Merchandising em "nome de JESUS"!

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Pastor usa nome de Jesus para fazer
'merchan' de consórcio na TV


Se existe uma "vítima" da chamada Teologia da Prosperidade ela é a própria palavra escrita na Bíblia. Essa teoria (ou prática teológica) tem se disseminado de forma surpreendente, e é defendida por evangélicos que crêem - grosso modo - que Deus tem algum tipo de dívida para com o ser humano, ou que tem uma espécie de acordo (com ares de obrigação) de dar-lhe riqueza e felicidade caso a pessoa realmente tenha fé e o queira. A contrapartida geralmente é o fiel desembolsar alguma riqueza própria (dinheiro) em troca da riqueza maior futura.

O pastor evangélico Marco Feliciano, do Ministério Tempo de Avivamento, leva a teoria às últimas consequências em site e em programa na Rede TV. Enquanto garante que Deus atenderá a todos os pedidos de "fiéis", "perseverantes" ou "valentes", ele aproveita e vende cursos de teologia, DVDs, CDs de músicas e camisetas. Até aí, ok, nada demais. Mas ele também usa o nome de Jesus em merchandisings.

Segundos após realizar uma oração inflamada (que inclui palavras de língua desconhecida), pastor Feliciano ressurge como garoto-propaganda no mesmo cenário para vender um consórcio de casa própria, o GMF Consórcios."Você realiza, então, em nome de Jesus, o sonho da casa própria", diz o pastor.

Bíblia, hermenêutica e edição

Os pastores e bispos adeptos da teologia ou teoria da prosperidade fazem uso da hermenêutica na leitura da Bíblia para garantir que o que estão fazendo não viola as regras de Deus ou de Jesus. Trata-se de uma espécie de "edição" de conteúdo: cada um usa a Bíblia da forma que lhe interessa.

Senão vejamos: a orientação divina para que os humanos não se percam em desejos materiais em detrimento ao amor por Deus está citada duas vezes, de forma muito semelhante, em dois diferentes Evangelhos.

Em Lucas, 16:13, lê-se: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas."Da mesma forma, em Mateus 6:24, está: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom".

Por outro lado há outro trecho em Lucas , 11:9, que diz que ao pedir algo a Deus, o fiel simplesmente receberá o que deseja (de acordo com o merecimento e fé, pressupõem-se). Mas sem precisar fazer um carnê de desafio com uma igreja. Sem intermediários."Por isso eu digo: peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês." No caso do pastor do "merchan", a porta começa com um consórcio para a casa própria.

Autor: Ricardo Feltrin, no UOL. (Via Pavablog)

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A "doutrina" da cura interior neopentecostal.

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Texto: JO 8. 31,36

Introdução:

Cura interior significa a cura da alma e do espírito do homem, diferentemente da cura física. Neste sentido, a cura interior é uma realidade; o que é falso na teologia da cura interior são os métodos empregados para se obter esta cura interior, bem como o momento em que ela acontece.

A cura interior existe, e hoje você irá aprender o que ela é na verdade e quando ela ocorre.


A teologia da cura interior

Os adeptos desta heresia crêem que após o ser humano entregar a vida para Cristo precisa ser liberto de traumas do passado e, portanto, necessita descobrir estes traumas que tiveram no passado para liberar perdão ou ainda pedir perdão pelo ofensor, pois, caso contrário, sua vida espiritual irá por “água a baixo”.

Como é difícil, segundo eles dizem, lembrarmos sozinhos da nossa vida passada; faz-se necessário à ajuda de terapias de regressão feitas individualmente e muitas vezes em seminários e encontros promovidos por pastores ou até mesmo por irmãos muitas vezes despreparados. Esta moda é bem comum em movimentos como o G12.

Segundo afirmam aqueles que crêem nesta doutrina, a causa de muitos crentes viverem “debaixo de maldições” e terem uma vida derrotada e frustrada, é de não terem sido ainda curados interiormente; por isso o Espírito Santo não pode fluir plenamente em suas vidas.


A verdade sobre a cura interior

1)Primeiramente quero tocar na questão da suficiência do sacrifício de Cristo. Jesus não fez a obra pela metade em nossas vidas, portanto, o que necessitamos é crer no que ele fez e continua fazendo. Leia Jo 13. 10 (Jesus nos limpou de uma vez por todas; todos os pecados do passado foram perdoados, recebemos um novo coração que também é um coração que perdoa; o que precisamos na verdade é nos arrependermos do que fazemos em nosso caminhar cristão e pedir perdão a Deus); II Co 5.17.

Já pensou se o nosso perdão estivesse condicionado a lembrarmos de todos os pecados que fizemos, nos mínimos detalhes! Certamente iríamos ficar em falta.

É justamente por esses motivos que precisamos de Cristo, não somos capazes de conquistar libertação, por isso Jesus veio até nós e não fomos nós que nos aproximamos dele! Is 53.1-5; 61.1-3


Quando é ensinado que após a conversão precisamos descobrir qual tipo de trauma do passado estamos “carregando”, estamos indiretamente dizendo que o sacrifício de Jesus não é suficiente o bastante para nos dar a vitória. A Bíblia deixa clara que o que Jesus fez por nós é completo, a Palavra de Deus inteira nos mostra este princípio. Veja ainda o seguinte texto: Jo 8.36. Não podemos acrescentar algo a mais à conversão para termos uma vida plena de paz.

2)Em segundo lugar, podemos observar que há um esforço humano para solucionar problemas da alma, problemas que somente Cristo pode resolver. Terapias de regressão, mapas espirituais de gerações passadas e outras práticas que demonstram a tentativa fútil do homem se libertar por esforço próprio: Eu perdôo fulano, eu declaro, eu peço a Deus que perdoe beltrano, etc...

E o que Jesus fez? É uma questão de fé! Ele nos perdoou de todos os nossos pecados, isso significa todos os pecados do passado, presente e daqueles que ainda iremos cometer! A Bíblia é bem clara quanto a este fundamento! Por isso que em João 8.35 está escrito que o Filho permanece para sempre; para sempre em que lugar? Em nossos corações! Portanto se ele nos libertou, somos verdadeiramente livres, não existe meio livre ou quase livre; o que ocorre com certas pessoas é que não conheceram a Cristo verdadeiramente ou não tem fé em sua Palavra que é a Verdade, e por isso vivem sofrendo e tentando adivinhar problemas e traumas do passado, uma verdadeira loucura e confusão!

3)Esta heresia ensina que alguém é o culpado do que acontece comigo, ou seja, é ensinado que eu não sou o culpado, mais sim outra pessoa; em outras palavras “ponho a culpa em alguém”, satisfaço o meu ego e está resolvido o meu problema. Por exemplo: Se eu sou rancoroso é porque minha mãe era rancorosa ou porque me batia muito, na verdade ela é a culpada do meu agir rancoroso, portanto basta dizer: Eu perdôo a minha falecida mãe por ter me feito rancoroso e então resolvo o problema. Pelo que você pode perceber, aí é que se comete pecado, porque estou guardando magoa e amargura em meu coração e não estou verdadeiramente perdoando, mais acusando a alguém pelos meus erros e frustrações! Assim fica muito “fácil”; sou rancoroso por causa de alguém, sou lésbica por causa de alguém, sou ladrão por causa de alguém, não tive culpa de nada, sou uma vítima das fatalidades que envolveram a minha vida.

Pior ainda é quando o suposto culpado está vivo e o irmãozinho cai na besteira de ir perdoar o culpado. Chega até o “culpado” e diz: Eu te perdôo por você ter me deixado cheio de traumas; na verdade esta pessoa está acusando a terceiros, quando o certo é pedir perdão a Deus por ter ficado magoado!

Na verdade esta faltando para esta pessoa uma genuína conversão.A cura interior, quando ensinada deste modo, fere os princípios básicos necessários à verdadeira conversão; tais como: reconhecer os próprios pecados, se arrepender, confessar, crer, etc...

Já é estranho um crente ter mágoas e traumas do passado, pois isso não pode ter lugar em nossos corações onde habita o Espírito Santo, entretanto, se por ventura a mágoa tentar entrar, ela deverá ser eliminada pelo confronto com a Palavra de Deus! Hb 12. 15


Vale lembrar uma regra:


a)Meus pecados antes da conversão foram perdoados(At 17.29; Hb 8.12;10. 15-18)

b)Quando alguém nos pede perdão; devemos perdoar!


4)Os adeptos deste ensino precisam compreender ainda que todo homem é pecador (Rm 3.23) e precisa de salvação. Por mais que alguém tenha sido maltratado pelos pais ou por qualquer pessoa que seja, ou tenha passado por situações terríveis, este alguém será culpado pelos seus próprios atos; se não fosse assim, nem todos precisariam de salvação, haja vista alguns terem explicações para agirem de determinada forma.

Todo homem é responsável por seus próprios atos! Ez 18.4,20


5) A salvação compreende um novo nascimento, morrer para o mundo e viver para Cristo. Se verdadeiramente somos novas criaturas, tudo relativo ao nosso passado foi sepultado com Cristo. Leia os textos a seguir: II Co 5.17 e Fp 3.13,14 . É certo que ainda vivemos neste corpo sujeito a muitas limitações por causa do pecado, mais quanto aos traumas do passado, eles devem ser sepultados!


6)Na autêntica conversão, a cura interior ocorre imediatamente, ou seja, um coração transformado pelo Espírito Santo reconhece os seus próprios erros e também perdoa os do próximo. Um coração transformado é um coração perdoador; se ele está cheio de magoas e traumas, não é porque precisa de terapia, e sim de conversão!

O coração de uma nova criatura perdoa o que lhe ofende e não fica guardando ressentimentos!


7)É uma maldade levar alguém a ficar sofrendo lembrando de traumas do passado quando Cristo já apagou todos eles de nossa vida.


Do que o homem precisa ser curado interiormente?


Precisamos da cura do coração.

Todo mal vem de dentro do coração do homem (Mt 15.16-20)

Devemos saber que o homem necessita ser curado interiormente, no entanto precisamos saber também do que ele precisa ser curado.

A Palavra de Deus nos ensina que Jesus levou sobre si as nossas enfermidades. O coração do homem estava distante de Deus e doente; cheio de pecados e de maldade. Cristo morreu para nos libertar do pecado e da morte. Ao derramar o seu sangue na cruz, resolveu definitivamente o problema do pecado e da morte. Quando aceitamos a Jesus Cristo como o Nosso Senhor e Salvador, o Espírito Santo vem habitar em nosso coração transformando este coração em um novo coração onde a mágoa, ódio e ressentimentos não podem achar mais lugar.

Jesus entra aonde nenhum remédio, psicólogo ou psiquiatra pode entrar; ele entra no mais profundo do homem. Quando um crente está se sentindo mal ou frustrado, ele não precisa de terapia, mais de arrepender-se e lembrar de que ele é uma nova criatura!


Conclusão:


Aprendemos que a verdadeira cura interior acontece no momento da conversão e que consiste na transformação de um coração doente em um novo coração. Desmascaramos a heresia da cura interior e estudamos os seus erros.

Fonte: www.igrejasementedavida.com.br


Sábio conselho do apóstolo Paulo:

"Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas, prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". Fl 3:12-14
(grifo meu).
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Perfume "consagrado" que arruma casamento!

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Fala de um suposto reverendo:

"Perfume consagrado da gruta... da gruta dos milagres! Quando passar por lá, terá no corredor da igreja uma "mesa farta", quando você tocá-la você vai receber a prosperidade! Na saída você ainda ganha o "perfume consagrado". Se você quer casar mas não consegue, use este perfume! Se você tem ciumes no seu casamento, use este perfume consagrado que vai acabar com todo o ciume! São três cores de selos, vermelho (para aqueles que não conseguem casar), selo amarelo (para prosperidade) e selo branco (para problemas nas vistas)."

Não acredita? Então veja este video abaixo:





Seria uma espécie de "Datena Gospel"? Com direito à fundo musical do Titanic e tudo (para afundar mesmo)! Que doidera é esta? Certeza que não é Cristianismo!

Para aqueles que querem casar e não arrumaram casamento ainda, é melhor orar à Deus e olhar para si mesmo e ver o que está errado. Mas por favor, não vá cair nessa lábia esperta ein!?
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Festas Bíblicas Judáicas. Devemos segui-las?

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"As festas bíblicas são ordens sagradas do Senhor. Elas não são apenas judaicas; são, antes de mais nada, do Senhor, declaradas como estatuto eterno (Lv. 23:1-44). Essas festas não são um convite para que a Igreja volte à primeira aliança, mas para sustentar a mensagem que elas transmitem. Elas apontam para o fim, para o Cordeiro e falam da parusia, ou seja, a segunda vinda do Messias."

"Preste atenção ao que está sendo ministrado, pois Roma não deseja que nossos olhos sejam abertos. Roma quer nos prender ao paganismo. Esse paganismo se traduz na tentativa de deixar as festas bíblicas no esquecimento e de pegar as festas pagãs e tentar cristianizá-las. Porém, Deus abriu os nossos olhos. Não estamos mais debaixo da escuridão, pois o Senhor nos trouxe para a luz."

(Ap. Renê Terra Nova).


A frase do autodenominado “apóstolo” René Terra Nova demonstra bem a necessidade de estudarmos este assunto: a Igreja deve guardar festas e costumes judaicos? A Bíblia deixa alguma evidência de que tais práticas são para os cristãos?

Independentemente de dados históricos extra-bíblicos, devemos nos deter ao estudo das Escrituras para esclarecermos tais questionamentos. É da Bíblia a Palavra final sobre o assunto!

Para começarmos nosso estudo, é interessante nos debruçarmos sobre a carta de Paulo aos gálatas, pois os irmãos da Galácia estavam passando por uma situação semelhante a da igreja de hoje.

Quando Paulo escreveu aos gálatas, Os judeus estavam presentes em todo o Império Romano, principalmente nas cidades mais importantes. Muitos deles se converteram ao cristianismo e, dentre os convertidos, havia aqueles que queriam impor a lei mosaica sobre os cristãos gentios. São os "judaizantes". Assim como os fariseus e saduceus perseguiram Jesus durante o período mencionado pelos evangelhos, os judaizantes pareciam estar sempre acompanhando os passos de Paulo a fim de influenciar as igrejas por ele estabelecidas. Essa questão entre judaísmo e cristianismo percorre o Novo Testamento.

Os judaizantes estavam também na Galácia, onde se tornaram uma forte ameaça contra a sã doutrina das igrejas.

Aqueles judeus davam a entender que o evangelho estava incompleto. Para conseguirem uma influência maior sobre as igrejas, eles procuravam minar a autoridade de Paulo. Para isso, atacavam a legitimidade do seu apostolado, como tinham feito em Corinto.


O EVANGELHO JUDAIZANTE

Os judaizantes chegavam às igrejas com o Velho Testamento "nas mãos". Isso se apresentava como um grande impacto para os cristãos. O próprio Paulo ensinava a valorização das Sagradas Escrituras. Como responder a um judeu que mostrava no Velho Testamento a obrigatoriedade da circuncisão e da obediência à lei? Além disso, apresentavam Abraão como o modelo para os servos de Deus.

Os judaizantes ensinavam que a salvação dependia também da lei, principalmente da circuncisão. Segundo eles, para ser cristão, a pessoa precisava antes ser judeu (não por descendência, mas por religião). Foi para combater as heresias judaizantes que Paulo escreveu aos gálatas e mostrou àqueles irmãos que voltar as práticas e aos cerimoniais da Lei era cair da graça. (Gálatas 5:1-10):

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor. Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chama. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Confio de vós, no Senhor, que não alimentareis nenhum outro sentimento; mas aquele que vos perturba, seja ele quem for, sofrerá a condenação”.


Algo parecido tem acontecido na Igreja brasileira nos dias atuais. Os judaizantes modernos ensinam que devemos guardar as festas judaicas, ler a Torah nos cultos, etc.

É muito comum vermos cristãos usando kipás (bonezinho usado pelos judeus), buscando ligações genealógicas com o povo israelita para que possam obter nacionalidade judia, entre outras coisas. Até mesmo nos cultos de algumas igrejas, músicas e danças judaicas foram inseridas.

Em nome do amor a Israel a bandeira da nação é colocada na igreja (será que um árabe desejoso por conhecer Cristo entraria nesta igreja?), o shofar é tocado e promovem-se as festas com a promessa de uma nova unção sobre a vida de quem participa de tais celebrações.

Há igrejas onde as pessoas não podem adentrar ao templo de sandálias ou sapatos e são orientadas a tirar os calçados, pois, segundo ensinam, irão pisar terra santa.

Há notícias de denominações no Brasil onde os assentos foram retirados dos templos e os crentes ficam de joelhos em posição semelhante à usada pelos judeus nas sinagogas.

Uma famosa “apóstola” apregoa inclusive a necessidade da Igreja Evangélica brasileira guardar o sábado. Em uma entrevista a antiga revista Vinde, ela declarou: "Meu contato com Israel me mostrou várias coisas, como os dias proféticos, as alianças: seis dias trabalharás e ao sétimo descansarás. Êxodo 31 declara que o sábado é o sinal de uma aliança perpétua e da volta de Cristo”.

Afinal, devemos ter a preocupação de celebrar as festas judaicas, usar kipá, colocar pano de saco, banhar-se de cinzas? O cristão tem essas obrigações? O que diz a Palavra sobre o assunto?

Sobre a idéia da guarda do sábado e a sugestão da pastora de que isso faz parte de uma aliança perpétua, verifiquemos o seguinte:


Usar a expressão "aliança perpétua" para referir-se à aliança feita entre Deus e Israel é desconhecer a transitoriedade dessa aliança apontada pela Bíblia. Se não, vejamos. A Bíblia menciona a existência de duas alianças. A primeira foi firmada entre Deus e o povo de Israel (Êxodo 19.1-8), logo que saiu da terra do Egito e se acampou junto ao Monte Sinai. A aliança foi ratificada com o sangue de animais como se lê em Êxodo 24.1-8. No livro de Hebreus, o escritor se reporta a esta aliança, dizendo: "É por isso que nem a primeira aliança foi consagrada sem sangue. Havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã púrpura e hissopo, e aspergiu tanto o próprio livro como todo o povo dizendo: ‘Este é o sangue da aliança que Deus ordenou para vós’" (Hebreus 9.18-20).

Essa aliança não integrava o povo gentio (Salmo 147.19 e 20): "Mostra a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e os seus juízos a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; e, quanto aos seus juízos, não os conhecem”.

Embora o povo de Israel tivesse prontidão em responder que observaria essa aliança, na verdade, não a cumpriu, de modo que Deus prometeu nova aliança. Essa promessa foi registrada por Jeremias: "Vêm dias, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz para com seus pais, no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egito, porque eles invalidaram a minha aliança, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor" (Jeremias 31.31 a 34).

Novamente, o escritor do livro de Hebreus se reporta a essa nova aliança, afirmando que ela já tinha sido estabelecida por Jesus Cristo: "Mas agora alcançou Ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de superior aliança, que está firmada em melhores promessas. Pois se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, nunca se teria buscado lugar para a segunda", (Hebreus 8.6 e 7). Ainda Paulo, falando sobre a antiga aliança, declara: "Ele nos fez também capazes de ser ministros de uma nova aliança, não de letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica" (2 Coríntios 3.6). Logo, não se pode falar em "aliança perpétua", referindo-se à primeira aliança entre Deus e Israel.

O que talvez a apóstola quisesse, mas não o fez, era dizer que o sábado é um mandamento perpétuo, como se lê em Êxodo 31. 16 e 17. Todavia, ainda assim, ela estaria incorreta. Não procede dizer que a guarda do sábado deva ser observada pelos cristãos hoje. Isto porque a palavra perpétuo não se aplica só ao sábado, mas também a vários outros preceitos que os guardadores do sábado nunca se dispuseram a cumprir, como, por exemplo, a circuncisão pois Gênesis 17.13-14 diz o seguinte: “Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua. O incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança”. E agora, teremos que nos circuncidar também? Ou não seria mais coerente guardar o significado espiritual de tais ordenanças e não o seu aspecto cerimonial?

Um outro argumento da “apóstola” é a de que o domingo tem origem pagã, ela diz: "Roma teve um imperador que adorava o sol. Daí Sunday (dia do sol) [do inglês, domingo]. Por essa questão pagã, a tradição chegou até nossos dias...”.

Entretanto, esse é um argumento pueril, freqüentemente citado por eles para imprimir a idéia de que a guarda de outro dia que não o sábado é de origem estritamente pagã. Tão pagã quanto a palavra Sunday é Saturday (dia de Saturno), sábado, em inglês. O dia era dedicado ao deus Saturno e prestava-se culto com orgias e muita bebida. Os dias da semana levavam nomes pagãos e não só o domingo.

Constantino, por sua vez, foi o primeiro imperador romano a adotar o cristianismo. Quando o fez promulgou vários decretos em favor dos cristãos, destacando-se o de 7 de março de 321. Se vale o argumento de que a guarda do domingo é de origem pagã por ter sido Constantino quem firmou o primeiro dia da semana como dia de guarda, então teria que reconhecer que a doutrina da Trindade também tem origem pagã, pois foi o mesmo Constantino quem presidiu o Concílio de Nicéia, em 325, quando foi reconhecida biblicamente a deidade absoluta de Jesus. Jesus sempre foi Deus verdadeiro ou passou a sê-lo depois do Concílio de Nicéia? E o domingo passou a ser dito como dia de adoração em decorrência do decreto imperial ou os cristãos já o tinham como dia de adoração?

Quanto ao uso do Kipá, atente para o significado desta indumentária judaica segundo judeus messiânicos:

“Kipá - Simboliza que há alguém acima de você - O significado da palavra kipá é "arco", que fica compreensível quando pensamos em seu formato. A kipá é um lembrete constante da presença de Deus. Relembra o homem de que existe alguém acima dele, de que há Alguém Maior que o está acompanhando em todos os lugares e está sempre o protegendo, como o arco, e o guiando. Onde quer que vá, o judeu estará sempre acompanhado de Deus”.

“É costume judaico desde os primórdios um homem manter sua cabeça coberta o tempo todo, demonstrando com isso humildade perante Deus. É expressamente proibido entrar numa sinagoga, mencionar o nome Divino, recitar uma prece ou bênção, estudar Torá ou realizar qualquer ato religioso de cabeça descoberta”.

Fica o questionamento: é necessário para um cristão usar um kipá para lhe lembrar a presença de Deus? É preciso usar esse gorrinho para não esquecer de que Deus é Soberano e está acima de todos?

Não basta para o verdadeiro cristão o fato de que o próprio Deus habita em nós por meio do Seu Espírito? Fica o questionamento de Paulo aos coríntios: (1 Coríntios 3:16) “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”.


POR QUÊ NÓS CRISTÃOS NÃO GUARDAMOS A LEI?


1o – A lei de Moisés foi dada aos filhos de Israel (Êx.19,3,6). Nós, cristãos gentios, não somos filhos da nação Israel.

2o – Jesus cumpriu a lei cerimonial. Tal cumprimento significa não apenas sua obediência, mas a satisfação das exigências da lei cerimonial através da obra de Cristo.

Precisamos entender que os mandamentos da lei mosaica se dividem em vários tipos. Vamos, basicamente, dividi-los em mandamentos morais, civis e cerimoniais:

Os mandamentos morais dizem respeito ao tratamento para com o próximo: Não matarás; Não adulterarás; Não furtarás, etc. Tais ordenanças estão vinculadas à palavra amor.

Os mandamentos civis são aqueles que regulamentavam a vida social do israelita. São regras diversas que se aplicam às relações da sociedade. Um bom exemplo é o regulamento da escravidão.

Os mandamentos cerimoniais são aqueles que se referem estritamente às questões religiosas. São as ordenanças que descrevem os rituais judaicos.

A classificação de um mandamento dentro desses tipos nem sempre é fácil. Algumas vezes, uma lei pode pertencer a dois desses grupos ao mesmo tempo, já que a questão religiosa está por trás de tudo. A sociedade israelita era essencialmente religiosa. O Estado e o sacerdócio nem sempre se encontravam separados. Contudo, tal proposta de classificação já serve para o nosso objetivo.

A lei moral se resume no amor a Deus e ao próximo, como é dito em Gálatas 5.14 “Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.Os princípios morais permanecem válidos no Novo Testamento. Hoje, não matamos o próximo, mas não por causa da lei de Moisés e sim por causa da lei de Cristo (Gálatas 6.2) “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” à qual os gálatas deviam obedecer. A lei de Cristo é a lei do amor a Deus e ao próximo.

As leis civis do povo de Israel não se aplicam a nós. Além dos motivos já expostos, nossas circunstâncias são bastante diferentes e temos nossas próprias leis civis para observar. O cristão deve obedecer as leis estabelecidas pelas autoridades humanas enquanto essas leis não estiverem ordenando transgressão da vontade de Deus (Rm.13.1) “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas”.

As leis cerimoniais judaicas foram abolidas por Cristo na cruz (o significado de cada uma delas se cumpriu em Cristo). Por esse motivo, mesmo os judeus que se convertem hoje ao cristianismo estão dispensados da lei cerimonial judaica. Por isso, não fazemos sacrifícios de animais, não guardamos o sábado, não celebramos as festas judaicas, etc.

Se alguém quiser observar algum costume judaico, isso não constituirá problema, desde que a pessoa não veja nisso uma condição para a salvação e nem prometa através destas coisas tornar alguém mais espiritual. (Rm 14.-8)

“Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu. Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster. Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor ”.


O problema é justamente a conotação dada a essas festas e aos costumes judaicos por pessoas de movimentos judaizantes. Por exemplo, dizem que se não celebrarmos as festas estaremos sendo devedores ao Senhor e que celebrar seria repreender o “espírito de Roma” da Igreja, que o Evangelho estaria de volta a Jerusalém, etc.

Celebrar uma festa judaica na igreja como representação simbólica do período vetero-testamentário nada tem de mais, no entanto, colocar isso como obediência de mandamento é certamente abandonar a graça de Deus e voltar a Lei.

Já há gente se vestindo de pano de saco e banhando-se de cinzas para mostrar arrependimento. Em certos ambientes, para se aproximar do púlpito é preciso que os crentes tirem os calçados, pois estariam pisando em “lugar santo”. Com isso, a obra de Cristo estará sendo colocada em segundo plano, como algo incompleto e insuficiente, como fica claro em Gálatas 5.4-6 “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor”.

Além de tudo isso, é bom que citemos as palavras de Paulo: "..não estais debaixo da lei mas debaixo da graça." (Rm.6.14).

O Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho escreveu o seguinte sobre a rejudaização da Igreja:

A rejudaização do evangelho tem um lado comercial e outro teológico. O comercial se vê nas propagandas para visita à "Terra Santa". O judaísmo girava ao redor de três grandes verdades: um povo, uma terra e um Deus. No cristianismo há um povo, mas não mais como etnia. A Igreja é o novo povo de Deus, herdeira e sucessora de Israel, composta de "homens de toda tribo, e língua e povo e nação" (Ap 5.9). Há também um Deus, que se revelou em Jesus Cristo, sua palavra final (Hb 1.1-2). Mas não há uma terra santa. No cristianismo não há lugares e objetos santos. O prédio onde a Igreja se reúne e que alguns chamam, na linguagem do Antigo Testamento, de "santuário", não é santuário nem morada de Deus. É salão de cultos. O Eterno não mora em prédios, mas em pessoas. Elas são o santuário (At 17.24, 1Co 3.16, 6.19 e Hb 3.6). Deus não está mais perto de alguém em Jerusalém que na floresta amazônica, nos condomínios, favelas e cortiços das grandes cidades. No cristianismo, santo não é o lugar. São as pessoas. Não é o chão. É o crente. E Deus pode ser encontrado em qualquer lugar. Não temos terra santa, e sim gente santa.

A propaganda gera uma teologia defeituosa. Pessoas vão à Israel para se batizar nas águas onde Jesus se batizou. Ora, o batismo é único, singular e sem repetição. Ele segue a conversão e mostra o engajamento da pessoa no propósito eterno de Deus. Uma pessoa que foi batizada, após conversão e profissão de fé, numa igreja bíblica, não se batiza no rio Jordão. Apenas toma um banho. E, sem o sentido filosófico do ser e do vir a ser de Heráclito, aquele não é o Jordão onde Jesus foi batizado porque as águas são outras. As moléculas de hidrogênio e oxigênio que compunham aquele Jordão podem estar hoje em alguma nuvem. Ou na bacia amazônica. Ou no mar. Até no Tietê. É mero sentimentalismo e não identificação com Jesus. É lamentável que pastores conservadores em teologia "batizem" crentes já batizados no Jordão. Isto é vulgarizar o batismo, tirando seu valor teológico.

Não sou contra turismo. Faça-o quem puder e regozije-se com a oportunidade. Sou contra o entortamento da teologia como apelo turístico. Temos visto pastores com sal do mar Morto, azeite do monte das Oliveiras (há alguma usina de beneficiamento de azeitonas lá?) e até crucifixos feitos da cruz de Jesus (pastores evangélicos, sim!). Há um fetichismo com terra santa, areia santa, água santa, sal santo, folha de oliveira santa, etc. No cristianismo as pessoas são santas, mas as coisas não. A rejudaização caminha paralelamente com a superstição e feitiçaria. É parente da paganização. Não estou tecendo uma colcha de retalhos. Tudo isto é produto de uma hermenêutica defeituosa, que não compreende as distinções entre os dois Testamentos, os critérios diferentes para interpretá-los, a pompa e liturgia do judaísmo em contraposição à desburocratização do cristianismo e que a palavra final de Deus foi dada em Jesus Cristo. É o NT que interpreta o AT e não o AT que interpreta o NT.

Um outro fator abordado pelo pastor Isaltino é a tal “restauração do sacerdócio”. O pastor visto como um intermediário da relação do homem com Deus. Sabemos que no NT o sacerdócio universal do crente fica claro, nem um filho de Deus precisa de sacerdotes humanos para ter acesso ao Pai. Temos a Cristo como o nosso Mediador:

Entretanto, a incidência do uso do termo "leigo" para os não consagrados aos ministérios é reveladora. Todos nós somos ministros, pois todos somos servos. E todos somos leigos, porque todos somos povo (é este o sentido da palavra "leigo", alguém do povo). Não temos clero nem laicato. Somos todos ministros e somos todos povo. Mas cada vez mais as bases ministeriais são buscadas no Antigo Testamento e não no Novo. Usamos os termos do Novo com a conotação do Antigo. O pastor do NT passa a ter a conotação do sacerdote do AT. É o "ungido", detentor de uma relação especial com Deus que os outros não têm. Só ele pode realizar certos atos litúrgicos, como o sacerdote do AT. Por exemplo, batismo e ceia só podem ser celebrados por ele. Assumimos isto como postura, mas não é uma exigência bíblica. Na batalha espiritual isto é mais forte. Os pastores tornam a igreja dependente deles. Só eles têm a oração poderosa, a corrente de libertação só pode ser feita por eles e na igreja, só eles quebram as maldições, etc.

O sentido teológico do sacerdote hebreu parece permear fortemente o sentido teológico do pastor neotestamentário na visão destas pessoas. Este conceito convém ao pastor que prefere ser chamado de “líder”. Ele se torna um homem acima dos outros, incontestável, líder que deve ser acatado. Tem uma autoridade espiritual que os outros não tem. O Antigo Testamento elitiza a liderança. O Novo Testamento democratiza. Para os líderes destes movimentos, o Novo Testamento, a mensagem da graça e a eclesiologia despida de objetos, palavras e gestual sagrados não são interessantes. Assim, eles se refugiam no AT. Por isso há igrejas evangélicas com castiçais de sete braços e estrelas de Davi no lugar da cruz, bandeira de Israel, guardando festas judaicas, e até incensários em seus salões de cultos. Há evangélicos que parecem frustrados por não serem judeus. A liturgia pomposa do judaísmo é mais atraente e permite mais manobra ao líder que se põe acima dos outros. Concluindo, a atração pelo poder é maior do que o desejo de servir.


A RESPOSTA DE PAULO AOS JUDAIZANTES DA GALÁCIA:

A perniciosidade da influência judaica na Galácia estava no fato de atentar contra a essência do evangelho. Os judeus queriam acrescentar a circuncisão como condição para a salvação. Se assim fosse, o cristianismo seria apenas mais uma seita do judaísmo. Então, Paulo vem reforçar o ensino de que a salvação ocorre pela fé na suficiência da obra de Cristo. Para se conhecer a suficiência é preciso que se entenda o significado. Em sua exposição, Paulo toma Abraão como exemplo, assim como fez na epístola aos Romanos, afirmando que o patriarca foi justificado pela fé e não por obediência à lei. Tal exemplo era de grande peso para o judeu que lesse a epístola. Na seqüência, o apóstolo expõe diversos aspectos da obra de Cristo e do Espírito Santo na vida do salvo sem as imposições da lei.


COMPARAÇÃO ENTRE CARACTERÍSTICAS E EFEITOS DA LEI E DA GRAÇA

A lei mosaica se concentrava em questões visíveis, embora não fosse omissa com relação ao espiritual. Os pecados ali proibidos eram, principalmente, físicos. Assim também, a adoração era bastante prática. Seus preceitos determinavam o local, a postura, a roupa, o tempo apropriado, etc. No Novo Testamento, Jesus vem transferir a ênfase para o espiritual, embora não seja omisso em relação ao físico. Ao falar com a mulher samaritana, Jesus observa que ela estava muito preocupada com os aspectos exteriores da adoração a Deus. Isso era característica da ênfase do Velho Testamento. Jesus lhe disse: "A hora vem e agora é em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade” (João 4.23). Vemos nisso a ênfase do Novo Testamento: que é espiritual.


Contrastes entre a Lei e a Graça


LEI / MOISÉS

Mostra o pecado

Enfatiza a carne

Traz prisão e morte

Infância

Traz maldição


GRAÇA / JESUS / CRUZ

Perdoa o pecado

Enfatiza o espírito

Traz libertação e vida

Maturidade

Leva a maldição

Aponta pra Cristo

Conduz ao Pai


PRESERVAÇÃO DA LIBERDADE

Paulo admoestou os gálatas para que se lembrassem do significado da obra de Cristo, a qual teve o objetivo de libertá-los. Agora que eram livres, não deveriam voltar ao domínio da lei.

Voltar à lei é negar a graça e perder os seus efeitos, ele mostra isso enfaticamente no Capítulo 5. É renunciar aos direitos de filho e voltar a viver como servo (Sara e Hagar). É renunciar à liberdade cristã, a qual foi comprada pelo precioso sangue do nosso Senhor. A história de Israel foi uma seqüência de cativeiros e libertações. Não podemos permitir que a nossa vida seja assim.

Os judaizantes estavam querendo impor a marca da circuncisão como se esta fosse um valor cristão. Entretanto, Paulo conduz os gálatas a um exame mais profundo da questão. O sinal exterior tem valor quando corresponde à condição interior. Como disse aos Romanos, "a circuncisão é proveitosa se tu guardares a lei" (Rm 2.25). Então, o que seria evidência fiel do interior humano? As obras da carne e o fruto do espírito. São marcas do caráter e se revelam nas ações. Estas são as marcas mais importantes na vida de um ser humano. Entretanto, se os judaizantes faziam mesmo questão de marcas físicas, Paulo possuía as "marcas de Jesus", sinais de todo o seu sofrimento pela causa do Evangelho “Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6.17).

O mesmo Paulo, escrevendo aos irmãos em Colossenses 2:16-17, diz: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”.

Cristo é a Luz do mundo, quem está em Cristo não anda em trevas. Por que então voltarmos às sombras? É isso que Paulo deixou claro. Portanto, fica evidente o quanto é descabida a idéia de introduzir costumes dos judeus nas atividades cristãs como cumprimento de mandamento, promessas de nova unção e coisas desse tipo.

Deus estabeleceu uma Nova Aliança em Cristo, pois na primeira os homens se apegaram muito mais aos rituais e aos símbolos do que ao significado dos mesmos. Passaram a viver uma religiosidade vazia e já no período do Antigo Testamento, o Senhor mostrava a sua tristeza com relação a isso: Isaías 1:13-14 “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer”.

Usam mal Mateus 5:17, em que Jesus diz: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir”.

A palavra cumprir utilizada aqui vem do grego plérõsai, que significa “encher”, “completar”. Jesus não veio revogar ou destruir nenhuma palavra que Deus ensinara aos fiéis do passado no AT. Veio cumprir plenamente o propósito de Deus revelado no AT dando à Lei e aos Profetas aquilo que faltava: o Espírito Santo para interpretá-lo e o poder para pô-lo em prática, pela sua obra salvadora.

Cristo representa o fim do legalismo de se tentar cumprir a Lei, como está escrito em Romanos 10:3-4 “Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus. Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”.

Cristo tirou o véu que encobria a Antiga Aliança. Ele revelou o “espírito” da Lei tornando-se carne. Cumpriu fielmente todas as ordenanças impostas pela Lei, dando a verdadeira interpretação a elas.

Ainda que Lei ordenasse o apedrejamento de adúlteras, Cristo perdoou uma mulher apanhada em adultério. Ainda que a Lei designasse o afastamento dos considerados “puros’ dos leprosos, Cristo se aproximada deles, os tocava e os curava”.

Cristo trouxe luz sobre o que eram sombras. Por que, então, voltar à escuridão do legalismo judaico?

Paulo resume esse comportamento da seguinte forma: “Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido”. (2 Coríntios 3:14 ).


Com auxílio de textos do Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho, Anísio Renato de Andrade, Natanael Rinaldi e site dos judeus messiânicos.

Autor: Clériston Andrade - Juazeiro-Ba

Fonte original:
http://www.cacp.org.br
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Ide!

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Trabalho missionário do irmão Mauro Cappellette, vulgo Macarrão, que é feito na periferia de São Paulo.

Parte 01:


Parte 02:


Parte 03:


"Ide por todo o mundo
e pregai o Evangelho a toda criatura" Mc 16:15

Fatos e Fotos 4 - Alerta Geral! (Cômico, porém preocupante).

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"Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos...” Mateus 24:11

“Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” Mateus 7:15

“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.” II Pedro 2:1

“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.” I João 4:1


Continuando a série "Fatos e Fotos", colocamos agora a parte 4. Segue abaixo um festival de aberrações que estão sendo praticadas por algumas denominações evangélicas. É cômico, porém preocupante. Que sirva de alerta ao Povo de Deus:

Procissão pseudo-evangélica da Marcha para Jesus em SP.
Anote seus pedidos de oração, coloque no seu sapato e marcha em cima,
assim vai "quebrar" toda maldição. Clique aqui para ver mais.


René e seus "fetiches" proféticos.
Clique aqui para saber mais.



Logo estarão estipulando este novo "dízimo".


Opa, estou precisando viajar pra Europa!



O cara além se ser um "super-homem", já esteve em
"256 países"??? Mas quantos paises no mundo nós temos afinal?



Sabonete do "sangue do Cordeiro". Tava demorando né...


Por falar em sabonete, olha ele aí.
O famoso "Sabonete com extrato de arruda".
Seria "arruda de guiné"?


Quem se lembra da tal "unção do cachorro"?
Para quem não viu, clique aqui.



Logo esta nova moda aparece aí nas igrejas evangélicas.
Culto à drive-Thru
. tempo é dinheiro né.


eitcha!!!



Jejum de Ester e as presepadas apostólicas
contemporâneas da Renascer.




10 vezes mais, nos bolsos dos gestores malaquianos.


Parece montagem né?


Olha o mistério! Só vai descobri-lo quando deixar o "pedido".



Di(st)ante do trono.


Diploma do dizimista. Mais uma novidade das:
Organizações Malaquianas! (IURD para os íntimos).



Se ele não foi eleito, quem falou isso
é um "falso profeta" ein.



Evangelho Bu$$ines + distorções Bíblicas
= dom de adquirir riquezas!

Será que a Bíblia deles tem Mt 19:16-30?


Olha a nova moda aí dos ministérios judaizantes apostólicos
contemporâneos. Chofar profético.
"O que o toque representa hoje para a Igreja"?
Muito barulho sem sentido nenhum.




Mais um sabonete da IURD.
Realmente em breve estará ganhando da Palmolive e da Lux.


Construa... os templos e complementos com
"ouro, prata e pedras preciosas".
Valores estipulados: de R$50,00 a R$1.200,00 mensais.


Cômico, porém preocupante e trágico.

Veja também:

Fatos e Fotos parte 3
Fatos e Fotos parte 2
Fatos e Fotos parte 1

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Pequenos conselhos para uma vida Cristã simples e vencedora!

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Não é somente na vida cristã, mas o ser humano procura conseguir seu equilíbrio emocional e sua coesão social.

Anote estes conselhos simples:


- Seja dependente de Deus o tempo todo. Deixe que Ele o guie, ouça as suas palavras e receba o seu amor.

- Não diminua o seu próprio valor, comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial. Não fixe seus objectivos com base no que os outros acham importante. Pergunte a Deus o que é importante para si.

- Continue a amar apesar das decepções passadas. A melhor forma de receber amor é dá-lo. A melhor forma de manter o amor é perdoando e pedindo perdão.

- Dê valor e respeite o dia de hoje. Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro. Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de sua vida.

- Não desista quando ainda é capaz de um esforço a mais. Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.

- Não tema admitir que não é perfeito. Na realidade ninguém é.

- Pergunte a Deus quais os riscos que deve enfrentar. Correr todos os riscos é ser idiota, correr os riscos depois de consultar a Deus é ser valente.

- Não tenha medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega facilmente.

- Não use imprudentemente o tempo ou as palavras, por ser impossível recuperar.

- A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo. Não corra tanto pela vida a ponto de esquecer onde está e para onde vai.

- E por último, saiba que a partir de hoje intercederei a Deus por sua vida. Espero poder contar com suas orações também.

Em Jesus, que nos une.

Obs.: Deixe seu nome e, se tiver, seu pedido de oração neste tópico. Vamos orar uns pelos outros. Se você sentir no coração, ore também pelos pedidos de oração de todos.
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Olha o leão...

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É o leão "novamente"...


Rave dos sapatinhos de fogo! (cômico, porém trágico).

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"Tudo, porém, seja feito com decência e ordem". 1Co 14:40

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus,
que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional".
Rm 12:1
(grifo meu)

Culto: Grego "latreia" = culto, serviço
Racional: Grego "Lógikos" = lógica, raciocínio
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Breve dicionário neocrentecostal

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Breve dicionário neocrentecostal



- Crer absolutamente naquilo que o pastor/apóstolo diga.

Amor - Atender o chamado do líder de louvor e dizer para a pessoa ao seu lado: "Eu te amo em Cristo Jesus".

Promessa - Carro, casa, dinheiro.

Evangelismo - Mandar alguém ir à igreja.

Adorar - Chorar durante horas cantando algum tipo de música lenta e repetitiva.

Fidelidade - Qualidade mostrada no ato de dizimar/ofertar mensalmente.

Levita - Pseudo-músico que se acha superior aos demais por cantar/tocar.

Perdão - Ficar fora de comunhão durante um tempo variável de acordo com o pecado.

Comunhão - Não ter ninguém te acusando ou falando a seu respeito.

Profeta - Expert em leitura corporal e oratória.

Deus - O cara responsável por abençoar quando mandado.

Espírito Santo - Ser que faz as pessoas caírem e receberem novas unções.

Jesus - Um cara que fez o oposto do que deve-se fazer.

Inferno - Lugar para onde os que não estão na igreja(templo) irão.

Diabo - O culpado por tudo de ruim que aconteça.

Esperança - Ser tão rico quanto os apóstolos da TV.

Salvação - Alcançada indo à igreja e sendo fiel (vide fidelidade).

Unção - Algo que se recebe para se sentir superior aos outros.

Abençoado - Ser cabeça e não cauda.

Pecado - Infração cometida contra a igreja e variável com a cartilha.

Igreja - Templo luxuoso que exige fidelidade para sua manutenção.


Autor: Raphael Rap, no Rapensando.
Fonte: http://rapensando.blogspot.com



Realmente, quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Infelizmente é assim que muitos pensam estar servindo à Deus, mas na verdade estão em um mundo de "faz de contas" onde é bem de longe o verdadeiro Cristianismo Bíblico. Acorda povo!
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