Minhas impressões sobre a Reforma Protestante

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Hoje, 31 de Outubro é celebrado o Dia da Reforma Protestante pela maioria dos cristãos espalhados pelo mundo. A Reforma resgatou valores e trouxe um impacto profundo sobre os aspectos políticos, econômicos, sociais, literários e artísticos da sociedade. Foi, sobretudo, uma batalha pela fé e a redescoberta das doutrinas esquecidas ou ignoradas das Escrituras. A reforma nos deu a Bíblia, agora disponível em nossas próprias línguas; a liberdade religiosa e de consciência, o Estado de Direito. Ao mesmo tempo, os reformadores lutaram pelos princípios que somente a Escritura é nossa autoridade final, que somente Cristo é o cabeça da Igreja, a justificação é pela fé e tão somente graça de Deus nos méritos da obra consumada por Cristo na cruz do calvário. Os sacrifícios feitos pelos reformadores, o impacto de longo alcance e a aplicação corajosa da Bíblia para cada área da vida são frutos da obra divina.

O legado da Reforma nos inspira. Mais escolas e universidades foram levantadas pelos cristãos do que por qualquer outra religião, nação ou grupo. A elevação das mulheres e a luta contra a exploração degradante da poligamia e da discriminação fez parte da reforma. Os reformadores e missionários conseguiram trazer a abolição da escravatura, canibalismo, o sacrifício de crianças e queimação de viúvas. A verdade é que a influência da igreja tem, ao longo da história, contido a desumanidade do homem. Países que gozam as liberdades civis são geralmente mais aqueles onde o Evangelho de Cristo penetrou mais profunda e poderosamente.

A Reforma Protestante, ainda que não imune a erros, mudou a história do mundo e a vida da própria igreja. Oro para que Deus nos conserve fiéis ao genuíno evangelho e seus valores e, que os clamores da Reforma - Somente a Escritura, Somente a Graça, Somente Cristo, Somente pela Fé e a Deus toda Glória – sejam ouvidos, defendidos e proclamados nas igrejas evangélicas do nosso Brasil.

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Sobre o autor: Marcos Sampaio é teólogo e pastor da Igreja Batista da Caputera, Angra dos Reis-RJ.
Divulgação: Bereianos
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O que a circuncisão tem a ver com batismo?

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Gravado na Semana Teológica do Seminário JMC, neste vídeo George Lucas do Canal Geolê entrevista o Rev. Daniel Piva sobre a seguintes questões: Batismo é para nós o que foi a Circuncisão para os Judeus? Como se dá essa relação? Crianças devem ser batizadas? Assista:


Transcrição:

Geolê: Reverendo, por que estudar sobre circuncisão? Isso não é coisa do Antigo Testamento e atualmente apenas uma preocupação de judeu? 

Daniel Piva: Essa é uma pergunta importante. Parece só uma questão cultural ou talvez história para curiosidade, mas na verdade não. 

Nós, reformados, entendemos que o Cânon Bíblico é composto de Antigo e Novo testamento, não como uma mera aproximação; eles são uma unidade orgânica! Para eu entender o AT eu preciso olhar para o NT e perceber como aquelas coisas se ampliaram, plenificaram e aplicaram. E quando estou no NT e quero saber as bases (e não é porque é base que é menor. Afinal, sem base as coisas não funcionam), então me reporto ao AT, e entendo muito melhor. Isso também se chama Hermenêutica Canônica, isto é, eu caminho entre os dois Testamentos e entendo a Verdade Bíblica, que é uma só. 

Então para se falar de batismo, necessariamente eu preciso falar de circuncisão, pois entendemos que é uma em decorrência da outra. Eu também não poderia, por outro lado, estudar apenas circuncisão e não olhar para o NT e como ela foi ampliada, plenificada e aplicada. 

Geolê: E agora olhando para o NT, nós não temos não texto que traga expressamente “Batize crianças”. Então porque a gente entende que crianças, e de maneira mais específica os filhos dos crentes, devem ser batizadas? 

Daniel Piva: Está mais uma vez relacionada com a questão do AT e do NT. Se nós entendemos que é o mesmo Deus, o criador da Aliança; o mesmo Mediador, Cristo; e ainda as mesmas pessoas de todos os tempos, isto é, não apenas do povo judeu, mas dos eleitos, nós entendemos que as coisas não mudaram. Tanto os participantes quanto as alianças, todos vão se complementando, e não se anulando, conforme a nova chega; elas vão se ampliando.

Então é necessária toda essa transposição do AT para o NT para eu entender essa decorrência. Sim, de fato não há nenhum texto no NT que diga para batizar crianças, assim como há tantas coisas no NT que não extinguiram as coisas do AT, mas continuam em decorrência essencial mudando apenas a forma. O mais clássico que os evangélicos conhecem é o sacrifício. No NT temos os sacrifícios, no NT temos O Sacrifício, Cristo. Então a circuncisão vem, mas em um momento ela cessa, mas a Aliança não cessou, o Mediador não cessou, Deus não mudou. Então aquela marca tem de continuar. Como? De nova forma com o batismo. Circuncisão nas crianças, então batismo nas crianças. 

Geolê: E para quem quiser se aprofundar e entender um pouco mais sobre esse assunto, que bibliografia o senhor recomenda? 

Daniel Piva: Existem as literaturas específicas, mas para porta de entrada o melhor seriam as literaturas básicas. Confissão de Fé de Westminster, Catecismo Maior de Westminster, Breve Catecismo de Westminster, e dois teólogos bastante conhecidos no meio reformado. O principal, obviamente, João Calvino que em suas Institutas tem uma parte para sacramentos, uma parte específica para ceia, uma parte específica para batismo, e nesta ele fala desta questão das crianças. Ele mesmo faz uma espécie de debate consigo mesmo respondendo às perguntas que normalmente surgem. E em Teologia Sistemática, Louis Berkhorf. 

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Fonte: Geolê
Palestra completa do Rev. Daniel Piva, disponível aqui!

Livros Citados: 

Confissão de Fé de Westminster - Editora Cultura Cristã. (Não encontrado)
Catecismo Maior de Westminster - Editora Cultura Cristã
Breve Catecismo - Editora Cultura Cristã. (Não encontrado)
As Institutas - João Calvino. Editora Cultura Cristã
Teologia Sistemática - Louis berckof. Editora Cultura Cristã
What is Baptism? - R. C. Sproul
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O que eu perco quando perco o culto?

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Você pode imaginar a sua vida sem culto? Você consegue imaginar a sua vida sem se reunir regularmente com o povo de Deus, para adorá-lo em conjunto? O culto corporativo é um dos grandes privilégios da vida cristã. E talvez ele seja um daqueles privilégios que, ao longo do tempo, tomemos como certo. Quando eu paro para pensar a respeito, não consigo imaginar a minha vida sem culto. Eu nem mesmo desejo pensar nisso. Mas eu acho que vale a pena considerar: O que eu perco quando eu perco o culto?

Vivemos numa cultura consumista onde temos a tendência de avaliar a vida através de meios muito egoístas. Fazemos isso com o culto. “Hoje o sermão não falou comigo. Eu simplesmente não consegui apreciar as canções que cantamos nesta manhã. A leitura da Escritura foi demasiado longa”. Quando falamos dessa maneira podemos estar dando provas de que estamos indo à igreja como consumidores, como pessoas que desejam ser servidas em vez de servir.

No entanto, o ponto primário e o propósito de cultuar a Deus é a sua glória, não a satisfação das nossas necessidades sentidas. Nós adoramos a Deus, a fim de glorificar a Deus. Deus é glorificado no nosso culto. Ele é honrado. Ele é magnificado à vista daqueles que se juntam a nós.

Dessa forma, o culto rompe completamente com a corrente do consumismo e exige que eu cultue por amor da sua glória. Tenho ouvido dizer que o culto “é a arte de perder o ego na adoração de outro”. E é exatamente este o caso. Eu esqueço de tudo sobre mim e dou toda honra e glória a Ele.

O que eu perco sem o culto? Eu perco a oportunidade de crescer através de ouvir um sermão e de experimentar alegria por meio do cântico de grandes hinos. Eu perco a oportunidade de me unir a outros cristãos em oração e para recitar grandes credos com eles. Mas, mais que isso, eu perco a oportunidade de glorificar a Deus. Se eu parar de cultuar, estarei negligenciando um meio através do qual eu posso glorificá-lo.

Você vê? O culto não é sobre você ou sobre mim. O culto é sobre Deus. E, realmente, isso muda tudo.

Quando vejo o culto como algo que, em última análise, existe para o meu bem e para a minha satisfação, fica fácil tirar um dia de folga e pensar que a minha presença não faz nenhuma diferença. Mas quando eu venho para glorificar a Deus, eu entendo que ninguém mais pode tomar o meu lugar. Deus espera o levantar das minhas mãos, o erguer do meu coração e o levantar da minha voz a Ele.

Quando vejo o culto como algo que é todo sobre mim, fica fácil pular de igreja em igreja e estar sempre à procura de algo que se ajuste melhor a mim. Mas quando eu vejo a igreja como algo que é verdadeiramente sobre Deus, me pego procurando por uma igreja mais pura e melhor em adorar do modo exato como a Bíblia ordena – Eu procuro por uma igreja através da qual eu possa glorificá-lo cada vez mais.

Sem dúvida, o culto é um privilégio. Mas também é uma exigência, uma responsabilidade. E a maior responsabilidade, bem como o maior privilégio no culto, é trazer glória a Deus.

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Autor: Tim Challies 
Fonte: What Would I Lose if I Lost Worship?
Tradução: Rev. Alan Renê Alexandrino Lima
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Os Dez Mandamentos e a Ética Cristã

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Antes de tudo, é necessário termos uma coisa em mente: a lei de Deus, os Seus dez mandamentos são divididos em duas tábuas. A primeira diz respeito ao relacionamento do homem com Deus; a segunda nos guia no nosso relacionamento com o próximo. Como os cristãos devem se portar na sua vida diária? O que fazer com as escolhas morais? Como fazê-las e baseada em quê será nossa decisão? Essas são perguntas que, de forma geral, tentaremos responder ao longo do texto. Como os dez mandamentos são bastante extensos e grandemente profundos, não será possível esgotar, de maneira nenhuma, este assunto aqui neste ensaio. A minha intenção, então, será analisarmos a importância deste tema para o cristão, assim como observarmos o mandamento “Não terás outros deuses diante de mim.”

A lei é o reflexo da santidade de Deus, da sua perfeição. Através dela podemos ver o que Deus é, e o que nós somos. Aquele (o decálogo) é o padrão pelo qual o caráter de Deus é composto, e pelo qual o nosso é julgado. Nessas dez regras temos conceitos simples, mas abrangentes. Pequenos, mas complexos. Devemos nos achegar à revelação divina da Sua vontade para o nosso dia a dia de forma humilde, sabendo que nada somos e que Deus nos revelará o que lhe apraz nos momentos certos. Podemos ler dez, vinte ou até trinta vezes o decálogo, mas nunca ele será esgotado. O próprio Cristo, no sermão do monte, desenvolve os dez mandamentos e aplica-os ao povo e a nós, através das Escrituras. Devemos então nos curvar de forma humilde, reconhecendo a grandiosidade e santidade do nosso Senhor descrita no Decálogo.

Tiago Santos coloca sabiamente a definição da palavra “ética cristã”, ele diz: “é o 'modus vivendus' do povo de Deus.” Ou seja, o modo pelo qual o povo de Deus deve se guiar. Salmo 119:105 afirma que a palavra de Deus é lâmpada para os pés e luz para o caminho. Precisamos entender que é extremamente necessário e de tamanha importância que o cristão saiba como viver. A primeira pergunta do Catecismo Maior de Westminster diz: “Qual o fim supremo e principal do homem?” imediatamente ele responde: “O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e alegrar-se nele para sempre [Rm 11:36; 1Co 10:31; Sl 73:24-26; Jo 17:22-24].” A pergunta é: como viveremos para glorificar e alegrar-se em Deus? Observando a Sua Santa Palavra e vivendo de acordo com a Sua Santa vontade [o modus vivendus do homem].

Podemos também observar o texto de Romanos 12:2, que diz: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Como cristãos, devemos não apenas fazer o correto, mas pensar correto. Não devemos nos moldar ao modelo deste mundo, e muito menos às regras morais deste mundo. Pelo contrário, não podemos nos deixar ser influenciados e nem nos conformar com este mundo, mas devemos renovar nossa mente, dia após dia, para que possamos viver de modo bom, agradável e perfeito, de acordo com a vontade de Deus. Esse é objetivo do homem!

Outro fator importante que devemos saber é que o cumprimento do decálogo não salva, pelo contrário; ele condena! Ele nos mostra quem somos. Essa é uma diferença central do cristianismo bíblico para as outras religiões. A maioria, senão todas as outras religiões, são movidas por boas obras. As pessoas, para alcançarem o “céu” precisam fazer boas obras e etc. Esse é o pensamento que gira no mundo a respeito do homem. Porém, isso não é o que as Escrituras falam. O homem é impuro, corrupto, miserável, condenado, pecador, manchado, depravado, e tudo mais. Por isso, ele não tem a capacidade de cumprir todo o mandamento do Senhor. O cristão não cumpre a lei de Deus para ser salvo, mas por amor! [João 14:23] O que nos move e capacita a cumprir a lei de Deus é o Santo Espírito. Ele, apenas Ele, pode nos capacitar a fazê-lo.

Não terás outros deuses diante de mim.”

Aqui temos um mandamento tão conhecido, e ao mesmo tempo tão negligenciado. Deus diz ao povo de Israel que não tolera diante da Sua face qualquer outro Deus, pois Ele é o único. No contexto da época, o povo estava rodeado de religiões pagãs, onde cada uma reivindicava o seu próprio deus. Na verdade, nesse exato momento, o povo tinha acabado de sair de uma cultura onde vários deuses eram cultuados. Cada um na sua “área”. O sol, o rio, a natureza, a vida, e por aí vai. Cada área do ser humano era governada por um deus diferente. Essa era a ideia.

O povo de Israel, o povo escolhido e separado por Deus, precisava entender que o Deus deles, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó era o Deus verdadeiro, hoje e sempre. Infelizmente, essa ideia não ficou presa àquela época. Hoje, não só pagãos, como também cristãos, acreditam “mesmo que sem querer” num deus compartimentado; o qual não é o Deus das Escrituras. Michael Horton coloca da seguinte forma: “Podemos ver em nossos próprios círculos cristãos traços dessa mudança de ideia de um Deus Soberano que revelou-se num tempo e espaço reais na História, para a noção de deidades locais que gerenciam os compartimentos separados de nossa vida, garantindo o sucesso e a felicidade em suas esferas respectivas. Isso é raramente declarado, mas frequentemente praticado: Deus está encarregado da área chamada “religião”, mas a própria vida é governada por um panteão de deidades: carreira, posses, ambição, auto-estima, família, amigos, entretenimento, moda. Sempre que tomamos uma decisão de violar a vontade revelada de Deus em favor de uma dessas “deidades”, estamos colocando outros deuses diante do único e verdadeiro Deus vivo.”¹ Quantas “deidades” não existem em nossos corações querendo tomar o trono do Senhor dentro de nós? Simples coisas do dia a dia nos impedem de adorar a um único Deus, o verdadeiro.

A cultura brasileira está arraigada no catolicismo romano. Cristãos tem repúdio a imagens por causa dessa cultura donde vivemos e viemos, mas às vezes esquecemos que não só existem ídolos físicos (imagens), mas também os do coração. Pessoas estão tão presas a condenar alguém que adora uma imagem – de forma nenhuma estou concordando com a adoração de imagens – que se esquecem que no seu coração, talvez, exista mais ídolos do que todos aqueles os santos da Igreja Católica Romana. O Senhor neste mandamento não condena somente ídolos visuais, mas qualquer coisa que ocupe o lugar Dele em nossas vidas.

Salmos 115:1 diz: “Não a nós Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade.” O povo de Israel que tantas vezes abandonou a Deus por causa de falsos deuses reconhecem a majestade de Deus. Por que será que no início diz-se 'Não a nós Senhor, mas ao teu nome dá glória […]'? Simplesmente porque o coração do homem tem dois deuses, ou o Deus verdadeiro ou ele mesmo. Como já dizia João Calvino: “O coração do homem é uma fábrica de ídolos”. Calvino, como um perspicaz teólogo, entende exatamente o ponto. Se o deus do homem não é o Deus verdadeiro, é ele mesmo. Ele fabrica, seja: religiões, ele mesmo (ateísmo), trabalho, esposa, namorada, dinheiro, sexo, vícios; qualquer um. Fora do Deus santo e verdadeiro - que é aquele que preenche o vazio que o homem tem – não há verdade. Só há pseudo-deuses, tentando ocupar o lugar que não é para eles, e como não é para eles, eles não vão conseguir preenchê-lo.

No decorrer do Salmos 115:4-8, o salmista descreve como são os deuses das nações ao seu redor: “Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos e não veem; têm ouvidos, e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai pela garganta. Tornem-se semelhantes a ele os que os fazem e quantos neles confiam.” Os idólatras se tornam inúteis diante do Deus que está no céu (ver Sl 115:3). Eles são como mortos, são como os deuses que eles adoram.

C. J. Mahaney no seu artigo² observa alguns meios de identificar a idolatria do homem, alguns deles são:

(1) – As Escrituras: como cristãos não só precisamos, como devemos observar toda nossa vida de acordo com as Escrituras Sagradas. Ela é a nossa única regra de fé e prática. É através dela que o Senhor nos ensina como devemos viver. Como disse anteriormente, toda a idolatria do homem flui do seu próprio coração corrupto, e as Escrituras penetra-o e o corta (ver Hb 4:12-13).
(2) – O Espírito Santo: Através da ação divina do Espírito Santo podemos perceber o que está em nosso coração que está tomando o lugar do nosso Deus. Investir tempo em oração clamando a Deus que o ES ilumine nossa mente para identificar e deixar a nossa idolatria.
(3) – Os outros irmãos: através do amor mútuo, da comunhão que desfrutamos através do sangue de Cristo, precisamos confrontar uns aos outros. O nosso coração é orgulhoso e enganoso, e muitas vezes não conseguimos identificar, por nós mesmos, o que está no nosso coração tomando o lugar do Senhor. Portanto, através de humildade precisamos escutar os outros, e através do amor confrontar os outros.

O Catecismo Maior de Westminster, pergunta 104 diz: “Quais são os deveres exigidos no primeiro mandamento?” Como resposta: “Os deveres exigidos no primeiro mandamento são: conhecer e reconhecer Deus como único verdadeiro Deus, e nosso Deus; adorá-lo e glorificá-lo como tal; pensar e meditar nele; lembrar-nos dele, altamente apreciá-lo, honrá-lo, adorá-lo, escolhê-lo, amá-lo, desejá-lo e temê-lo; crer nele, confiando, esperando, deleitando-nos e regozijando-nos nele; ter zelo por ele; invocá-lo, dando-lhe louvor e agradecimentos, prestando-lhe toda a obediência e submissão do homem todo; ter cuidado de lhe agradar em tudo e tristeza quando ele é ofendido em qualquer coisa; andar em humildade com ele.” Na pergunta seguinte é descrito todos os pecados que são condenados com o primeiro mandamento. De forma singular o Catecismo de Westminster explora as Escrituras quanto a esse assunto. Soli Deo Gloria, Sola Fide, Solus Christus, Sola Scriptura e Sola Gratia; esses brados da reforma ecoam como um funil, onde no início têm-se todos eles juntos, mas no fim, lá no fim do funil, temos uma única coisa: a Glória de Deus.

Esse primeiro mandamento – não terás outros deuses diante de mim – é nada mais, nada menos que o Senhor dizendo ao Seu povo: 'Toda a glória seja dada a mim! Eu sou o único e verdadeiro Deus, qualquer outro deus é abominação. A glória que seria dada a ele (o suposto deus) é para ser dada a mim!' A glória é Dele, a salvação é dele, o nosso coração deve repousar somente Nele.

Soli Deo Gloria.
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Referências:

[1] HORTON, Michael, A Lei da Perfeita Liberdade, Ed. Cultura Cristã, pág. 34.
[2] http://www.monergismo.com/textos/pecado_tentacao/idolatria_mahaney.htm

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Autor: Danyllo Gomes
Fonte: Verdade do Cristianismo
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Cristãos e o Halloween

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Halloween. É aquela época do ano em que o ar fica mais geladinho, os dias mais curtos, e para muitos jovens americanos aumenta empolgação e expectativa para o feriado mais sombrio e aterrorizante do ano.

O comércio também se anima com a perspectiva de aquecer suas caixas registradoras com uma média de US$ 79,82 por domicílio, gastos em decorações, fantasias, doces e cartões. O Halloween irá gerar aproximadamente 8 bilhões de dólares esse ano.

Batismo é por imersão ou aspersão?

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Aproveitando a Semana Teológica do Seminário JMC, neste vídeo George Lucas do Canal Geolê entrevista o Rev. Leandro Lima sobre o batismo - imersão ou aspersão? Assista:


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Fonte: Geolê
Palestra completa do Rev. Leandro Lima, disponível aqui!
Livro citado: Batismo cristão - imersão ou aspersão? - Charles Hodge
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Amados falsos mestres!

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Falsos mestres com uma língua comum – com heresias óbvias, não são os mais perigosos. O problema está no falso mestre que tem uma língua bifurcada. Ela é capaz de discursos díspares, já que mistura coisas que mostram “amor”, “interesse ao próximo”, “o social”... com os mais sutis e devastadores desvios. Em toda a história da igreja homens que propagaram heresias destruidoras eram amáveis... Os teólogos liberais sempre foram diligentes estudantes do espírito da época.

Deus esteve em um útero: Por que o aborto é tão perverso

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Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro quem te louvará?” (Salmo 6.5)

Jesus, o Senhor da glória (Tiago 2.1), o belo e glorioso (Is 4.2), o resplendor da glória de Deus (Hebreus 1.3), cheio de graça e verdade (João 1.14) é a pessoa por quem Deus faz todas as coisas. Tudo foi criado por Cristo (Colossenses 1.16).

Essa verdade deve ser onde começamos e terminamos qualquer discussão biblicamente fundamentada sobre questões morais.

Em uma recente viagem ao Chile, eu pude almoçar com um candidato à presidência, um senador considerado conservador, sobre a questão do aborto. Nós tivemos uma chance de compartilhar nossas perspectivas sobre aborto, e ele iniciou uma eloquente defesa da posição pró-vida. Agora, era minha vez – o que eu deveria diz que ele já não tivesse ouvido e lido?

O Mais Precioso para Deus

Eu perguntei ao senador: “Qual é a coisa mais preciosa para Deus no universo?”. Em vez de me responder, ele esperou que eu continuasse.

Eu disse: “O Filho de Deus, Jesus, é a coisa mais preciosa para Deus em todo o universo. E onde Deus colocou seu bem mais precioso? Em um útero”.

Deus não enviou seu Filho à terra na forma de um adulto para viver e morrer por nossos pecados. Em vez disso, Deus começou com a concepção no ventre da virgem Maria. O lugar mais seguro do mundo para Jesus era o útero da sua mãe. Deus valoriza tanto o útero que ele colocou seu Filho amado ali.

Talvez, nós falhemos em perceber o quanto essa verdade é incrível. Deus esteve em um útero. É tão chocante quanto o fato de que Deus esteve em uma sepultura (nos dois lugares ele recebeu vida física e espiritual). Matar crianças no útero, portanto, é equivalente a entrar numa zona de segurança criada por Deus e saquear as coisas que ele mais ama.

Roubando o glória de Deus

Deus ama o útero da mulher. Ele criou o útero para que seu Filho habitasse ali no estágio mais vulnerável de sua vida terrena. Por extensão, Deus fez o mesmo para cada um de nós. O útero é o lugar designado por Deus para se ter segurança, mas, agora, tragicamente tornou-se o lugar mais perigoso da terra.

Deus também criou o útero como o lugar a partir do qual ele traria pessoas ao mundo para seu Filho (Colossenses 1.16). Quando um nascituro é morto, não é apenas um pecado contra Deus, mas também um pecado contra a glória de Cristo. Por quê? Porque aquela alma eterna jamais terá a oportunidade de glorificar a Cristo neste mundo.

Cada aborto priva Cristo de um adorador vivo e corpóreo – o tipo que Deus procura para glorificar a si e a seu Filho. Aborto é algo tão errado porque priva Deus de sua prerrogativa maior neste mundo: uma criatura feita à imagem de Cristo que adora Deus pelo Espírito.

Se há algo que deveria nos fazer entristecer sobre o aborto – e há muitas coisas – é que Cristo tem sua glória roubada.

Nós queremos que as crianças tenham vida. Mas, mais que isso, queremos que as crianças tenham vida em Cristo – a vida que ele veio oferecer ao adentrar neste mundo no útero de uma virgem.

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Autor: Mark Jones
Fonte: DesiringGod
Tradução: Josaías Jr
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Pequenos detalhes que todo cristão deveria saber (Parte 2)

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Seguindo nossa série de posts, desta vez trataremos, através de uma adaptação de um artigo produzido pelo Dr. Michael Kruger, da questão da compilação do Cânon do Novo Testamento.

Ao investigar esse assunto, os estudiosos gostam de destacar a primeira vez que encontramos uma lista completa de 27 livros. Sem nenhuma surpresa, a lista contida na famosa Carta Pascoal (367 d.C) de Atanásio é mencionada como a primeira vez que algo assim aparece na história da Igreja Cristã.

Como resultado, frequentemente ouvimos que o Novo Testamento foi um fenômeno tardio e que os cristãos não possuíam o Novo Testamento até o final do quarto século. No entanto, esse tipo de raciocínio é problemático em vários níveis. Em primeiro lugar, nós não avaliamos a existência do Novo Testamento apenas através da existência de listas. Se examinamos a maneira que certos livros foram usados pelos pais da igreja primitiva, fica evidente que existia um cânon operante muito antes do quarto século. De fato, lá pelo segundo século já existia uma coleção central de livros do Novo Testamento funcionando como Escrituras.

Em segundo lugar, existem razões para acreditar que a lista de Atanásio não é a mais antiga lista completa que possuímos. O Dr. Michael Kruger argumenta que, por volta de 250 d.C., Orígenes produziu uma lista completa contendo os 27 livros do Novo Testamento (mais de 100 anos antes de Atanásio). Em sua maneira tipicamente alegórica, Orígenes usou a história de Josué para descrever o cânon do Novo Testamento:

“Mas quando o Senhor Jesus Cristo veio – cuja chegada o filho de Num havia designado – ele enviou Seus sacerdotes, Seus apóstolos, carregando “trombetas de obra batida”, a instrução celestial e magnífica da proclamação. Primeiramente Mateus soou a trombeta sacerdotal em seu Evangelho; Marcos também; Lucas e João tocaram cada um suas trombetas sacerdotais. Até mesmo Pedro clama com trombetas em suas duas epístolas, assim como Tiago e Judas. Adicionalmente, João também soa a trombeta através de suas epístolas [e Apocalipse], e Lucas ao descrever os Atos dos Apóstolos. E por último vem aquele que disse “Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos” e que em catorze de suas epístolas, retumbando com trombetas, derruba as muralhas de Jericó e todos artifícios de idolatria e dogmas de filósofos…” (Hom. Jos. 7.1)

Como se pode ver na lista acima, todos os 27 livros do Novo Testamento são computados (Orígenes claramente identifica Hebreus como uma carta de Paulo). A única ambiguidade está numa questão de crítica textual e a citação a Apocalipse, no entanto temos grande evidência, provinda de outras fontes, de que Orígenes aceitava Apocalipse como Escritura (Eusébio, Hist. Eccl. 6.25.09).

Orígenes (185 – 253 d.C), teólogo e filósofo neoplatônico patrístico.

É claro que algumas pessoas tem rejeitado esse argumento e objetado que essa lista apenas reflete as opiniões de Rufino de Aquileia, responsável por traduzir as “Homilias sobre Josué” de Orígenes para o Latim. No entanto, essa é uma suposição questionável. O Dr. Michael Kruger, em um artigo intitulado “Origen’s List of New Testament Books in Homiliae on Josuam 7.1: A Fresh Look” argumenta que Rufino é, como tradutor, muito mais confiável do que os antigos estudiosos supunham. Além disso, a confiabilidade da lista canônica de Orígenes encontra suporte no fato de que ela se encaixa com aquilo que Orígenes diz em outras obras. Por exemplo, Orígenes enumera todos os autores do Novo Testamento em suas “Homilias sobre Gênesis
, e isso coincide com a lista dos livros do Novo Testamento dada acima:

Isaque, portanto, também cava novos poços. Ou melhor, os servos de Isaque os cavam. Esses são: Mateus, Marcos, Lucas, João. Seus servos são Pedro, Tiago, Judas; o apóstolo Paulo é seu servo. Todos esses cavam os poços do Novo Testamento (Hom. Gen. 13.2).

Pode-se ver rapidamente que a lista de autores (novamente em seu clássico estilo alegórico) coincide com a lista de livros. Apesar de Rufino também ter traduzido as Homílias sobre Gênesis, será que devemos realmente pensar que ele mudou ambas passagens precisamente da mesma maneira? Parece bem mais provável que elas combinam simplesmente pelo fato de elas refletirem as verdadeiras opiniões de Orígenes.

Nossas suspeitas são confirmadas quando comparamos as duas passagens de Orígenes com a lista de livros canônicos do próprio Rufino. Se Rufino fosse culpado de adulterar a lista de Orígenes para coincidir com a sua, seria de se esperar que encontrássemos muitas similaridades estruturais entre elas. No entanto, isso é precisamente o que não encontramos. Na verdade, a lista de Rufino difere da de Orígenes em várias maneiras.

No final das contas, temos razões históricas suficientes para aceitar a lista de Orígenes como genuína. E se esse é o caso, então temos evidência de que (a) os cristãos já estavam fazendo listas muito antes do que estávamos supondo (e portanto se importavam com quais livros ficariam “dentro” e “fora”); e (b) que as fronteiras do Novo Testamento eram, ao menos para pessoas como Orígenes, mais estáveis do que tipicamente se supõe.

Além dos ótimos pontos levantados pelo Dr. Kruger, temos outra evidência de que o Cânon de 27 livros é anterior à Carta Pascoal de Atanásio. Everett Ferguson escreve o seguinte:

“No entanto, pode-se notar que, de acordo com Agostinho, os donatistas cismáticos, que surgiram graças a conflitos resultantes de diferentes respostas ao comando de entregar as Escrituras (na perseguição diocletiana do quarto século), não possuiam Cânon diferente das igrejas católicas da África do Norte… Cresc. 1.37; cf. a definição desses em Unit. Eccles. 19:51: ‘As Escrituras Canônicas da Lei e dos Profetas as quais são adicionadas os Evangelhos, as Epístolas Apostólicas, os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse de João.'” (Lee McDonald e James Sanders, edd., The Canon Debate [Peabody, Massachusetts: Hendrickson Publishers, 2002])

Portanto, podemos concluir que o Novo Testamento não é um fenômeno tardio como os secularistas querem que seja. Orígenes não oferece sua lista como uma inovação ou como algo que poderia ser considerado como controverso. Para falar a verdade, ele menciona essa lista no contexto de um sermão de uma maneira bem natural. Ao menos para Orígenes, parece que o conteúdo do Novo Testamento já estava definido.

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Autor: Michael J. Kruger
Fonte: What is the earliest compilation of the Canon of the New Testament
Adaptação: Erving Ximendes
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Os Filhos de Deus e a Cultura Popular

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Quando Deus determinou criar a raça humana, ele estabeleceu alguns propósitos e parâmetros para um bom relacionamento entre criador e criatura. Esses propósitos e parâmetros são descritos pela Bíblia e por nossa teologia na forma de uma aliança. Deus fez uma aliança com a criatura e estabeleceu pelo menos três diferentes mandatos para a humanidade: o mandato espiritual (seu relacionamento com o Criador), o mandato social (seu relacionamento em família) e o mandato cultural (seu relacionamento com a sociedade). Não estarei surpreendendo ninguém se disser que quebramos os três! O homem negou seu Criador, desobedecendo suas ordens, quebrou os seus elos familiares com mentiras, acusações e esquivando-se de suas responsabilidades (Adão e Eva - marido e esposa - Caim e Abel -irmãos) e desenvolveu o mandato cultural da pior forma possível (poligamia, assassinato, brutalidade, etc.). Por curiosidade, verifique Gênesis 4:17-23. Coisas boas aconteceram, mas as ruins... prevaleceram.

Este artigo vai tratar do problema da quebra do terceiro mandato – o cultural. Como os cristãos podem e devem relacionar-se com o que tem acontecido no nosso mundo? Quais devem ser os nossos limites e a nossa influência na cultura em que vivemos? O que de fato tem acontecido com os cristãos na modernidade?

É fundamental que, antes de mais nada, o cristão conheça a sua cidadania: “Eles continuam no mundo... Eles não são do mundo...” (João 17:11,16). Nós somos cidadãos dos céus, mas as nossas passagens para lá ainda não chegaram, e enquanto estamos aqui temos muito o que fazer, sem no entanto esquecermos que somos de lá. O problema é que além de sermos muitos parecidos com o pessoal do lado de cá, muitas vezes nos deixamos influenciar com os erros do mundo, desobedecendo o mandato cultural.

Observando o que acontece nos Estados Unidos, de onde as missões que nos trouxeram o evangelho saíram, pode-se observar como as coisas estão se deteriorando rapidamente, e mais rápido ainda, chegando aqui. Ao contrário do nosso Brasil, os Estados Unidos nasceram de ideais religiosos, recebendo forte influência da Palavra de Deus. Hoje é proibido falar em Deus nas escolas públicas (professores que por ventura o façam correm o risco de ser demitidos); o mesmo povo que luta por salvar as baleias (o que se deve fazer), luta pela legalização do aborto e igualdade para os homossexuais (algo semelhante acontecendo no Brasil). Onde chegamos!? Ora, estes são apenas exemplos dos extremos. Muitas coisas bem pequeninas tem influenciado comunidades inteiras de cristãos (estou falando de verdadeiros cristãos e não dos que apenas se chamam assim), e essas pequenas influências vão se tornando imensos tropeços. Por favor não me entenda mal. Não estou defendendo nenhum isolacionismo cristão (a história já comprovou que os monastérios não funcionam). Isto é errado. Mas penso que os cristãos precisam conhecer melhor o terreno em que estão pisando.

Como esta influência nos assalta? Já que nos livramos dos perigos de imperadores malucos como Nero e de ameaças terríveis como o Coliseu (a propósito, não há evidências claras de que cristãos tenham morrido no Coliseu), como livrar-nos da má influência cultural? (por favor, não é livrar-se da cultura, mas do que é podre nela). Em primeiro lugar, entendendo-a (devo estas idéias ao Dr. Kenneth Meyer em seu livro All God's Children and Blue Suede Shoes [“Todos os Filhos de Deus e Sapatos Azuis de Veludo” esta última parte referindo-se a uma música muito popular cantada por Elvis Presley] e ao Dr. David Wells, preletor no Francis Schaeffer Institute, Covenant Theological Seminary, Saint Louis, EUA, em setembro de 1992).

O grande problema que temos ao enfrentar a chamada “cultura popular” é que na verdade somos moldados por ela, não só naquilo que pensamos e sentimos, mas na forma como pensamos e sentimos. Como isso aconteceu?

Primeiro, filosoficamente. O fato é que os “grandes filósofos” conseguiram destruir toda a base para que o homem continue crendo em verdades absolutas. Tudo é relativo tudo é meia-verdade (não meia-mentira). Nos meios sociais a ideia de contar uma mentirinha de vez em quando é muito comum, afinal, foi por uma boa causa, não é mesmo? A cultura moderna apresenta um boa oportunidade para muitos aproveitarem e serem 'meio-cristãos' (precisamos urgentemente de uma teologia da meia-salvação, se é que já não inventaram). Portanto, nosso primeiro grande problema diante da cultura popular é a relativização da verdade.

Em segundo lugar, a cultura popular especializou-se em oferecer-nos gratificação instantânea (depois da Polaroid, o que falta inventar - lembranças eternas reveladas instantaneamente - nem acabamos de viver o momento e já o trocamos pela foto). Nós, cristãos modernos, estamos mergulhados na nossa cultura sem perceber o que de mal ela pode nos fazer. Faça um auto-teste de QCP (Quociente de Cultura Popular).

Se você for comprar uma TV, você prefere com controle ou sem controle? Se for fazer compras, qual a loja lhe chama mais a atenção, a loja com entrega imediata ou sem entrega imediata? Se for a um restaurante, prefere um com bufê ou aquele demorado a la carte? O telefone, sem fio ou com fio? (eu sempre preferi os primeiros). Faça as contas de quantos aparelhos de TV, rádios, gravadores, vídeo cassetes, CDs, PCs, Fax, telefones e demais controles remotos você tem em casa. Por aí dá pra se tirar uma ideia. O ter estas coisas todas não é o mal, deixar que elas moldem seus desejos é muito ruim. Se eu posso ter isto imediatamente, por que deixar para amanhã? (a mesma ideia da cultura inflacionária). Ora, tudo isto que a cultura Pop nos oferece matou outros valores que certamente demandam mais tempo. Por exemplo, por que perder tempo lendo um livro se eu posso ver o filme? E o pior, por que fazer algo que demanda da minha mente se eu tenho quem pensa por mim?

Aqui está, creio eu, o grande perigo para todos os cristãos com alto QCP. A cultura popular não só se especializou em gratificação imediata como também em moldar a mente daquele a quem gratifica. Ela lhe diz o que é bom e você perde o direito de pensar e analisar o que é realmente bom e agrada a Deus.

A cultura da gratificação instantânea invadiu a igreja! Esta foi a última arma do inimigo para destruir os filhos de Deus, e tem funcionado bem. Já há algum tempo temos as igrejas instantâneas, os crentes instantâneos, as curas instantâneas, líderes instantâneos, tudo instantâneo. Nada pode esperar, e tudo tem que ser como eu quero. As consequências são óbvias: não só a igreja tem que ser como eu a quero, com todo o tipo de gratificação instantânea que a cultura popular oferece, mas o Deus desta igreja tem que ser também moldado à imagem e semelhança da minha cultura. Não é de se admirar que o nosso povo ande tão confuso.

Não sei se este artigo vai ajudá-lo a entender um pouco de si mesmo e das coisas que lhe cercam. Porém recomendo: não espere entender tudo instantaneamente... Pra terminar, posso dizer que as respostas a estes problemas todos não aparecem instantaneamente, mas somente quando observamos as palavras de Paulo em Romanos 12:2 - “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
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Autor: Rev. Mauro Meister
Fonte: Monergismo
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Otimismo e pensamento positivo não é fé!

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Vivemos numa época em que muitos na igreja confundem pensamento positivo e otimismo com fé. Mas é sutil, ao olharmos para os problemas da vida, da sociedade, da igreja... acharmos que o otimismo simplesmente é a chave.

Quem tem menos chance de sobreviver a um campo de prisioneiros de guerra? Provavelmente nenhum de nós experimentou tal situação. Quem tem menos chance de sobreviver?

Um otimista!

Espere antes de discordar. Segundo o general Stockdale, que foi mantido em cativeiro por oito anos durante a Guerra do Vietnã e foi torturado inúmeras vezes antes de finalmente ser liberto e voltar para casa, foi principalmente – quase em sua totalidade – os otimistas que não saíram de lá vivos.

Que explicação ele dá para isso? Ele diz: “Eles foram os únicos que disseram – ‘Nós vamos estar em casa até o Natal’. E o Natal chegava e nada tinha acontecido. Então eles diziam, ‘Nós vamos estar em casa até a Páscoa’. E a Páscoa chagava e nada. ‘Estaremos em casa até o dia de Ações de Graças...’ Nada! E, então, seria no Natal novamente... E eles morreram de um coração partido e desiludido”.

Mero otimismo é completamente diferente do que podemos chamar de fé realista: - “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” -  Romanos 14:8

Em completo contraste com o que podemos chamar de falso otimismo, Stockdale atribui a sua sobrevivência a fé realista. Ele diz: “Você nunca deve confundir a fé que você por fim pode prevalecer sobre aquela situação, com o otimismo que faz esvair toda a disciplina para enfrentar os fatos mais brutais de sua realidade atual, seja o que ela possa ser no momento”. 

Isso que é que podemos chamar de O Paradoxo Stockdale – A fé supera o otimismo! Ou seja, abandonar a ideia que é apenas uma miragem no deserto. Que temos balas de prata para matar o monstro, que tudo simplesmente vai se ajustar, mas que somos chamados a perseverar em meio as aflições – “Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência” - Tiago 1:3 – “... e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.” - Romanos 5:2-4

Devemos aplicar esse princípio as nossas vidas, nossos ministérios... Muitas vezes tudo que os cristãos fazem é entreter otimismo sem fim na “próxima grande coisa” – na próxima “grande estratégia” – no próximo “grande método” – no próximo “grande avanço”... em suas vidas, igrejas. A consequência é o aumento do número de cristãos, pastores, igrejas... desiludidos. Como disse Stockdale, “morrendo de corações partidos”.

Só podemos evitar isso abandonando todo otimismo centrado na próxima grande coisa, ministério, personalidade... no próximo grande sermão, técnica, estratégia, contextualização, filme, música... achando que isso será o ponto de virada para corrigir nossa vida, igreja. Tudo isso nos tira da realidade e, por fim, explode em nossa cara.

Devemos enfrentar a realidade brutal em nossas vidas, em nossas famílias, em nossas igrejas, em nossa sociedade. Tendo uma fé inabalável na Palavra de Deus. Na Sua promessa que não pode falhar de que ela nos fará perseverar: “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória” - Judas 1:24 – Irá edificar a Sua igreja: “...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” -  Mateus 16:18 – Fará tudo cooperar para o bem daqueles que Ele chamou soberanamente: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” - Romanos 8:28 – Quer vivamos, quer morramos: “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” -  Romanos 14:8

Otimismo não é fé. Mas a fé é otimista.

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Autor: Josemar Bessa
Fonte: Site do autor
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O “Bezerro de Ouro” Dentro da Igreja Evangélica Brasileira

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Em 31 de Outubro de 1517 eclodiu em toda Europa, partindo da Alemanha, a Reforma Protestante. O monge católico da ordem agostiniana, Martinho Lutero, catedrático de teologia na Universidade de Wittenberg, afixou suas noventa e cinco teses convocando a Igreja de Roma para debate. O impacto das teses de Lutero foi revolucionário. Em poucos meses as teses se espalharam por toda Europa através do invento da prensa de tipos móveis de Gutenberg. Deste momento em diante a Igreja Ocidental jamais seria a mesma. O estudioso da história da igreja Roger Olson, comentando em seu livro História da Teologia Cristã, destaca a Reforma Protestante como o terceiro grande Cisma dentro da vasta história da cristandade, depois da divisão em 1054, entre Ocidente e Oriente, e a luta medieval entre os três papas no período de 1378 a 1417 (pg.380).  

Em 1520, Martinho Lutero foi excomungado da Igreja de Roma. E, em 1521, convocado pelo Vaticano para comparecer na Dieta, na cidade alemã de Worms, para dar explicações sobre suas teses e se retratar diante da igreja romana e do imperador Carlos I. O que aconteceu em Worms ficou registrado na história. Martinho Lutero foi obrigado pelo Vaticano a se retratar. Mas, nestas palavras se expressou: “Minha consciência serve à Palavra de Deus. Por isso não posso nem quero me retratar, pois ir contra a minha consciência não é seguro nem salutar. Não posso agir de outra maneira, esta é minha posição. Que Deus me ajude. Amém” (apud, pg. 388). Assim nasceu o Protestantismo. O movimento protestante se espalhou fortemente por vários países. Na Alemanha, Luteranismo. Na Suíça e Países Baixos, Calvinismo. Na Escócia, Presbiterianismo. Na Inglaterra, Puritanismo.

O pensamento e teologia protestante foram se solidificando de acordo com as necessidades através das históricas Confissões. As principais Confissões protestantes são: Confissão Luterana de Augsburgo, Alemanha (1530), Confissão de Westminster, Inglaterra (1647/1648) e o Documento Confessional Calvinista de Dort, na Holanda (1618/1619).

A Reforma Protestante irá completar 499 anos de História. Uma grande herança legada à posteridade, sem dúvida foi o amor a Deus, a Cristo e às Escrituras na total dependência do Espírito Santo. O cristianismo oriundo da Reforma transformou tremendamente o mundo, sobretudo cristão. E uma área de grande relevância da igreja que sofreu fortemente esta transformação foi o culto. O culto Protestante deste momento em diante seria regido somente pela Escritura – Sola Scriptura. Aprendemos com os reformadores que o culto público deve ser bíblico. E o princípio que deve reger este culto está inquestionavelmente registrado nas Escrituras. Sobre a importância do culto e de seu princípio regulador, Paulo Anglada, em seu livro Princípio Regulador do Culto, faz uma citação importante do grande reformador de Genebra, João Calvino:

“... a regra que distingue entre o culto puro e o culto corrompido é de aplicação universal, a fim de que não adotemos nenhum artifício que pareça apropriado, mas atentemos para as instruções do Único que está autorizado a legislar quanto ao assunto. Portanto, se quisermos que Ele (Deus) aprove o nosso culto, esta regra, que Ele impõe nas Escrituras com o máximo rigor, deve ser cuidadosamente observada. Pois há duas razões pelas quais o Senhor, ao condenar e proibir todo culto fictício, requer que obedeçamos apenas à Sua voz: primeiro, porque não seguir o nosso prazer, mas depender inteiramente da Sua soberania, promove grandemente a Sua autoridade. Segundo, porque a nossa corrupção é de tal ordem, que quando somos deixados em liberdade, tudo o que estamos habilitados a fazer é nos extraviar. E então, uma vez desviados do reto caminho, a nossa viagem não termina, enquanto não nos soterremos numa infinidade de superstições...” (p.14. Editora: Pes).

Há um fato bíblico em que esta declaração de João Calvino jamais deve ser desprezada e esquecida. Em Êxodo 32.1 – 35 contêm um registro muito triste e vergonhoso na história do povo de Deus envolvendo um ambiente de culto. Os dois principais personagens desta história são: Moisés e seu irmão, Arão. Para termos uma ideia da importância deles, só em Êxodo, seus nomes até o capítulo 32 aparecem mais de 330 vezes. Foram chamados ao ministério pessoalmente por Deus. Foram instrumentos para libertar Israel do cativeiro egípcio:

Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. Respondeu Faraó: Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir a Israel. Eles prosseguiram: O Deus dos hebreus nos encontrou; deixa-nos ir, pois, caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao Senhor, nosso Deus, e não venha ele sobre nós com pestilência ou com espada” (Êx 5.1-3).

Ambos tiveram experiências extraordinárias com Deus. Conheciam muito bem a obstinada idolatria de Israel. Em Êx 32.21, 22 Moisés pergunta a Arão que acabara de fabricar o bezerro fundido de ouro: “Que te fez este povo, que trouxeste sobre ele tamanho pecado?”. Arão respondeu com estas palavras: “Não se acenda a ira do meu senhor, tu sabes que o povo é propenso para o mal”. Estas são algumas características peculiares entre os irmãos. Mas no que se refere à liderança em conduzir o povo em adoração a Deus às diferenças tomam proporções gigantescas. Eis o contraste entre uma liderança bíblica e uma antibíblica.

Podemos aprender muito com estes dois líderes. Creio que a liderança e postura exercida por Moisés neste episódio devem servir de orientação e motivação para igreja buscar a verdadeira reforma que precisa. Creio que Arão representa a maior parte da liderança evangélica brasileira. Creio que a grande maioria dos crentes brasileiros é tão adoradora do “bezerro de ouro” quanto Israel o foi no deserto. Creio que Deus tem reservado um remanescente fiel à semelhança dos fiéis no deserto que não adoraram ao bezerro fundido. Creio que os Reformadores do século XVI foram instrumentos nas mãos do Criador para resgatar a verdadeira adoração, assim como Moisés o foi no deserto. Creio que Arão e seus seguidores representam a adoração em que o princípio regulador do culto é antropocêntrico. Creio que a liderança evangélica tem se acovardado em geral ao enfrentar a pressão do povo em adorar o “bezerro do ouro” dentro da igreja, assim como Arão no deserto.

No período da Reforma Protestante o culto a Deus voltara a ser regido pelo Princípio Regulador: A Escritura.

Quais são os elementos bíblicos que fazem parte de um culto verdadeiro a Deus? Quais são as suas circunstâncias? Citarei elementos e circunstâncias de um culto reconhecendo que não existe unanimidade entre os estudiosos, principalmente nos dízimos, ofertas e bênção apostólica. Espero explorar detalhadamente em outro estudo tais elementos e circunstâncias.

          Elementos:
          1 – Leitura da Palavra
          2 – Louvor
          3 – Oração
          4 – Ordenanças
          5 – Dízimos e Ofertas
          6 – Bênção Apostólica

          Circunstâncias:
          1 – Lugar
          2 – Horário
          3 – Acentos
          4 – Iluminação
          5 – Climatização
          6 – Instrumentos
          7 – Vestes, dentre outros.

Não devemos como igreja desprezar as circunstâncias que envolvem um culto a Deus. Estes elementos circunstanciais devem potencializar a adoração a Deus. Mas não são permanentes nem devem corromper o culto.

O culto Reformado era marcado por confissão de pecados e arrependimento sob a direção do Espírito Santo. A verdadeira alegria cristã protestante tinha este fundamento. Era resultado da adoração cristocêntrica e bíblica. No culto Reformado regido pelo princípio regulador o que a Bíblia não autorizava de maneira explícita ou implícita não era de forma alguma inserida. Quanta diferença para os dias de hoje! Os reformadores em tudo na vida buscavam sempre em primeiro lugar honrar a Deus em a Sua perfeita justiça e santidade. Na adoração não era diferente. Hoje na igreja brasileira o que tem predominado é uma inversão:

  • A bênção no lugar do Deus da bênção;
  • O assistir ao culto no lugar do prestar culto;
  • O culto sentimental no lugar do culto racional;
  • O culto hedonista e místico no lugar do culto reflexivo e bíblico.

Neste contexto se valoriza mais um culto informal e livre do que um regido por princípios bíblicos. Não é de se admirar o porquê as mais estranhas e inimagináveis inserções fazem parte “fundamental” de nossa adoração!

Neste momento, lamentavelmente a “síndrome de Arão no deserto” tem exercido imensa influência sobre grande parte da igreja brasileira. Há um “bezerro de ouro” dentro de nossa igreja! Há muito tempo deixamos de lado o princípio regulador do culto fundamentado na Escritura, representado por Moisés pelo princípio antibíblico regido por Arão:

Arão, vendo isto, edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao Senhor. No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou – se para comer e beber e levantou – se para divertir – se” (Êx 32.5, 6).

Quando o princípio regulador do culto cai na mão do homem, a adoração a Deus é mesclada e até mesma substituída por outra desviada, estranha e idólatra:

Então, disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (Êx 32.7, 8).

O “bezerro de ouro” na igreja atual tem se materializado de várias formas:

  • Danças
  • Coreografias
  • Teatros
  • Apresentações
  • Cerimoniais
  • Vendas
  • Indulgências, entre outros elementos estranhos.

Estes elementos foram sistematicamente inseridos no culto que estamos prestando a Deus. Estão tão impregnados que muitos pensam fazer parte integral e permanente de um verdadeiro culto ao Senhor. É fogo estranho sobre o altar. Tem que ser removido. Arão não removeu. Disse ele a Moisés depois de ter fabricado o bezerro de ouro levando o povo à idolatria: “
Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que este povo é propenso para o mal” (Êx 32.22). Todo líder da escola de Arão jamais enfrentará com êxito a pressão daqueles que desejam idolatrar o “bezerro de ouro”. É muito fácil discernir por este prisma porque a igreja no Brasil está assim! Podemos até dividi–la em três partes: Na entrada, uma banca para venda. No meio, um palco para apresentações. No púlpito, a presença de um palhaço. Lamentável. Triste e decadente. Idolatria pura! Há esperança? Há esperança. Graças a Deus. Deus é grande. Ele ainda procura verdadeiros adoradores.

Quando a idolatria ao bezerro de ouro no deserto começou, Deus chamou seu fiel servo Moisés e disse–lhe:

Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (Êx 32.7, 8).

Quando Moisés desceu do monte para enfrentar a idólatra de Israel, o desfecho terrível fora registrado nestes termos: “... e caíram do povo, naquele dia, uns três mil homens” (Êx 32.28). Deus é fogo consumidor. Ele é santo três vezes. Ele é temível. Depois de tantas mortes, disse ainda ao servo Moisés:

Vai, pois, agora, e conduze o povo para onde te disse; eis que o meu Anjo irá adiante de ti; porém, no dia da minha visitação, vingarei, neles, o seu pecado. Feriu, pois, o Senhor, porque fizeram o bezerro que Arão fabricara” (Êx 32.34, 35).

Fica claro que a adoração a Deus deve ser do jeito que Ele quer e não da maneira que queremos ou achamos. Adoração é vida ou morte. É notório que a grande massa da igreja brasileira tem adorado ao “bezerro de ouro” à semelhança de Arão e os seus discípulos no deserto. É fato também que Deus tem levantado líderes e adoradores à semelhança de Moisés e todos aqueles que não se dobraram nem apostataram diante dos deuses estranhos materializados no bezerro fundido. A igreja e o princípio regulador do culto sempre estarão nas mãos de Deus. Os Reformadores criam assim. Creio que nestes últimos dias Deus tem tirado o princípio regulador do culto das mãos de “Arão” e entregue nas mãos de “Moisés”. Que a verdadeira reforma e o verdadeiro avivamento venham sobre nós. Pois, a igreja evangélica brasileira está na “UTI” urgentemente precisando.
Soli Deo Gloria. Glória somente a Deus. Amém!

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Autor: Pr. Vilmar Rodrigues Nascimento
Divulgação: Bereianos
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