Feliz 2009!!!

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Estamos a poucas horas do final do ano de 2008 e sinto em meu coração que o objetivo deste blog está sendo cumprido, claro que podemos melhorar muito mais, porém sinto paz em afirmar que até aqui o Senhor tem nos conduzido.

São muitas barreiras, críticas e ameaças (muitas por sinal), principalmente daqueles que se julgam "ungidos especiais", porém sabemos que a porta que nosso Deus abre ninguém fecha e nenhum homem nos fará calar.

Cremos que a apologética Cristã deve partir primeiramente de dentro para fora, ou seja, devemos analisar e julgar a atual postura da Igreja em nossos dias, tendo como parâmetro único e suficiente, nossa regra de fé e conduta, a Bíblia. Sejamos e continuemos a ser nobres como os Bereianos de Atos 17.

Em 2009 continuaremos a investigar, estudar, analisar e alertar a Igreja das distorções bíblicas, das práticas estranhas anti-bíblicas, das seitas, das heresias e de tudo quanto não estiver de acordo com a Palavra de Deus. Teremos muitas novidades, entre elas, toda sexta-feira disponibilizaremos um Boletim Informativo com todas as postagens da semana, no formato PDF para que todos possam imprimir, distribuir, pregar nos murais das Igrejas e divulgar. Também estaremos colocando no ar um Site com grande conteúdo em estudos direcionados a teologia e apologética Cristã, dentre outros projetos que, conforme a vontade de Deus, colocaremos em ação.

Esperamos contar com a colaboração e principalmente orações de todos neste ano de 2009, que Deus possa abençoar à todos, que neste ano que se inicia todos nós possamos viver uma nova perspectiva de vida Cristã, com mais amor, mais sensibilidade, mais oração, mais busca em santificação, mais vida familiar, que possamos ser simplesmente "Cristãos" em toda a nossa essência.

"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus." Mt 5:14-16

Grande abraço a todos, em Cristo!

Feliz Ano Novo!

Ruy Marinho - Blog Bereianos
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Como montar uma igreja de sucesso.

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Se você espera crescimento de uma igreja na cultura brasileira, é fácil conseguir. Para que tal crescimento aconteça, recomendamos que faça uma pesquisa sociológica e antropológica, do país. Com isso descobriremos que as três maiores religiões que formam a base do país são: catolicismo romano, evangélicos e espiritismo com suas ramificações principais: kardecista, umbanda, candomblé.

Se quiser ir além, sugerimos uma análise histórica e econômica da nossa nação. Quem o fizer, constatará que o Brasil é um dos países com maior desigualdade social do mundo, sendo que apenas 1% da população detém 13% de toda a riqueza do país, e que 50% da população detém apenas 13% da riqueza e os outros 49% da população detém 74% desses recursos. Como todas essas informações podem me ajudar no crescimento da minha igreja? É simples:

Monte uma igreja que consiga reunir as três maiores religiões do país em uma, que use a bíblia dos evangélicos, o sal dos espíritas e a água benta dos católicos. E tem mais: ofereça curas imediatas. Num país com tamanha desigualdade social onde uma pessoa chega a ficar 5hs na fila de um pronto socorro para ser atendida, essa pode ser uma ótima estratégia.

E você não precisa parar por aí: vá além e ofereça emprego, casa própria, carro, empresa, casamento, e tudo isso em nome de “Jesus”. E se você quiser que a sua igreja seja um verdadeiro sucesso, não pregue nada que seja de ordem moral; seja humanista ao máximo e deixe seus “clientes” satisfeitos.

Depois é só esperar para contar os dólares, mas tome cuidado na hora de transportar: evite a cueca ou a bíblia.

Artigo original de Fernando Henrique de Mattos Souza, no blog O Remanescente Adaptado por Leonardo G. Silva.

fonte: Púlpito Cristão


Como disse o irmão Sergio Pavarini em seu Blog; em tempos de crise Mundial, é um negócio até viável...
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Igreja: casulo do músico cristão.

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Desde muito cedo estou envolvido com música na igreja, tenho a alegria de ter nascido num ambiente extremamente musical, meu pai músico multi-instrumentista (tocava vários instrumentos de sopro, além de violão, teclado e acordeon), além de ser o responsável pelo coral da igreja desde sempre. Por outro lado minha mãe, nos cultos domésticos, sempre tocava acordeon e cantava muito bem, o que despertou em mim, muito cedo a veia musical.

Lembro-me aos 8 anos já estar tocando na igreja, então por baixo, são 20 anos envolvido com música diretamente no contexto evangélico, isso contando o tempo que tive fora pelos motivos que só um músico cristão sabe. E sou muito grato ao Senhor inclusive por esses momentos “fora” do ninho, por que foi nesses momentos que aprendi a me ver como realmente era musicalmente.

Nesses 20 e poucos anos, venho observando situações, comportamentos e atitudes de músicos, líderes musicais, pastores de música, ministros, e afins, e tenho aprendido muito, e gostaria de dividir um pouco do que tenho observado ao longo desses anos. Por que a igreja é o casulo do músico cristão?

Em muitas situações, a igreja para o musico, funciona como uma espécie de casulo ou ninho.

1º.: Por que é um ambiente confortável e aconchegante, “livre de ameaças”

2º.: Por que pode ser um instrumento deformador da visão que um músico pode ter de si mesmo.

Nesse momento, quero me concentrar apenas nos desdobramentos que são oriundos dessas duas situações. A igreja evangélica brasileira quase na totalidade suprimiu a beleza da arte, e sempre teve sua atenção focada em seu utilitarismo. Calma!!! Explico, a igreja lógico que, com suas raríssimas exceções, sempre esteve muito focada na recuperação do homem, mas esqueceu de uma coisa básica, o homem não vive só de pão e emprego.

A outra coisa séria, é o fato de pregar o céu e sua maravilha (e não há nada de errado nisso), mas não ensinou aquele cidadão renegado, a ver a beleza a sua volta, a criatividade do Deus da criação por exemplo.

O outro extremo, é a pregação focada no materialismo. Nenhuma das duas orientações, incluem a arte. Pergunto: Como um artista pode se sentir motivado com a sua arte, se o que ele faz não é visto como arte, apenas como algo necessário dentro da liturgia?

Nesse aspecto podemos dizer que a igreja esquece que seu Criador é o maior artista, é o Deus da Criação! É a maior autoridade em arte! Se a igreja não reconhece a arte musical, então não haverá critérios de avaliação para os músicos. Por isso em alguns contextos é muito comum um músico ficar naquela cadeira-cativa anos a fio.

E o que isso gera no músico, é uma falsa visão de si mesmo, porque todo aquele ambiente aconchegante e extremamente “utilitarista”, o faz pensar que por estar sendo útil, também é o melhor praquela realidade.

Formamos então especialistas em mediocridade, gente morta pra arte, cegos, incompetentes, arrogantes, e sem um fio de humildade, e que se opõem fortemente à mensagem do evangelho de Cristo.

Esse é do tipo que, quando chega um músico mais talentoso em sua congregação, ele trata logo de fazer aquele discurso "mata-oponente”. Nessa hora, vale tudo pra proteger seu posto-cadeira-cativa.

Elly Aguiar, músico e compositor.

Fonte: PavaBlog

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Rebanho de tolos.

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A obediência que liberta finca suas raízes no interior do homem, é tecida com a voz pura do obediente; pura pois não deve haver nessa voz, para que o ato de obediência seja efetivamente libertador, nenhum fonema que não seja de estrita autoria daquele que obedece.

A resposta mecânica a estímulos exteriores não é obediência e sim tolice, pois tem sua raiz não no sujeito que responde – que é nesse caso nada mais que um espelho a refletir cenas exteriores – mas geralmente em estruturas de poder, que dependem invariavelmente desses espelhos indolentes para manter no palco o seu teatro surreal.

Suprimir a autonomia do maior número possível de homens é não apenas a forma mais eficaz para estender e manter um poder como também uma maneira de obstar a salvação, originada de uma resposta autêntica e livre do homem à proposta de Deus.

O problema com a Igreja é que ela tornou-se uma estrutura de poder e com isso fez-se não uma semeadora da mensagem salvífica, mas precisamente o contrário, um sério obstáculo à divulgação dessa boa nova, uma estrutura que reclama espelhos que reflitam seus caprichos.

A tolice, me ensina Bonhoeffer, “não é um defeito de nascença [...] as pessoas são feitas tolas, isto é, deixam-se tornar tolas [...] Talvez seja mais um problema sociológico que psicológico. Ela é uma forma particular de influência das circunstâncias históricas sobre a pessoa.” Mais adiante o teólogo alemão, que sofreu barbaramente com a tolice nacional-socialista, afirma: “Qualquer demonstração exterior mais forte de poder, seja ele político ou religioso, castiga boa parte das pessoas, tornando-as tolas.”

O rebanho está inundado de ovelhas tolas que são reproduzidas em toda sorte de divisão celular, em meioses e mitoses. Na conversa com um tolo, lamenta Bonhoeffer – descrevendo com felicidade ímpar a impressão que se tem ao tentar conversar com um crente convicto – “chega-se a se sentir que não é com ele mesmo que se está tratando, mas com chavões e com palavras de ordem que tomaram conta dele. Ele está fascinado, obcecado, foi maltratado e abusado em seu próprio ser.”

Por viver no tempo e espaço em que viveu, Bonhoeffer sabia que “somente um ato de libertação poderia vencer a tolice” e que “uma libertação interior autêntica, na maioria dos casos, somente será possível depois que tiver ocorrido a libertação exterior. Até que esta aconteça, temos de desistir de todas as tentativas de persuadir o tolo.”

O desconcertante é que se queremos espalhar a boa nova o primeiro passo é tirar de cena a Igreja.

Autor: Alysson Amorim, no blog Amarelo fosco. Via PavaBlog
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Livros que eu nunca indicaria!

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Dica: Claudio Pimenta


Fico imaginando o conteúdo desta proeza. Pela capa dá para se ter uma idéia.

Coitado do Apóstolo Paulo que não conheceu o conteúdo deste livro para ficar rico. Passou tantas dificuldades na vida...



E-mail para o Apóstolo Paulo

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Amado apóstolo:

Estou escrevendo para colocá-lo a par da situação do Evangelho que um dia você ajudou a propagar para nós gentios, e que lhe custou a própria vida. As coisas estão muito difíceis por aqui. Quase tudo o que você escreveu foi esquecido ou deturpado.

Você foi bastante claro ao despedir-se dos irmãos em Éfeso, alertando que depois de sua partida lobos vorazes penetrariam em meio à igreja, e não poupariam o rebanho [1]. Palavras de fato inspiradas, pois isso se concretiza a cada dia.

Lembra-se que você escreveu ao jovem Timóteo, que o amor ao dinheiro era a “raiz de todos os males”[2]? Quero que saiba que suas palavras foram invertidas, e agora se prega que o dinheiro é a “solução” de todos os males.

Também é com tristeza que lhe digo que em nossa época ninguém mais quer ser chamado de pastor, missionário ou evangelista, pois isso é por demais humilde: um bom número almeja levar o título de apóstolo. Sei que em seu tempo, os apóstolos eram “fracos... desprezíveis... espetáculo para os homens... loucos... sem morada certa... injuriados... lixo e escória” [3]. Agora é bem diferente. Trata-se de uma honraria muito grande: acercam-se de serviçais que lhes admiram, quando viajam exigem as melhores hospedarias e são recebidos nos palácios dos governantes.

Eles não costumam pregar seus textos, pois você fala muito da “Graça” e da “liberdade que temos em Cristo” [4]. Isso não soa bem hoje, pois a Igreja voltou à “teologia da retribuição” da Antiga Aliança (só recebe quem merece), e liberdade é a última coisa que os pastores querem pregar à suas ovelhas.

Você não é bem visto por aqui, pois sempre foi muito humano, sem jamais esconder suas fraquezas: chegou até reconhecer contradições internas e que não faz o bem que prefere, mas o mal, esse faz [5]. Eles não gostam disso, pois sempre se apresentam inabaláveis e sem espinhos na carne como você. A presença deles é forte, a sua fraca [6], eles são saudáveis, você sofria de alguma coisa nos olhos [7], eles jamais recomendariam a um irmão tomar remédio, como você fez com Timóteo [8], mas aqui eles oram e determinam a cura – coisa que você nunca fez.

Você dizia que por amor a Cristo perdeu “todas as cousas” considerando-as refugo [9]. As coisas mudaram, irmão. Agora cantamos: “Restitui, quero de volta o que é meu!”.

Vivo em uma cidade que recebeu o seu nome, e aqui há um apóstolo que após as pregações distribui lencinhos vermelhos encharcados de suor, e as pessoas levam pra casa, como fizeram em Éfeso, imaginando que afastarão enfermidades [10]. Sim, eu sei que você nunca ordenou isso, nem colocou como doutrina para a igreja nas epístolas, mas sabe como é o povo....

Admiro sua coragem por ter expulsado um “espírito adivinhador” daquela jovem [11], embora isso tenha lhe custado a prisão e açoites. Você não se deixou enganar só porque ela acertava o prognóstico. Hoje há uma profusão de pitonisas e prognosticadores no meio do povo de Deus, todavia esses espíritos não são mais expulsos, ao contrário, nos reunimos ansiosos para ouvir o que eles têm a dizer para nós.

Gostaria de ter conhecido os irmãos bereanos que você elogiou. Infelizmente, quase não existem mais igrejas como as de Beréia, que recebam a palavra com avidez e examinem as Escrituras “todos os dias para ver se as coisas são de fato assim”[12].

Tem hora que a gente desanima e se sente fragilizado como Timóteo, o seu companheiro de lutas. Mas que coisa bonita foi quando você o reanimou insistindo para que reavivasse “o dom de Deus” que havia nele [13]. Estou lhe confessando isso, pois atualmente 90% dos pregadores oferecem uma “nova unção” para quem fraqueja. Amo esta sua exortação, pois você ensina que dentro de nós já existe o poder do Espírito, e não precisamos buscar nada fora ou nada novo!

Nossos cultos não são mais como em sua época, onde a igreja se reunia na casa de um irmão, havia comunhão, orações, e a palavra explanada era o prato principal.... as coisas mudaram: culto agora é chamado de “show”, a fumaça não é mais da nuvem gloriosa da presença de Deus, mas do gelo seco, e a palavra é só para ensinar como conseguir mais coisas do céu.

O Espírito lhe revelou que nos últimos tempos alguns apostatariam da fé “por obedecerem a espíritos enganadores” [14]. Essa profecia já está se cumprindo cabalmente, e creio que de forma irreversível.

Amado apóstolo, sinto ter lhe incomodado em seu merecido descanso eternal, mas eu precisava desabafar. Um dia estaremos todos juntos reunidos com a verdadeira Igreja de Cristo.


Maranata!

Autor: Daniel Rocha, é Pastor da Igreja Metodista, Psicólogo e Administrador, escreve para diversos sites.
Contatos: dadaro@uol.com.br

Referências:
[1] At 20.23
[2] 1Tm 6.10
[3] 1Co 4.-9-13
[4] Gl 2.4
[5] Rm 7.19
[6] 2Co 10.10
[7] Gl 4.13-15
[8] 1Tm 5.23
[9] Fp 3.8
[10] At 19.12
[11] At 17.18
[12] At 17.11
[13] 2Tm 1.6
[14] 1Tm 4.1


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Britney Spears - versão "INRI"

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INRI CRISTO - Britney Spears Versão Mística de Toxic


Dica: Pavablog

Pode existir uma coisa dessas? Dá para acreditar?

Pelo jeito que anda a "qualidade" da musicalidade "Gospel" Brasileira, esta interpretação + letra é capaz até de ganhar o Grammy Latino na categoria "melhor canção na língua portuguesa". Alguém duvida?

"Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos". Mt 24:23-24
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O dia em que a Fé acabou.

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O DIA EM QUE A FÉ ACABOU.


“Quando o Filho do Homem voltar, porventura

encontrará fé na terra?” (Lc 18.8)


Ano de 2025. O culto das 18 horas vai começar numa mega-igreja dentre muitas que se espalham pela cidade. A grandiosidade e beleza do templo confundem-se com os modernos shoppings. Dentro há grandes lojas, academia para os fiéis, salas de jogos e restaurante. O culto pode ser assistido de qualquer lugar da catedral, até mesmo da sala de jogos virtuais freqüentada pelos adolescentes. Finos telões de plasma espalham-se por salões climatizados e poltronas confortáveis.


As pequenas congregações quase desapareceram, pois estas, sem recursos, não oferecem comodidade aos novos crentes, nem estacionamento ou berçários com monitoras treinadas, nem cartões de fidelidade (na verdade, um chip implantado no dorso da mão) com grandes descontos nas lojas que levam a griffe da denominação.

Noto que quase ninguém se conhece, e isso parece não ter muita importância, pois, afinal, é um lugar de grande concentração, e os evangélicos agora são maioria da população. Também percebo que não trazem a bíblia, pois segundo um dos freqüentadores, depois que os Anjopóstolos (é o título atual) escreveram e-books explicando os principais tópicos da bíblia, de forma que não desse mais margens à dúvidas, ela se tornou um tanto obsoleta, embora haja exemplares expostos no Museu da igreja para quem deseja vê-las.

Outro motivo para deixarem a Bíblia de lado é que o povo já há muito tempo vinha clamando por novas visões – e não mais as antigas – que “já não têm mais sentido num mundo tão avançado”, disseram.

Vi algumas inovações: a ceia é servida em um kit embalado com pão e vinho para ser tomado a qualquer momento pelo fiel. Explicaram-me que não era mais possível partilhar da forma da Igreja primitiva, embora, estranhamente, ainda a chamem de “Comunhão”, o que achei engraçado. Na hora das ofertas ninguém sai de seu lugar, mas aperta algumas senhas num pequeno palmtop que todos recebem ao entrar. Senti saudades de quando era criança e íamos todos cantando ao altar levar algumas moedas ao gazofilácio.

O líder-mor começará a falar. Ele é muito carismático e agradável. Fala de forma mansa, mas incisiva. Sua fama cresceu muito desde que fez inúmeras curas e milagres “via internet” diante dos olhos de todo o mundo [1]. Ele é confidente de vários chefes de Estado, e viaja constantemente a pedido deles.

Fiquei curioso se nunca questionaram sua autoridade. Disseram-me: ora, se um ministério cresce tanto e alcança escala mundial, só pode ser de Deus – e só os invejosos é que são contra, e ademais, os milagres que ele faz são inquestionáveis, conforme o mundo inteiro comprovou [2].

Perguntei se havia muitas conversões e o meu interlocutor olhou-me espantado. Não chamamos mais de conversão – disse-me ele – agora falamos em adesão! Conversão é muito impositivo para esta época e invade a privacidade: as pessoas a-d-e-r-e-m ao nosso movimento, para alcançarem os desejos de seu coração, e isso basta.

Começo a observar os fiéis: parecem todos muito uniformes, enquadrados, ouvem sem questionar [3], não conferem nada na Palavra, que lhes é obscura. Não vejo alegria genuína, mas antes, um olhar vago e distante. Fazem marchas e passeatas com palavras de guerra espiritual nos lábios. Exaltam seus lideres, quase numa atitude de adoração. Noto que alguns jovens mais afoitos têm o nome deles gravado na testa para demonstrar fidelidade [4].

De um grupo que conversava só ouvi superficialidades e um linguajar desprovido de reflexão, cada um querendo contar que novo artigo havia pedido a Deus de presente. Ficou patente para mim que não há mais sentido explicar ali que há um céu que aguardamos ou que somos peregrinos na terra [5], pois a igreja promete o céu inteiro agora. Ainda caçoaram: “Ora, aqui ninguém fala, Maranata Vem Jesus!” [6].

Indaguei sobre a Escola Bíblica Dominical, mas poucos sabiam do que se tratava. E quem sabia, disfarçava um sorriso, dizendo que já não era mais necessária, pois tudo o que precisavam saber, o Espírito Santo revelava através da cobertura de seus “conselheiros espirituais”.

Todos estavam eufóricos pois foi eleito o nosso primeiro presidente evangélico. Ele costuma tomar o avião presidencial e do alto derrama óleo para ungir a nação e profetizar prosperidade. O Congresso também é dominado pelos evangelicals, pois ficou fácil conquistar votos nas igrejas desde que o catolicismo deixou de ser maioria. Nunca houve tanto nepotismo e corrupção, mas os deputados insistem que tudo não passa de perseguição satânica com o propósito de destruir a Igreja.

Reconheci entre os “Anjopóstolos” nomes de homens e mulheres que foram presos no passado, mas agora eram vistos como “mártires”, embora não tivessem morrido, e nem exatamente sofrido por causa da fé.

As pessoas passam umas pelas outras; não se olham nos olhos, não se abraçam, não há o ósculo tão característico da igreja cristã, são multidões, e percebe-se que não há intimidade, comunhão ou interesse pelo outro. Deus existe só para suprir seus caprichos infantis, a Graça foi enterrada e a “meritocracia” entrou em seu lugar [7]. Compreendi, então, porque Jesus disse que “por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos” [8].

Comecei a me indignar e revoltar [9] contra a cegueira do povo e contra o espírito do anticristo [10] ali dominante, quando de súbito acordei suando e gritando “o que fizeram com a Igreja?... o que fizeram com a Igreja?”.

Felizmente, tudo não passou de um pesadelo, sem base real. Como ainda era madrugada, liguei a TV para assistir a uma pregação evangélica, e me acalmar.


Autor: Daniel Rocha, é Pastor da Igreja Metodista, Psicólogo e Administrador, escreve para diversos sites.
Contatos: dadaro@uol.com.br


Referências:
[1] 1 Ts 2.9
[2] 1Ts 2.11
[3] Tt 2.6
[4] Ap 13.16
[5] Hb 11.13
[6] 1Co 16.22
[7] Jd 16
[8] Mt 24.12
[9] At 17.16
[10] 1Jo 2.18

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Cuidado para não ser "comido de bicho"!

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Música: Comido de bicho

O rei Herodes, meu irmão
Não quis adorar ao Senhor
Morreu comido de bicho
Porque não glorificou

E hoje aqui nesta Igreja
Tem fogo poder e unção
Se não quer ser comido de bicho
Marcha logo com o varão

Mas se você não adorar
Vai ser comido de bicho (3X)

Quem falar mal do pastor (Vai ser comido de bicho)
Quem não gosta de E.B.D. (Vai ser comido de bicho)
Quem não gosta de dar dízimo (Vai ser comido de bicho)
Quem compra e não quer pagar (Vai ser comido de bicho)
Quem faz cópia de CD (Vai ser comido de bicho)
Quem bota "gato" no relógio (Vai ser comido de bicho)
Quem fizer rebelião (Vai ser comido de bicho)
E quem gosta de ler horóscopo (Vai ser comido de bicho)

Veja o video desta "pérola":




Já deu o seu dízimo deste mês? Eitcha! Oia o bicho ein...
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Culto "profético" maluco e (sem)Graça!

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"O início do Mês de Milagres. Assim foi definida a noite de 01 de Dezembro, no Templo do Ministério Internacional da Restauração (MIR), em Manaus (AM), destinada para a passagem do Manto de Púrpura. O culto marcou o selo do novo manto sobre o MIR, sobre a Igreja de Manaus, do Brasil e das nações.

O Templo foi decorado com a cor púrpura desde a porta central ao altar, onde foram colocados dois grandes mantos representando o talite. As luzes também refletiam a cor púrpura, o que tornou o cenário ainda mais belo. Na decoração, havia uma série de elementos simbólicos da ceia, como: feixes de trigos, pão, leite, óleo de unção, uvas e vinho.

Ao toque do shofar, deu-se início a celebração com os louvores entoados pelo Pastor Gilmar Britto e sua equipe de levitas. Os dançarinos, também vestidos de púrpura, faziam a coreografia dando maior sentido profético e brilho ao louvor dedicado ao Rei dos reis. Um tremendo ambiente de adoração tomou conta do templo e o Apóstolo Renê Terra Nova profetizou incessantemente um tempo de milagres em todo mês de Dezembro: "Este é o mês de milagres. Profetizo dias do sobrenatural de Deus sobre sua vida, para desatar milagres extraordinários ".

Em seguida, o Apóstolo Renê Terra Nova ensinou que o manto que estava sobre Jesus, momentos antes da crucificação, era púrpura. “Jesus tinha uma coroa de espinhos, representando o pecado da humanidade, mas também tinha o manto púrpura representando a redenção. A Geração Púrpura está respaldada pela fidelidade, autoridade e excelência do Reino de Deus sobre a Terra”, ensinou trazendo a referência de diversas passagens sobre a púrpura: Juízes 8:26, II Crônicas 2:14 e 3:14, Cantares 3:10, Marcos 15:17-20, Ester 1:6 e 8:15 e João 19:5.

Após a ministração, dois grandes mantos púrpura passaram sobre a multidão representando a unção de fidelidade, autoridade e excelência sobre a Igreja. A unção de Deus inundou a Igreja, sendo percebida por todos que estavam sensíveis àquele momento. O Apóstolo Terra Nova emitiu decretos, profecias e declarou que um novo nível de unção se estabeleceu em todas as áreas da vida dos discípulos presentes naquele momento, bem como sobre as cidades brasileiras e nações que acompanhavam ao vivo pela Internet.

Em seguida, o Apóstolo Renê levantou uma oferta como uma declaração no mundo espiritual de que a Igreja de Cristo será inatingível frente à crise mundial que assola vários países. Com isso, líderes e discípulos da Visão Celular no M12 em território nacional e internacional foram desafiados a levantar ofertas que resultarão em bênçãos nas mais diversas áreas profissionais e ministeriais.

No final, foi servida a Ceia do Senhor com pão, vinho, carne de cordeiro e ervas amargas, selando um nobre tempo de milagres, prodígios e sinais na Geração Púrpura."

Fonte: www.mir12.com.br


Selo do manto apostólico de púrpura sobre o MIR, toque de chofar profético, equipe de levitas, danças proféticas, geração púrpura, decretos, profecias, novo nível de unção... e no final, como de costume, o momento "profético" da oferta! Com direito a "declaração no mundo espiritual" de que a igreja não vai passar pela crise mundial. Com certeza não irá, pois com tanta "oferta profética", os cofres sempre estarão cheios, não é mesmo Sr. René?

Este foi mais um "culto profético" direto do MIR, o "serviço" oficial do Sr. René Terra Nova.


Mas o pior está no final. Foi servida a Ceia do Senhor com "carne de cordeiro e ervas amargas"???

Essa foi demais. Inseriram por lá novos elementos na celebração da Ceia! Será que eles sacrificam o cordeiro no altar? Ou rola mesmo um "churrasquinho" na hora da ceia?

Eita vontade de fazer um azorrague e dar uma voltinha em Manaus! Desculpem, já Passou.

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Reflexão sobre o Natal!

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Devem os cristãos celebrar o Natal? Um bom número de seitas e novas igrejas que professam seguir a Cristo, insistem que o Natal é uma festa pagã o qual todos os verdadeiros cristãos devem afastar-se.

Provavelmente a mais notável destas religiões são as Testemunhas de Jeová, que publicam ferroados ataques sobre a celebração do Natal ano após ano. No entanto, estes grupos não estão sós na sua condenação destes feriados religiosos mais populares.

Muitos cristãos evangélicos também acreditam que o Natal é uma celebração pagã, vestindo “roupas cristãs”. Enquanto muitos cristãos marcam o Natal como um dia especial para adorar a Cristo e dar graças pela Sua entrada no mundo, eles rejeitam qualquer coisa que tenha a ver com Papai Noel, árvores de Natal, troca de presentes e tal.

Existem bases bíblicas para rejeitar tudo ou parte do Natal? Qual deve ser a atitude dos cristãos neste assunto? Essa pergunta que está diante de nós.

A resposta dada aqui é de que, enquanto certos elementos da tradição Natalina são essencialmente pagão, eles devem ser rejeitados (especialmente as bebidas e imoralidades, na qual o mundo se acham dona naquele período do ano), o Natal em si e muitas das tradições associadas com ele, pode ser celebrado pelos cristãos que tem uma consciência clara. Aqueles que se inclinam a rejeitar fora de mão, tal posição, podem estar interessados em saber que, durante um tempo este escritor teria concordado com eles. Um exame minucioso destes assuntos incluídos, no entanto, conduz a uma conclusão diferente.


Celebrando o aniversário de Jesus

O argumento básico e comum apresentado contra o Natal, é de que não se encontra na Bíblia. Muitos cristãos, e também grupos como as Testemunhas de Jeová, sentem de que ao não estar mencionado nas Escrituras, não é portanto para ser observado. De fato, as Testemunhas argumentam que desde que as únicas pessoas na Bíblia que celebravam o seu aniversário onde Faraó (Gn 40:20-22) e Herodes (Mt 14:6-10), Deus tem uma visão obscura a respeito de celebrações de aniversário em geral.

Sendo assim, eles sentem, que Deus não aprovaria a celebração do aniversário de Jesus.

Em resposta a estes argumentos, algumas coisas precisam ser ditas. Primeiro de tudo, o fato é que a Bíblia nada diz contra a prática de celebração de aniversários. O que foi mau nos casos de Faraó e Herodes, não era o fato de celebrarem seus aniversários, mas, sim as práticas más nos seus aniversários (Faraó matou o chefe dos padeiros, e Herodes matou João Batista). Segundo, o que a Bíblia não proíbe, seja explicitamente ou por implicação de alguns princípios morais, é permitido ao cristão, enquanto for para edificação (Rm 13:10; 14:1-23; I Co 6:12; 10; 23; Col 2:20-23; etc.). Portanto, desde que a Bíblia não proíbe aniversários, e eles não violarem princípios bíblicos, não há base bíblica para rejeitar aniversários. Pelo mesmo motivo, não há razões bíblicas para rejeitar completamente a idéia de celebrar o aniversário de Jesus.


25 de Dezembro

Outra objeção comum ao Natal está relacionado com a guarda de 25 de dezembro como sendo o aniversário de Cristo. Freqüentemente instam que Cristo não podia ter nascido no dia 25 de dezembro (geralmente porque os pastores não teriam seus rebanhos nos campos de noite naquele mês), portanto, no dia 25 de dezembro, não podia ter sido seu aniversário. Como se isso não bastasse é também apontado de que 25 de dezembro era a data de um festival no Império Romano no quarto século, quando o Natal era largamente celebrado nesse dia.

É verdade que parece não haver evidência como sendo o aniversário de Cristo nessa data.

Por outro lado, tem sido demonstrado que tal data não é impossível, como é suposto normalmente.

Contudo, pode ser admitido de que é altamente improvável que Cristo realmente tenha nascido em dezembro 25.

Este fato invalida o Natal? Realmente, não. Não é essencial para a celebração de aniversário de alguém, que seja comemorado na mesma data do seu nascimento. Os americanos comemoram os aniversários de Washington e Lincoln na terceira Segunda-feira de Fevereiro todos os anos, ainda que o aniversário de Lincoln era no dia 14 de Fevereiro e o de Washington, 22 de Fevereiro. Se tivesse certeza de que Cristo realmente nasceu digamos, em 30 de abril, deveríamos então celebrar o Natal naquele dia? Enquanto que não haveria nada de errado com tal mudança, não seria necessário. O propósito é o que importa, não a atual data.

Mas, e com respeito ao fato de ser 25 de dezembro a data de um festival pagão? Isto não prova que o Natal é pagão? Não, não o prova. Em vez, prova que o Natal foi estabelecido como um rival da celebração do festival pagão. Isto é, o que os cristãos fizeram era como dizer, “Antes do que celebrar em imoralidade o nascimento de Ucithra, um falso deus que nunca nasceu realmente, e que não pode lhe salvar, celebremos com alegre justiça o nascimento de Jesus, o verdadeiro Deus encarnado que é o Salvador do mundo.”

Algumas vezes, se insta a que se tome um festival pagão tentando “cristianizá-lo” é insensatez. No entanto, Deus mesmo fez exatamente isso no Antigo Testamento. A evidência histórica nos mostra conclusivamente, que algumas festas dadas a Israel por Deus através de Moisés eram originalmente pagãs, os festivais agriculturais, os quais eram cheios de práticas e imagens idólatras.

O que Deus fez com efeito, era estabelecer festividades os quais tomariam o lugar dos festivais pagãos, sem adotar nada da idolatria e imoralidade associado com ela.

Poderia dar a impressão, então, que em princípio nada há de mal em fazê-lo, se tratando do Natal.


Santa Claus (Papai Noel)

Provavelmente a coisa que mais incomoda aos cristãos sobre o Natal mais do que qualquer coisa, é a tradição do Papai Noel. As objeções para esta tradição inclui o seguinte: [1] Papai Noel é uma figura mística incluído com atributos divinos, incluindo onisciência e onipotência; [2] quando as crianças aprendem que Papai Noel não é real, eles perdem a fé nas palavras dos seus pais e em seres sobrenaturais; [3] Papai Noel distrai a atenção de Cristo; [4] a história de Papai Noel ensina as crianças a serem materialistas. Em face a tais objeções convincentes, pode-se dizer algo de bom do Papai Noel.

Antes de examinar cada uma destas objeções, deve se notar que, o Natal pode ser celebrado sem o Papai Noel. Retire Papai Noel do Natal e o Natal permanece intacto. Retire Cristo do Natal, no entanto, e tudo que sobre é uma festa pagã. Sejam quais forem nossas diferenças individuais de como tratar o assunto de Papai Noel com as nossas crianças, como Cristãos nós podemos concordar com este tanto.

1.) Não existe dúvida alguma de que Papai Noel na sua presente forma, é um mito, ou conto de fada. No entanto, houve realmente um Papai Noel o nome “Santa Claus” é uma forma anglosaxona do Holandês, Sinter Klaas, que por sua vez significava “São Nicolau”.

Nicolau foi um bispo cristão, no quarto centenário, sobre quem pouco sabemos por certo. Ele aparentemente, assistia ao Concílio de Nicéia no AD. 325, e uma forte tradição sugere que ele demonstrava uma singular bondade para com as crianças. Enquanto que o velho vestido de vermelho puxando um trenó conduzido por veado voador é um mito, a história de um velho amante de crianças que lhes trouxe presentes, provavelmente não é - e em muitos países, é só isso que “Santa Claus” é.

Deve-se admitir que contar às crianças que Papai Noel pode vê-los em todo tempo, e de que ele sabe se eles foram bons ou maus, etc... está errado. Também é verdade que os pais não deviam contar a seus filhos a história de Papai Noel como se fosse uma verdade literal. Contudo, as crianças com menos de sete ou oito anos, podem brincar de “fazer de conta” e tirar disso divertimento como se elas pensa-se que é real. De fato, a essa idade elas estão aprendendo a diferença entre o faz de conta e a realidade. Crianças mais jovens ficarão fascinadas pelos presentes que são descobertos na manhã de Natal, debaixo de uma árvore a qual lhes foi dito que são do “Papai Noel”, porém, eles não tirarão conclusões sobre a realidade de Papai Noel por meio destas descobertas.

2.) Quando as crianças aprenderem que Papai Noel não é real, poderá perturbá-los um pouco, somente se os pais lhes disseram que ele realmente existe e que ele faz tudo que se pretendia dele. É por isso que deve-se dizer às crianças que Papai Noel é faz de conta, tão logo elas tenham idade suficiente para fazer perguntas a respeito da realidade.

Antes de ser uma pedra de tropeço para acreditar no sobrenatural, ele pode ser um trampolim. Diga às crianças que enquanto Papai Noel é uma faz de conta, Deus e Jesus não são. Diga-lhes que, enquanto Papai Noel só pode trazer coisas que os pais podem comprar ou fazer, Jesus pode lhes dar coisas que ninguém pode – um amigo que sempre está com eles, perdão para as coisas más que eles fazem, vida num lugar maravilhoso com Deus para sempre, etc.

3.) Siga as sugestões acima e não mais será Papai Noel um motivo para distraí-los de Cristo. Diga a seus filhos porque Papai Noel dá presentes, e porque Deus nos deu o presente mais maravilhoso, Cristo.

4.) Pelo contrário, a história de Papai Noel é melhor contada quando é usada para encorajar as crianças a ser abnegadas e generosas.


Árvores de Natal

Um dos poucos elementos sobre a celebração tradicional do Natal, dos que se opõe a isso, afirmam o que diz na Escritura sobre árvores de Natal. Especificamente pensa-se que em Jeremias 10:2-4 Deus explicitamente condenava árvores de Natal: “Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho das nações, nem vos espanteis com os sinais dos céus, embora com eles se atemorizem as nações. Porque os costumes dos povos são vaidade; cortam do bosque um madeiro, e um artífice o lavra com o cinzel.”

Certamente há uma semelhança entre a coisa descrita em Jeremias 10, e a árvore de Natal. Semelhança, no entanto, não é igual a identidade. O que Jeremias descreveu era um ídolo – uma representação de um falso deus – como o verso seguinte mostra: “Como o espantalho num pepinal, não podem falar; necessitam de que os levem, pois não podem andar. Não tenhais receio deles; não podem fazer o mal, nem podem fazer o bem.” (v.5)

A passagem paralela em Isaías 40:18-20 esclarece que o tipo de coisa que Jeremias 10 tem em mente, é na verdade um objeto de adoração: “Também consumirá a glória da sua floresta, e do seu campo fértil desde a alma até o corpo; será como quando desmaia o doente. O resto das árvores da sua floresta será tão pouco que um menino as poderá contar. Naquele dia os restantes de Israel, e os que tiverem escapado da casa de Jacó, nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu, mas se estribarão lealmente sobre o Senhor, o Santo de Israel.” (Is 10:18-20)

Assim, a semelhança é meramente superficial. A árvore de Natal não se origina de adoração pagã de árvores (o qual foi praticada), porém, de dois símbolos explicitamente cristãos, do Ocidente da Alemanha Medieval.

A Enciclopédia Britânica explica o seguinte:A moderna árvore de Natal, em hora, se originou na Alemanha Ocidental. O principal esteio de uma peça medieval sobre Adão e Eva, era uma árvore de pinheiro pendurada com maças (Árvore do Paraíso) representando o jardim do Éden. Os alemães montaram uma “árvore do Paraíso” nos seus lares no dia 24 de dezembro, a festa religiosa de Adão e Eva. Eles penduravam bolinhos delgados (simbolizando a hóstia, o sinal cristão de redenção); as hóstias eventualmente se transformaram em biscoitos de vários formatos. Velas, também, eram com freqüência acrescentadas como símbolo de Cristo. No mesmo quarto, durante as festividades de Natal, estava a pirâmide Natalina, uma construção piramidal feito de madeira com prateleiras para colocar figuras de Natal, decorados com sempre-verdes, velas e uma estrela. Lá pelo 16º século a pirâmide de Natal e a árvore do Paraíso tinham desaparecido, se transformando em árvore de Natal.

Mais uma vez, não há nada essencial sobre a árvore de Natal para celebrar o Natal. Como o mito moderno de Papai Noel, é uma tradição relativamente recente; as pessoas celebravam o Natal durante séculos sem a árvore e sem o semi-divino residente do Polo Norte.

O que é essencial ao Natal é Cristo. No entanto, isso não quer dizer que devemos jogar Papai Noel e a árvore fora de vez. Neste assunto temos liberdade cristã para adotar estas tradições e usá-los para ensinar os nossos filhos sobre Cristo, ou para celebrar o nascimento de Cristo, sem elas.

Nesse caso, não há nenhuma obrigação para celebrar seu aniversário também, desde que não é ordenado para nós na Escritura.

Todavia, seria estranho de fato, se alguém que foi salvo pelo filho de Deus, não se regozijar-se em pensar no dia que Sua encarnação manifestou-se pela primeira vez ao mundo naquela noite santa.


Curiosidades

A frase "Feliz Natal" em várias línguas

albanês - Gezur Krislinjden

alemão - Frohe Weihnachten

armênio - Shenoraavor Nor Dari yev Pari gaghand

basco - Zorionak

catalão - Bon Nadal

coreano - Chuk Sung Tan

croata - Sretan Božic

castelhano - Feliz Navidad ou Felices Pascuas

esperanto - Gajan Kristnaskon

finlandês - Hyvää joulua

francês - Joyeux Noël

inglês - Merry Christmas ou Happy Christmas

italiano - Buon Natale

japonês - Merii Kurisumasu (adaptação de Merry Christmas)

mandarim - Kung His Hsin Nien

neerlandês - Prettig Kerstfeest

romeno - Sarbatori Fericite

russo - S prazdnikom Rozdestva Hristova

sueco - God Jul

ucraniano - Srozhdestvom Kristovym

Autor:
Joaquim de Andrade - Apologista, Pesquisador e Presidente do CREIA

Fonte: www.cacp.org.br


Complemento o artigo dizendo que não importa se Cristo nasceu dia 25 de dezembro, ou em Setembro, ou Outubro, ou em Abril, ou em qualquer outra data. Não importa árvores de Natal, Papai-Noel, presentes, etc. O importante é celebrar que Cristo veio ao mundo para nos salvar. Temos que celebrar esta verdade todos os dias de nossas vidas. Mas como o mundo inteiro paralisa nesta data com o intuito de confraternizar (a maioria com o preceito Cristão), aproveitemos para pregar o Evangelho e anunciar Jesus Cristo para todos que ainda não o conhecem. E nós, sendo Cristãos, celebremos com todo amor no coração que Cristo veio para nos salvar, independente de datas específicas. Esta é uma ótima ocasião para pregarmos a palavra e anunciar à JESUS, principalmente para nossos familiares.

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Is 9:6

Feliz Natal a todos!

Ruy Marinho
Blog Bereianos

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Mesa Preta?

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Quem lembra do culto da "mesa branca"? (Clique aqui para ver).

Agora inventaram o culto da "Mesa Preta", o desencapetamento total! Veja abaixo:

Mais uma bizzarrice neopentecostal, macumbaria pura!

Como disse Sergio Pavanini em seu blog:

Alguém sabe onde "desencapetar" práticas neopentecostais sincréticas que colocam cristianismo e umbanda no mesmo saco? cheíssimo, aliás...

Fonte: Blog do Hasbadana, via Pavablog
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Vamos quebrar tudo?

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Por: Rodrigo de Lima Ferreira


Em 2002 eu pastoreava em Curitiba. Naquela bela (e fria) cidade, certa vez me deparei com uma situação perigosa. Estava no centro da cidade, esperando o ônibus em um tubo (pra quem não conhece, os ônibus bi-articulados de Curitiba param em estações chamadas de tubo por serem tubulares). De repente, vi alguns funcionários de linhas de ônibus marchando pela rua e gritando palavras de ordem. Estava começando, naquele momento, uma greve geral no transporte urbano curitibano. Vi que alguns ânimos ficaram exaltados um pouco além dos limites civilizados, e por isso desisti do ônibus, pegando um táxi para voltar pra casa. Houve alguns princípios de quebra-quebra. Gente revoltada pela greve começar justamente em um horário de pico (era cerca de 18 horas), funcionários dos ônibus exaltados pela própria atmosfera de greve. Ao chegar em casa, vi pelo noticiário que aquela era sim uma greve e fui um “felizardo” de vê-la nascendo.

Quando uma classe de trabalhadores entra em greve é porque sente que seus direitos não estão sendo respeitados e, portanto, o sistema está errado. Porém, quando se parte para o vandalismo, vê-se que o erro está além do sistema. Nesses casos, o erro do sistema se torna um álibi para extravasar toda a inadequação interna.

Estou em um grande conflito interior. Estou muito preocupado com a igreja. A cada dia que passa, surgem novas modas, inovações, e padrões até ontem inexistentes passam a servir como um novo “mover” do Espírito. Surgem novos cargos, criando uma espécie de “hierarquia carismática”, onde os dons, antes entendidos como doação do Espírito para serem vividos para a edificação da igreja, servem como identificação de persona eclesial. Algo como os padrões dos kilts dos escoceses, que identificam os clãs. Se antes alguém tinha o entendimento que era chamado para ser pastor, e que tal dom deveria ser exercido com temor e zelo, hoje o pastorado, para muitos, é apenas a porta de entrada em um plano de cargos e salários celestial, onde o alvo deixou de ser o prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus e passou a ser o cargo de apóstolo, ainda que totalmente desvirtuado de seu sentido bíblico.

Ao mesmo tempo em que me preocupo com a igreja e com o caminho que anda tomando, confesso que estou ficando cansado. Isso porque nos últimos tempos, com a desculpa de negar os descalabros que estão acontecendo, está surgindo um grupo, ou vários grupos, de franco-atiradores. Tal qual Jean Meslier, que achava que o mundo só seria livre quando o último rei fosse estrangulado nas tripas do último padre, tais pessoas acham que a igreja só será livre quando o último pastor for queimado na fogueira da última Bíblia. Esse grupo tem cada vez mais ouvintes, a despeito de ser tão igual aos que pretensamente combate. Postam mensagens onde ignorantemente discorrem, com toda a arrogância peculiar, sobre como a Bíblia está mal interpretada por ser encarada como algo divino, sobre como Cristo, em todo o seu amor cósmico, convida a todos a continuar com seus padrões de vida pecaminosos e retorcidos, e sobre como cada um, sozinho, é igreja. Realizam o mesmo trabalho de desconstrução do grupo que dizem combater, só que mais ridiculamente pseudo-intelectualizado. Gente que joga no lixo tudo o que vimos e vivemos até hoje, como se o Espírito nunca tivesse agido no planeta, ao menos não do jeito que eles entendem. Para ilustrar, eles estão, como diz o ditado, jogando fora o bebê junto com a água suja. Enfim, é uma ressurreição tardia e torta do iluminismo, onde o homem é a medida de todas as coisas e não mais Deus. Esses semi-Bakunins talvez não saibam, mas a epístola de Judas foi escrita tendo em mente gente desse naipe.

Talvez meu cansaço decorra do fato de ver que perdemos nossos referenciais, nossos heróis (apesar de Bertold Brecht ter dito que “infeliz é a nação que precisa de heróis”). Talvez meu cansaço se deva ao fato de que, hoje, o rascunho já é ruína. Ou talvez meu cansaço seja pelo fato de que a Bíblia mesmo diz, em Ezequiel 3.7: “Mas a casa de Israel não te quererá ouvir; pois eles não me querem escutar a mim; porque toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de coração”. Eu queria que a casa de Israel ouvisse, mas não posso negar o que a Bíblia diz. Eu queria estar iludido, mas parece que a realidade medíocre me vence. Eu queria que a igreja estivesse vivendo mesmo momentos de avivamento, e não de grosseira mercantilização. Eu queria que estivesse sendo separado um grupo que prima pela coerência escriturística e não pelo extremo egocentrismo pecaminoso.

Mas ainda que haja gente que queira quebrar tudo pelo simples prazer da iconoclastia, não posso perder a esperança de que um dia o Senhor mude a história. Ainda que a figueira não floresça, ainda que a babaquice pretensiosamente pseudo-academicista cresça a cada dia, ainda que o deslumbramento pela manipulação de gente vazia seja uma realidade, eu ainda assim esperarei no Senhor.


Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Serranópolis, GO.

Fonte: www.ultimato.com.br
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Os "Caçadores de unção"...

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Fonte: Pavablog

Resumindo: Versões tupiniquins de Moris Cerullo
(pra variar) o cenário gospel Brasileiro.
O pior é que tá cheio de "Cerullo's" por aí.

"E mais um ídolo importado dita as regras
para nos escravizar, é proibido pensar".
Já dizia o poeta.



Para conhecer quem é Moris Cerullo, clique aqui!

Para saber que tanta unção é essa que esse
povo transfere,
clique aqui!

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Bíblia tradução gay?

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Um produtor de filmes recentemente divulgou um projeto independente acerca de uma fórmula que transforma todos os heterossexuais em “gays”. Agora ele anunciou que está trabalhando para fazer a “Bíblia da Princesa Diana”, na qual “Deus” ordena o homossexualismo como o melhor estilo de vida.

“Há muitas diferentes versões da Bíblia. Não vejo motivo por que não possamos ter uma Bíblia gay”, disse Max Mitchell numa declaração num site para o seu novo projeto.

A “Bíblia gay”, produzida pelos Estúdios Revisão, com sede no Novo México, EUA, declara que Deus instrui que “é melhor ser gay do que heterossexual”.

Mitchell disse que ele desenvolveu a idéia da “Bíblia” a partir de seu novo projeto cinematográfico, chamado “Horror in the Wind” [Horror ao vento], em que uma substância levada pelo ar “muda a orientação sexual do mundo”.

Ele disse que se chama “A Bíblia da Princesa Diana” por causa das “muitas boas obras” de Diana.

O site oferece uma pré-estréia do projeto, com previsão de disponibilidade para 2009.

Na versão de Mitchell, o livro de Gênesis fala sobre Aida e Eva:

“E o Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Aida, e ela dormiu; e ele tomou uma das costelas dela, e fechou a carne em seu lugar; e da costela, que o Senhor Deus tomou da mulher, ele formou outra mulher, e trouxe-a à primeira mulher. E disse Aida: ‘Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada mulher, porque ela foi tomada de mim. Portanto deixará a mulher a sua mãe, e apegar-se-á à sua esposa, e elas serão uma só carne. E ambas estavam nuas, a mulher e a sua esposa; e não se envergonhavam”.

A nova versão continua:

“E Eva concebeu, e deu a luz Caim, e disse, ‘criamos um filho à imagem de Deus’. E Deus disse que o macho era diferente da mulher porque ele foi gerado pela serpente… E Eva de novo concebeu da serpente e deu a luz Abel, irmão de Caim. E Abel cuidava das ovelhas, mas Caim cuidava da terra”.

De acordo com o site homossexual Queerty.com, Mitchell descreveu sua obra como divinamente inspirada.

“Jesus era gay. Nos tempos bíblicos, os relacionamentos homossexuais eram tão comuns que ninguém pensava duas vezes. O que era considerado pecado era a heterossexualidade”, ele disse no site.

Na página de comentários do site, um participante disse: “Aida e Eva são um sopro de ar fresco na face da reprimida homossexualidade da sociedade. Finalmente, uma versão da Bíblia com a qual todos podem se identificar”.

No site Belieftnet.com, alguém postou um comentário expressando oposição ao projeto:

“De vez em quando, a arte mais distorce a verdade do que a transcende, e é aí que tenho de decidir o que é aceitável ou não. Daí minha oposição à ‘Bíblia da Princesa Diana’ que está para vir”.

“Esse livro é inspirado por uma agenda política e o desejo de uma pessoa de torcer não somente o texto, mas o próprio contexto, para satisfazer sua própria perspectiva. Isso, você poderá dizer, é o que os comentaristas fazem — e talvez até mesmo os tradutores —, mas esse cara está se fazendo de ‘autor’, que faz de sua obra um livro, não uma Bíblia”, comentou esse participante.


Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: WND


Mais uma "adulteração distorcida" da Bíblia para tentar justificar interesses particulares. Já não bastasse as novas versões "mais modernas" da Bíblia e seu festival de distorções, estava demorando muito para aparecer algo deste gênero.

Já dizia o Apóstolo Paulo aos Gálatas para algo semelhante naquele tempo da Igreja Primitiva (e para os dias de hoje também):

"Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho. 0 qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema." Gl 1:6-9

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O camelô de amuletos.

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A “ortodoxia religiosa imediatista” tem aprisionado Deus em uma instituição. Na tentativa de vivenciá-Lo, continua a se adotar uma série de ritos, tradições e sacrifícios. Esquece-se que não podemos limitá-Lo, pois Ele através de sua palavra se tornou nômade, exorbitando o espaço exíguo e petrificado dos conceitos idólatras. Os horizontes curtos dessa visão ritualística e comercial não permitem entender o sentido de um Deus feito homem.

O cristianismo de fachada, à maneira de um judaísmo disfarçado, tem enveredado por caminhos nunca dantes navegados. As subdivisões institucionais religiosas ditas cristãs são tantas, no intuito de abarcar o “sagrado”, que as pobres almas com sede de justiça, se sentem desorientadas, sem saber onde encontrar guarida, ouvindo de todos os lados mensagens as mais estapafúrdias e inimagináveis, pelo rádio, jornais, televisão e carros de propaganda, que mais parecem a gritaria louca dos camelôs a oferecerem os seus produtos em meio ao tumulto das feiras.

Algumas almas aceitam as “verdades” apelativas, dirigidas a elas através de ameaças apocalípticas. Outras, à procura de alívio para as suas doenças, adquirem até sabonetes fabricados com gorduras derretidas de ovelhas de Israel, que lhes são oferecidas publicamente pelos supostos guardiões de Deus. Areias do deserto da “terra santa” são comercializadas, a fim de serem espalhadas pelos cômodos das casas, para afastar maus fluidos. Frascos com águas do rio Jordão, para pingar entre as pálpebras, a fim de tirar a concupiscência dos olhos, entre outras cavilações, que em respeito aos de boa índole, deixamos de mencionar. Executam enfim uma paródia ordinária; abusando dos elementos fascinantes do judaísmo arcaico. É em meio a esta banalização do “sagrado”, que nos vem à lembrança, um Cristo indignado a expulsar os vendilhões do templo.

Em analogia ao que ocorria no antigo templo, comercializam réplicas de símbolos judaicos, com supostos poderes de afastar espíritos imundos, à semelhança dos amuletos usados no mundo pagão, enganando multidões de incautos.

Este horrendo espetáculo teatral vem transformando o que resta do cristianismo primitivo, em uma mera comédia, que a cada representação, comprova a irreconciliabilidade da mensagem dos evangelhos com os “pressupostos simbólicos” do Judaísmo ortodoxo.

Encerro este breve ensaio com as palavras iniciais de Paulo, em I Timóteo 6.11: “Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas...”.

Por Levi B. Santos

fonte: Ensaios & Prosas

Via Pavablog
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O Evangelho dos evangélicos.

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“Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” [Jesus Cristo]

Estou convencido de que um é o evangelho dos evangélicos, outro é o evangelho do reino de Deus. Registro que uso o termo “evangélico” para me referir à face hegemônica da chamada igreja evangélica, como se apresenta na mídia radiofônica e televisiva.

O evangelho dos evangélicos é estratificado. Tem a base e tem a cúpula. Precisamos falar com muito cuidado da base, o povo simples, fiel e crédulo. Mas precisamos igualmente discernir e denunciar a cúpula. A base é movida pela ingenuidade e singeleza da fé; a cúpula, muita vez é oportunista, mal intencionada, e age de má fé. A base transita livremente entre o catolicismo, o protestantismo e as religiões afro. A base vai à missa no domingo, faz cirurgia em centro espírita, leva a filha em benzedeira, e pede oração para a tia que é evangélica. Assim é o povo crédulo e religioso. Uma das palavras chave desta estratificação é “clericalismo”: os do palco manipulando os da platéia, os auto-instituídos guias espirituais tirando vantagem do povo simples, interesseiro, ignorante e crédulo.

A cúpula é pragmática, e aproveita esse imaginário religioso como fator de crescimento da pessoa jurídica, e enriquecimento da pessoa física. Outra palavra chave é “sincretismo”. A medir por sua cúpula, a igreja evangélica virou uma mistura de macumba, protestantismo e catolicismo. Tem igreja que se diz evangélica promovendo “marcha do sal”: você atravessa um tapete de sal grosso, sob a bênção dos pastores, e se livra de mal olhado, dívida, e tudo que é tipo de doença. Já vi igreja que se diz evangélica distribuir cajado com água do Jordão (i.é, um canudo de bic com água de pia), para quem desejasse ungir o seu negócio, isto é, o seu business. Lembro de assistir a um programa de TV onde o apresentador prometia que Deus liberaria a unção da casa própria para quem se tornasse um mantenedor financeiro de sua igreja.

O povo religioso é supersticioso e cheio de crendices. Assim como o Brasil. Somos filhos de portugueses, índios, africanos, e muitos imigrantes de todo canto do planeta. Falar em espíritos na cultura brasileira é normal. Crescemos cheios de crendices: não se pode passar por baixo de escada; gato preto dá azar; caiu a colher, vem visita mulher, caiu garfo, vem visita homem; e outras tantas idéias sem fundamento. Somos assim, o povo religioso é assim. Tem professor de universidade federal dando aula com cristal na mão para se energizar enquanto fala de filosofia.

E a cúpula evangélica aproveita a onda e pratica um estelionato religioso: oferece uma proposta ritualística que aprisiona, promove a culpa e, principalmente, ilude, porque promete o que não entrega. Aliás, os jornais começam a noticiar que os fiéis estão reivindicando indenizações e processando igrejas por propaganda enganosa.

O evangelho dos evangélicos é estratificado. A base é movida pela ingenuidade e singeleza da fé, e a cúpula é oportunista. A base transita entre o catolicismo, o protestantismo e as religiões-afro, e a cúpula é pragmática. A base é cheia de crendices e a cúpula pratica o estelionato religioso.

O evangelho dos evangélicos é mercantilista, de lógica neoliberal. Nasce a partir dos pressupostos capitalistas, como, por exemplo, a supremacia do lucro, a tirania das relações custo-benefício, a ênfase no enriquecimento pessoal, a meritocracia – quem não tem competência não se estabelece. Palavra chave: prosperidade. Desenvolve-se no terreno do egocentrismo, disfarçado no respeito às liberdades individuais. Palavra chave: egoísmo. Promove a desconsideração de toda e qualquer autoridade reguladora dos investimentos privados, onde tudo o que interessa é o lucro e a prosperidade do empreendedor ou investidor. Palavra chave: individualismo. Expande-se a partir da mentalidade de mercado. Tanto dos líderes quanto dos fiéis. Os líderes entram com as técnicas de vendas, as franquias, as pirâmides, o planejamento de faturamento, comissões, marketing, tudo em favor da construção de impérios religiosos. Enquanto os fiéis entram com a busca de produtos e serviços religiosos, estando dispostos inclusive a pagar financeiramente pela sua satisfação. Em síntese, a religião na versão evangélica hegemônica é um negócio.

O sujeito abre sua micro-empresa religiosa, navega no sincretismo popular, promete mundos e fundos, cria mecanismos de vinculação e amarração simbólicas, utiliza leis da sociologia e da psicologia, e encontra um povo desesperado, que está disposto a pagar caro pelo alívio do seu sofrimento ou pela recompensa da sua ganância.

Em terceiro lugar, o evangelho dos evangélicos é mágico. Promove a infantilização em detrimento da maturidade, a dependência em detrimento da emancipação, e a acomodação em detrimento do trabalho.

Pra ser evangélico você não precisa amadurecer, não precisa assumir responsabilidades, não precisa agir. Não precisa agregar virtudes ao seu caráter ou ao processo de sua vida. Primeiro porque Deus resolve. Segundo porque se Deus não resolver, o bispo ou o apóstolo resolvem. Observe a expressão: “Estou liberando a unção”. Pensando como isso pode funcionar, imaginei que seria algo como o apóstolo ou bispo dizendo ao Espírito Santo: “Não faça nada por enquanto, eles não contribuíram ainda, e eu não vou liberar a unção”.

Existe, por exemplo, a unção da superação da crise doméstica. Como isso pode acontecer? A pessoa passa trinta anos arrebentando com o seu casamento, e basta se colocar sob as mãos ungidas do apóstolo, que libera a unção, e o casamento se resolve. Quem não quer isso? Mágica pura.

O sujeito é mau-caráter, incompetente para gerenciar o seu negócio, e não gosta de trabalhar. Mas basta ir ao culto, dar uma boa oferta financeira, e levar para casa um vidrinho de óleo de cozinha para ungir a empresa e resolver todos os problemas financeiros.

Essa postura de não assumir responsabilidades, de não agir com caráter, e esperar que Deus resolva, ou que o apóstolo ou bispo liberem a unção tem mais a ver com pensamento mágico do que com fé.

Em quarto lugar, o evangelho dos evangélicos tem espírito fundamentalista. Peço licença para citar Frei Beto: “O fundamentalismo interpreta e aplica literalmente os textos religiosos, não sabe que a linguagem simbólica da Bíblia, rica em metáforas, recorre a lendas e mitos para traduzir o ensinamento religioso.” O espírito fundamentalista é literalista, e o mais grave é que o espírito fundamentalista se julga o portador da verdade, não admite críticas, considerações ou contribuições de outras correntes religiosas ou científicas.

Quem tem o espírito fundamentalista não dialoga, pois considera infiéis, heréticos, ou, na melhor das hipóteses, equivocados sinceros, todos os que não concordam com seus postulados, que não são do mesmo time, e não têm a mesma etiqueta. Quem tem o espírito fundamentalista se considera paradigma universal. Dialoga por gentileza, não por interesse em aprender. Ouve para munir-se de mais argumentos contra o interlocutor. Finge-se de tolerante para reforçar sua convicção de que o outro merece ser queimado nas fogueiras da inquisição. Está convencido de que só sua verdade há de prevalecer.

Mais uma vez Frei Beto: “o fundamentalista desconhece que o amor consiste em não fazer da diferença, divergência”. Por causa do espírito fundamentalista, o evangelho dos evangélicos é sectário, intolerante, altamente desconectado da realidade. O evangelho dos que têm o espírito do fundamentalismo é dogmático, hermético, fechado a influências, e, portanto, é burro e incoerente.

Em quinto lugar, o evangelho dos evangélicos é um simulacro. Simulacro é a fotografia mais bonita que o sanduíche. Não me iludo, o evangelho dos evangélicos é mais bonito na televisão do que na vida. As promessas dos líderes espirituais são mais garantidas pela sua prepotência do que pela sua fé. Temos muitos profetas na igreja evangélica, mas acredito que tenhamos muito mais falsos-profetas. Os testemunhos dos abençoados são mais espetaculares do que a realidade dos cristãos comuns. De vez em quando (isso faz parte da dimensão masoquista da minha personalidade) fico assistindo estes programas, e penso que é jogada de marketing, testemunho falso. Mas o fato é que podem ser testemunhos por amostragem. Isto é, entre os muitos que faliram, há sempre dois ou três que deram certo. O testemunho é vendido como regra, mas na verdade é apenas exceção.

A aparência de integridade dos líderes espirituais é mais convincente na TV e no rádio do que na realidade de suas negociatas. A igreja evangélica esta envolvida nos boatos com tráficos de armas, lavagem de dinheiro, acordos políticos, vendas de igrejas e rebanhos, imoralidade sexual, falsificação de testemunho, inadimplência, calotes, corrupção, venda de votos.

A integridade do palco é mais atraente do que a integridade na vida. A fé expressa no palco, e nas celebrações coletivas é mais triunfante, do que a fé vivida no dia a dia. Os ideais éticos, e os princípios de vida são mais vivos nos nossos guias de estudos bíblicos e sermões do que nas experiências cotidianas dos nossos fiéis. Os gabinetes pastorais que o digam: no ambiente reservado do aconselhamento espiritual a verdade mostra sua cara.


Estratificado, mágico, mercantilista, fundamentalista, e simulacro. Eis o evangelho dos “evangélicos”.

Publicado originalmente em outraespiritualidade.blogspot.com


Ed René Kivitz é teólogo, com mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, e pastor presidente da Igreja Batista de Água Branca, SP. É também palestrante e escritor, e dentre suas obras mais conhecidas estão "Vivendo com propósitos" e "Outra Espiritualidade", ambas publicados pela Editora Mundo Cristão.


Fonte: Revista Ultimato www.ultimato.com.br

Nota do Blog Bereianos:

Embora eu discorde completamente do anti-bíblico "teísmo aberto" defendido pelo Ed René, este artigo está biblicamente correto e se aplica a igreja.

Ruy Marinho