Porque Não Podemos Ser Evangélicos

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Por Andrew Sandlin

A Reforma Protestante redescobriu o evangelho da livre graça de Deus, que tinha sido obscurecido na igreja medieval por um moralismo que ignorava a profunda depravação do homem, por um sacerdotalismo que se colocava entre os homens e Deus, e por um eclesiasticismo que apagava a distinção Criador-criatura, tornado-se a própria igreja a nova Encarnação. No cerne da Reforma estava uma ênfase renovada sobre o evangelho bíblico-paulinoagostiniano: salvação somente pela graça de Deus, sobre a base da obra expiatória de Cristo, recebida pela fé somente. Os Reformadores e suas igrejas tinham orgulho de serem conhecidos como “evangélicos”, visto que viam a si mesmos como pregando o puro evangelho, a mensagem do evangelho. Esse é o evangelicalismo bíblico.

Mas o que se passa hoje por evangelicalismo está, em muitos pontos, bem longe do evangelicalismo da Reforma, assim como está em geral longe do ensino bíblico em outros pontos. Quando amigos perguntam se sou evangélico, rapidamente digo “Não”. Porque freqüentemente eles identificam “evangélico” com “crer na Bíblia” e “pregar o evangelho”, tento explicar que é precisamente devido ao fato do evangelicalismo não crer corretamente na Bíblia ou pregar o evangelho fielmente, que não me considero um evangélico e não posso ser um membro de uma igreja evangélica (isso é grandemente verdade do fundamentalismo moderno, que é simplesmente uma versão mais restritiva e provincial do evangelicalismo). O que talvez seja os seus três principais distintivos permanece em total contraste com a crença e prática bíblica e reformada do Cristianismo.

Um Evangelho Subjetivo, e não Objetivo

Embora os evangélicos modernos professem uma crença firme na Bíblia, no centro de sua religião não está a sua visão da Bíblia, mas sua visão do evangelho. O evangelicalismo orgulha-se sobre a centralidade do evangelho e da salvação. É justamente aqui, contudo, que o evangelicalismo está mais poluído. Na verdade, ironicamente o suficiente, a visão evangélica do evangelho está mais perto daquela da Roma medieval do que do evangelho bíblico da Reforma. O Concílio de Trento, a resposta católica romana à Reforma, sustentou que a salvação é um empreendimento cooperativo entre Deus e o homem. Deus coloca o processo em movimento (no batismo), mas o homem ajuda ao longo do processo. De acordo com Roma, o livre-arbítrio do homem desempenha uma grande parte em sua salvação. Os Reformadores reconheceram corretamente que isso destruiu o evangelho da graça de Deus. Abriu o caminho para o homem afirmar sua própria contribuição, bondade e justiça. Para os evangélicos, isso é quase uniformemente sua própria “decisão”. Nesse ponto, eles são um com Roma.

Os evangélicos são defensores da “regeneração por decisão”. O evangelicalismo é essencialmente uma deturpação do novo nascimento, a institucionalização da experiência de conversão. A coisa importante sobre a salvação é a experiência do homem, seus sentimentos sobre ser salvo. Uma dose pesada desse experiencialismo foi introduzida na igreja no Wesleyianismo do século dezoito, e tem sido uma marca do evangelicalismo desde então. A experiência de Wesley foi a de ficar “estranhamente aquecido” quando ouviu o evangelho, e essa experiência tornou-se uma peça central de sua teologia. (Para ser justo, a soteriologia de Lutero também era de certa forma autobiográfica, mas ela guiou-o em direção de uma salvação somente pela obra de Deus.

Para Calvino, em contraste, nossa salvação reside na obra objetiva da expiação de Cristo. Os homens não são salvos pelo que experimentam; eles são salvos pelo que Cristo realizou. Em Sua grande obra redentora sobre a cruz e em Sua ressurreição, Cristo assegurou a salvação do Seu povo, cumprindo as exigências da lei ao substituir judicialmente os pecados dos pecadores. Quando o evangelho é pregado, ele atrai eficaz e irresistivelmente aqueles a quem Deus escolheu. Eles são conquistados por Cristo, o seu Redentor. Eles são trazidos sob seus joelhos em humilde submissão, e não podem fazer nada senão exercer fé na obra redentora de Jesus Cristo. Essa experiência, embora essencial, é um resultado da expiação objetiva de Cristo e da aplicação do evangelho pelo Espírito Santo.

Para os evangélicos isso é muito sofisticado e também “intelectual”. O fato realmente central é que Deus perdoou os seus pecados, aceitou-os em Sua família, tornou-os felizes, e preparou-os um lar no céu. Para evangélicos, o evangelho centra-se na vontade e prazer do homem; para os Reformados, o evangelho centra-se na vontade e prazer de Deus.

Porque ser um evangélico significa abraçar a sua forma de evangelho centrado no homem, não podemos ser evangélicos.

Uma Religião do Novo Testamento, e Não Bíblica

A ala Reformada da Reforma expressava a unidade do pacto de Deus no Antigo e Novo Testamento. Os evangélicos enfatizam a falta de unidade entre esses pactos, pois para os evangélicos o objetivo da Fé é reproduzir “o Cristianismo do Novo Testamento”. Os evangélicos crêem em ¼ da Bíblia; os cristãos Reformados crêem numa Bíblia inteira. Evangélicos rotineiramente desprezam a autoridade do Antigo Testamento. A lei do Antigo Testamento, eles afirmam, é parte do “velho” pacto, e foi destinado somente para o antigo Israel; hoje ouvimos apenas as palavras de Jesus, João, Paulo e assim por diante. Os evangélicos estão entre os mais ruidosos em insistir sobre “crer na Bíblia de capa a capa”, mas não crêem que ¾ do que aparece entre as capas tenha qualquer relevância para hoje. Eles falam hipocritamente sobre “estrita inerrância bíblica”, mas isso em geral é simplesmente “conversa piedosa”, pois eles negam que as provisões do novo pacto estavam em operação no Antigo Testamento (Gl. 4:22-31). Eles não vêem muito do evangelho, se é que algo, no Antigo Testamento. E porque o evangelicalismo centra-se no evangelho, isso significa que o Antigo Testamento é largamente irrelevante. Funcionalmente, portanto, o termo “crente na Bíblia” não se aplica a maioria dos evangélicos.

Um Evangelho Limitado, não a Fé Plena

Isso leva diretamente à característica final do evangelicalismo, a qual os cristãos que crêem na Bíblia devem repudiar expressamente. Para os evangélicos, é o evangel, o evangelho (limitada e erroneamente definido, é claro) que deveria impressionar nossas vidas. Para os Reformados, é a soberania de Deus e Seu governo régio absoluto na Terra que é impressionante. O evangelho evangélico não é meramente deturpado; é limitado. O evangelho evangélico é um fim em si mesmo. “Manter nossas almas longe do inferno” é todo o significado da vida sobre a Terra. Para os Reformados, o significado da vida sobre a Terra é a submissão absoluta a Cristo, o nosso Redentor real, e o trabalho diligente para estender o Seu reinado na Terra. Evangelismo é um meio essencial para esse fim, mas não o próprio fim. Afirmar que o evangelismo é um fim em si mesmo é expor uma teologia deturpada e centrada no homem. O fim é a glória de Deus e, com referência ao Seu plano para a Terra, a expansão gradual, porém inexorável do Seu reino (Mt. 6:33; 13:31-34).

Os evangélicos estão intensamente interessados no tipo de evangelismo deles. Porque esse evangelismo não é apenas deturpado, mas também limitado, ele não se relaciona com muitos aspectos da vida. Porque o evangelismo é o centro de sua religião e por não se relacionar com muitos aspectos da vida, a própria religião não se relaciona com muitos aspectos da vida. Porque sua religião não se relaciona com muitos aspectos da vida, eles tendem a pensar como os humanistas mundanos naquelas áreas sem relação com sua religião limitada. Esse é o porquê, em primeiro lugar, o método apologético evangélico compromete o evangelho, como Cornelius Van Til tão poderosamente demonstrou.

Os evangélicos estão dispostos a comprometer tudo, até Deus mesmo, por causa de seu ídolo precioso, o seu evangelho deturpado e limitado. Esse é o motivo da maioria deles não ver nada de errado em enviar seus filhos para escolas do governo, adotar uma psicologia secular, ensinar uma ciência evolucionária, eleger políticos ateus e endossar traduções errôneas da Bíblia. Essas áreas estão além do alcance de seu evangelho limitado. Tudo além do escopo de seu evangelho limitado é algo legal para uma perspectiva “neutra” (isto é, violadora do pacto).

Por essas razões, onde quer que o evangelicalismo moderno tenha florescido, ele tem bombardeado a ortodoxia bíblica histórica; eviscerado uma fé forte e teologicamente ancorada; e castrado uma religião robusta, vigorosa e abrangente. Seu sucesso tem sido o fracasso do Cristianismo bíblico.

Conseqüentemente, ser um evangélico no sentido moderno é diluir e eventualmente destruir a Fé.

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Fonte: Faith for All of Life, Julho 2000
Via:Eleitos de Deus

Via: [
Ministério Batista Beréia ]

Pink falou e disse: doutrina é a base da prática e ignorar isso é heresia na certa!

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Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.

2 Timóteo 3.16,17

"É pela doutrina, ou ensino, que nos são reveladas as grandes realidades a respeito de Deus, de nosso relacionamento com Ele, de Cristo, do Espírito, da salvação, da graça e da glória. É pela doutrina (mediante o poder do Espírito) que os crentes são alimentados e edificados; e, quando há negligência na doutrina, forçosamente cessam o crescimento na graça e o testemunho eficaz. Como é triste, portanto, constatar que a doutrina atualmente está sendo depreciada como algo sem valor para a vida prática, quando, de fato, a doutrina é a própria base da vida prática. Há uma inseparável conexão entre o crer e a prática - 'Como imagina em sua alma, assim ele é' (Pv 23.7). A relação entre a verdade divina e o caráter cristão é de causa e efeito - 'E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará' (Jo 8.32). Ficamos livres da ignorância, dos preconceitos, do engano, das artimanhas de Satanás e do poder do mal; mas, se a verdade não é 'conhecida', então essa liberdade não existe na prática. Observe a ordem na passagem que iniciamos esse capítulo. Toda Escritura é útil, primeiro para o 'ensino'! A mesma ordem é observada em todas as epístolas, especialmente nos grandes tratados doutrinários do apóstolo Paulo. Lendo a epístola aos Romanos, podemos perceber que não há uma única admoestação nos primeiros cinco capítulos. Na epístola aos Efésios, não há qualquer exortação antes do quarto capítulo. A ordem de apresentação é: primeiro, a exposição de doutrinas; depois, admoestação ou exortação para que o ensino seja aplicado na vida diária.


A substituição da exposição doutrinária pela 'pregação prática', que atualmente lhe toma o lugar, é a causa fundamental de muitas das graves enfermidades que afligem a igreja de Deus. A razão por que há tão pouca profundidade, tão pouco entendimento, tão pouca apreensão das verdades fundamentais do cristianismo é que poucos crentes têm se firmado na fé, por não ouvirem a exposição das doutrinas da graça ou por não estudarem, pessoalmente, essas verdades bíblicas. Enquanto a alma não está firmada na doutrina da divina inspiração das Escrituras - sua inspiração plenária e verbal - não pode haver qualquer alicerce sólido em que fundamentar-se. Enquanto a alma ignora a doutrina da justificação, não pode haver qualquer segurança real e inteligente de sua aceitação no Amado. Enquanto a alma desconhece o ensino da Palavra a respeito da santificação, estará aberta para acolher todos os erros do perfeccionismo e outros ensinamentos errados. Assim poderíamos continuar, através de todas as doutrinas cristãs. É o ignorar a doutrina que tem tornado a igreja incompetente para fazer frente à crescente maré de infidelidade. O ignorar a doutrina é, em grande medida, o responsável pelo fato de milhares de cristãos professos serem cativados pelos numerosos 'ismos' dos nossos dias. Ter chegado a hora em que, em sua grande maioria, nossas igrejas 'não suportarão a sã doutrina' (2Tm 4.3) é razão por que elas estão se dispondo a acolherem doutrinas falsas. Naturalmente, é verdade que a doutrina, como todas as demais coisas que há nas Escrituras, pode ser estudada do ponto de vista meramente intelectual e frio; e que, quando assim examinados, o ensino e o estudo da doutrina devidamente acolhida, a doutrina estudada com um coração preparado, levará sempre a um mais profundo conehcimento de Deus e das insondáveis riquezas de Cristo."

Fonte: A. W. Pink, Deus é Soberano, p. 155,156.
Via: [ UMPCGYN ]

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Grande é o Senhor

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Por: Kenneth D. Macleod

Há um Deus, e podemos conhecê-lo; mas ele só pode ser conhecido porque se relevou. Ele fez isso nas coisas criadas. Quando contemplamos o mundo ao nosso redor e ao céus acima de nós, devemos concluir que seria impossível qualquer parte do universo ser trazida à existência sem a ação de um poder sobrenatural – de fato, pelo poder de Deus. Contudo, o homem contemporâneo se recusa a crer nesse fato, preferindo aceitar o mito da evolução. Sendo vítima de uma natureza caída, o homem não tem desejo de aprender sobre Deus. E devemos ver a obra de Satanás por trás de tudo isso, quando cega o entendimento humano.

No entanto, o máximo que aprendemos sobre Deus por meio da criação é extremamente limitado. Ela não nos pode dar conhecimento sobre o livramento de nossa condição pecaminosa. Em misericórdia, Deus nos deu uma revelação mais profunda de si mesmo nas Escrituras – uma revelação que nos dá conhecimento suficiente sobre a salvação do pecado e da perdição eterna. Essas Escrituras, do começo ao fim, foram escritas sob a inspiração do Espírito Santo e, por isso, são totalmente dignas de confiança. Não têm qualquer tipo de erro, mesmo nos detalhes mais triviais. Também nesse assunto podemos reconhecer a cegueira do homem – para com a luz pura da Palavra de Deus – e os esforços de Satanás para cegar os olhos de pecadores em relação às verdades das Escrituras. Satanás anseia por cegar "o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo" (2 Co 4.4).

Deus estabeleceu sua Palavra como meio para dar verdadeiro conhecimento de si mesmo à humanidade, mas somente por meio da obra do Espírito Santo esse conhecimento pode ser proveitoso às almas daqueles que a ouvem e a lêem. E Deus designou a pregação da sua Palavra como meio de produzir bem espiritual na alma de pecadores. Muitos já entraram na vida eterna como resultado de chegarem, por meio da pregação, a conhecer "o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo", a quem ele enviou (Jo 17.3).

Deus é infinito; e, de acordo com isso, o conhecimento que podemos ter sobre ele é limitado. Por isso, Zofar pergunto a Jó: "Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-Poderoso?" (Jó 11.7). Tudo a respeito de Deus é infinitamente maior do que podemos conhecer ou entender. Mas o conhecimento de Deus que as Escrituras proporcionam é exato. Deus se revelou de um modo que se adéqua ao nosso entendimento humano; porém, se o Espírito Santo não der nova vida à nossa alma, jamais responderemos com fé a este conhecimento.

Paulo desejou que os crentes efésios conhecessem "o amor de Cristo, que excede todo entendimento" (Ef 3.19). Ele desejou não somente que pecadores soubessem sobre o amor de Cristo para com um mundo perdido, mas também que pessoas experimentassem por si mesmas esse amor. Embora esse conhecimento seja limitado para o ser humano, o amor de Cristo é – como Paulo admitiu – muito maior e mais maravilhoso do que alguém possa compreender. Pensar na amplitude da glória da qual o Salvador veio e os sofrimentos que ele suportou neste mundo, incluindo a maldita morte na cruz, ajuda-nos a entender algo do amor que excede todo entendimento. Por essa razão, Paulo pôde dizer: "Conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos" (2 Co 8.9). Os crentes que residiam em Corinto tinham um conhecimento genuíno do amor e da bondade de Cristo, embora não pudessem sondar as profundezas nem medir a amplitude desse amor.

E podiam entender o amor de Cristo quando consideravam os seus frutos: particularmente o perdão dos seus pecados, o dom do Espírito Santo e sua obra de santificação, o suprimento de todas as necessidades deles nesta vida e, por fim, um lugar no céu. Cada instância da graciosa provisão de Cristo deveria aumentar no crente o senso de quão grande foi o amor eterno do qual a provisão fluiu, embora esse senso fique muito aquém da infinita plenitude do amor de Deus para com pecadores indignos. E, ainda que os santos na glória conheçam agora mais do que podiam assimilar quando estavam neste tempo, tudo a respeito de Deus permanece infinitamente maior do que eles podem agora conhecer ou entender.

A justiça de Deus é, igualmente, infinita. Podemos conhecê-la porque ele a revelou para nós, mas sua perfeição está além de nosso entendimento. Deus sempre lida com justiça quando se relaciona com suas criaturas, mas sua justiça se tornará especialmente óbvia no dia do juízo. E, na eternidade, essa justiça será evidente quando ele derramar sua ira sobre os ímpios e, por amor a Cristo, abençoar seus filhos. Deus fez uma demonstração singular de sua justiça quando tomou a culpa desses filhos e a colocou sobre seu Filho como substituto deles. A misericórdia infinita se encontrou com a justiça infinita de um modo que alcança nossa esfera de conhecimento, por meio da revelação, mas está além de nossa compreensão.

A sabedoria infinita de Deus é demonstrada na criação. A ciência tem feito muitas descobertas nos séculos recentes, em todas as áreas. E cada uma dessas descobertas mostra a capacidade do Altíssimo de idealizar o que é extremamente prático e belo – embora o homem, em sua cegueira, recuse freqüentemente reconhecer o Idealizador. No entanto, o plano de salvação revela muito mais quanto à infinita natureza da sabedoria de Deus! Ele nos ensina que o pecado merece sua ira e maldição para sempre, mas nenhuma criatura podia ter planejado como, em harmonia com a justiça de Deus, alguém poderia escapar da sua ira e da sua maldição eterna. Foi a sabedoria divina que planejou o meio pelo qual Deus podia ser justo quando fez provisão para a salvação de pecadores.

Sabedoria infinita também é mostrada na providência de Deus. Ele sabe tudo que está acontecendo, tudo que vai acontecer e tudo que poderia ter acontecido. E, dentre essas miríades de possibilidades, Deus escolheu, em sua sabedoria, o que mais contribuiria à sua glória. Não é surpresa que o Salmo 147 afirme: "O seu entendimento não se pode medir". Deus ordenou sabiamente que sua providência satisfaça seu propósito especial de reunir todos os seus eleitos, tirando-os de caminhos ímpios e conduzindo-os em segurança a um mundo melhor. Ali, todos eles verão – embora nunca perscrutarão totalmente a sabedoria que está por trás do agir de Deus com eles – que Deus os "conduziu... pelo caminho direito" (Sl 107.7).

O último atributo que consideraremos é o poder de Deus. O seu poder também é infinito; está além da capacidade de compreensão da mente humana. Podemos ver o poder de Deus na criação, mas, como podemos entender somente de maneira limitada a vastidão e as complexidades do universo, podemos entender apenas imperfeitamente o poder que foi necessário para trazer todas as coisas à existência e para mantê-las em existência. Todavia, devemos reconhecer que o infinito poder de Deus é manifestado de maneira mais maravilhosa na obra do Espírito Santo em regenerar pecadores espiritualmente mortos e dar continuidade à sua obra santificadora, até que eles sejam perfeitos e estejam, assim, preparados para o céu.

O poder de Satanás é grande, como o é o poder daqueles que fazem sua obra maligna. Precisamos apenas observar os meios de comunicação para obteremos um senso da prevalência da impiedade, da falsa religião e da incredulidade em nossos dias. Contudo, o poder de Satanás e dos ímpios, que se rendem à tentações de Satanás, é finito, é limitado. Embora seja um grande poder, não é nada se comparado com o ilimitado poder de Deus. Portanto, não precisamos ficar desesperados em qualquer situação, se estivermos em dependência de Deus. Jamais devemos desesperar-nos quanto à igreja, porque Deus cumprirá todos os seus propósitos e – por meio de sua sabedoria, graça e poder ilimitados – levará ao céu, com segurança, toda a vasta multidão de seus eleitos.

Como vimos, Deus se revelou na criação, porém mais plenamente na Bíblia. Visto que ele é infinitamente grande e glorioso, em todos os seus atributos, é nosso dever, como suas criaturas, receber sua revelação e sujeitar-nos a ele com todo o nosso coração – e crer em Cristo, que é o centro de toda a revelação das Escrituras. É igualmente nosso dever louvá-lo e adorá-lo, nesta vida, que é uma preparação para o louvor e a adoração infindos no céu. "Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado" (Sl 48.1).

Sobre o autor: Kenneth D. Macleod é o pastor da Free Presbyterian Church em Leverburgh, na ilha de Harris (Escócia).

Traduzido por: Wellington Ferreira.
Copyright:
© Kenneth D. Macleod
© Editora FIEL 2010.

Traduzido do original em inglês: Great is the Lord. Publicado originalmente no site da Editora The Banner of Truth.

Fonte: [ Editora Fiel ]
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Impressionante! Rapper a pregar o Evangelho Verdadeiro – Shai Linne

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Fonte: [ Reforma Monergista ]
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A invasão da Psicologia na Igreja

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Por William MacDonald

A nossa época é caracterizada por uma influência da psicologia secular na igreja. Ao contrário do que vemos em 2 Timóteo 3.16-17, a Bíblia já não é suficiente para servir de base aos nossos relacionamentos de ajuda. Precisamos da psicoterapia. Já não contamos com o Espírito Santo para produzir as mudanças necessárias nas vidas dos crentes. Os anciãos já não são competentes para aconselhar. Têm que enviar os crentes aos psicoterapeutas… Tudo isto apesar de Deus nos ter dado na Sua Palavra e pelo Espírito Santo, tudo quanto precisamos “no que diz respeito à vida e piedade” (2 Pedro 1.3)

Durante gerações, os crentes levaram os seus problemas ao Senhor, em oração. Hoje, devem consultar um psiquiatra ou um psicólogo. Os jovens rapazes já não são encorajados a pregar a Palavra. Doravante a palavra de ordem é: “praticai a relação de ajuda psicológica”.

A relação de ajuda profissional tornou-se algo sagrado. Não há ousadia para denunciá-la por haver sempre inevitavelmente alguém para defendê-la. Que há então de tão errado nesta terapia? Deixem-me enumerar onze pontos que revelam o que não está correto:

1- A atenção da pessoa é dirigida sobre ela própria e não sobre Jesus Cristo. Isto é um erro muito grave. Não há vitória em nós mesmos. O exame da pessoa em si não é um remédio. Os bons marinheiros não lançam a âncora no interior do navio. Precisamos de Alguém maior que nós e esse Alguém é Jesus Cristo. Mais cedo ou mais tarde, devemos perceber que ocuparmo-nos com o Senhor é o caminho da vitória na vida cristã (2 Cor 3.18).

O dramaturga norueguês Ibsen conta o seguinte acerca duma visita que Peter Gynt fez num hospital psiquiátrico: todas as pessoas pareciam normais, ninguém parecia louco. Falavam de forma racional dos seus projetos. Quando o Peter falou disso a um médico, este respondeu:

“Eles são loucos. Falam de forma sensata, mas tudo está centrado sobre eles mesmos. A verdade é que eles estão obcecados de forma inteligente sobre eles mesmos. É o “eu”, de manhã, ao meio dia e durante a noite. Aqui ninguém pode escapar ao “eu”. Andam sempre com ele, até mesmo em sonhos. Oh sim rapaz, estas pessoas falam de forma sensata, mas não há dúvidas que estas pessoas estão loucas.”

2- A psicologia moderna está baseada na sabedoria do homem e não na de Deus. É a opinião dos homens em vez da autoridade da Palavra de Deus. A diversidade das opiniões humanas vê-se no fato de haver mais de duzentos e cinqüenta sistemas de psicoterapias e mais de dez mil técnicas (incluindo as que podem ajudar os animais domésticos), cada uma delas advoga superioridade em relação às demais.

Don Hillis afirma que, “esta tendência contém no mínimo um perigo: a razão humana substitui a Palavra de Deus para resolver os problemas emocionais e espirituais. As respostas racionais que não estão fundamentadas em princípios espirituais, podem trazer algum alívio temporal, mas com o tempo, os resultados podem ser decepcionantes e até prejudiciais.”

3 – Muitos problemas, provavelmente a maior parte daqueles para os quais as pessoas precisam de ajuda, são os causados pelo pecado: lares desfeitos, famílias divididas, conflitos interpessoais, preocupações, drogas, álcool, assim como algumas depressões. Para todos estes problemas, o que é preciso não é a voz de uma psicoterapeuta, mais o poder da cruz de Cristo. Somente o Salvador pode dizer: ”Os teus pecados te são perdoados, vai em paz.” [ Ou, sua vida chegou até aqui pelas escolhas que fez]

4 – Muitas vezes, as curas modernas para a alma procuram transferir a responsabilidade sobre outrem. O pecado é uma doença, ou então o problema é causado por meio da pessoa. Há que repreender os pais por causa da conduta inaceitável dos filhos. Como conseqüência, as pessoas estão aliviadas de toda a responsabilidade pessoal. O pastor John MacArthur fala de uma mulher que se dizia obrigada a viver uma vida imoral desde há anos: ”O conselheiro sugeriu que a sua conduta era o resultado de mágoas infligidas por um pai passivo e uma mãe demasiado autoritária.”

Henry Sloane Coffin, um dos maiores pastores da historia americana avalia precisamente a situação: “a psicologia atual oferece mais um motivo para as pessoas se justificarem. Homens e mulheres que são examinados, arranjam maneira de se emancipar descarregando nomes horríveis que os religiosos enérgicos associaram ao pecado, para os rebatizar por nomes despidos de toda e qualquer idéia de culpa. Desta forma, as pessoas são mal adaptadas ou introvertidas em vez de desonestas e egoístas. Um homem de cinqüenta anos, cansado da sua mulher, envolve-se com uma jovem com metade da sua idade. O terapeuta diz-lhe que sofre de um “espasmo de volta à adolescência”, em vez de o colocar perante a verdade: «Não cometerás adultério».”

5 – A psicoterapia trabalha em completa contradição com o Espírito Santo, colocando a ênfase na importância de ter uma boa imagem de si mesmo. O Espírito santo procura convencer os pecadores da sua culpabilidade e trazê-los ao arrependimento. Procura restaurar os crentes desviados e levá-los a confessarem o seu pecado. Toda e qualquer forma de estima de si mesmo que não está baseada no perdão dos pecados e na posição do homem em Cristo está completamente errada.

6 – Há também, o aspecto financeiro do problema. O pastor e teólogo James Montgomery Boice comenta: “Atualmente estamos perante este fenômeno: pessoas pagam a outras pessoas simplesmente para que estas as ouçam… é precisamente o que fazem os psiquiatras, os psicólogos e os conselheiros profissionais. É um comércio que representa milhões de dólares. Isto não quer dizer que os conselheiros informem ou guiem as pessoas na maior parte dos casos. Na verdade, o que fazem é ouvir. São pagos para fazer o que as pessoas de determinada época faziam voluntariamente.”

Quando uma mulher se queixou que vinte anos de consultas não lhe tinham valido nada, um amigo perguntou:

- Já pediu ajuda na Igreja?
- Não, o que a igreja quer é somente o nosso dinheiro.
- Quanto pagou ao seu psicólogo?
- Num salário mensal de dois mil e quatrocentos dólares, paguei sessenta dólares por semana durante um período de vinte anos.”

Sessenta dólares por semana, isto é duzentos e quarenta dólares por mês, o que significa dez por cento do seu ordenado. Ela dava o dízimo do seu ordenado ao psicólogo, mas recusava dá-lo à igreja. E mais, ela admitiu não estar melhor.

Outra senhora insurgiu-se contra o que ela chamava “os dois pesos, duas medidas” do seu psicanalista. “Durante seis anos, visitei o meu psicanalista cinco vezes por semana e privei-me de muitas coisas para ter com que pagar. Quando estava doente e faltava a uma consulta, ele tomava uma atitude curiosa. Insistia em dizer que a minha doença era uma espécie de vingança psicossomática e que era o meu sub-consciente que resistia ao tratamento. É evidente que cada vez que lá ia tinha que pagar. Por outro lado, quando se ausentava durante um mês inteiro de férias, em Agosto, deixando-me desorientada, só e em pânico, com uma série de problemas não resolvidos, era suposto eu aceitar que as suas férias não interrompiam o tratamento.

O famoso psicólogo Rollo May, um dos maiores porta-vozes da profissão desde os seus princípios até aos anos 50, queixa-se de que a psicoterapia cedeu à tentação de fazer dinheiro e de explorar as pessoas. Ele diz o seguinte: “a psicoterapia tornou-se um negócio em que se tem clientes e onde se ganha dinheiro.” Vários praticantes sublinham que para que o tratamento seja eficiente, deve haver um sacrifício financeiro por parte do “paciente”. Este último não teria qualquer respeito pelo tratamento se este fosse barato demais. Não admira que se brinque com o assunto dizendo: o neurótico constrói castelos em Espanha, o psicopata vive neles e o psicoterapeuta recebe deles as rendas”.

7. Por vezes as pessoas pagam uma fortuna para serem examinadas por psicólogos, quando na verdade precisavam de consultar um clínico geral. Depois de ter tido várias sessões de “aconselhamento” durante dois anos, um escritor queixava-se de uma visão embaçada quando lia. O terapeuta falou-lhe da “falta de concentração como um sintoma típico nas pessoas com falsas angústias”. Como lhe era difícil continuar a pagar ao psicólogo, o paciente resolveu consultar um oftalmologista. Este último disse-lhe que um par de óculos resolveria certamente a tal síndrome, o que terminou por comprovar-se.

8. Conselheiros cristãos pretendem selecionar os melhores ensinamentos de homens não regenerados tais como Freud, Rogers, Maslow e Jung e misturá-los aos da Bíblia. Eis um casamento profano. Num congresso sobre a relação de ajuda cristã em 1988, Jay Adams, dizia: “Peço-vos de todas as minhas forças que abandonem a tarefa inútil de que falei: a de tentar integrar idéias ímpias à verdade Bíblica. Pensem nos milhões de horas que foram perdidos desde há uma geração nesta tarefa desesperada. Porque não há resultados visíveis? Vou dizer-vos: é porque isto está errado…a relação de ajuda procura mudar as pessoas. Mas saibam que transformar as pessoas é tarefa de Deus.”

9. Até mesmo na maior parte das sessões de aconselhamento cristão, baseado na psicologia, a oração não é reconhecida como uma “técnica” válida. No melhor dos casos é tolerada, no pior é negligenciada. Bem poucos conselheiros tomaram suficiente tempo para orar com os seus pacientes.

Estamos nós prestes a crer que a oração é apenas de importância secundária quando se trata de problemas da vida? Estaríamos nós enganados durante todos estes anos passados ao pensar que se aceitarmos a vontade de Deus, Ele atenderá às nossas orações?

10. Em muitas igrejas os ensinamentos não são outros que psicologia, com uma capa de vocabulário bíblico. As pessoas pedem pão, e recebem uma pedra.

11. Para falar claro, a psicologia não tem demonstrado sucesso evidente e em muitos casos, ela tem sido prejudicial.

Durante os últimos anos, alguns autores corajosos lançaram o alarme no que respeita à relação de ajuda psicológica.

Os opositores puseram estes livros de lado com um ar altivo, ou então, acusaram os autores de quererem criar divisões, ou outros tipos de perturbação.

No entanto, devem agora fazer face ao fato de que profissionais não cristãos emitem sérias dúvidas e alguns desencantos no que respeita à psicoterapia.

O doutor Szasz, professor de psiquiatria na Universidade do Estado de New York, foi desde há anos, um porta voz crítico. Qualifica a psiquiatria de pseudo-ciência, assim como a astrologia e a alquimia. Chama as doenças mentais de mitos, sugerindo que é uma etiqueta cômoda para camuflar e tornar mais agradável o amargo dos conflitos morais nas relações humanas. Defende que nenhum comportamento anormal é doença e que por conseguinte o tratamento não incumbe ao médico.

Vai mesmo mais longe. Diz mesmo que provavelmente a maior parte dos tratamentos psicoterapêuticos são nocivos para os ditos pacientes. “Todas estas intervenções e proposições deveriam se consideradas como más até prova do contrário:”

O psicólogo clínico Bernie Zilbergeld diz que “geralmente é tão útil para o paciente falar como uma pessoa comum como com um profissional de psicologia”.

Jeffrey Masson diplomado do Toronto Psychoanalytic Institute, e membro do International Psychoanalytic Association, é director do projecto no Sgmund Freud Archives. No prefácio do seu livro intitulado: Against Therapy, escreveu: “Este livro explica os motivos que me levam a crer que a psicoterapia, sob as suas mais diversas formas, é má. Ainda que critique vários psicoterapeutas e várias terapias, o meu objetivo primário é demonstrar que a idéia em si de psicoterapia está errada.”

O doutor Hans J. Eysenck, professor de psicologia na Universidade de Londres, descobriu que 70 a 77% dos “pacientes” neuróticos saram ou melhoram consideravelmente o seu estado, com ou sem a ajuda da psicoterapia. É uma questão de alívio espontâneo.

O Hobart Mowrer, professor de psicologia da universidade de Illinois, disse: “À medida que decorriam as décadas deste século, tomamos progressivamente consciência do grande postulado de Freud, segundo o qual a responsabilidade de todo o comportamento pode ser atribuído a outros e que o objetivo da vida não era de proceder moralmente mas sim libertarmo-nos de todo e qualquer sentimento de culpabilidade. Esta teoria levou-nos de mal a pior!”

A pretensão que diz que a psicoterapia tem uma elevada taxa de sucesso não está baseada em fatos. Nos estudos Cambridge-Somerville, jovens delinqüentes eventuais que tinham seguido tratamentos psicológicos tornaram-se piores que os candidatos do grupo de controle que não tinha recebido qualquer tratamento.

É preciso notar também que na psicoterapia encontramos o efeito psicossomático ou placebo. “A melhoria tão esperada, alimentada com a pessoa de um psicoterapeuta que afirma poder resolver o problema, acaba por fazer acreditar ao paciente que houve resultados positivos ainda que na verdade não haja.”

Que podemos concluir de tudo isto? Só há uma conclusão possível: “um grande movimento revolucionário que prometia explicar de maneira científica todas as neuroses e curar a maior parte delas” não passou de um engano. Enquanto profissionais seculares admitem que os sucessos espetaculares e as curas são praticamente inexistentes, a igreja mobiliza-se cada vez mais em volta da psicoterapia, em vez da Bíblia, como se a psicologia fosse um remédio universal para resolver os problemas de tensões nervosas, ansiedade e outros.

Citemos Don Illis uma vez mais, ”é tempo para a igreja fazer um exame de consciência, quando os crentes precisam de ajuda e se voltam para os psicólogos e psiquiatras mais do que para a igreja. Deveríamos interrogar-nos seriamente quando os jovens cristãos pensam poder fazer mais para o mundo ao tornarem-se psicólogos ou psiquiatras, do que pastores e evangelistas”.

Há um lugar para a relação de ajuda, mas deve ser bíblica. Não deve pôr de fora nem a Bíblia, nem o Espírito Santo, nem a oração. Não deve desculpar o pecado ou descarregar as pessoas da sua responsabilidade pessoal.

William MacDonaldFoi presidente do Emmaus Bible College nos E.U.A. Teólogo e um prolífico autor de mais de 84 livros publicados. Jamais aceitou seus direito autorais sobre seus próprios livros, investindo-os no reino.

Fonte: [ Web Evangelista ]
Via: [ 2Timóteo 3.16 ] / [ Ministério Batista Beréia ]
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Conversões Superficiais, Religião Superficial

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arado_big.jpg (11K) - Arado


C.H. Spurgeon


Embora eu me regozije com conversões súbitas, eu tenho sérias suspeitas quanto a essas pessoas repentinamente felizes que nunca parecem ter se entristecido com o próprio pecado. Receio que esses que vêm tão facilmente à sua religião que freqüentemente a perdem completamente com a mesma facilidade. Saulo de Tarso foi convertido subitamente, mas nenhum homem já passou por maior horror de escuridão do que ele, antes que Ananias viesse a ele com palavras de conforto.

Eu gosto do arado profundo.

A raspagem superficial do solo é trabalho pobre. O corte profundo da terra sob a superfície é grandemente necessário. Afinal de contas, os cristãos mais duradouros parecem ser aqueles que viram que o mal interior que neles há é profundo e repugnante, e depois de algum tempo foram levados a ver a glória da mão curativa do Senhor Jesus conforme Ele a estende no Evangelho.

"Para pôr tudo em uma palavra,uma ausência do Espírito Santo é a grande causa da instabilidade religiosa."

Receio que em muito da religião moderna há uma carência de profundidade em todos os pontos. Eles não tremem profundamente nem se regozijam grandemente. Eles não se desesperam muito, nem acreditam muito. Oh, cuidado com um verniz piedoso! Proteja-se da religião que consiste em colocar uma fina camada de piedade sobre uma pesada massa de carnalidade. Nós precisamos de uma obra contínua no interior. A graça que alcança o centro e afeta o espírito mais interior é a única graça que vale a pena ter.

Para pôr tudo em uma palavra, uma ausência do Espírito Santo é a grande causa da instabilidade religiosa. Cuidado para não confundir excitação com o Espírito Santo ou as suas próprias resoluções com os profundos mecanismos do Espírito de Deus na alma. Tudo aquilo que a natureza pinta, Deus queimará com ferro quente. Qualquer coisa que a natureza põe em funcionamento, Ele fará parar e jogará fora com os trapos. Você precisa nascer de cima, você precisa ter uma nova natureza forjada em você pelo dedo do próprio Deus, já que de todos os seus santos está escrito, "Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus."

Oh, mas, em todos os lugares eu temo que haja uma ausência do Espírito Santo! Há muita coisa vindo de uma moralidade espalhafatosa, superficial, muitos clamores de "Paz, Paz" onde não há nenhuma paz; e muito pouca ansiedade profunda advinda de um exame do coração para ser completamente purificado do pecado. Verdades bem conhecidas e facilmente lembradas são cridas sem serem acompanhadas da devida uma impressão do peso delas; esperanças sem consistência e confianças infundadas são formadas e é isso que faz com que os enganadores sejam tão abundantes e os espetáculos carnais tão comuns.

Apostasia Dissimulada

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Por: John F. MacArthur Jr.

Como os Falsos Mestres se Introduzem Furtivamente na Igreja

Você pode não reconhecer, necessariamente, um falso mestre pela sua aparência. Afinal de contas, todo líder religioso falso é “religioso” por definição. Ter uma aparência de santo é uma parte do “perfil de emprego” dele. Jesus se referiu aos promotores de religião falsa como lobos e pele de ovelhas (Mateus 7.15) e “sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas ... cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mateus 23.27). Em outras palavras, a religião deles é uma tentativa de camuflagem sagaz.

Assim como os fariseus que Jesus qualificou com essas palavras, muitos dos falsos mestres são hábeis em fingir piedade. A máscara deles pode ser bastante convincente. Eles mantêm uma máscara de encanto e de inocência, cuidadosamente lustrada – e, pelo menos, a aparência de algum tipo de “espiritualidade”. Eles aparecem habitualmente com sorrisos permanentes, palavras cordiais, personalidades agradáveis e vocabulário cheio de palavras bíblicas e espirituais. (...)

Em geral, eles fazem um bom trabalho de imitar o fruto do Espírito Santo. Disfarçam-se como ministros de justiça (2Coríntios 11.14-15). Parecem bem sinceros. Eles se mostram, falam e parecem inofensivos. Sabem empregar linguagem que soa espiritual. Conseguem até citar a Escritura com certo grau de habilidade. Conhecem suficiente bem a verdade, a fim de usá-la para atingir seus próprios propósitos – e, às vezes, se protegem atrás de uma verdade, enquanto atacam outra verdade. Sabem exatamente como conquistar a confiança e aceitação do povo de Deus. (...)

Parece que o inimigo semeia seu joio aonde quer que o evangelho vá. O Novo Testamento indica que falsos mestres surgiram bem cedo, de quase todos os lugares alcançados pela igreja primitiva. Não esqueça que todos os escritos do Novo Testamento abordam, em um ou outro momento, a questão do falso ensino dentro da igreja. (...) Ele (Cristo em Apocalipse 2.2, 6, 9) repreende aqueles que parecem não ter consciência do problema – ou aqueles que (pior ainda) toleram deliberadamente os hereges em suas congregações (Apocalipse 2.14-16, 20). (...)

A maneira de Paulo lidar com os judaizantes é a única maneira correta de responder aos falsos mestres que corrompem ou comprometem elementos essenciais do evangelho. Devem ser desmascarados e revelados como eles realmente são; e suas doutrinas, refutadas com a proclamação clara da verdade proveniente das Escrituras. Foi exatamente isso que Judas pediu (verso 3), quando nos ordenou a batalharmos diligentemente pela fé. (...)

Os hereges continuam a surgir de dentro da própria igreja e a exigir reconhecimento e tolerância da parte dos cristãos, enquanto se esforçam muito para subverter os próprios alicerces da fé verdadeira. Estão até repetindo todas as mesmas mentiras (condenadas no passado). É necessário que seus ensinos sejam confrontados e claramente refutados com a clara verdade da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo disse algo semelhante, mas em linguagem mais enfática: “É preciso fazê-los calar” (Tito 1.11). (...)

A queixa deles (crentes descompromissados e ou hereges) se tornou um refrão familiar: “por que você não pega mais leve? Por que não diminui a campanha para refutar as doutrinas com as quais você não concorda? Por que você critica constantemente aquilo que os outros cristãos estão ensinando? Afinal de contas, todos cremos no mesmo Jesus”.

Mas as Escrituras nos advertem, com clareza e reiteradas vezes, que nem todos aqueles que declaram crer em Jesus realmente crêem. O próprio Jesus disse que muitos alegariam conhecê-Lo, sem realmente conhecê-Lo (Mateus 7.22-23). Satanás e seus ministros sempre se disfarçam de ministros de justiça (2Coríntios 11.15). Não ignoramos as armações ardis de Satanás (2Coríntios 2.11). Afinal, essa tem sido a estratégia dele, desde o início.


Senhores que lêem o Ecclesia Reformanda, vocês conhecem alguém que se encaixa nestas características? Que como no início da argumentação do MacArthur, se mostram sorridentes, piedosos, amorosos, “abençoadores”, sempre com uma palavra de conciliação e de ajuda? Infelizmente, eu conheço vários. Conheço também, minha responsabilidade de não me conformar a essa situação. Faço coro a Judas: “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (2). E você???

Referências:
(1) A Guerra Pela Verdade – Lutando por certeza numa época de engano – John F. MacArthur Jr – Fiel, p. 110-112, 114, 120, 127-129;
(2) Judas 3.

- John Macarthur é conferencista internacional - é autor de mais de 150 livros, muitos dos quais são best-sellers, e alguns deles publicados no Brasil. É pastor da Grace Community Church, em Sun Valley, Califórnia, desde 1969. É presidente do The Masters College and Seminary e do ministério Grace to You (Graça Para Você), transmitido diariamente em cadeia nacional e em diversos países pelo mundo.

Fonte: [ Ecclesia Semper Reformanda Est ]
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A Base Filosófica da Revolução Sexual

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"Quando a existência de Deus não é mais um fato, mas uma crença subjetiva (e bastante controversa por sinal), a autoridade moral de Deus desaparece. Não é coincidência, portanto, que uma mudança drástica na natureza do casamento se seguisse imediatamente à mudança na filosofia dominante. As restrições legais ao divórcio e o estigma social se evaporaram praticamente do dia para a noite. O casamento deixou de ser uma aliança que envolve Deus e a comunidade, tanto quanto o marido e a mulher. Tornou-se um contrato comum que pode ser dissolvido à vontade por qualquer uma das partes. O que antes era considerado algo ilegítimo, como uma mulher ter um filho sem ser casada, tornou-se respeitável, e até mesmo a tradicional família com pai e mãe começou a parecer uma coisa ridícula, uma tentativa patética de simular esses seriados cômicos da TV que mostram uma família de sonho que nunca existiu na realidade.

Com a revolução do divórcio veio a revolução sexual, já que a morte de Deus e a disponibilidade de contraceptivos pareciam fazer da castidade uma coisa obsoleta. Seguindo na rasteira da revolução sexual, veio a revolução feminista, com uma ala radical que explicitamente rejeitava a família tradicional, tida antes como a coluna da sociedade. O feminismo exigiu o direito irrestrito ao aborto, e a Suprema Corte prontamente o incluiu na Constituição e o impôs à nação relutante. A liberação homossexual veio em seguida. Os ativistas homossexuais rapidamente ganharam a condição de 'vítimas' e o consequente apoio da mídia para suas causas. A Suprema Corte outra vez alinhou-se complacentemente com a tendência cultural e consegui encontrar na Constituição um princípio de que leis baseada em hostilidade em relação ao homossexualismo são inconstitucionais. A inversão moral e legal não podiam mais ser contidas, uma vez que uma mudança fundamental havia sido feita na filosofia religiosa oficial."

Fonte: Phillip E. Johnson, Como derrotar o evolucionismo com mentes abertas, pg. 114,115.
Via: [ UMPCGYN ]

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Quem vence? A arca da aliança(Edir Macedo), ou o Baú da felicidade(Silvio Santos)

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Por: Samuel Torralbo

Com o escândalo recente do Banco Panamericano, ficou, mas uma vez evidente o cansaço e declínio administrativo do apresentador e empresário Silvio Santos. Desde o ano de 2000, que o SBT vem perdendo audiência, enquanto a Record (Emissora do bispo Edir Macedo) tem assumido definitivamente a posição de segunda emissora mais assistida em todo território brasileiro.

Num primeiro olhar com relação a este fenômeno de declino e ascensão de emissoras televisivas no Brasil, parece ser apenas circunstâncias de mercado, ou administrativas, mas a verdade dos bastidores é que o baú da felicidade (empresa administrada por Silvio Santos), não conseguiu em longo prazo vencer a Arca da aliança (mecanismo religioso de arrecadação de fieis) do bispo Edir Macedo.

Enquanto o Baú da felicidade dava garantias de diversos produtos domésticos, para todos os clientes fiéis a mensalidade do carnê, a arca da aliança da Igreja da prosperidade, garante que através da fé e do sacrifício (ofertas extravagantes) o fiel (não do carnê, mas das correntes), terão direito ao milagre, benção e prosperidade material.

Como ninguém vence a fé (característica de todo ser humano - mesmo quando equivocada e ludibriada), com o tempo os adeptos da arca da aliança se tornaram desproporcionalmente maiores do que os clientes do baú.

Mas, talvez esteja perguntando - o que tem haver o baú e a arca com o SBT e a Record? O que tem haver são os modus operandis. A diferença é grotesca, porque, enquanto algumas empresas do grupo Silvio Santos (SBT, Panamericano e outras), quando precisam de crédito, recorrem a bancos e entidades financeiras, a Record e empresas associadas recorrem ao crédito da arca da aliança, sempre disponível através dos depositados realizados sistematicamente pelos fiéis do templo da prosperidade.

Então, como competir de maneira justa com um império que agrega os três principais pilares do poder – fé, política e mídia? Só Deus pode abater algo assim. De modo que, caso Deus não abata esse império, a minha previsão é que os dias da Rede Globo de Televisão, também estão contados, porque ela também não resistirá o poder financeiro existente dentro da arca da aliança.

O meu lamento é observar que no antigo testamento a arca da aliança representava a glória Divina no meio do povo, enquanto que hoje, para a igreja da prosperidade significa a glória humana no meio do povo. Sim, glória humana porque o alvo não é exaltar a glória de Deus, mas antes, os próprios interesses narcisistas, consumistas, materialistas e egoístas disfarçados de sagrados e abençoados.

Não sei como Deus vai julgar tudo isso, mas sendo Ele o Justo Juiz, breve todos nós teremos que comparecer diante Dele para prestar contas. Mas a duvida que não quer calar é - Será que esse povo acredita mesmo em Deus, o Justo Juiz? Tenho minhas dúvidas

Fonte: [ Ultimato ]
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Qual a Natureza do Verdadeiro Cristianismo?

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Por Jonathan Edwards

NÃO há questão de maior importância para a humanidade, e que seja mais concernente a cada pessoa individual para ser bem resolvida, do que esta: Quais são as qualificações distintivas daqueles que estão em favor com Deus, e designadas às Suas eternas recompensas? Ou, o que vem ser a mesma coisa, Qual é a natureza da verdadeira religião? E onde descansa as marcas distintivas daquela virtude e santidade que é aceitável aos olhos de Deus? Mas, embora isto seja de tal importância, e apesar de termos clara e abundante luz na Palavra de Deus para nos dirigir neste assunto, todavia não há um ponto em que os Cristãos professos façam mais diferença um do outro. Seria sem fim calcular a variedade de opiniões, neste ponto, que divide o mundo Cristão; fazendo manifesta a verdade da declaração de nosso Salvador: “Estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”.

A consideração destas coisas tem por muito tempo me engajado a atentar para esta matéria com a maior diligência e cuidado, e toda a exatidão de busca e investigação de que eu fui capaz. Este é um assunto sobre o qual minha mente tem sido peculiarmente solícita, desde a primeira vez que entrei no estudo da teologia. — Mas quanto ao sucesso de minhas investigações, isto deve ser deixado ao julgamento do leitor do tratado que se segue.

Sou consciente de que é difícil julgar imparcialmente o assunto deste discurso, no meio da poeira e fumaça da presente controvérsia, sobre as coisas desta natureza. Pois, assim como é muito difícil escrever imparcialmente, do mesmo modo é muito difícil ler imparcialmente. — Muitos provavelmente serão magoados, ao encontrar tanto do que pertence às afeições religiosas, aqui condenadas: e talvez indignações e desprezo serão excitados em outros, ao achar tanto justificado e aprovado. E pode ser que alguns estarão prontos para acusar-me de inconsistência comigo mesmo, em tanto aprovando algumas coisas, como condenando outras; como tenho encontrado, isto tem sido sempre objetado a mim por alguns, desde o princípio de nossas últimas controvérsias sobre religião. É uma coisa difícil ser um sincero e zeloso amigo do qual tem sido bom e glorioso nas últimas aparências extraordinárias, e regozijar muito nele; e ao mesmo tempo, ver a tendência má e perniciosa dos que tem sido maus, e ardentemente opor a isso. Mas, todavia, estou humildemente, mas inteiramente persuadido que nós nunca estaremos no caminho da verdade, um caminho aceitável a Deus, e tendendo ao avanço do reino de Cristo, até que façamos assim. Há certamente algo muito misterioso nisto, esse tão bom e esse tão mau, devem ser misturado juntamente na igreja de Deus: como é uma coisa misteriosa, e que tem embaraçado e assombrado muitos bons Cristãos, que deva existir o que é tão divino e precioso, como a graça salvadora de Deus, residindo no mesmo coração, com tanta corrupção, hipocrisia, e iniqüidade, em um santo em particular. Contudo, nenhum destes é mais misterioso do que real. E nenhum deles é uma coisa nova. Não é uma coisa nova, que tanta falsa religião deva prevalecer no tempo de grande reavivamento; e que, ao mesmo tempo, multidões de hipócritas devam brotar entre os verdadeiros santos. Foi assim na grande reforma, e reavivamento da religião, no tempo de Josias; como aparece em Jeremias 3:10, e Jeremias 4:3,4, e também pela grande apostasia que houve na nação, tão logo após seu reinado. Assim foi com o grande derramamento do Espírito sobre os Judeus, nos dias de João Batista; como se mostra pela grande apostasia daquele povo, tão logo depois de tão geral despertamento, e os temporários confortos e alegrias de muitos; João 5:35: “E vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz”. Assim foi naquelas grandes comoções entre a multidão, ocasionas pela pregação de Jesus Cristo. Muitos são chamados, mas poucos escolhidos ; da multidão que foi excitada e afetada pela Sua pregação — e em um tempo ou outro pareciam poderosamente engajados, cheios de admiração por Cristo, e elevados com alegria — mas poucos eram verdadeiros discípulos, que agüentaram os abalos das provas, e perseveraram até o fim. Muitos eram semelhantes a terra pedregosa ou espinhosa; e porém poucos, comparativamente, eram semelhantes a boa terra. Do monte inteiro que foi recolhido, grande parte era palha, que o vento mais tarde levou; e o monte de trigo que foi deixado, era comparativamente pequeno; assim como aparece abundantemente pela história do Novo Testamento. Assim foi no grande derramamento do Espírito que houve nos dias dos apóstolos; como se mostra por Mateus 24:10-13; Gálatas 3:1; e 4:11,15; Filipenses 2:21; e capítulo 3:18,19, e as duas epístolas aos Coríntios, e muitas outras partes do Novo Testamento. E assim foi na grande reforma do papismo — Parece claramente ter estado na igreja visível de Deus, nos tempos dos grandes reavivamentos, assim como as árvores frutíferas na primavera; há uma multidão de flores, que parecem legítimas e belas, e há uma aparência promissora de frutos novos: mas muitos delas são de curta duração; elas breve murcharão, e nunca chegarão a maturidade.

Não é, contudo, para ser suposto que será sempre assim. Porque embora nunca haverá, neste mundo, uma inteira pureza, em cada um dos santos em particular, por uma perfeita libertação das misturas de corrupção, ou na igreja de Deus, sem qualquer mistura de hipócritas com santos — ou religião falsifica e falsas aparências de graça com verdadeira religião e real santidade — todavia é evidente, virá um tempo de pureza muito maior na igreja, do que tem havido nas erras passadas. Isto se mostra claramente por estes textos das Escrituras: Isaías 52:1; Ezequiel 44:6,7,9; Joel 3:17; Zacarias 14:21; Salmos 69:32,35,36; Isaías 35:8,10; capítulo 4:3,4; Ezequiel 20:38; Salmos 37:9,10,11,29. E uma grande razão disto será que naquele tempo, Deus dará uma luz muito maior para Seu povo, para distinguir entre a verdadeira religião e suas falsificações. Malaquias 3:3: “E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao SENHOR trarão oferta em justiça”. Com o versículo 18, que é a continuação da profecia dos mesmos tempos felizes: “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve”.

É pela mistura da falsificada religião com a verdadeira, não discernida e distinguida, que o diabo tem tido suas maiores vantagens contra a causa e o reino de Cristo. É por este meios, principalmente, que ele tem prevalecido contra todos os reavivamentos da religião, desde a fundação da igreja Cristã. Com isto, ele prejudicou a causa do Cristianismo, tanto na era apostólica como depois, tanto mais do que por todas as perseguições tanto de Judeus como de gentios. Os apóstolos, em todas suas epístolas, nos mostram muito mais concernente ao primeiro dano, do que o segundo. Com isto, Satã prevaleceu contra o reforma, iniciada por Lutero, Zwínglio, etc., para colocar uma parada em seu progresso, e traze-la à desgraça, dez vezes mais do que por todas aquelas sanguinárias e cruéis perseguições da igreja de Roma. Com isto, principalmente, ele prevaleceu contra os reavivamentos da religião em nossa nação. Com isto ele prevaleceu contra a Nova Inglaterra, apagando o amor e saqueando a alegria de seus matrimônios, aproximadamente cem anos atrás. E penso que tive bastante oportunidades para ver claramente, que por isto o diabo tem prevalecido contra o último grande reavivamento da religião na Nova Inglaterra, tão feliz e prometedor em seu princípio. Aqui, mais evidentemente, tem sido a principal vantagem de Satã contra nós; por isto ele tem nos frustrado. É por estes meios que a filha de Sião nesta terra agora descansa no chão, em semelhantes lastimosas circunstâncias, com seus vestuários rasgados, sua face desfigurada, sua nudez exposta, seus membros quebrados, e encapelando no sangue de suas próprias feridas, e de maneira nenhuma capaz de levantar; e isto, tão rapidamente depois de sua última grande felicidade e esperança. Lamentações 1:17: “Estende Sião as suas mãos, não há quem a console; mandou o SENHOR acerca de Jacó que lhe fossem inimigos os que estão em redor dele; Jerusalém é entre eles como uma mulher imunda”. Tenho visto o diabo prevalecer pelo mesmo caminho, contra dois grandes reavivamentos de religião neste país. — Satã continua com a humanidade assim como ele começou com eles. Ele prevaleceu contra nossos primeiros pais, e lhes arremessou para fora do paraíso, e subitamente trouxe toda sua felicidade e glória ao fim, aparentando ser um amigo de seu estado feliz, e fingindo avançar-lhes a um degrau mais alto. Assim, a mesma serpente perspicaz que enganou Eva através de sua astúcia, nos apartando da simplicidade que há em Cristo, tem subitamente nos privado daquele justo prospecto que tínhamos, há pouco tempo atrás, de uma espécie de estado paradisíaco da igreja de Deus na Nova Inglaterra.

Após a religião reviver na igreja de Deus, e os inimigos aparecer, as pessoas que são engajadas a defender sua causa são comumente mais expostas, onde elas estão sensíveis de perigo. Enquanto elas estão inteiramente atentas sobre a oposição que aparece abertamente diante deles, para fazer cabeça contra esta, e enquanto elas negligenciam cuidadosamente para olhar ao redor, o diabo vem atrás deles, e dá uma punhalada fatal não vista; e ele tem oportunidade para dar uma pancada mais interna, e machucar o profundo, porque ele ataca em seu descanso e não sendo obstruído por nenhuma guarda ou resistência.

E assim provavelmente sempre será na igreja, não importa quando a religião reviver consideravelmente, até que nós tenhamos aprendido bem a distinguir entre a verdadeira e a falsa religião, entre as emoções e experiências salvíficas e aquelas diversas impressões atraentes e aparências brilhantes, pelas quais elas são falsificadas; as conseqüências das quais, quando elas não são distinguidas, são freqüentemente indizivelmente terríveis. Por estes meios , o diabo gratifica a si mesmo, pois as multidões oferecem uma adoração falsa a Deus sob a ilusão de um culto aceitável, que é na realidade acima de todas as coisas abominável a Ele. Por estes meios, ele ludibriou grandes multidões sobre o estado de suas almas; fazendo-lhes pensar que eles são alguma coisa, quando eles não são nada; e assim eternamente lhes desfazendo; e não somente assim, mas estabelecendo muitos na forte confiança de sua eminente santidade, que, aos olhos de Deus, são alguns dos vis hipócritas. Por este meios, ele muitas vezes desanimou e feriu a religião nos corações dos santos, obscureceu e deformou-a pelas misturas corrompidas, fez com que suas emoções religiosas tristemente se degenerassem, e algumas vezes, por um considerável tempo, ser como o maná que produziu vermes e fedor; e terrivelmente enlaçou e confundiu as mentes de outros, trazendo-lhes à grandes dificuldades e tentações, e embaraçando-lhes em uma vastidão, dentre os quais eles não podiam de forma alguma se desembaraçar. Por estes meios, Satanás poderosamente encoraja os corações dos inimigos explícitos, fortalecendo suas mãos, enchendo-lhes com armas, e fortalecendo suas fortalezas; quando ao mesmo tempo, a religião e a igreja de Deus permanece exposta a eles, como uma cidade sem muralhas. Por estes meios, ele faz com que os homens ímpios pequem na ilusão de estarem servindo a Deus; e portanto, pecam sem restrições, sim, com ardente solicitude e zelo, e com todo sua força. Por estes meios, ele faz que até os amigos da religião, insensivelmente, façam o trabalho de seus inimigos, destruindo a religião em uma maneira mais eficaz do que os inimigos declarados podem fazer, na ilusão de o estarem fazendo progredir. Por estes meios, o diabo dispersa o rebanho de Cristo, e colocá-os uns contra os outros com grande calor de espírito, sob uma noção de zelo por Deus; e a religião, gradualmente, degenera em vãs disputas. Durante os conflitos, Satanás conduz ambas as partes para fora do caminho correto, dividindo cada um em grandes extremos, um na mão direita, e o outro na esquerda, conforme ele os encontra mais inclinados, ou mais facilmente movidos e oscilantes, até que o caminho correto no meio é quase completamente negligenciado. No meio desta confusão, o diabo tem grande oportunidade para avançar em seu próprio interesse, para fazê-lo forte de inumeráveis modos, de obter o governo de todas as coisas em suas próprias mãos, e operar sua própria vontade. E pelo que é visto das terríveis conseqüências desta falsificação, quando não distinguida da verdadeira religião, o povo de Deus em geral têm suas mentes perturbadas na religião, e não sabem onde colocar os seus pés, ou o que pensar, e muitos são trazidos à duvidar de o quer que seja na religião; e heresia, infidelidade, e ateísmo prevalece grandemente.

Conseqüentemente, é vital que nos esforcemos ao máximo para claramente discernir, e ter bem assentado e estabelecido, no que consiste a verdadeira religião. Até que isto seja feito, não podemos esperar que grandes avivamentos de religião tenham longa duração; até que isto seja feito, não podemos esperar muito proveito de todos nossos calorosos debates, em conversação e a partir da impressa, não sabendo claramente e distintivamente o que devemos contender.

Meu propósito é contribuir com o meu pouco, e usar o meu melhor (embora débil) esforçando-me para este fim, no subseqüente tratado: no qual deve ser notado que é um tanto diferente do propósito de que eu tinha anteriormente publicado, que foi para mostrar As marcas distintivas da obra do Espírito de Deus, incluindo tanto suas operações comuns e salvifícas. O que tenciono agora, é mostrar a natureza e sinais das graciosas operações do Espírito de Deus, pelas quais elas são distinguidas de todas as outras — sejam quais forem - que não são de uma natureza salvífica. Se eu for sucedido nesta minha intenção, em qualquer medida tolerável, espero que tenda a promover o interesse da religião. E se eu for sucedido em trazer alguma luz para este assunto ou não, e embora meus esforços possam ser reprovados, nestes tempos ardilosos e censuradores, espero na misericórdia da graça e justiça de Deus, para aceitação da sinceridade de meus esforços; e espero também pelo candor e orações dos verdadeiros seguidores do manso e benevolente Cordeiro de Deus.

Comentário ao texto da Bárbara Gancia da Folha de São Paulo sobre o Rev. Nicodemus

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Por Allen Porto

A jornalista Bárbara Gancia publicou um texto ontem na Folha de São Paulo, no qual falou sobre a polêmica Mackenzie-Homossexualismo. O texto foi mais direcionado ao Dr. Augustus Nicodemus Lopes, mas demonstrou concepções gerais a respeito do Cristianismo e da homossexualidade.

O Marcelo Tas republicou em seu blog. Tentei comentar por lá, mas nada feito - uma mensagem de erro era continuamente demonstrada. Então decidi parar de tentar comentar lá e publicar meu comentário aqui. Talvez eles nunca leiam, mas o meu alvo principal são outras pessoas que podem ler o texto e serem enganadas. Assim, acho que faço bem em publicar o comentário aqui.

Recomendo que você leia o texto antes de ler o comentário. Para isso, clique aqui.

Enfim, ao comentário:

O texto é cheio de vícios e apresenta fraca argumentação. Ao contrário do que o Tas afirma, subestima os leitores, trata alguém com desrespeito - porque não se presta apenas a discordar, mas a ironizar - e supõe serem os cristãos um bando de "criadores de caso".

O fato de o Tas indicá-lo apenas mostra como o politicamente incorreto atinge até quem tenta fugir dele.

Colocar em um mesmo nível a preferência de cor, e o ato moral de um relacionamento amoroso é tão pueril que eu me sinto envergonhado de ter que apontar essa bobagem aqui.

A autora pressupõe, ou melhor afirma claramente, que os evangélicos, ou o Mackenzie e o Dr Nicodemus, no caso, estão pregando contra os homossexuais, e não contra o homossexualismo. Certamente há uma relação entre ambos, mas rejeitar o homossexualismo não significa odiar o homossexual. Não sei se a Bárbara leu o manifesto realmente, ou se apenas teve dificuldades de interpretá-lo.

A Gancia pressupõe que os homossexuais "nasceram gostando de brócolis", ou de pessoas do mesmo sexo. Tal afirmação, num chute desmedido, soa como um recurso último do desespero pró-gay. A idéia é parar de tratar a homossexualidade como comportamento, e passar a considerá-la uma condição. Mas onde ela fundamenta que alguém nasce homossexual? Apenas em sua sapiência - a mesma que a fez interpretar o manifesto da Igreja Presbiteriana e do Mackenzie errado. Ela simplesmente não conseguirá o ponto. Ninguém nasce homossexual. Escolhas são feitas para que isso aconteça.

Por fim, a autora passa a soltar abobrinhas, na convicção de que o projeto dos cristãos - ou de uma parte deles - é "discriminar alguém". Então, segundo ela, é hora de encontrar uma nova vítima. Mas essa atitude dela não é discriminatória? hum... acho que ela não passaria no próprio teste. Quem afirma ser esse o propósito do Cristianismo, nada sabe sobre Jesus.

Discordar e apresentar a verdade nada tem a ver com perseguição. Mas o que a sra Bárbara Gancia, a que acabou de perseguir cristãos e falar mentiras, sabe sobre a verdade e o amor?

Fonte: [ A Bíblia, o Jornal e a Caneta ]
Extraído do blog: [ Blog dos Eleitos ]

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A ditadura gay e meus filhos: Desabafo de um Pai.

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Tenho um casal de filhos... (muitos sonham em ter um casal de filhos, mas daqui para frente, pra quê mesmo?)

pelo jeito não poderei mais destacar a diferença deles...

pelo jeito não posso mais falar para eles que um tipo de comportamento é coisa de meninA, ou de meninO...

não poderei mais orar pedindo ao Senhor um marido para minha filha, e uma esposa para meu filho... (capaz de ficarem ouvindo como aconteceu com Daniel)...

não poderei mais dizer para meu filho que ele é homem, ou como ele mesmo diz ‘homem macho’... será crime daqui uns dias... ? ...

Não existe mais problema algum em meus filhos verem um ‘casal’(essa palavra é homofóbica?) de homens se beijando... Minha filha olha... ela tem seis anos, não entende... “Uai, [mineira] meu pai falava que mulher casa com homem...?” Não filha... me perdoe... agora eu não posso mais dizer isso...

Meu filho então... está todo empolgado que vai entrar num casamento junto com uma menina para levar... (aquelas coisas de casamento)... ele tem três anos, está achando que vai casar pois vai entrar de ‘noivinhO com a noivinhA’... se ele entrasse com outro menino, ele não diria que era casamento... mas ele agora estará errado?

Como explicarei a diferença e objetivos de seus órgãos sexuais... a desculpem-me... meus filhos, mas esse é o país que vocês enfrentarão quando forem adultos... Cristo, tenha misericórdia de meus filhos...

Brasil, Deus nos deu liberdade, não libertinagem...

... mas o que é isso mesmo?

Desabafo de um pai, presbiteriano...

Fonte: [ MCA ]
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Perguntas para um candidato ao Pastorado

Por: Jim Elliff e Don Whitney

Às vezes, acontece que um pastor enfrenta oposição da parte daquelas pessoas que antes o promoviam de maneira entusiástica. Por que isso acontece? Com freqüência, isso ocorre por causa da comunicação superficial que houve entre o pastor em potencial e os membros da igreja, antes de ele assumir seu pastorado. Em nossos dias, é possível que um pastor seja escolhido para uma igreja sem que perguntas sérias lhe sejam dirigidas, e, menos ainda, perguntas a respeito de doutrina. Sugerimos que as igrejas tenham o mais completo diálogo possível sobre os assuntos de doutrina, prática e estilo de vida cristã. Se a igreja falhar em fazer isso, o próprio candidato ao pastorado deve procurar esse tipo de diálogo. Tal procedimento protege tanto o pastor quanto a igreja.

Dois outros assuntos são extremamente importantes. Primeiro, o candidato ao pastorado deve apresentar uma lista de referências. A igreja tem de seguir com muita atenção essas referências e solicitar que as pessoas citadas apresentem outros nomes como referência sobre o pastor. Deve-se tributar atenção ao fato de que, às vezes, pessoas deixam de gostar de outras não por causa dos erros destas. ( O próprio Senhor Jesus foi odiado.) A inquirição por meio de referências lhes assegura que o pastor tem um bom testemunho tanto da igreja como “dos de fora” (1 Tm 3.7). O questionamento das pessoas apresentadas deve centralizar-se na lista de 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9. Essas listas de qualificações foram escritas para servirem como instrumento de observação das vidas de candidatos à liderança das igrejas, e não como uma lista de perguntas a serem dirigidas aos candidatos. Essa observação é extremamente importante. O ideal seria que a igreja convivesse com o candidato ao pastorado, observando sua vida durante meses ou mesmo anos. Visto que, infelizmente, esse não é o padrão seguido pela maioria das igrejas, vocês têm de depender muito de atentarem às referências fornecidas. Respostas superficiais e subjetivas da parte do próprio candidato podem causar uma distorção da verdadeira situação. A avaliação que sugerimos em seguida se refere às passagens bíblicas mencionadas, mas a sua utilização pode ser mais abrangente. Vocês devem utilizá-las amplamente na conversa com as pessoas apresentadas como referências. Isso não significa que as passagens bíblicas citadas não são extremamente importantes no questionamento que o candidato pode fazer para si mesmo.

Relacionada à primeira, existe uma segunda consideração: devem ser feitos muitos esforços para apresentar à igreja os diversos aspectos da vida do pastor em perspectiva, durante tanto tempo quanto possível, antes de chegarem a alguma decisão. Esse tipo de apresentação não é um problema, quando a igreja tem de escolher pastores dentre os seus próprios membros; todavia, tal apresentação cria realmente um problema considerável para aqueles que trazem um novo pastor de fora da igreja. Um fim de semana de cultos não é suficiente para que as pessoas fiquem corretamente informadas. Devemos lembrar: o pastor, se for chamado a pastorear, estará na igreja durante um extenso período de tempo, influenciando nossas famílias e comunidade para Cristo. Sabemos que vocês estão prontos para receber um novo pastor. Mas existe algo pior do que não ter um pastor — ter o pastor errado.

Apresentamos nossa sugestão final: depois das conversas iniciais, pensem em ter gravadas ou escritas as respostas destas perguntas, por parte daquele que é o mais sério candidato ao pastorado da igreja. Perguntem-lhe se o seu interesse é tão grande, que ele aceitaria avançar para esse estágio de inquirição, dizendo-lhe que isso tomará boa parte de seu valioso tempo. Esse questionamento mais profundo é para aqueles que demonstram um nível de interesse elevado. Perguntas esclarecedoras podem ser feitas, posteriormente, por telefone ou conversas pessoais. Um grupo selecionado destas perguntas pode ser dirigido ao candidato nas grandes reuniões da igreja, a fim de permitir que o pastor em perspectiva fale sobre algumas de suas crenças e outras perguntas lhe sejam apresentadas.

As perguntas alistadas em seguida não estão colocadas em ordem de significância. Algumas delas podem não ser importantes para vocês. Talvez vocês queiram acrescentar outras perguntas. Não existe o pastor perfeito. No entanto, atenção a estas questões, juntamente com extensos períodos de oração, ou mesmo jejum, pode lhes dar garantia de encontrar o pastor certo para a sua igreja.

  1. Existem muitas pessoas que professam seguir a Cristo, mas estão enganadas. Que evidências você tem de que Deus lhe deu vida?
  2. O que significa para alguém amar a Deus? De que maneiras você percebe o verdadeiro amor bíblico para com Deus manifestado em sua própria vida? Você percebe o verdadeiro amor bíblico para com Deus na vida de sua esposa e de seus filhos?
  3. O que a sua esposa sente a respeito de seu compromisso com o pastorado? E como os seus filhos reagem?
  4. Por que você acredita que Deus o quer no pastorado?
  5. Examine cuidadosamente cada uma das qualificações bíblicas para pastores e diáconos (1 Tm 3; Tt 1.5-9; At 6.1-6; 1 Pe 5.1-4). Quais são as suas qualificações mais fortes? Com quais dessas qualificações você tem mais dificuldade? Por que você acredita que essas áreas de dificuldade não o desqualificam para o ministério? (Observe a expressão “é necessário” — 1 Tm 3.2).
  6. Um pastor é encarregado por Deus a pregar para a igreja e a pastorear as pessoas de maneira individual. Que aspecto do ministério apela mais a você? De que maneiras específicas você poderia ser auxiliado a desenvolver suas habilidades nessas duas áreas?
  7. Quais são os seus métodos de envolver-se nas vidas das pessoas, enquanto as pastoreia e vela por suas almas?
  8. Que atividades caracterizam seu interesse evangelístico? Como você lida com o assunto do evangelismo pessoal e do coletivo?
  9. O que você pensa a respeito do aconselhamento? Como você administra a abundante necessidade de aconselhamento?
  10. Quais são as suas práticas costumeiras e específicas a respeito de disciplina espiritual (ou seja, oração, estudo bíblico, meditação, mordomia, etc.)?
  11. Como você descreve um pastor bem-sucedido e uma igreja bem-sucedida?
  12. Em que bases o pastor pode ser considerado uma pessoa responsável? Que relacionamentos de sua vida fornecem senso de responsabilidade por suas atitudes e comportamento, tanto em sua vida pessoal como em seu ministério pastoral?
  13. Quais são os seus autores, teólogos e comentaristas evangélicos favoritos? Por quê? Que livros você leu recentemente?
  14. Descreva uma ocasião em que você fez tentativas de reformar a igreja em alguma área importante. Quais foram os resultados? O que isto custou para você mesmo?
  15. Descreva seu estilo de liderança. Quais têm sido alguns de seus pontos fracos e de seus pontos fortes?
  16. Quando você enfrentou oposição, isso ocorreu na maior parte das vezes por causa de seu estilo de liderança, de sua personalidade, de suas crenças ou de alguma outra coisa?
  17. De acordo com sua observação, que doutrinas precisam de ênfase especial em nossos dias?
  18. O que é o verdadeiro arrependimento bíblico?
  19. O que é a verdadeira fé bíblica?
  20. Explique a justificação pela fé. Qual a diferença entre o ponto de vista do Catolicismo Romano e o ponto de vista bíblico a respeito da justificação pela fé?
  21. Explique seu ponto de vista a respeito da santificação. Quais são os vários meios que Deus usa para santificar o crente?
  22. Uma pessoa pode ter Cristo como seu Salvador e não estar em sujeição a Ele como Senhor? Explique.
  23. Qual a sua posição a respeito da inerrância das Escrituras?
  24. Explique a expressão bíblica “Batismo do Espírito”. Quando ocorre esse batismo?
  25. Quais são as suas opiniões sobre o batismo em água?
  26. De que maneira a Bíblia relaciona a soberania de Deus à salvação?
  27. O que a Bíblia ensina a respeito da extensão da depravação do homem?
  28. O que a obra de expiação consumada por Cristo realizou em favor dos crentes?
  29. O que a Bíblia ensina a respeito da perseverança e da preservação dos crentes?
  30. Qual é a utilização correta da lei do Antigo Testamento?
  31. Como você articula sua opinião a respeito dos assuntos escatológicos e dos finais dos tempos?
  32. Você crê que Jesus nasceu de uma virgem? Qual a importância desta sua crença?
  33. Qual a sua interpretação dos ensinos bíblicos sobre o inferno?
  34. Você acredita que os acontecimentos descritos em Gênesis 1 a 11 são verdadeiros ou simbólicos?
  35. O que a Bíblia ensina em referência aos dons espirituais? Descreva sua opinião a respeito de profecias e falar em línguas.
  36. O que você pensa sobre o divórcio e o novo casamento? Você segue estritamente esses pensamentos em sua prática?
  37. Qual a sua opinião sobre a frase “é necessário, portanto, que o bispo [pastor] seja... esposo de uma só mulher” (1 Tm 3.2)?
  38. Quais são as suas exigências para realizar uma cerimônia de casamento?
  39. Explique suas opiniões sobre a disciplina da igreja. Relate alguma experiência pessoal.
  40. Como você lidaria com um caso de escândalo ou imoralidade praticado por um membro da igreja?
  41. O que você pensa a respeito do aborto?
  42. Muitas crianças que pareciam ter sido convertidas na infância não demonstram mais tarde qualquer evidência de conhecerem a Cristo. Como você lida com crianças quando elas o procuram, para aconselharem-se a respeito da conversão?
  43. Qual é um método útil para receber novos membros na igreja? Quais são os requisitos para isso?
  44. Qual a sua opinião sobre os estilos de música da igreja?
  45. Quem deve conduzir a adoração na igreja? Por quê? Que métodos de liderar a adoração corporativa são apropriados? Quais são impróprios?
  46. O que a Bíblia diz sobre o propósito das reuniões semanais da igreja?
  47. Qual o seu ponto de vista a respeito do levantamento de recursos monetários para os vários projetos da igreja? A igreja deveria pedir dinheiro a pessoas que não pertencem à sua membresia?
  48. Quais as suas convicções sobre dívidas na igreja local?
  49. O que a Bíblia ensina sobre mulheres no ministério pastoral?
  50. O que a Bíblia ensina a respeito de como a igreja deve tomar suas decisões?
  51. Como um pastor e sua igreja devem se relacionar com outras igrejas locais e (se filiada a uma denominação) no âmbito mais amplo? Você se sente tranqüilo em cooperar com outras denominações? Você estabelece algumas diretrizes?
  52. Quais são as responsabilidades bíblicas dos presbíteros? Existem distinções entre presbíteros, pastores e bispos?
  53. Quais são as responsabilidades bíblicas dos diáconos? Como devem se relacionar os diáconos e os pastores?
  54. Que ênfase você atribui à liderança dos pais em suas famílias, especialmente no que diz respeito à adoração familiar. Você se envolve pessoalmente na adoração familiar, juntamente com sua esposa e filhos?
  55. Qual a sua visão missionária para a igreja? De que maneira você está demonstrando interesse e envolvimento em missões?

Para ser um ministro bom e fiel, um pastor não tem de fornecer uma resposta completa e imediata para todas essas perguntas. Em algumas dessas perguntas, será aceitável se ele apenas disser: “Eu não sei”; ou: “Ainda não tenho a minha opinião completamente desenvolvida sobre este assunto”.

Entretanto, acautelem-se de um pastor que parece estar evitando apresentar respostas claras. Certamente, em algumas dessas perguntas, ele achará necessário definir termos e esclarecer sua resposta. Sigam em frente cautelosamente, até que ele torne sua opinião tão clara quanto possível.

Se necessário, podem ser feitas outras perguntas sobre assuntos como o Movimento de Crescimento de Igreja, educação familiar, maçonaria, o Movimento Nova Era, atividade política na igreja, relacionamento com outros ministérios ou movimentos evangélicos, etc. Perguntas sobre outros assuntos doutrinários de grande importância devem ser feitas, se necessário (por exemplo, a divindade de Cristo, a aceitação da Trindade, etc.). Tanto o comitê de avaliação como a igreja devem ficar satisfeitos a respeito de qualquer assunto sobre o qual desejem discutir.

Fonte:
[ editorafiel.com.br ]
Extraído do site: [
Eleitos de Deus ]