Você é dono de igreja?

.


É realmente uma pergunta absurda! Porém mais absurdo ainda é verificar que na teoria todos concordamos: o dono da igreja é Jesus. Mas, na prática... ai, ai, ai...
Venha comigo visitar algumas igrejas.

Visitemos a igreja tal, mais conhecida como a igreja do Pr. Fulano. É fácil de identificar. Ela é conhecida pelo nome do Pastor. Pouco importa o nome dela, ou do bairro. É a igreja do Pastor Fulano. E se ele mudar de igreja algum dia, aí é a outra que será conhecida como a igreja dele.

Até pode ser que ela tenha ganho esse nome por conta da projeção do Pr. Fulano. Mas na maioria das vezes, ela corre o risco de ter o Pr. Fulano como o seu dono mesmo. Lá quem manda é ele. Claro que cercado por um grupo de pessoas que o apoiam, incondicionalmente. No passado, é verdade, nem sempre foi assim. Até que alguns se mostraram contra suas idéias, mas o número dos favoráveis foi maior. Os incomodados que se mudassem. E mudaram. O Pr. Fulano agora é o dono do pedaço.

E o ministério da igreja? Funciona? Enquanto, e se o Pr. Fulano permanecer fiel ao seu Senhor, talvez esteja funcionando bem. Mas se ele der algum tropicão... cai o dono, cai a igreja...

Vamos andar um pouco mais.

Vamos à igreja dos Pereira. Não! O Pastor não é Pereira. Pereira é a família que manda prender e manda soltar. O que acaba significando que a soma dos cheques dos Pereiras tem um peso muito grande nas receitas da igreja. Os Pereiras acabam sendo quem diz o que pode e o que não pode. O Pastor que se cuide. Manda quem pode, obedece quem tem juízo! Se bobear perde o emprego! Ah..., a filha adolescente do Pereirão apareceu grávida? Sem problema! O tio Pereira, que é médico, dá um jeito rapidinho, com segurança e discrição. Ah... as organizaçoes Pereira são o reino do Caixa 2? E o Pastor? E a metade da igreja que sabe de tudo? Ora, você se esqueceu de quem manda? Ficam todos quietinhos. Ninguém desobedece os donos da igreja. E que ninguém esqueça que são os Pereira. E a metade da cidade que sabe de tudo? Ora, esses perdidos...

Não pare ainda. Venha comigo a outro bairro.

Visitemos a igreja Oxbridge (nome fictício – qualquer semelhança é mera coincidência). Não importa se ela é em Afogados, em Acarí, ou no bairro da Moóca. Ela é a igreja Oxbridge. Pois Oxbridge é o nome da casa matriz, que fica lá nas terras estrangeiras. Porque lá era uma vez uma igreja, num bairro chamado Oxbridge, que inventou uma forma interessante e diferente de ser e que deu certo por lá. Aí, até para alcançar Samaria e os confins da terra, começaram a vender suas “franquias”. A igreja Oxbridge tupiniquim faz tudo igual a matriz. E a matriz define tudo. Afinal, se deu certo por lá, dará certo por aqui, não é não? O vestuário do Pastor, as músicas, as estratégias, os cursos, tudo enfim. Só falta falar inglês nos cultos. A filial que obedeça à matriz. A filial que seja a subsidiária da multinacional. A filial que obedeça à sua dona – a matriz Oxbridge.

oncordemos que toda igreja tem dono. Tem que ter. Deveria ter. Biblicamente toda igreja deve ser de Jesus.

Mas, você concorda comigo que algumas igrejas tem outros donos? Sejam eles os Fulanos, os Pereira, os Oxbridge ou qualquer outro que apareça, dói ver que igrejas tornam-se semelhantes a clubes e associações amigos-de-bairro quando decidem se circunscrever dentro de limites sociais, humanos, falhos e sujeitos a tropeços. Deixam de ser agências de salvação. Deixam de ser casa de Deus. Passam a ser clubes, partidos, associações.
E como é que os donos aparecem?

Por certo não é de uma hora para outra. Também não é de propósito. Ninguém sai de casa um certo dia dizendo que tem o objetivo de ser dono da igreja. Mas acaba sendo. E com o apoio de outros, que gostam disso.

Como é que isso acontece?

como é que estes donos aparecem? Como é que isso acontece? Que passos são dados? E em que direção?

Por certo alguém pega o desvio em algum lugar. Em algum momento um grupo de pessoas deixa de ser uma igreja segundo o projeto de Jesus, para ser igreja segundo “alguém”. Onde fica esse desvio? Em que momento isso ocorre?

Confesso que fiquei pensando bastante tempo nisso. E cheguei a algumas conclusões:

1) o desvio ocorre no coração, no íntimo de um líder, e isso ocorre muitas e muitas vezes;
2) este desvio é “confirmado” ou “deletado” em um processo, onde mais gente da igreja “concorda” ou “discorda” deste líder;
3) todo e qualquer líder está bem mais próximo do que pensa de querer ser dono da igreja (ou de pelo menos de parte dela)

Sobre a primeira e a terceira afirmações, que atire a primeira pedra o líder que jamais se achou dono do seu pedaço. Que nunca disse, intimamente: isso aqui só anda porque eu estou aqui! Que jamais se sentiu contrariado quando outros, de outros ministérios, chegaram e começaram a dizer que as coisas deveriam ser de outro jeito.

A convivência entre o “achar-nos donos” e o “reconhecer quem é o dono de verdade” é contínua. Os bons líderes aos olhos de Deus são os que aprenderam deixar a gangorra pender do lado certo na maior parte das vezes. E isso é contrário a nossa natureza. O natural, para quem é líder, é ter as coisas sob controle, é comandar, é dar os rumos o tempo todo. Duro é entender, e praticar, que Deus espera de nós que sejamos os representantes, porta-vozes dele. Não sócios.

Portanto, concluo que todo e qualquer líder cristão teve, tem e terá momentos em que desejará ser o dono do pedaço. Ocasiões em que agirá como dono.

Mas graças a Deus que existem os liderados. E graças a Deus liderados também pensam, relacionam-se com o mesmo Deus e tem boca pra falar. Na maioria das vezes em que o líder entra no desvio (ainda que inconscientemente), o dia-a-dia com os liderados o faz lembrar rapidinho que o buraco é mais embaixo. Seja porque lhe cai a ficha, seja porque Deus usa algum liderado mais corajoso que lhe diz umas poucas e boas, seja o que for.

Se você é líder, pense em quantas vezes saiu de casa com uma idéia na cabeça, e na hora do “vamos ver” ficou claro que a idéia não dava tanto Ibope assim...

Graças a Deus existem outros líderes também. E com outros dons. Outras formas de ver a mesma coisa. E que são usados por Deus para que idéias “nocivas” sejam deletadas, não apoiadas.

Entretanto, a igreja do Pr. Fulano é composta por um líder que um dia se achou dono da coisa (o Fulano), e por um grupo de pessoas que gostou da idéia. Alguém pensou: no dia em que o Fulano mandar de fato vou ser regente do coro! Outro disse: no dia em que o Fulano ditar as regras “esses chatos” (os incomodados, que se mudaram mais tarde) vão perder a pose e a vez. E a maioria disse, como sempre, que tanto faz como tanto fez. Pena que Cristo perdeu o posto de dono da igreja para o Fulano. O Cristo ressurreto, Emanuel, Deus conosco, Salvador, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz foi trocado... por um mortal, incapaz de se salvar sozinho, pecador, mas que fala bem, e que tem bons amigos que o apoiam.

Ainda bem que é só ficção... o Fulano e as fulanetes são só personagens deste artigo.

O mesmo processo deve ter ocorrido na igreja dos Pereira. Onde o Pastor se inclui no grupo de apoio (gostando ou não, sabe-se lá).

E na igreja Oxbridge (mais uma vez esclareço: nome fic-tí-cio – qualquer semelhança é mera coincidência)? Alguém, até correto em suas intenções, seja o Pastor, seja algum membro, deve ter perguntado: “como nossa igreja pode ser mais eficaz?” Aproveitando de uma boa solução (boa mesmo, não é ironia, não), foi ver o que se fazia por aí, por aqui, por acolá. E encontrou, dentre muitas opções, a Oxbridge. Gostou tanto que resolveu aplicar na sua igreja. Sem filtros ou adaptações. Mais ainda: pediu apoio a eles, no que prontamente foi atendido. E eles, com sua cultura de colonização, chegaram e ocuparam o espaço, na base do “deu-certo-lá-vai-ter-que-dar-certo-aqui-did-you-understand?” Neste caso o cargo de dono não foi pleiteado. Foi oferecido, e aceito.

e você é um líder, concluo que nós (também sou um) não podemos e não devemos sair dizendo: “desta água não beberei”. Já bebemos, continuamos bebendo e beberemos ainda mais, sim! Está em nós, até pelo amor que dedicamos a causa santa, o desejo de fazer acontecer. E é natural e exemplar jogarmos tudo o que somos e temos nisso. Pena que podemos esquecer que a causa é santa justamente porque não é nossa. É de Deus. É Ele quem a santifica. E Ele é o único dono. Basta um deslize e eu já virei Fulano, você já virou Pereira, e juntos chamamos a Oxbridge para nos patrocinar. Aquele que está de pé, olhe que não caia. Nós nos encontramos com o Fulano e com o Pereira todo dia no espelho. Precisamos mortificá-los e deixar Cristo mandar.

E se você faz parte de uma igreja, líder ou liderado, saiba que pesa sobre nós esta responsabilidade. A de manter Deus no seu posto – o de dono da igreja. Ele manda, nós obedecemos.

Ele institui líderes? Sim. Ele unge e capacita líderes? Sim. Mas se algum líder começa a usurpar o título de dono, abra a sua boca! Faça a sua parte. Exorte. Com amor, com sabedoria, exerça o que é sua responsabilidade. Afinal, você é integrante da igreja de Deus. E o líder é tão humano e falho como você.

Como disse há muito tempo João Batista, convém que Ele cresça e eu diminua. Que Jesus cresça, cresça, cresça, e que nós diminuamos, diminuamos, diminuamos, diminuamos...


Autor: Carlos Sider
Fonte:[ Provóice ] Via: [ Emeurgência ]
.

Heterogeneidade (ou, odeio sair com crente)

.

Por Ariovaldo Jr

Dona Marina (minha sócia, proprietária e esposa) diz que eu enjoo das coisas muito rapidamente. Numa semana gosto de Kuat Zero. Na outra prefiro Aquarius Fresh. E depois de uns dias estou fissurado por H2O de maçã. Já fui apaixonado por salada… mas agora não suporto nem olhar para elas. Posso citar pelo menos 50 coisas que eu deixei de gostar.

Igualmente enjoo das pessoas. O convívio excessivo com alguém acaba por me deixar saturado dela. Quando passei a perceber isto, comecei involuntariamente a acreditar naquele ditado que diz que apenas os inimigos não perdemos pelo caminho.

Por que o tal do “crente” possui a tendência de reduzir seu círculo social cada vez mais? Há alguns anos percebi que não suporto a homogeneidade das relações, principalmente dentro da igreja. Obviamente que criar vínculos com os diferentes demanda esforço. Mas é a única maneira que conheço para não morrer de tédio.

Para sair do tédio, gostaria de derramar algumas críticas ao que usualmente é chamado de “culto”. As cadeiras sempre no mesmo lugar provocam em mim um tédio quase mortal. E ninguém tem coragem de mexê-las, ainda que seja alguns poucos metros para um lado ou para o outro. Também a falta de interatividade de muitas reuniões auto-denominadas “cultos”. Elas possuem uma fórmula litúrgica, quase matemática, que me incomoda. Me incomoda estar preso dentro de um lugar por horas… sem a possibilidade de conversar com alguém. Não me admira que a maioria das pessoas não se lembre do que foi falado em uma “palestra” poucas horas após o seu término. Creio que a minoria possui a habilidade dos monges de se concentrar em algo desinteressante por mais de cinco minutos.

Mas após o doutrinamento (ensino da “forma”), replicamos o modelo ao selecionar o que iremos fazer após a reunião. Não é nem necessário fazer pesquisa para perceber que só há 3 tipos de lugares onde as pessoas vão ao final de um culto:

1. Pra casa
2. Fazer algo que não deveriam fazer
3. Sair pra comer

O primeiro grupo age como se tivesse 70 anos de idade. Juro que queria entender. O segundo grupo é o da maioria. Já “bateram o ponto” em seu compromisso religioso, então nada melhor do que voltar a sua vida normal (por mais anormal que ela de fato seja). E o terceiro grupo é o mais animado dentre os crentes… porém me mata de tédio.

Escolhemos os lugares onde vamos e os repetimos religiosamente semana após semana. Nossa companhias também foram selecionadas pela afinidade. Preferimos nossos “amigos”, mesmo que não sejam tão amigos assim. Conversamos sobre as mesmas coisas, dia após dia. Se você é solteiro, fala sobre namorar. Se namora, fala sobre casar. Se é casado, fala sobre como é ser casado ou sobre ter filhos. Se é do tipo espiritual, conta “testemunhos”.

Não estou dizendo que as pessoas são descartáveis. Mas aumentar nosso círculo de relacionamento permite que não desgastemos amizades que deveriam durar por toda uma vida.

Mas se você ainda é um ser humano, então no mínimo deveria respirar emoção. Deveria estar cansado de tudo isto que citei e com um pouco de esforço, ainda se lembraria do desejo de liberdade que Deus colocou em seu coração. Percebe como ficam de fora do nosso dia a dia a expontaneidade, o êxtase, a surpresa e consequentemente a alegria? Quem disse que bonito é ser igual? Quem disse que as pessoas diferentes de nós mesmos não têm nada de interessante? Há um mundo imenso lá fora… e nós estamos perdendo nosso tempo buscando uma homogeneidade ridícula e anti-bíblica.

“Quando amamos somente aqueles que se parecem conosco, não amamos ao próximo, mas antes a nós mesmos refletidos no próximo” (Martin Buber)

Autor: [ Ariovaldo Jr. ]
Fonte: [ www.ariovaldo.com.br ]

.

O velho e o novo

.

Entre uma denominação histórica (tradicional) e uma neopentecostal, onde me encaixo? Se o modelo antigo, com seu aparelho burocrático e engessado, não funciona mais e a nova proposta de "igreja" vem com um enorme vazio de Palavra e seriedade, o que fazer?


Vejamos o tamanho da crise.

As igrejas de hoje têm inúmeros apóstolos, bispos e reverendos, mas pouquíssimos pastores. A coisa mais difícil é encontrar espaço na agenda do líder para um aconselhamento pastoral, afinal, os inúmeros compromissos com a televisão, rádio e os políticos de plantão não permitem que a ovelha perdida seja socorrida pelo seu "pastor", principalmente se essa ovelha tiver "pouca lã".

A liturgia do culto tradicional, sem vida e engessada, mais parece um cerimonial fúnebre onde todos estão mudos na presença de um morto que não ressuscitou.

O neoculto, por sua vez, é dividido em três partes: o louvor, composto de uma repetição sem fim dos chamados "cânticos espirituais", convida o público a "namorar" Jesus, a sentar no seu colo e sentir seu calor, num estado de quase transe emocional. O ofertório (imenso) é o momento de textos fora do contexto para justificar pedidos de polpudas ofertas com taxa de retorno maior que prometiam o pessoal do "Boi Gordo", com direito a uso de cartão de crédito e/ou débito. A palavra, sempre voltada a um evangelho triunfalista e reivindicatório que obriga Deus a atender todos os pedidos dos fiéis sob pena da não mais contribuir com o seu "reino aqui na Terra".

A música é outro ponto que merece destaque. Com o aumento da chamada população evangélica, o mercado de cd’s tornou-se verdadeira mina de dinheiro para um seleto grupo que tem construído verdadeiros impérios financeiros, produzindo música de questionável qualidade técnica e duvidosa qualidade teológica. Esses grupos têm gravadoras, rádios, empresas de comunicação, editoras, agências de turismo, etc, tudo isso para "explorar" o emergente e ávido mercado dos irmãos...

Também merece atenção o lastimável envolvimento de denominações e de igrejas locais com o sistema político vigente, alguns chegando ao ponto de serem eleitos a fim de representar a Igreja de Cristo junto ao Estado como se o Deus Todo-Poderoso, que rege o universo, dependesse de um senador ou deputado para implantar Seu Reino na Terra.

Entre o "velho" e o "novo" existem ainda aquelas igrejas tradicionais que, com medo do êxodo dos poucos fiéis que lhe restam, tentam imitar as emergentes neopentecostais. Chega a ser ridículo. É como querer jogar tênis com as regras do frescobol. Embora existam semelhanças - duas raquetes, dois jogadores e uma bolinha - o jogo é completamente diferente.

Quanta tristeza e cansaço!

Creio que é chegada a hora da virada (seria uma reforma da reforma?). O velho modelo, gélido e sem vida, definha, enquanto o novo é vazio de conteúdo e coerência. Para onde ir? Parece que o chão da verdadeira Igreja sumiu e muitos estão sem rumo e desiludidos. É claro que, em ambos os lados, existem as exceções. Igrejas sérias que servem a Deus com temor e tremor. Muito pouco num Brasil continental. Por isso mesmo, quero convocar a todos os cristãos espalhados nas mais variadas denominações a uma cruzada de reflexão e ação onde a volta ao verdadeiro e simples evangelho seja o alvo de nossos esforços e orações.

Chega de engano e abuso espiritual. Pare, leia, questione, reflita. E que o Deus Todo Poderoso, Senhor da História e do Universo, tenha misericórdia dos cansados e confusos como eu.

Embora o texto esteja na primeira pessoa do singular, ele foi escrito a duas mãos. Mãos que se encontraram num caloroso aperto no inverno de 1995. De lá pra cá, nasceu uma amizade regada a boas conversas e grandes desabafos como esse que agora você acabou de ler.


Onir Prado e Marcelo Gualberto
Marcelo Gualberto é diretor nacional da Mocidade Para Cristo: www.mpc.org.br


Fonte: [ www.ultimato.com.br ]

.

O que a gente faz, fala muito mais do que só falar!

.

Revisado e atualizado em: 30/05/09, 20:14hs

O Jornal Nacional apresentou, desde terça-feira, uma série de reportagens sobre obras sociais de algumas das dezenas de igrejas evangélicas presentes no Brasil. Apesar de alguns erros na exposição das matérias, tais como incluir os Batistas entre os grupos pentecostais e mencionar os adventistas como evangélicos, a série conseguiu satisfatoriamente mostrar-nos um puro exemplo de Cristianismo verdadeiro. Segue abaixo as repostagens:

1º reportagem:

“Quando você pode ensinar uma criancinha que está ao seu lado, quando você pode curar a ferida de alguém está sofrendo no hospital. Todos esses gestos não são simplesmente de um profissional que está fazendo, mas alguém que tem o ideal de servir e que gostaria, através daquele gesto, alcançar a grandeza e o amor de Deus no seu coração”, afirma Benjamim Bernardes, reverendo da Igreja Presbiteriana.

“Eu gostei da parte onde diz que Deus não quer que nenhum dos pequeninos se perca. Assim como ele amou a ovelha perdida, ele ama a todos igualmente. A missão trouxe uma nova realidade para uma comunidade indígena, uma outra vida”, revela o índio caiuá Natanael Cárceres.

“Todos nós podemos fazer algo, por mais simples que seja, desde que haja no nosso coração o desejo sincero de poder servir ao próximo”, conclui Benjamim Bernardes.




2º reportagem:

“Quando a pessoa está perdida, ela precisa de um gesto, de alguém que estenda a mão, que demonstre o amor de Cristo de forma prática. É essa fé que nos faz olhar para essa pessoa e entender que ele foi criado a imagem e semelhança de Deus. Se não fosse a fé, não estaríamos aqui”, declarou Marcos Antonio Garcia, pastor da Igreja Metodista.

“A fé em ação transforma muita coisa, essa é uma crença de quem está nesses trabalhos e essa é uma crença importante porque acaba tendo uma interferência na vida dos indivíduos”, explicou a antropóloga Christina Vital da Cunha, do Instituto de Estudos da Religião.





3º reportagem:

O que pode acontecer quando alguém decide simplesmente ajudar, estender a mão para quem precisa?
Para dezenas de crianças que pareciam não ter futuro, este é o novo endereço, a associação evangélica resgate e ame, que poderia se chamar de "rua da esperança ou da salvação". Hoje o abençoado pão de cada dia vem dos integrantes da Igreja Batista Brasileira

"Tudo começou de forma despretenciosa, na rua, a coisa foi chegando e conseguimos comprar uma rua para as crianças, uma rua sem sofrimento." diz Gislaine, assistente social da Igreja Batista

Na Igreja Adventista não é diferente. A transformação que acontece na vida de uma criança que vem pra cá não é pequena, são mudanças no corpo e na alma. A cinco anos quando o projeto começou a principal resposta para a pergunta "o que você quer ser quando crescer" = Bandido. Hoje não, hoje... bombeiro, trabalhar na aeronáutica, pediatra, médico...

"Em um mundo de dimensões tão grandes, a gente vê que a gente pode proporcionar uma perspectiva de vida melhor para uma pessoa com tão pouco". Diz Glauciete da Cruz Batista, Coord. Centro Adventista.



4º reportagem:

"A Igreja Luterana possui esta pretenção de criar condições para que as famílias tenham possibilidade de ter uma renda e uma vida melhor [...] E ainda sobra para ajudar a quem precisa. Depois do culto, os pobres recebem cestas de alimentos doadas pelos agricultores Luteranos [...]Estar com quem precisa. Os fieis da Igreja Luterana decidiram também estender a mão para mais gente que depende da terra e do estado."




Créditos pelo título da postagem, dica dos videos e alguns textos extraídos do: PavaBlog

---------------------------------------
Parabéns a todos os "missionários" que nos deram uma lição nesses vídeos exibidos. Vocês demonstram a essência do evangelho em amor ao próximo, como Jesus nos ensina.

Enquanto muitos se preocupam em prosperidade, conquistar as nações, romper no sobrenatural, cair nas "unções extravagantes", adquirir templos luxuosos e enormes, comprar rádios e TVs, ganhar dentes de ouro, dentre outras práticas, porque não seguem o exemplo do Evangelho simples e verdadeiro demonstrado nesses videos? Imaginem quantas pessoas poderiam ser auxiliadas e evangelizadas com a venda dos bens milionários dos propagadores da teologia da prosperidade? Enquanto tem gente que quer comprar um "jatinho" para poder "pregar o evangelho" pelo mundo, enquanto existem apóstolos contemporâneos gastando uma verdadeira fortuna em "eventos para entreterimento gospel" e fazendo arrecadações em "campanhas milionárias", enquanto tem gente fazendo viagens internacionais "proféticas" em cidades turísticas; tem gente que não tem o que comer, nem onde morar! O evangelho verdadeiro é imcompatível com essa diferença!

Que esses videos acima possam servir de exemplo para todos nós. Com certeza nós podemos fazer muita coisa por alguém... afinal, somos ou não somos Cristãos?

RM

.

Objeção a reflexão filosófica (parte III)

.


Na primeira parte deste breve ensaio abordamos a objeção bíblica no que diz respeito a reflexão filosófica. Na segunda parte vimos a objeção teológica. Agora vejamos na parte III: Objeção Dogmática.

Objeção dogmática

Chamo este ponto de objeção dogmática, pois é a mais infundada de todas as objeções. É pura e simplesmente baseada no senso comum, que por sua vez é o pensamento de quem tem preguiça de pensar. É uma objeção fundamentalista e epistemologicamente desprovida de seriedade. Ou seja, o dogmático apenas versa sobre algo como enxerga este algo, ou como ele aparece ser e não como é de fato. Então, se a maioria dos filósofos são ateus e hostis ao cristianismo, a filosofia passa a ser sinônimo de incredulidade. Ora, quer dizer que se a maioria dos pastores são “a pior espécie de hipócritas”, todos devem ser? Claro que não, Deus tem seus remanescentes, alguns que não se dobram a Baal, inclusive na filosofia.

Quanto a esta precipitada constatação (de que toda filosofia é ateísta) devemos ir com calma. Luis Sayão nos diz que “ainda que fosse verdade, a validade da filosofia não estaria necessariamente ameaçada” (2001, p. 8). Ora, quando você vai ao médico você não está interessado se ele é cristão ou não, mas se ele é um bom profissional. E nem quando lê o jornal e a revista semanal fica questionando se quem escreveu é cristão, apenas queremos a verdade dos fatos noticiada fielmente, e isto porque sabemos que a graça comum de Deus permeia toda a existência, de modo que a verdade é a verdade quem quer que seja seu portador.

Este aspecto ontológico da verdade deve nos fazer lembrar aos dogmáticos que por outro lado, temos filósofos de destaque em toda história que acreditavam de todo coração nas verdades cristãs. Nomes como Agostinho, Anselmo, Aquino, Blaise Pascal e Kierkegaard são grandes exemplos.


Autor: Daniel Grubba

Fonte: [ Soli Deo Gloria ]
.

Julgando os críticos ou criticando os juízes?

.


Por Jonara Gonçalves

Tem sido extremamente intrigante a forma que as pessoas têm atacado os chamados “críticos”. Toda vez que encontramos algo em desacordo com a biblia no culto e protestamos, somos criticados por julgar ou somos julgados por criticar. É uma questão de lógica: Quem julga quem critica, logo, é um juíz. E quem critica o que julga, logo, é um crítico.

Somos sempre barrados com as mesmas respostas:

“ – Cuidado! Não fale do ungido de Deus!” (Como se nós não fôssemos ungidos, ou seja, eles julgam que não somos ungidos).

“ – Não fale dessa forma, pois isso é falar contra o Espírito Santo, o que é blasfêmia, e este pecado não tem perdão.” (Esta bate o record! Eles creem que todo mover “retetense” é do Espírito, e julgam que blasfemamos).

“ – Você não tem mais o que fazer, não? Vai cuidar da sua vida e pare de falar dos outros!” (Dá vontade de rir! Ora, quem tem muito o que fazer, supostamente não teria tempo pra ler o texto do blog, ou até mesmo para comentar que os editores não tem o que fazer, além de falar da vida “desocupada” do autor).

“ – Eu creio que Deus age como quer e quando quer. Por isso não julgo!” ( Uai! Subentende-se que somos uns néscios sem discernimento, porque “julgamos” não ser de Deus algo que procede dele. Além disso, eles julgam que Deus age como quer, mesmo que para isso ele tenha que conflitar com a sua própria Palavra).

Estas são algumas de várias respostas que recebemos, e todas com o mesmo denominador comum: Somos aqueles que temos o tal “ministério da crítica” e deveríamos cuidar de nossas vidas, deixar de julgar os “movimentos espirituais” e os “ungidos” de Deus.

Em 1 Coríntos 6.2-3, Paulo nos respalda afirmando que se iremos julgar os anjos, quanto mais as coisas deste mundo!

“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois, porventura, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?”

Ele também nos ensina que quando somos julgados é porque somos repreendidos pelo Senhor para que não sejamos condenados com mundo:

“Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co 12:33)

Mas creio que tais versículos não foram lidos ainda por muitos. Aliás, a Primeira Epístola aos Coríntios, aquela que fala da ordem nos cultos, do ensinamento sobre os dons e sobre a permissão de julgar, está desaparecendo das bíblias modernas.

A bíblia também ensina que além do dom de discernir os Espíritos (1Co 12:10), temos um discernimento próprio vindo da Palavra Viva e Eficaz de Deus, que nos faz saber tanto as intenções do coração, como o bem e o mal. (Hb 4:12; 5:14)

Com base em tudo o que é bíblico, e já com meu “ministério de crítica” a flor da pele, deixo aqui minhas críticas aos que me julgam e meus julgamentos aos que me criticam: Eles que se dizem tão santos, que nem ao menos são capazes de discernir os espíritos, a lógica dos dons e heresias pregadas, estão cegados pelo ilusionismo, ensurdecidos pelos gritos, mantras e euforias de um culto irracional. E assim, cegos, surdos e iludidos, sequer podem compreender o absurdo das suas premissas, caindo em óbvia contradição, julgando os críticos e criticando os juízes.


***
Jonara Gonçalves é Bacharel em Teologia, missionária e edita o blog Mulher Adoradora

Fonte: [ Púlpito Cristão ]

.

Não é permitido...

.
Clique na imagem para ampliar

"Credencial de Membro"

Fonte: [ Tese de Mestrado "Igreja Pentecostal "Deus é Amor": origens, características e expansão. ]

Via: [ PavaBlog ]

Enquanto o Evangelho liberta, a "igreja Deus é amor" aprisiona.

Reductio ad Absurdum!
.

Nove idéias erradas sobre anjos

.

Por Eguinaldo Hélio de Souza


“E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos?” — Js 5.13

Os tempos modernos viram uma renovação no interesse pelos anjos. Livros e mais livros têm sido escritos sobre o tema, quase febrilmente. Mas as pessoas estão-se envolvendo com anjos sem se preocuparem com que tipo de seres estão lidando.

A grande questão é que quase tudo o que se tem escrito e ensinado sobre o tema vem da literatura esotérica. Os adeptos da Nova Era têm fomentado este assunto em grande quantidade e milhares de pessoas estão tentando “descobrir” e “conhecer” seus “anjos”. Mas qual a origem dos ensinos sobre anjos que têm veiculado por aí? Existe, porventura, alguma fonte, além das Escrituras Sagradas, que seja segura para o conhecimento acerca dos anjos?

A Bíblia é o único Livro divinamente inspirado que nos capacita a conhecer acerca desses seres espirituais. Muitos têm caído em armadilhas satânicas, impressionando-se com “seres de luz” que são verdadeiros engodos: “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” (2Co 11.14).

É chegada a hora de expor, sob a perspectiva de Deus, esses falsos ensinos.

Culto aos anjos

“E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que me mostrava essas coisas, para adorá-lo. E disse-me: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Ap 22.8,9).

Velas acesas. Invocações a anjos e comunicação com os mesmos. Toda sorte de prática tem sido incentivada para que os homens tenham ajuda de seus anjos. Mas todas essas atitudes não correspondem às atitudes corretas com relação aos anjos. Somente há um único ser em todo o Universo que deve ser adorado.

“Um culto oficial aos anjos é especificamente um fenômeno cristão [leia-se católico]. A hesitação inicial [de cultuar aos anjos] geralmente desapareceu nos tempos de Agostinho, quando o cristianismo parecia não estar muito longe do perigo de uma infiltração pagã ou de uma falsa interpretação pagã ou idólatra. Foi especialmente o arcanjo Miguel, o poderoso guerreiro, quem primeiro atraiu devoção...”.1

Como podemos ver, a angelolatria tem sido praticada pela Igreja Católica há muitos séculos, mas atualmente esse falso culto tem-se espalhado e não está restrito apenas ao catolicismo. Há todo um culto popular, bem como algum tipo de doutrinamento, por parte da Nova Era para o envolvimento com os chamados anjos. Mas a palavra de todos os verdadeiros anjos continua sendo a mesma do anjo de Apocalipse: “Adora a Deus!”.

Jesus como um anjo

“E ouvi toda a criatura que está no céu [anjos] [...] dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre” (Ap 5.13; grifo do autor).

Em seu livro Raciocínio à base das Escrituras, p. 219, a Sociedade Torre de Vigia escreve: “Portanto, a evidência indica que o Filho de Deus, antes de vir à terra, era conhecido como Miguel, e também é conhecido por esse nome desde que retornou ao céu, onde reside como o glorificado Filho espiritual de Deus”.

Paradoxalmente, esse raciocínio é completamente sem base nas Escrituras. Miguel é identificado na Bíblia como um arcanjo (Jd 9), isto é, líder de anjos, o que o coloca na mesma categoria dos demais seres angelicais. Mas sobre Jesus a Bíblia diz:

• Nele foram criadas todas as coisas, visíveis e invisíveis, incluindo Miguel (Cl 1.16).
• Os anjos não foram gerados, mas criados. Jesus, no entanto, foi gerado eternamente (Hb 1.5; 7.3).
• Miguel, como anjo, deve adorar a Jesus (Hb 1.6).
• Deus jamais permitira que um anjo se assentasse à sua direita, como fez com Jesus (Hb 1.13).
• Não foi aos anjos que Deus sujeitou o mundo vindouro, mas a Jesus (Hb 2.5).

Somente uma seita poderia rebaixar Jesus à categoria angelical. Afirmar que “o nome que está acima de todo o nome” (Fl 2.9) é “Miguel”, só pode ser classificado como heresia no mais alto grau, para não dizer blasfêmia.

Anjos trazendo o evangelho

Por volta do ano de 1827, noutra visão, Joseph Smith recebeu uma mensagem divina que havia sido escrita em placas de ouro, em hieróglifos. Segundo o próprio Smith, apareceu-lhe o “anjo” Moroni que, segundo fez crer, havia vivido naquela região há uns 1400 anos. Seguindo o relato, o pai de Moroni, um profeta, havia gravado a história do seu povo nessas placas. Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, Moroni teria enterrado tais placas ao pé de um monte próximo do local onde hoje é Palmyra. Nessa visão, Moroni teria indicado a Smith o lugar onde as placas teriam sido escondidas e lhe deu umas pedras especiais, um certo tipo de lentes, chamadas de “Urim” e “Tumim”, com as quais Joseph Smith poderia decifrar e traduzir os dizeres das placas. Smith traduziu e publicou (1830) o texto, recebendo o título de “O Livro de Mórmon”.

É justamente essa a origem do evangelho pregado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ou Igreja Mórmon, como é conhecida. Trata-se de um “outro evangelho” entregue por um anjo. Nada pode ser mais contrário à Bíblia do que isso. O apóstolo Paulo foi bem enfático ao escrever aos cristãos da Galácia: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gl 1.8). Logo, todo o sistema mórmon não passa de uma maldição com roupagem cristã. Deus confiou aos homens a missão de propagar o evangelho, nenhum anjo tem permissão para pregá-lo (1Pe 1.12), e muito menos de anunciar outro evangelho.

Anjos como estágio de evolução espiritual

Além do erro de aceitar outro evangelho de um suposto anjo, há um segundo erro com relação aos anjos nos ensinamentos mórmons. No mormonismo, os homens evoluem até o estado de Deus. Os anjos são um estágio dessa evolução (como foi o caso de Moroni, que havia vivido naquela região como homem quatrocentos anos antes).

Em nenhum lugar das Escrituras é dito que os anjos são evolução dos seres humanos. Em verdade, são duas classes de seres distintas, criadas separadamente (Cl 1.16). Os anjos são espíritos ministradores (Hb 1.14). Os homens foram criados do pó da terra à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27).

A crença popular de que as crianças que morrem se tornam anjos também não tem qualquer fundamento bíblico. É pura superstição. A figura de “anjinhos” seminus é proveniente da arte renascentista que, por sua vez, é baseada no cupido pagão; não tem origem em fontes cristãs.2

Convém notar que Jesus, quando diz que na ressurreição os homens serão como os anjos de Deus no céu, não está afirmando isso no sentido completo, mas apenas se referindo ao casamento, que era a questão em pauta com os saduceus (Mt 22.30). Assim, seremos “como os anjos” em certos aspectos, e não “anjos” no sentido completo, pois não foi aos anjos que Deus sujeitou o mundo futuro (Hb 2.5)

Anjos da guarda para todos

“Cada pessoa tem seu anjo”. Pode parecer bonito, mas não é bíblico, portanto, não é verdadeiro. A história do rico e Lázaro, contada por Jesus em Lucas 16.19-31, nos dá um detalhe sobre isso. Ao morrerem os dois, é dito que Lázaro foi “levado pelos anjos para o seio de Abraão” (v. 22). Do rico é dito somente que ele “morreu e foi sepultado”, não existindo quaisquer referências aos anjos (v. 22,23). Em Hebreus 1.14, o ministério angélico é restrito àqueles que “hão de herdar a salvação”, o que obviamente excluiria os perdidos. Se esse ministério começa mesmo antes de a pessoa comprometer-se com Deus, não nos é dito.

Também o texto do Salmo 34.7 restringe o ministério protetor dos anjos aos que “temem ao Senhor”, o que não é a condição de todas as pessoas. Sendo assim, mesmo que não seja possível especificar quando e como começa a proteção angélica na vida de alguém, é bem claro que ela não se estende incondicionalmente a todas as pessoas.

Temos ainda o texto de Mateus 18.10, que parece declarar uma proteção angélica especial às crianças. Mas não podemos ignorar que as crianças, em seu estado de inocência, são parte do reino de Deus (Mt 19.14).

Comunicação com os anjos

As Escrituras, de Gênesis a Apocalipse, estão repletas de relatos de anjos comunicando-se com homens. Mas não há sequer um relato de homens comunicando-se com anjos (Js 5.13; Lc 1.11). Todas as vezes que os homens foram visitados por anjos e receberam instruções destes, foi involuntário. Os servos e as servas de Deus que receberam a visita de anjos, as receberam não porque pediram, mas porque Deus assim o ordenou (At 27.23,24).

Querer agir fora desse padrão é extremamente perigoso. É realizar uma ação não endossada pelas Escrituras, portanto, a pessoa que age dessa maneira fica aberta à ação de espíritos malignos.

É necessário provar os espíritos. Se assim tivesse feito Joseph Smith e tantos outros que basearam suas doutrinas na revelação de anjos, o mal e o engano não teriam sido semeados com tanta facilidade. “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus” (1Jo 4.1).

Angeocentrismo

Nos últimos tempos, a música evangélica tem estado excessivamente permeada pelo tema “anjos”. Inclusive uma das músicas evangélicas de maior sucesso, plagiada pelo padre Marcelo, exalta de forma nada ortodoxa a ação dos anjos. Entre outras coisas, a música diz que “quando os anjos passeiam a Igreja se alegra, ela pula, ela grita, ela chora e congrega, enfrenta o inferno e expulsa o mal”. De uma forma discreta, o foco do culto é retirado do Senhor Jesus Cristo (que, aliás, nem é citado) e direcionado aos anjos. Ao invés da ação fortalecedora do Espírito Santo dentro da Igreja, é a classe angélica responsável por uma ação eficaz. Em muitos cultos, os cristãos são exortados a esperar a cura do anjo, a sentir o anjo, a receber a bênção da mão do anjo. Isso são efeitos de um louvor não centralizado em Deus.

Ser teocêntrico e cristocêntrico, tanto na fé quanto na prática cristã, é vital para a sobrevivência e até para o avanço do verdadeiro cristianismo. “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1Co 2.2). O contrário gerou e continua gerando inúmeras seitas e segmentos pseudocristãos. Um desses grupos fala em “brincar de roda com anjos, arcanjos e querubins”, numa referência também nada ortodoxa ao relacionamento dos cristãos com os anjos na eternidade.

Não devemos apagar, esquecer e ocultar o ministério angélico. Mas colocá-lo no centro de nossa adoração é correr sérios riscos.

Crentes mandando em anjos

Por fim, resta ainda esclarecer um ponto bastante sutil que tem influenciado certos comportamentos com relação aos anjos e não possui respaldo bíblico.

Os anjos sempre agiram quando os homens clamaram ao Senhor. Deus é chamado de “o Senhor dos Exércitos”. Quando um crente tenta comandar anjos, dando-lhes ordens, ele está querendo tomar o lugar do único Senhor dos Exércitos. O próprio Jesus, como estivesse na condição de homem não glorificado, iria rogar ao Pai para que este enviasse anjos (Mt 26.53). Em nenhum lugar das Escrituras, seja no Antigo ou no Novo Testamento, os homens são exortados a pedir ajuda aos anjos, mas, sim, ao Senhor, mesmo que isto resulte em intervenção angélica. Os anjos só executam as ordens de Deus (Sl 103.19-21).

Confiar que basta ser um anjo para ser bom

Muitos que não conhecem a Palavra de Deus não sabem que anjo não é sinônimo de “espírito bom”. A palavra anjo designa uma classe de seres espirituais criados por Deus. Todavia, parte desse grupo foi banida do céu e passou a seguir a Satanás (Ap 12.7), logo, trata-se de anjos malignos que, embora possam passar por anjos de luz (2Co 11.14), só têm por objetivo prejudicar os homens (2Co 12.7).

Portanto, o grande incentivo que as pessoas têm recebido nestes dias atuais para se relacionarem com anjos está lançando muitos que não têm discernimento a um envolvimento com “anjos malignos”.

A Igreja do Senhor Jesus Cristo não deve se deixar envolver pelos modismos dos que estão de fora, mas deve instruí-los sobre o verdadeiro ensino bíblico a respeito dos anjos. Estejamos sempre alertas!

Notas:
1 Encyclopédia Britannica, vol. 1, 1969, verbete Anjo.
2 Ibid.


Autor: [ Por Eguinaldo Hélio de Souza ]
Fonte: [
http://www.icp.com.br/58materia3.asp ]

.

Unção das pulseiras no "óleo ungido com ouro derretido"

.
O Encontro é Tremendo... o Reencontro é Sobrenatural... O Mover Celular é Extravagante... e o RLR é... é... é...[...] As palavras que foram ministradas no evento, como sempre, trouxeram sabedoria e unção sobre nossas vidas, mas o que marcou mesmo foi a realização de 3 atos Proféticos extravagantes[...]

3° Ato Profético: Unção das Pulseiras de "Compromisso" e "Reaji Brasil" no Óleo ungido misturado com Ouro derretido: nossas pulseiras de "Compromisso" e "Reaji Brasil"[...] foram mergulhadas em uma enorme taça com óleo de unção misturado com ouro derretido, representando Presença do Espírito Santo e Prosperidade... outro momento extravagante do RLR (vide foto).


Muitos outros momentos marcaram este RLR, mas momentos íntimos meus com Deus, que não devem ser revelados agora... se você quer viver também este sobrenatural, venha para o RLR... ano que vem tem mais!!!

Fonte: [ http://fabioagente.spaces.live.com ]


Momentos extravagantes de um reencontro com Deus "tremendo" da visão celular. O negócio é tão tremendo que eles não podem nem revelar alguns momentos íntimos que tiveram, como no caso do relator do site citado acima. Ele teve "momentos íntimos" que "não devem ser revelados agora".

Isso tudo não me assusta mais, porém preocupa, pois trata-se de uma prática corriqueira no meio de encontreiros, encontristas e reencontreiros gedozistas. Ou seja, ao invés de proclamar o Evangelho, eles fazem é ocultá-lo; se é que podemos chamar de evangelho o que está oculto por eles (eu creio com convicção que não seja). Se for o caso, como fica o testemunho do que Deus faz nas nossas vidas, devemos ocultá-lo? O pior é a diferenciação eclesiástica através da experiência mística; em outras palavras, eu recebi e você não, eu vi e você não, eu tenho mais "intimidade" do que você, não posso revelar o que vi, etc.

E essa bacia de óleo ungido com ouro derretido? De onde saiu essa "baciada"? Pra quê isso?

O que é mais triste de se constatar é que, como o próprio relator dessas proezas definiu, esses "atos proféticos extravagantes" são bem mais importantes e marcantes do que as próprias palavras que foram ministradas. Realmente ele tem razão, pois tenho certeza que, pelo conteúdo gedozista, a palavra de Deus é totalmente superficializada, distorcida e secundada para esses rituais místicos que nada acrescentam na vida de alguém. Ora, a Fé vem pelo ouvir a palavra de Deus (Rm 10:17), não vem por atos místicos tidos como proféticos, a Fé é algo que não se vê
(Hb 11:1), logo não precisamos de nenhuma simbologia visual e material para termos fé (2Co 5:6-7). O "ouvir" a palavra de Deus sendo proclamada já é suficiente, pois a justiça de Deus é revelada pelo evangelho, de fé em fé, e não através de atos proféticos, afinal o justo vive por fé ( Rm 1:17).

Povo gedozista: ao invés de distorcer a Bíblia e praticar atos místicos e ocultos, voltem-se para a suficiência da Bíblia, ouçam a palavra, se arrependam, orem, jejuem, santifiquem-se no dia-a-dia, estudem a Bíblia, vivam e preguem o evangelho. Isso já basta!

RM

Referências extras:

Sobre práticas extravagantes, clique aqui
Sobre objetos e a fé, clique aqui

.

Músicas de qualidade [16]

.




Silvestre kuhlmann e Stênio Marcius
Música: Tapeceiro
Ao vivo no Acampa 2008.

.

A importância das perguntas

.

Por Tim Dahlstrom
Tradução: Elvis Brassaroto Aleixo


Muitos cristãos reconhecem que devem estar aptos para responder àqueles que os questionam acerca da razão de sua esperança (1Pe 3.15). E devem fazer isso por uma declaração, pela exposição de um fato ou de um argumento. Contudo, a resposta em forma de uma pergunta pode também ser uma ferramenta empregada poderosamente e com sucesso, após um pouco de prática. Tanto Jesus quanto Paulo regularmente se valeram das perguntas na prática do evangelismo, da apologética e do ensino.

O escritor do livro de Provérbios igualmente destacou o valor das questões indagativas: “O primeiro a apresentar a sua causa parece ter razão, até que outro venha à frente e o questione” (Pv 18.17 – NVI). Por que as perguntas são tão poderosas? Porque demandam respostas, estimulam o pensamento, fornecem valiosas informações, provocam as pessoas a se abrirem aos problemas e as ajudam a se convencerem.

O maior valor prático do método de empregar as perguntas reside no fato de o questionador não ter de possuir todas as respostas. Um cristão pode se engajar numa discussão sem necessariamente conhecer tudo sobre o assunto em debate, desde que não esteja discursando, mas questionando. Para aqueles que não se sentem confortáveis diante de sua gama de conhecimento acerca de uma disciplina, ou que não se sentem qualificados para argumentar, o questionamento torna-se uma excelente opção que faz grande diferença no diálogo apologético.

Um exemplo de Jesus

Mateus nos relata um formato de questão indagativa utilizada por Jesus, recorrente nos relatos do evangelho (Mt 6.25-34). Nesse texto, um trecho do sermão da montanha, Jesus está ensinando os discípulos que eles não deveriam se preocupar. Primeiramente, Jesus declara um princípio, depois, faz uma série de perguntas, e, em seguida, finaliza com o resumo do conceito que queria que seus seguidores apreendessem.

As perguntas de Jesus fazem que seus ouvintes pensem e, ao mesmo tempo, consigam convencer a si próprios de alguma coisa. Imaginemos que os discípulos tenham, inicialmente, rejeitado a pregação de Jesus por meio de um diálogo interior (psicológico) sobre seus problemas, suas tensões e pressões, e os obstáculos que enfrentavam diariamente. A pungência das perguntas que Jesus apresentou, contudo, demoliu tais reflexões, levando-os a refletir sobre duas outras questões implícitas:

1) O que a preocupação pode fazer por mim?

2) Deus é fiel?

A resposta à primeira pergunta parece óbvia — a preocupação nada pode fazer por nós. A segunda, porém, requer que o ouvinte empenhe uma auto-avaliação, a fim de ponderar se ele realmente faz descansar sua confiança em Deus. Se a resposta for afirmativa, então a conclusão segue logicamente: a preocupação não faz sentido. Se for negativa, Jesus repete o conceito: “Não vos inquieteis, pois, com o amanhã” (Mt 6.34).

O emprego das perguntas por Jesus foi intenso e persuasivo. Jesus conduziu o raciocínio de seus ouvintes por meio de perguntas certas e eficazes. E suas indagações se tornaram catalizadoras de um caminho lógico quase inexorável à conclusão. Sobre isso, Philip Johnson aponta: “Se eu começar com a pergunta certa e deixar que a resposta desta primeira pergunta sugira a próxima, e assim por diante, então a força irresistível da lógica me levará à conclusão correta, mesmo que a primeira resposta pareça estar distante dela”.

O que é uma boa pergunta?

Uma boa pergunta possui três importantes características.

Primeiro, a pergunta precisa ser simples e restrita a um único tópico. Evite perguntas que evoquem múltiplas respostas ou que sejam verborrágicas.

Segundo, a pergunta precisa ser clara e de fácil entendimento. Use um vocabulário que seja familiar à pessoa de quem você pretende obter a responda. Evite empregar termos vagos ou ambíguos e jargões evangélicos. O apologista cristão deve estar atento aos termos e conceitos cristãos que sejam questionáveis em seu próprio meio, ou seja, entre os próprios cristãos, e também entre os cristãos e os sectários. Muitos termos e conceitos não são bem conhecido fora dos círculos cristãos.

Perguntar para uma pessoa se ela acredita que Jesus foi feito a propiciação pelos seus pecados, por exemplo, poderá, efetivamente, não ser uma boa idéia, uma vez que poucas pessoas ouviram falar de “propiciação” fora dos círculos cristãos. Uma estratégia prática é apresentar tais termos por meio de outras palavras que expressem o mesmo significado.

A escolha da palavra correta dependerá muito do contexto da situação em que nos encontrarmos. E, mais importante ainda, dependerá do nível intelectivo do receptor e de seu estilo de comunicação. Usar um vocabulário especializado pode ser mais apropriado numa aula sobre religiões comparadas direcionada a seminaristas de nível avançado, mas seria inadequado numa conversa com alguém na rua. Como alguém poderá saber tudo isso? Lembre-se, é você quem está fazendo as perguntas! As respostas para estas perguntas nos permitem ajustar melhor a nossa aproximação à situação e à pessoa com quem almejamos dialogar.

Terceiro, a pergunta não pode conter um teor amedrontador ou estar carregada de palavras emocionalmente carregadas. Tais questões evocam uma reação apaixonada e não uma resposta pensada. São perguntas usualmente impróprias para quem intenta travar um diálogo qualitativo. O termo “pecado”, por exemplo, é extremamente carregado no âmbito emocional. Em nossos encontros com os não-cristãos, percebemos algumas reações interessantes quando do uso desta palavra. As reações refletiram o conceito que as pessoas possuíam acerca de “pecado”, mas sem necessariamente declararem qual é este conceito implícito por trás da palavra.

A fim de despir o termo de seu teor emotivo, sugerimos uma progressão das idéias na conversa. O “pecado” pode ser descrito, num primeiro momento, como “ser imperfeito”, depois, como uma “regressão aos mandamentos de Deus” ou algo similar que igualmente comunique a compreensão bíblica que encerra o termo.

Quando sugerimos uma expressão diferenciada para a conceituação de um termo bíblico, não estamos querendo dizer que o apologista deve mudar a essência da definição. Precisamos ser cuidadosos e precisos. Cremos que o emprego de descrições alternativas pode ser mais bem compreendido no diálogo, assim como pode promover respostas sem o caráter resistente que de outra forma poderia se verificar.

Perguntas que devem ser evitadas

Deveríamos evitar alguma espécie de pergunta? A resposta é sim. A pergunta dirigida deve ser, em geral, evitada. Perguntas dirigidas são aquelas que sugerem ou deduzem a resposta correta. O poder da sugestão pode balançar as pessoas facilmente. Com tais perguntas, podemos receber respostas convenientes em vez de informações precisas e detalhes importantes. Essas perguntas, habitualmente, começam com expressões indagativas, tais como: “Você não acha que...?”, “Você não deveria...”, ou “Você não concorda que...?”. Obviamente, tais perguntas estão estimulando uma resposta específica.

Como perguntar?

O processo interrogativo é bastante simples, mas o fracasso na observância de alguns passos pode conduzir-nos a enganos e a uma comunicação ineficaz. Se não atentarmos para este cuidado, o impacto de nossas perguntas será reduzido.

Primeiro: devemos fazer a pergunta. Se a pergunta for desenvolvida com as diretrizes básicas já comentadas até aqui, ela produzirá uma resposta sensata. Se não, a pergunta precisará ser reformulada.

Segundo: devemos receber a resposta. Para recebermos a resposta em sua completeza, precisamos estar predispostos a ouvi-la. Escutar com diligência quer dizer focalizar a atenção naquilo que o respondente está dizendo, evitando interrupções e absorvendo as mensagens visuais e auditivas expressas por ele. A “linguagem corporal” de uma pessoa e o seu tom de voz podem ser tão importantes quanto o que ela está dizendo. O tempo durante o qual estivermos ouvindo a resposta não é apropriado para desenvolver perguntas adicionais ou avaliar a resposta. Comumente, tais perguntas são precipitadas e mancas, pois não consideraram a lógica total da resposta.

Finalmente, depois de recebermos toda a resposta, podemos, então, avaliá-la em sua inteireza lógica e precisão efetiva, em suas suposições e consistência, com informações conhecidas ou respostas prévias.

Se a sucessão de perguntas deverá ser da do geral para o específico ou do específico para o geral, isso depende do tópico em discussão. Seja qual for o caso, o ponto central será usar a informação obtida de uma pergunta como “alimento” para a formulação da próxima pergunta lógica e, nessa cadência, conduzir o diálogo passo a passo ao destino final, seja ele uma compreensão, uma conclusão, ou mesmo uma decisão.

Mas há, ainda, outros tipos de perguntas que gostaríamos de trazer à baila: “as abertas e as fechadas”. Perguntas abertas são aquelas que fazem que os respondentes forneçam respostas desestruturadas ou desorganizadas, proporcionando o destaque de informações importantes. Tais perguntas pedem descrição ou explicação. “Como” e “por que” são termos freqüentemente usados aqui. A resposta para uma pergunta aberta revelará informações acerca das suposições, preconceitos, valores e convicções do respondente e serão fundamentais para a formulação das questões subseqüentes. Por outro lado, as perguntas fechadas requerem, às vezes, respostas predeterminadas e devem ser usadas quando o desejo for obter do respondente uma informação particular.

As perguntas de múltipla escolha: sim ou não, verdadeiro ou falso, são questões fechadas. Quem? O quê? Quando? Onde? e Como? são também perguntas fechadas muitíssimo empregadas.

Por quê? é uma pergunta particularmente eficaz porque extrai argumentos, suposições e conhecimento, ajudando a descobrir a visão de mundo do respondente. Mas deve ser perguntada com sinceridade e respeito, pois, caso contrário, pode ser interpretada como uma acusação e não uma tentativa de entendimento.

O que segue são exemplos de diferentes tipos de perguntas que poderíamos fazer para conduzir as respostas ao ultimato de Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15; Mc 8.29). Perguntas gerais que auxiliariam nesta resposta seriam: “Qual é a característica mais importante de Jesus?”; ou: “Como Jesus descreveu a si próprio?”. Perguntas mais específicas poderiam ser: “Jesus foi um personagem histórico?”; ou: “Você acredita que Jesus é Deus?”.

Perguntas simples e inteligíveis como estas podem ajudar a dissipar a fumaça e a verborragia racionalizada que algumas pessoas cultivam. Elas ajudarão a desmantelar as filosofias complexas que se instauram contra o conhecimento da verdade (2Co 10.5). E também ajudarão o cristão a iniciar um diálogo e ser diligente na afirmação de sua fé.


Fonte: [ Christian Research Journal, vol. 27, nº 2, 2004. ]
Via: [ ICP ]

.

Evangelho medíocre, podre ou vivo?

.
Tô forçando a barra...

A coisa não tá tão feia assim galera, ponho no 21 e assisto a milhares de testemunhos, curas, libertações, prosperidade, só alegria.

Passo pra rede gospel e me impressiono com o volume de vitórias, é só vitória....

Pulo para univertv e tem um paistor de santo dando receitas de como chegar lá, um monte de gente falando que era falido agora é ricão, era solteiro agora casou, era mendigo agora pilota avião, tem mansão, rolex no braço, etc...

Então a coisa ta boa demais sô!

É muito poder sendo liberado pelos homens da fé!

Nenhuma maldição tem no arraiá daqueles que ficam embaixo da cobertura paistopóstólica, é um bando de gente que não conhece doença nem dente quebradiiu porque se cai nasce um de ouro.

Fico eu cá com meus botões, conheço tanto pregador pobre, desempregado, doente, problemático, chutado pelo ministério, porém tão coerente e respeitado quando abre a boca para falar das Boas Novas, será que estes homens são um bando de endemoniados ou fracos na fé?

Até quando vamos achar que ser servo de Deus é sinônimo de viver esta vida feliz, alegre, ter saúde, família, ser belo, etc...?

É lógico que queremos isto, todos querem, felicidade, família, amor, saúde, emprego, dinheiro, etc...

Mais até quando isto vai influenciar a verdade da mensagem de Cristo em nossas vidas ?

Até quando aceitaremos somente um evangelho mediocre que só serve para preencher o nosso ego e satisfazer nossas necessidades?

E olha que este evangelho é fácil de identificar, primeiro diminui o sacrifício de Cristo, depois coloca a graça como algo conquistável por méritos próprios.

Por mais abençoados que julgamos ser, na verdade mais distantes do principal objetivo que é a salvação e a vida eterna estaremos.

E a cada dia milhares se rendem a este evangelho podre, que coloca o homem com autoridade para liberar bênçãos e curas, promete vida abundante já, prosperidade e vitórias sem fim.

Nós é que não vamos ficar em cima do muro, estes sinais de Deus não tem nada, Ele jamais agiu desta forma ou nos ordenou a fazer as coisas assim.

Acontece que fazem o que bem entendem e acredito que na maioria das vezes não é por ignorância Bíblica, o negócio é intencional, sabem que estão enganando o povo e indo para o inferno!

Cremos na Bíblia então cremos no impossível, no evangelho vivo, simples, onde tudo é por Cristo e para Cristo, onde através Dele de sua Graça e misericórdia conquistamos a vida eterna e paz, mesmo diante de problemas, enfermidades e provações que são inevitáveis a todos sem exceção.

Se formos abençoados com saúde, emprego, casa, família, etc... amem!
Se não, amem também! bola pra frente, vamos caminhar louvar e entregar a cada dia nossas vidas nas mãos Daquele que tudo conhece, que sonda todos os propósitos e pensamentos.

Simples assim, vê se não complica pô!

Marcelo eee Eunice

Fonte: [ Caminhando na Graça, de graça! ]
.

Rui Raiol ataca blogueiros Cristãos!

.

Lembram do Sr. Rui Raiol? Aquele que soltou uma "profetada falsa" sobre as eleições da CGADB, onde o mesmo disse que Samuel Câmara seria eleito e ainda por cima publicou em seu site oficial tal profetada com antecedência das eleições? Clique aqui para ver novamente!

Além do cara não se arrepender da falsa profecia que não foi cumprida e não reconhecer que a mesma foi fruto da carne, ele publicou vários vídeos no Youtube tentando se justificar com um verdadeiro "marabalismo místico", sobre a profetada mal sucedida, insistindo que a mesma veio de Deus.

Se não bastasse tudo isso, o cara apelou e resolveu atacar agora os Blogueiros que noticiaram tal falsa profecia. Isso mesmo, sobrou para nós (rs).

Nosso irmão Leonardo do Blog Púlpito Cristão recebeu um desses ataques do Sr. Raiol, vejam o e-mail enviado por ele ao Leo:


E-mail enviado pelo pastor Rui Raiol, no dia 24/05

Que o Senhor julgue suas palavras. Mesmo não lendo o lixo que tanta gente imunda produz diariamente na internet, noto que vc é uma das ferramentas mais ferrenhas contra tudo que Deus tem falado. Quem é você para julgar desse jeito, irmão?[...]Não sei se vc é inteligente suficiente para notar que, com sua estupidez em difamar servos de Deus, cai em contradição. Afinal de contas, o Evangelho é amor. Quando vc vem a público, sem conhecer uma pessoa, e age do jeito que tem agido, está condenado por suas próprias palavras e atitudes. Quem tem o Espírito de Deus, sabe que está diante de uma pessoa carnal e leviana. É isso que vc é?[...]Meu irmão, sou um homem de Deus.[...] Como jurista, sei que poderia processá-lo por danos morais e, com isso, ia buscar até o último centavo de seu bolso pelo seu abuso.[...] Amigo, vc tem cérebro suficiente para entender entre a visão de homem natural e a visão do Onisciente? Amigo, vc acha que Jesus me diria "Venceu o pastor B", quando Ele sabe que não venceu? Vc acha que Deus mentiria? Amigo, o que perguntei a Deus foi a essência, vc entende? Não perguntei resultado oficial. Se vc perguntasse a Deus quem venceu para ser o sucessor de Judas, será que Ele responderia "Matias", sabendo que Ele chamaria a Saulo? Irmão, vc já esteve desenganado por 3 anos e foi curado por Jesus pessoalmente? Vc é batizado com o Espírito Santo e com fogo? Vc ora todos os dias? Vc foge do pecado para seguir a Jesus? Vc observa a Palavra? Vc sabe ouvir a voz do Espírito Santo? Quem é vc para julgar, irmão? Que o Senhor julgue entre mim e ti. Se profetizei da carne, venha o juízo de Deus sobre mim. Agora, se sou homem de Deus e vc tem sido um instrumento de Satanás, que a mão do Senhor pese sobre ti terrivelmente, e só se retire quando vc reconhecer que há um Deus no Céu.

--------------------------------------------------------

Chega a ser cômico o conteúdo deste e-mail, porém trágico para o Sr. Raiol. Afinal, ele mesmo entra em contradição em várias afirmativas feitas, sem falar nas discrepantes distorções teológicas que o mesmo faz para tentar justificar seus erros, além das afirmações ofensivas contra nosso irmão Leo.

Não quero entrar no mérito da refutação, pois em resposta a essa "pérola" o irmão Leonardo publicou uma réplica ao Sr. falso profeta Rui Raiol. Peço a todos que possam ler e se possível comentar com sua opinião no Blog Púlpito Cristão referente a este "ataque". Recomendo a leitura da réplica, que por sinal está muito bem elaborada.


Estamos contigo Leo!

RM
.

Quer vencer a crise? Queime pães!

.
Clique na imagem para ampliar


Fonte: [ veSHAME gospel ]


Ao invés de economizar na crise, vão queimar comida? Ô povo louco! Porque não doam os pães para os pobres? Além de um ato anti-bíblico e macumbento, os caras perderam totalmente o bom senso. É o cúmulo do ridículo vincular a Fé Cristã com esses rituais macabros. Só o pessoal da IURD mesmo para lançar moda assim. E tem gente que gosta... vão queimando pães assim pra ver se a crise vai acabar...

RM
.

Músicas de qualidade [15]

.



Silvestre Cuhlmann
Música: Supremo Arquiteto
Ao vivo no evento "Brasil, Nosso Som, Nosso Louvor"
.

Objeção a reflexão filosófica (Parte II)

.

Texto: Daniel Grubba

Na primeira parte deste breve ensaio abordamos a objeção bíblica no que diz respeito a reflexão filosófica. Agora vejamos na parte II: Objeção Teológica.

Tertuliano

Todas as críticas da interação cristianismo-filosofia parecem remontar a Tertuliano (séc. I-II), advogado romano do século III que se converteu ao cristianismo. É bem provável que ele tenha sido o primeiro a questionar o papel da filosofia para a compreensão dos conteúdos evangélicos e também o primeiro a negar aos cristãos o acesso a herança intelectual e cultural para propósitos evangelísticos. Wolfhart Pannenberg (2008, p.18) confirma este dado:

"A concepção de que a doutrina cristã nada tem haver com a filosofia, e que toda ligação com o pensar filosófico seria paga com o preço de sua autenticidade como teologia da revelação, reiteradamente se tem reportado a Tertuliano como seu ancestral ".

Sua famosa pergunta retórica ecoa até hoje: Que relação há entre Atenas e Jerusalém? Que importância tem a Academia de Platão tem para a igreja? A resposta parece ser clara para Tertuliano: o cristianismo deve se manter distante da reflexão filosófica não importa quão louvável sejam os motivos.

Porém, é no mínimo estranho Tertuliano ter questionado o papel da filosofia, uma vez que ele era alguém versado no conhecimento , apologista da fé cristã e profissional em retórica . No entanto, a resposta parece estar em seu rigoroso ascetismo e exagerado conceito de santidade. Para Tertuliano a igreja deve se manter santa e incontaminada, e este conceito seria o cerne de sua teologia. Wiliston Walker (2006, p. 98) diz que observar as palavras de Deus, segundo Tertuliano, significa uma existência separada do mundo, o qual tinha o culto idólatra dos demônios. Maurice Nédoncelle (1905-1976), filósofo e teólogo francês, também observa que:

"Para ele (Tertuliano), heréticos e filósofos são uma coisa só: fazem as mesmas perguntas, exploram os mesmos domínios, perguntam-se de onde vem o mal, porque e de onde vem o homem, como é constituído o universo, etc. Eles respondem com o auxilio de princípios obscuros que acham peremptórios e que se reduzem a palavras pedantes e ridículas" (1958, p. 33).

Para não fazer injustiça a importância de Tertuliano na história do cristianismo, Norman Geisler (2002, p. 825-826), renomado apologista cristão, sai em sua defesa dizendo que Tertuliano é acusado falsamente de irracionalismo, e que apesar de sua forte influencia na fé, ele acreditava que havia um papel importante para a razão humana na defesa da religião cristã.

Karl Barth

Alister Macgrath (2005, p.260), professor de teologia histórica na Universidade de Oxford e um dos mais influentes pensadores cristãos da atualidade, sugere que a atitude mais negativa diante da interação cristianismo-filosofia, adotada na teologia cristã recente, tenha sido a de karl Barth. Porém, isto não quer dizer necessariamente que Barth fosse contra o estudo da filosofia , ou um antiintelectual. Barth na verdade por seu próprio mérito se veio a firmar-se como um grande intelectual. Sua crítica, no entanto, era contra o uso da filosofia e revelação natural como um ponto de contato (Anknüpfungspunkt) da revelação divina com a natureza humana para fins evangelísticos. Para Barth, Deus não precisa de nenhuma ajuda para tornar-se conhecido. Quanto a este assunto, ele diz:

"Deus não se dá a conhecer pelos poderes do conhecimento humano; só se pode apreendê-lo, e ele só se deixa apreender por causa de sua própria liberdade, decisão e ação" (BARTH apud MACGRATH, 2008, p.30).

A critica que se faz da teologia existencialista de Barth, pelo menos por parte dos apologistas-polemistas da fé cristã, é justamente o caráter fideista do sistema barthiniano. Francis Schaeffer (2007, p.43) em A morte da razão diz que no existencialismo religioso de Barth “não há lugar para a razão e nem ponto de verificação”. E segundo Alister Mcgrath, isto é um problema que se volta contra o próprio sistema neo-ortodoxo barthiniano. Ou seja, como a alegação de Barth é exclusivamente baseada na revelação divina, ela não pode ser avaliada senão por essa mesma revelação, desembocando necessariamente em um círculo vicioso. Em outras palavras, Mcgrath diz que “não existem pontos de referências externos, pelos quais as alegações da neo-ortodoxia possam ser verificadas” (2005, p.145).


Autor: Daniel Grubba
Fonte: [ Soli Deo Gloria ]

.