangélico pentecostal brasileiro.
Não generalizo. Falo apenas do que vi e vivi.
Não sei se pelo fato de viver numa comunidade majoritariamente de classe baixa – com raras exceções – e considerando os incentivos do sistema – que pouco tinha do evangelho -, vi uma juventude sem expectativas de vida, a não ser numa suposta vida espiritual que não passava de ópio em medidas excessivas. A ignorância foi tanta, que incentivei a leitura de boas literaturas; indiquei músicas cristãs de qualidade poética e bíblica – sem falar nas músicas não religiosas -, mas a única coisa que obtive foi o desprezo.
A falta de interesse em pensar fez a juventude pentecostal ter medo de palavras como: sexo, transa, política, ciência, evolução, poesia e etc. Enfim, tudo que não estava na Bíblia ou nos, improdutivos sermões dos pastores-sacerdotes, era coisa da carne ou incentivo pró-maligno.
É doído concluir, mas a mocidade pentecostal é histérica quanto à vida e ao reino. Estudam porque precisam de trabalho, não para alcançar conhecimento e crescimento intelectual; casam como uma forma de libertação da libido sexual, não pela beleza do matrimônio. Eu bem que poderia listar uma diversidade de itens que só evidenciam o quanto este é um tipo de juventude que não produz grandes expectativas para o futuro, só não o faço porque ainda me sinto um deles; tenho amigos lá. Prefiro continuar lutando para que as previsões não se efetivem mesmo tão distante, mesmo que só com os joelhos curvados.
Em Cristo, Deus dos jovens pentecostais, ainda que tão mal compreendido por eles,
Will.
Obs.: Escrevi este post a convite do meu brohter Kennedy (acreano gente boa), como contribuição à uma seção de seu blog: Geração Renovada - Mente Renovada, Vida Transformada. Pra mim foi o maior privilégio.
A imagem pode parecer um pouco distante do texto quanto às mensagens, entretanto, são - no tocante à ideia - irmãs, visto que é nisso que têm se tornado a juventude pentecostal e neo-pentecostal brasileira.
Fonte: [ Celebrai ]
.Não me julgue como a um arrogante, definitivamente não o sou; mas confesso que a juventude evangélica pentecostal pouco faz, a fim de atender as exigências do reino de Deus. Não vi, enquanto fui um integrante de tal mocidade – como líder, em grande parte do tempo – ações efetivas em direção às ações sociais, tampouco interesse no crescimento intelectual; apenas uma desenvoltura supostamente espiritual, cheia de histeria – atendendo ao script evangélico pentecostal brasileiro.
Não generalizo. Falo apenas do que vi e vivi.
Não sei se pelo fato de viver numa comunidade majoritariamente de classe baixa – com raras exceções – e considerando os incentivos do sistema – que pouco tinha do evangelho -, vi uma juventude sem expectativas de vida, a não ser numa suposta vida espiritual que não passava de ópio em medidas excessivas. A ignorância foi tanta, que incentivei a leitura de boas literaturas; indiquei músicas cristãs de qualidade poética e bíblica – sem falar nas músicas não religiosas -, mas a única coisa que obtive foi o desprezo.
A falta de interesse em pensar fez a juventude pentecostal ter medo de palavras como: sexo, transa, política, ciência, evolução, poesia e etc. Enfim, tudo que não estava na Bíblia ou nos, improdutivos sermões dos pastores-sacerdotes, era coisa da carne ou incentivo pró-maligno.
É doído concluir, mas a mocidade pentecostal é histérica quanto à vida e ao reino. Estudam porque precisam de trabalho, não para alcançar conhecimento e crescimento intelectual; casam como uma forma de libertação da libido sexual, não pela beleza do matrimônio. Eu bem que poderia listar uma diversidade de itens que só evidenciam o quanto este é um tipo de juventude que não produz grandes expectativas para o futuro, só não o faço porque ainda me sinto um deles; tenho amigos lá. Prefiro continuar lutando para que as previsões não se efetivem mesmo tão distante, mesmo que só com os joelhos curvados.
Em Cristo, Deus dos jovens pentecostais, ainda que tão mal compreendido por eles,
Will.
Obs.: Escrevi este post a convite do meu brohter Kennedy (acreano gente boa), como contribuição à uma seção de seu blog: Geração Renovada - Mente Renovada, Vida Transformada. Pra mim foi o maior privilégio.
A imagem pode parecer um pouco distante do texto quanto às mensagens, entretanto, são - no tocante à ideia - irmãs, visto que é nisso que têm se tornado a juventude pentecostal e neo-pentecostal brasileira.
Fonte: [ Celebrai ]
4 comentários
A juventude cristã só reflete a juventude como um todo. Os jovens estão perdido, desorientados, violentos, analfabetos. Só se preocupam com o agora e esquecem em construir um futuro. É a crise de sentido existencial da pós-modernidade que não deixa ninguém impune, e não é só jovens que são afetados.
ResponderSe é que podemos falar em "culpados", que falemos então de pais que também estão desorientados e com enorme medo de serem "pais" e não "colegas" de seus filhos e de líderes eclesiásticos, que durante anos, tolheram a liberdade da juventude evangélica com uma lista de "não pode", condenando uma geração inteira à passividade e a uma mente não crítica.
Parabéns pelo texto. Abraços
li os comentarios e achei importante,mas me preocupei com o termo pentecostais.porque só a juventude pentecostal? sendo que os pentecostais tem crescido mais do que os não pentecostais.As vezes penso que alguns comentarios reflete mais orgulho pessoal,doque desejo de ver uma juventudo melhor...
ResponderAnônimo
Respondernão se trata de orgulho pessoal e o motivo de o Will escrever sobre os jovens pentecostais não é porque estes "cresceram" mais do que outros (nem sei se isso é verdade), mas sim, porque é a realidade que ele vive. Ele escreveu sobre o que vive, sobre as coisas que tem observado em seu dia-a-dia.
Abs Ruy!
Sim meu nobre o texto é ótimo mas isto revela de certa forma um ataque subjetivo pois nas igrejas históricas temos fatos semelhantes, e até piores, eu mesmo já presenciei isto e hoje entre a juventude pentecostal forceja pela teologia sã e piedosa um batalhão de insatisfeitos com as neuroses e anomalias propaladas por alguns caudilhos que querem moldar a igreja aos seus ditames então por favor reflita nisto ok um abraço a paz. Ev. Márcio Silas
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