O "Papa" Brasileiro!

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Patriarcado primitivo apostólico e ortodoxo de sion comunidade rompendo em fé.

A Santa Igreja Primitiva Apostólica e Ortodoxa -Comunidade Rompendo em Fé é uma IGREJA que tem como principio as Doutrinas Primitivas dos Evangelhos, dos Atos dos Apostólos e das Cartas Apostolicas. A SAGRADA ESCRITURA para nós e a ÚNICA e ESCLUSIVA regra de FÉ (sic), mas estudamos as Tradições como fontes Históricas e apoio confirmatório as Escrituras.
*Não Adoramos imagens de Escultura por que isso fere o Santo Mandamento de Deus.
*Não adotamos Paramentos e liturgias por entendermos que isso não fazia parte da IGREJA dos APOSTOLOS.
*Batizamos Somente em NOME DE JESUS conforme relato em todo LIVRO DE ATOS DOS APOSTOLOS.
*As palavras CATÓLICO (universal) e ORTODOXO (doutrina reta) não são de uso exclusivo de nenhuma denominação, referem-se a todos os cristãos dentro do contexto da universalidade e do uso da sã doutrina.

Fonte: [ http://doutrinadosapostolos.blogspot.com ]

Olha o homem aí:




Apóstolo doutor Alexander maya

- Príncipe Da Imperial House Of Lagash And Rasueja
- Príncipe Presidente Do Supremo Consistório Internacional De Príncipes Da Apostólica Teocracia.
- Descendente Da Dinastia Fabricii-Sacro Império Romano-(Grão Ducado De Schleswig )Descendente Da Dinastia Giustiniani-Veneziani-Imperium Austriaco- Casa Real Idris -Reis Do Marrocos E Andaluzia - Da Casa Real De Leão,Navarra,Galiza,Meroveus E Franks.
+Duque De Bathanea (Royal House Of Arameus And Auranitis)
+Conde Do Vale Do Euphates .
+Barão Pela Sovereign And Real Religious Order.
*Grão-Mestre Da Soberana,Excelsa E Sagrada Ordem Dos Cavaleiros Protetores Do Santo Caminho.
*Caballero De Justicia Da Muy Noble Orden Militar E Hospitalaria De San Cirillo.
*Cavaleiro Grande Cruz de Justiça da Ordem Sagrada e Religiosa da Corda Teocrática dos Arameus ,Reis de Bathanaea e Geshur.
*Cavaleiro Grande Cruz de Justiça Da Corda teocrática dos Auranitis-Filhos de David.
+Colar D.Pedro I - Imperador Do Brasil.
-Doutor Em Historia Pela Academia Santo Estevão De Jerusalém.
-Membro Efetivo Da Sociedade Histórica Duarte Pacheco Pereira-Portugal.
-Honra Ao Mérito - Medalha De Ouro - Academia Santo Estevão De Jerusalém.
-Doutor Em Teologia E Doutor Em Divindade Pelo Instituto Anglicano De Teologia "Dom Barry Frank Peachey.
-Doutor Em Teologia Pelo Seminário S.João Apóstolo -Igreja Católica Y Ortodoxa Do Rito Sírio Bizantino.
-Doutor Em Teologia Pela Academia Santo Estevão De Jerusalém.
-Mérito Episcopal -Reconhecimento De Sucessão Dos Santos Apóstolos - Pelo Seminário S.João Apostolo- Missão Dos Cavaleiros Bonarios De Devoção-Igreja Católica Y Ortodoxa De Rito Sírio Bizantino.
-Mérito Teológico-Seminario S.João Apóstolo.
-Imortalizado Na Cadeira Nº 1 - Da Academia San Gamaliel De Ciências, Letras E Artes-Cuja Cadeira Tem Como Patrono Paulo De Tarso.
+Apostolo Da Comunidade Evangélica Rompendo Em Fé.
+Patriarca Do Patriarcado Apostólico Primitivo De San Thiago De Sion – De Iuris De San Sahak I Souren Pahlav.
*Reitor Do Instituto Teológico Rompendo Em Fé.
*Diretor-Presidente Da Faculdade De Ciências Teológicas Shemmah Brazil.
*Fundador Da Fundação Israelita De Estudos.
*Presidente da Ordem Capelã de Santo Stephanos
*Membro da Ordem Internacional de História,Genealogia e Honrarias.
*Presidente Da Associação De Juizes Arbitrais E De Paz Do Brasil.
*Comendador Grão-Cruz Da Ordem Do Mérito Teológico Cientifico
*Comendador Do Grau-Mestre Pela Ordem Do Mérito Cívico Monoteístico.
*Comendador Da Soberana Ordem Dos Comendadores Da Fraterna Comunhão-Conselho Nacional De Pastores Evangélicos-Rio De Janeiro- Cidade De Três Rios (Comenda Dr. A.B.Christie).
*Medalha Apostolo Paulo Dos Dias Atuais.
*Membro Honorário Da Academia Itapirense De Letras E Artes.
*Juiz Arbitral-Juiz De Fato E De Direito.
*Juiz De Paz Eclesiástico
*Juiz Do Tribunal Eclesiástico.
*Titulo De "Missionnaire Du Monde" Do Ministère Evangélique Internationale Valorization De La Vie - França.
*Titulo “Certificate –Recognition Granted “- Londres – Inglaterra.
*Teólogo Reconhecido Pelo:
- Conselho Federal De Teólogos Sob Nº Cft 000.600/012.
- Conselho Regional De Teólogos Do Rio De Janeiro Sob N º Crt/Rj 000.737/0-07.
*Membro Benemérito Da Abt -Associação Brasileira De Teologos.
*Membro Da Casa Metropolitana De Teologia-Otemeb-218/08.
*Membro Do Teologia Club-Cadeira 156.
*Cientista Teológico Pela Fetec-Fundação De Estudos Teológicos E Científicos.
*Membro Do Cnm-Conselho Nacional De Missões
* Bacharel Em Teologia Com Ênfases Em Língua Hebraica Pela Fetec.
* Bacharel Em Teologia Com Ênfases Em Psicanálise Clinica - Instituto Teológico Shammah De Mogi Das Cruzes.
*Ph.D- Doutor Em Filosofia:
Instituto Shalom Shammah De João Pessoa –Paraíba
Jews Colleg Theologic-Los Angeles-E.U.A.
* Doutor Em Administração Eclesiástica Pelo Instituto Teológico Shammah-Mogi Das Cruzes .
* Doutor Em Divindade -Instituto Teológico Shamah- Mogi Das Cruzes.
* Mestre Em Capelania Hospitalar.
Instituto Rompendo Em Fé Em Parceria Com Dmx/Hsrc/Governo Da Bahia.
*Doutor Em Psicanálise Clínica Pelo Isbrf-Instituto E Seminário Bíblico Rompendo Em Fé .

Fonte: [ http://www.comunidaderompendoemfe.com/ ]
Dica do Danilo Fernandes via Púlpito Cristão


É ou não é "o cara"?

Benny Hinn, Mike Murdock, Bispo Rodovalho, Valdomiro, Terra Nova,
Apóstolos contemporâneos, etc... nem chegam aos pés do "papa Brasileiro".

Como disse Danilo Fernandes: A pergunta que não quer calar: Profeta, piada ou doido varrido?

É meus amigos, cada maluquice...


Enquando não descobrimos, eu fico com o que nosso irmão Eliézer colocou nos comentários desta postagem:

Essa lista aí é fichinha! Minhas credenciais: Eliézer Sanches, pecador arrependido remido pelo sangue de Cristo, embaixador do Reino dos Céus e escravo do Evangelho.

RM
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A perseguição de um quase ateu

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Por: Lindoélio Lázaro



Conheci um blog muito legal, que vem somar na blogosfera cristã, com conteúdo pesado e uma qualidade enorme na flexão de ideias (vale muito conferir: http://genizah-virtual.blogspot.com), e acompanhando os comentários de um dos posts, logo batí o olho em um que me chamou a atenção, por refletir tão exata e sinteticamente como tenho me sentido há aproximadamente um ano:

Há uma perseguição no meio das nossas igrejas. Todo aquele que não falar o que eles querem ouvir, mas insistir em falar o que está escrito na Palavra de DEUS está sendo perseguido.

Tão perseguido ao ponto de ver obrigado a ficar fora da igreja; pois partindo daquela pra outra, as coisas não mudam continuam a mesma.

Está muito difícil encontrar no Brasil uma igreja que pregue o verdadeiro evangelho, como está escrito na Palavra de DEUS.

Eu acredito que existe, mas são poucas.

Retirado dentre os comentários do post: http://genizah-virtual.blogspot.com/2009/06/que-venha-perseguicao.html

Há cristãos me perseguindo, excluindo-me conceitualmente dentro da minha família, dentro do meu já antigo rol de amizades, fora os que não me cumprimentam mais, os que fingem não ter me visto passar, os que tentam defender os que ouvem o que digo, com medo de eu os lavar a mente com minhas opiniões, e os que ainda têm contato comigo através da amizade com minha popular esposa.

Sei que ultimamente tem acontecido o mesmo com muita gente. Tantos têm cansado da vida mediocre que têm levado, tentando se fazer acreditar que serve à Deus servindo à sua igreja, seja cantando, seja orando em campanhas de oração, seja promovendo festas profanas disfarçadas, onde se gasta o que muitos fiéis estão precisando em suas mesas, seja limpando e ornamentando templos, seja trabalhando em seu emprego de pastor, seja se subordinando a pastores e apóstolos, intitulados pelo entendimento do homem ou por caros diplomas, na puxação de saco, considerando-os autoridades em suas vidas, seja depositando seu dinheiro em nome da convicção de benção financeira ou da maldição divina pelo "roubo" ao Senhor, seja simplesmente indo às reuniões e cumprindo as programações para aliviar a pressão da ciência de sua vida torpe durante a semana que se finda no início de uma nova, delongando o mesmo cíclo hipócrita. E é totalmente compreensível que não se sintam confortáveis nesse âmbito aqueles de quem falo, incluindo-me. Esse desconforto pode levá-lo a pensar e repensar sua participação nisso tudo, e pode ser que um dia sua paciência se estoure e decida abrir a boca e refutar as asneiras ditas em nome de Deus nessas igrejas; vai ver que todo desprazer que te incomoda era o mesmo que incomodava Jesus quando lidava com os religiosos sempre o perseguindo, e é bem provável que vão dizer que está sendo usado pelo diabo para levar desordem à igreja e que você não pode fazer bem o uso do entendimento para crêr; podem censurar sua necessidade de pensar; podem fingir que você não é mais "visível" e que nunca te chamou de irmão; mas também podem chover visitas em sua casa por um período; pode ouvir muitas declarações de amor que nunca ouviu e nunca sentiu; pode receber vários depoimentos de pessoas com aparentemente os mesmos pensamentos seus e vê-las os desmentindo numa situação ou em outra, em nome do desembaraço; pode até ter problemas conjugais, percebendo que a religião tende a dividir os pensamentos entre você e seu cônjuge, bem como os sonhos e os objetivos.

Sair da igreja e se aventurar em viver o Cristianismo no presente século pode lhe fazer sofrer sérias consequências, como pouco ilustrei, e como tenho sofrido. É uma mistura de contentamento e descontentamento. Por um lado você quer continuar na ilusão de que tinha muitos amigos e que Deus te atende à medida que você trabalha para a igreja, e por outro, sente alívio por, pelo menos, não se sentir mais tão fariseu e impostor como se sentia antes.

Meu único sonho hoje que merece alguma atenção é ser cristão verdadeiro; amar desavisadamente, sem alarde, já que a vida não parece ter muito sentido sem esse amor. Antes, estava ludibriado pela sensação de dever sempre cumprido, no que pensava ser servir a Deus. Hoje, estou ciente de que não faço o mínimo do que devo fazer para dar sentido na minha vida. Tomara que um dia o amor tome o lugar da religião no coração dos "fiéis" e apague as manchas e cicatrizes daqueles que teimam a voltar para o início de tudo, tornando-se "quase ateus" na tentativa de reaprender Deus e reacreditar nEle, agora com experiência própria e não mais de ouvir falar.

Lindoélio Lázaro
Fonte: [ O's Lázaro's ]

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Mentes Cristãs Hipnotizadas pelo Mal

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Por: Marcos Batista Lopes

Jesus disse:

“Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundancia do que possue.” Lc 12:15

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam, porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” Mt 6:19-21

Os profetas da prosperidade dizem o contrário, com quem ficar?

O que os mestres da fé dizem:

“Ninguém poderá oferecer-me nada melhor. Nem o próprio Senhor Jesus tem uma posição melhor diante de Deus do que você e eu temos.” (Pg 79 Kenneth Hagin, livro Zoe)

“As pessoas não devem dar ofertas para ajudar a igreja, mas para ajudar a si próprias. Quando dá está fazendo um investimento para si, na sua vida. É o que mostra a Bíblia. Quem dá tudo recebe tudo de Deus. É inevitável. É toma lá, dá cá [...]. Quando alguém faz um sacrifício financeiro, Deus fica sem opção. Ele tem a obrigação de responder, porque é sua promessa. É a fé. Basta seguir o que Deus disse; “Provai-me nos dízimos e nas ofertas”

( O Bispo, 2007, p.207,215). Palavras de Edir Macedo - grifo meu)

“...Agora, eu prego a prosperidade. Prefiro mil vezes pregar teologia chamada da prosperidade do que teologia do pecado, da mentira, da derrota, do sofrimento... A teologia da prosperidade, pelo que se fala por aí, eu bato palmas. Não creio na miséria. Essa história é conversa de derrotados. São tudo um bando de fracassados, cujas igrejas são um verdadeiro fracasso”.

(R. R. Soares em uma entrevista para a Revista Eclésia,quando perguntado se ele era adepto da teologia da prosperidade, esta foi a resposta que ele respondeu a revista Eclésia.)


Mentes Cristãs Hipnotizadas pelo Mal

“Todo cristão que aceita cegamente as opiniões da maioria e segue, por medo ou timidez, o caminho da conveniência ou da aprovação social torna-se mentalmente e espiritualmente num escravo”. – Martin Luther King, Jr

Existe um ensino perigoso em muitas Igrejas Cristãs que é conhecido como “Teologia da Saúde e da Prosperidade” ou como também é conhecida “Confissão Positiva ou Teologia da Fé ou Movimento da Fé”. São heresias destruidoras que foram inventadas com a intenção de afirmar que cada cristão evangélico deve ser rico, prospero e não ter nenhum tipo de enfermidade pois as enfermidades seriam demônios atuando na vida do crente (2 Tm 4: 2-4).

É um ensino que faz muito sucesso entre os evangélicos da atualidade pois parece trazer um alivio aos corações humanos nas suas fragilidades como enfermidades e problemas financeiros. O problema é que hoje existe uma geração de cristãos que não sabem que estes ensinos não provém da Bíblia. Ao contrario do que milhões de cristãos aprendem em suas igrejas, O Senhor Jesus ordena que não busquemos riquezas materiais, ao contrario Ele desestimula depositarmos nossa esperança em nossos patrimônios (Lc 12.15; Mt 6.19-21) , e ainda Paulo diz que um cristão que espera em Deus somente nesta vida é um dos homens mais miseráveis da Terra (1 Cor. 15.19).


Posso usar o Antigo Testamento para a Igreja?

“ O diabo adora nos persuadir de que os fins justificam os meios” ( Stott -A Bíblia Toda, O Ano Todo, p177)

O que milhões de evangélicos desapercebidos não compreenderam é que o Antigo Testamento não é manual normativo para a Igreja Cristã, textos podem ser aplicados mas não como promessas para a Igreja. Ao meio de um falso evangelho (Gl 1.8) que tem sido apregoado entre o Cristianismo Bíblico, devemos entender que alguns profetas do Antigo Testamento, dentre eles Amós denunciou que mesmo ao meio da prosperidade os judeus enfrentariam um eminente julgamento (4.12;3.8;5.27).

O uso indevido de passagens do Antigo Testamento traz prejuízos incalculáveis para o Reino de Deus. Por exemplo, uma denominação brasileira por décadas fez uso indevido e inapropriado de (Dt 22:5). O resultado de se usar uma passagem do Antigo Testamento, sem levar em conta as regras de interpretação bíblica foi algo desastroso. Inúmeras mulheres cristãs foram por décadas, excluídas, disciplinadas, envergonhadas, fazendo com que um grande número delas jamais voltassem novamente para uma Igreja Cristã, devido o uso incorreto do Antigo Testamento para a Igreja. Da mesma forma muitos lideres hoje fazem o uso indevido de passagens do Antigo Testamento para a Igreja Cristã. Um dos exemplos muito comum nestes dias seria (Dt 28). O interessante quando citam tal passagem, é que mencionam somente as bênçãos da passagem, excluindo as maldições. Mas da mesma forma como foi aplicado no passado (Dt 22.5), hoje fazem com (Dt 28), uma passagem onde o Deus fala com Israel, querem aplicá-la para a Igreja, distorcendo a palavra de Deus para seus fins (2 Pd 3:16).


Conversando com Cristãos Neopentecostais

“Controvérsia por amor à controvérsia é pecado. Controvérsia por amor à verdade é um mandamento bíblico.” ( Walter Martin)

Quando converso com um cristão neopentecostal, os sintomas apresentados são os mesmos de um adepto de seita. Os sintomas e atitudes são idênticos aos sectaristas, sua mente não consegue raciocinar diferente de sua igreja. Um erro que os cristãos contemporâneos fazem, e principalmente os neopentecostais é pensar como sua denominação e não como a Bíblia, trazendo prejuízos para eles mesmos. Passam por uma espécie de lavagem cerebral involuntária e imperceptível aquele que se envolvem com estes movimentos, que podem ser considerados - igrejas de Laodicéia (Ap 3:17).

Um cristão neopentecostal dificilmente pensará diferente de sua liderança sobre questões Bíblicas, mesmo que seus lideres forem a favor do aborto, por exemplo. A falta de discernimento é uma realidade entre os neopentecostais, da mesma forma que uma Testemunha de Jeová, por exemplo, não questionará em hipótese nenhuma as ordens do Corpo Governante, da mesma forma um cristão neopentecostal jamais questionará sua liderança, mesmo que seus ensinamentos comprometam à integridade das Escrituras.

Lembro-me de quando o senhor Estevam Hernandes foi preso nos EUA por tentar entrar no país com dólares escondidos na Bíblia Sagrada. Mesmo depois de alguns meses havia reportagens na TV e em revistas onde os membros da Igreja Apostólica Renascer afirmavam que aquele fato era o diabo querendo se levantar contra a igreja neopentecostal Renascer. Os discípulos de Estevan Hernandes acusavam o diabo e não seu líder por querer burlar o governo dos EUA, mostrando assim que a lavagem cerebral, não atingem somente os adeptos de seitas mas também cristãos neopentecostais, e dependendo da situação até mesmo cristãos evangélicos de outras correntes.


Se por exemplo, e eu apresentar um folheto à uma Testemunha de Jeová, e neste folheto conter explicações sobre a Sociedade Torre de Vigia, mostrando suas falácias, ele não poderá ler tal literatura, pois são aconselhados por seus lideres de que se trata de material “apostata”. Na verdade são instruídos a não lerem qualquer material religioso, ou secular que discorde do Corpo Governante, ou seja sua liderança.

Não estou afirmando necessariamente que um grande número de cristãos neopentecostais não sejam de fato cristãos de verdade, afinal sua fé é depositada em Cristo para sua salvação. Acredito na salvação de um cristão neopentecostal, mas tenho certeza que muitos que estão em igrejas neopentecostais, não estão verdadeiramente com seus corações voltados para Cristo e sim no retorno financeiro e material que poderão ter do Deus Bíblico, logicamente crendo neste gnóstico evangelho ( Gl 1:8).

O que deve ser observado entretanto, são os sintomas apresentados por inúmeros neopentecostais, ou seja, se comportam como adeptos de seitas. Não querem raciocinar pela Bíblia, mas aceitam somente o que seus lideres afirmam, não aceitam criticas que são lançadas sobre sua liderança e quase sempre não lêem material que faça uma critica teológica sobre sua igreja.

Acredito na salvação de milhares de cristãos neopentecostais, pois Cristo salva indiferente da denominação cristã que uma pessoa se filie, mas tenho certeza que suas lideranças em grande número são lobos devoradores vestidos de ovelhas que não serão poupados do juízo do Deus Vivo (Mt 7:15,18; At 20: 29,30; 2 Tm 4:3; 2 Pd 2.1-3,13-15,17-19; 2 Pd 3.16,17).

Quando cursei a Universidade conheci uma aluna que pertencia à uma igreja neopentecostal, e certa vez ela me contou que por um certo período viveu maritalmente com um obreiro deste movimento. E que mesmo nesta condição pecaminosa este obreiro realizava varias funções na referida igreja, inclusive pregar. Mas o que mais me impressionou foi o que ela contara sobre seu relacionamento com aquele homem. Segundo sua versão ela dizia que apanhou por diversas vezes daquele obreiro, e somente depois de um certo tempo veio a abandonar este relacionamento.

Mas o que mais me deixou transtornado vou ouvir aquela jovem relatar que continua na mesma igreja em que tudo isto aconteceu, somente o obreiro que a espancara mudou-se localmente de igreja. Observe: nem mesmo um ato tão vexatório como este foi o bastante para aquela jovem abandonar tal movimento neopentecostal. Verdadeiramente as pessoas que ali se encontram não conseguem diferenciar a verdade da mentira, pois estão como que hipnotizadas.

A Bíblia diz que são muitos os enganadores que viajam pelo mundo (2 Jo 7-8) e também a Palavra de Deus recomenda para termos cuidado com os falsos profetas (Mt 7.15). O mundo evangélico americano contemporâneo foi dividido quando um homem chamado Kenneth E. Hagin se projetou na mídia cristã. Hagin plagiou os ensinos de um pastor apostata, chamado E. W. Kenyon que se envolveu com as seitas metafísicas, onde chegou a declarar: “A única coisa que falta à Ciência Cristã é o sangue de Cristo”(www.posword.org/articles/kenyon/index.shtml).

Foram centenas de falsos ensinos e declarações que ofendem a ortodoxia Bíblica, um ministério que trouxe somente prejuízos para toda a Igreja Cristã. Sua vida se encerrou no ano de 2003, deixando um rastro de heresias que infectou quase toda a religião cristã contemporânea. Ele um dos principais mentores de ensinos que nas décadas de 60 e 70 fez surgir novas correntes doutrinarias, como a Teologia da Prosperidade assim como ensinos da metafísica fazendo com que a maioria das Igrejas Cristãs da America do Norte, fossem envenenadas pelas heresias da confissão positiva.

Em pouco tempo esta “heresia destruidora” chegaria ao Brasil e ganharia força varrendo o Brasil de norte a sul, trazendo prejuízos incalculáveis e irreversíveis. Sem sombra de duvidas que as Igrejas Neopentecostais são as importadoras desta teologia, mas ninguém mais contribuiu para estas idéias serem vinculadas no Brasil do que o Missionário R.R. Soares com a Editora Graça Editorial, divulgando os ensinos de Kenneth Hagin.

Dentre os mais variados ensinos estão os chamados “chavões” inventados pelos mestres da fé, dentre eles: “eu ordeno, eu determino, eu reivindico, eu amarro, eu comando, profetize isto ou aquilo, profetize para si mesmo, etc, etc”.

Existem hoje milhares de seguidores de Kenneth Hagin em todo o globo, assim também como inúmeros pesquisadores cristãos que desmascararam seus falaciosos ensinos apresentando-o como um falso profeta, com provas irrefutáveis. Certo pastor com muita propriedade diz como os livros de Kenneth Hagin fizeram sucesso no Brasil: “...Embora outros “grandes” evangelistas dessa linha teológica não tenham logrado êxito no Brasil, Kenneth Hagin, de repente tornou-se um dos maiores Best Sellers. Com livros extremamente simples, ele conseguiu influenciar os rumos da igreja no Brasil mais que qualquer outro líder religioso nos últimos tempos.”[1]

Precisamos como lideres dizer as nossas Igrejas, que o mal esta a porta (Jd 3).

Nota:
[1] O evangelho da Nova Era, Ricardo Gondim, 1993,Abba Press


Autor: Marcos Batista Lopes
Fonte: [ NAPEC ]
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O delírio de Dawkins exposto

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Nestes vídeos, o filósofo Dr William Lane Craig expõe de maneira límpida e cristalina a falha completa e irrecuperável do argumento central do livro “Deus, um Delírio”, escrito por Richard Dawkins.

O delírio de Dawkins – parte 1:



O delírio de Dawkins – parte 2:





William L. Craig é doutor em Teologia pela Universidade de Munique e em Filosofia pela Universidade de Birmingham. É autor dos livros A Veracidade da Fé Cristã e Filosofia e Cosmovisão Cristã.

Fonte: [ Apologia ]
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Religião da satisfação dos desejos

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"Na atualidade assistimos a uma enorme expansão de religiões de satisfação dos desejos. Se a nossa cultura é, como dizia J. Galbraith, uma cultura da satisfação, essa realidade não poderia deixar de influir na religião. Multiplicam-se as religiões cujo objetivo é invocar a Deus ou as forças sobrenaturais para dar segurança, tranquilidade interior, paz, saúde, equilíbrio psicológico, emprego, felicidade. Elas defendem uma teologia da prosperidade. Essas religiões criam um ambiente de fervor religioso, de emoção, de alegria tal que as pessoas por elas atingidas se sentem consoladas e fortalecidas. Muitas vezes têm a impressão de que as suas doenças desapareceram. A religião da satisfação dos desejos penetrou profundamente no protestantismo e também no catolicismo, estando na base das novas religiões holísticas. O objetivo é sempre bem-estar individual. Tais religiões estão muito longe da esperança de Jesus, porque fazem dela apenas força para ajudar a satisfazer aos desejos. Ignoram a mensagem de Jesus. Invocam sem cessar a Bíblia, mas desconhecem seu conteúdo."

José Comblin em O Caminho - Ensaio sobre o seguimento de Jesus

Fonte: [ Soli Deo Gloria ]

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“Estes são manchas em vossas festas de amor”

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Por: Eduardo Neves


É deprimente pensar no cristianismo protestante praticado atualmente em nosso país. Tornamo-nos refém de uma religiosidade insignificante; ensinos e teorias tão contraditórios à chamada ortodoxia – a teologia mais conservadora – alteraram a essência da Igreja Cristã brasileira.


Surgem admiradores a todo instante destas doutrinas espúrias. Estes hereges penetram com extrema astúcia na comunidade cristã, tendo como intento satisfazer suas necessidades temporais e distanciar do cristianismo bíblico os ignorantes na fé.

São teologias de todos os tipos e de todos os gostos: Teologia da Prosperidade, Teologia Narrativa, Teologia da Esperança, Teísmo Aberto, Ortodoxia Generosa, Teologia Quântica, Teologia Existencial e etc.

Pior que todos esses ensinamentos pérfidos, é observar o estado mórbido (inerte) da liderança desta mesma Igreja atacada por esta avalanche de ciência insana característica de homens egoístas e sem afeição, governantes estes que parecem não se importar com estes movimentos no ambiente de muitas igrejas evangélicas brasileiras.

Apresento um exemplo para melhor ilustrar esta situação: tenho em meu acervo particular um vídeo da década de 90, onde um popular conferencista e pastor evangélico brasileiro ataca o movimento denominado “G-12” (quebra de maldições, cobertura espiritual, cura interior, terapia regressiva, etc.); há cerca de alguns meses atrás (2007) o mesmo evangelista parte para uma união de forma surpreendente com o principal líder deste movimento bastardo.

O que mudou no entendimento deste famoso pregador, para mudar suas convicções de credo religioso de forma tão fácil? (Ver II Ts 2:2)

Seria um "mercado" a ser explorado?

Imediatamente depois da vocação e do ministério, deve estar à fidelidade as Escrituras Sagradas. E muito distante da vocação e do ministério, precisa estar qualquer vantagem financeira ou interesse particular.
Veja a frase abaixo:

“Que Deus nos ajude a querer ser populares no lugar onde a popularidade realmente conta: junto ao trono de Deus.” (Zepp)

Os reformadores conseguiram recuperar parte do que foi destruído em vários concílios heréticos; ao ponto que agora os hipócritas que atacavam as deturpações do catecismo romano são os mesmos que violentam a noiva de Cristo. A igreja carece de um ambiente possível para que cada pessoa perceba que ela é única, mas não exclusiva de homens que crêem estar no quintal de suas mansões. Devemos nos lembrar que esta casa deverá ser chamada para todo sempre como “Casa de Oração”! (Mt 21:13)

Recordo de minha primeira pregação na igreja que tinha por título a passagem de Salmos 69:9 que diz: “Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim”

Tenho por certo que nenhum destes líderes tem este sentimento de cuidado, dedicação e amor para com o rebanho de Cristo. Encontramos no conceito judaico-cristão do zelo pela casa de Deus, o interesse genuíno e piedoso pela igreja; e a expressão bíblica “devorar” nos aproxima do ideal contemporâneo de um verdadeiro sentimento de adoração a Deus.

A proposta de Jesus Cristo era diferente desse evangelho vazio, abandonado e revestido de sentimentos egoístas, onde estes comodistas sempre buscam seus interesses pessoais de forma parasitária (Jd 1:12). Estes interesses próprios, como o nome já indica, é algo pessoal, individual, e jamais irá de encontro com os propósitos de uma comunidade que tem por mandamento uma reciprocidade amorosa de auto-ajuda.

Amar ao próximo é o nosso mandamento!

“Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor, mas se alguém ignora isto, que ignore.” I Co 14:37-38

Autor: Eduardo Neves

Fonte: [ Entendes tú o que lês? ]
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Show, culto ou culto-show?

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Quando as pessoas batem palmas num culto é por que acharam bonita e emocionante a apresentação da música, como num show ou por que querem manifestar diante de Deus um estado de alegria, de adoração?

Por causa de minha atividade tenho visitado diversas igrejas e em diversos lugares, a situação parece estar generalizada. Palmas, ovações, gritos, etc. É só um músico dar um acorde mais evoluído, mais emocionante, para que todos aplaudam no culto das igrejas. Outro dia estava num culto onde iria pregar e assisti tudo isso. Confesso que, em certos momentos, eu não sabia se estava num show popular ou se num culto. É claro que podemos entender o fenômeno por diversos ângulos. Aqui segue uma maneira de encarar a situação.

Não estou aqui querendo reclamar de nosso espírito festivo como brasileiros, nem conclamar discussão sobre os Salmos que mencionam bater palmas no culto, mas me preocupa sempre a busca dos significados mais profundos do que fazemos, especialmente no culto. Ontem falei aos meus alunos de Filosofia da Religião sobre isso, mencionando que tem sido histórico o pregador pedir ao público para ficar de pé no momento da leitura da Bíblia e o argumento é que é uma reverência a Deus. Indaguei aos alunos que se estaremos ouvindo a Palavra de Deus – o nosso Rei – então não deveríamos ficar assentados, pois quando um rei fala, seus súditos devem ficar calados e assentados? Quando o súdito vai falar, é ele quem deve ficar de pé. Assim, deveríamos ficar de pé apenas quando estivermos orando, confessando nossos pecados, cantando ao nosso Rei. Estes são os significados simbólicos por trás destes atos.

Quando as pessoas batem palmas num culto é por que acharam bonita e emocionante a apresentação da música, como num show ou por que querem manifestar diante de Deus um estado de alegria, de adoração?

Você pode estar pensando que sou impertinente, mas minha preocupação é que tenhamos consciência mais precisa do que fazemos, especialmente naquele ato significativo em que estaremos adorando ao nosso Deus, Criador e Salvador. Isso tudo para evitarmos cair no que o profeta Isaías advertiu: “... este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor.”

Em outras palavras, o culto se tornou um ritual, pois era somente rotineiro. As pessoas já não sabiam mais o significado das coisas. E, pior ainda, a vida delas já não representava mais aquele ato de culto, eram como sepulcros caiados.

A adoração deve ser fruto de uma vida consagrada, limpa, amorosa e não um mero ritual, um culto-show emocionante e fantástico.

Autor: Lourenço Stelio Rega
é teologo, educador e escritor.
Fonte: [ Eclésia ]

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Repleplé - arruaça "santa"

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Fonte: [ Não abro mão da graça ]

"Aqui não é dança qualquer. Esta dança é "dança santa", não entre para dançar na emoção da carne... essas coisas aí é só para quem tem o Espírito Santo de Deus". Palavras do ministrante da arruaça.

Difícil é acreditar em tais afirmações quando conhecemos a Bíblia corretamente, pois nesse video a desordem total é nítida, a Bíblia é deixada de lado para dar lugar ao misticismo, não existe culto racional (Rm 12:1), muito menos descência e ordem (1Co 14:40).

Não questiono sobre a salvação dessas pessoas, muito menos se são Cristãs ou não, apesar de ficar em dúvida por causa deste video. Porém afirmo seguramente que, no mínimo, o crescimento espiritual e o conhecimento correto de uma vida cristã genuína não ocorre porque a Bíblia não é ensinada como deveria. Ao contrário disso, o povo desconhece as escrituras por causa da fragmentação Bíblica e das interpretações místicas que são ensinadas, fazendo com que as sensações carnais místicas sejam enfatizadas e sacramentadas por este povo. É um tremendo prejuízo espiritual para quem está diretamente inserido neste contexto pentecostal.

Precisamos urgentemente de missões urbanas apologéticas para exortar esse pessoal, pois a cada dia que passa os mesmos estão mais distantes da Bíblia e mais próximos de uma neurose histérica místificada. Que o conselho de Paulo fique em evidência aos Cristãos defensores do evangelho: "prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas." (2 Tm 4:2-4).

RM
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A Teologia Liberal e suas implicações para a fé bíblica

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Por Danilo Raphael

Do jeito que as coisas andam em nossos dias, precisamos urgentemente nos libertar da teologia liberal. É espantoso o crescente número de livros (inclusive publicados por editoras evangélicas) que esboçam os ensinamentos deste tipo de teologia ou tecem comentários favoráveis. Embora esta teologia tenha nascido com os protestantes, hoje, porém, seus maiores expoentes são os católicos romanos. Em qualquer livraria católica encontramos grande quantidade de obras defendendo e/ou propagando a teologia liberal. E não é só isso. A forma com que alguns seminários e igrejas vêm se comprometendo com os ensinos desta teologia também é de impressionar.

A libertação da teologia liberal não só é necessária como também é vital para a Igreja brasileira, ameaçada pelo secularismo e pelo liberalismo teológico corrosivo.

Apesar das motivações iniciais dos modernistas, suas idéias, no entanto, representaram grave ameaça à ortodoxia, fato já comprovado pela história. O movimento gerou ensinamentos que dividiram quase todas as denominações históricas na primeira metade deste século. Ao menosprezar a importância da doutrina, o modernismo abriu a porta para o liberalismo teológico, o relativismo moral e a incredulidade descarada. Atualmente, a maioria dos evangélicos tende a compreender a palavra “modernismo” como uma negação completa da fé. Por isso, com facilidade esquecemos que o objetivo dos primeiros modernistas era apenas tornar a igreja mais “moderna”, mais unificada, mais relevante e mais aceitável em uma era caracterizada pela modernidade.

Mas o que caracterizaria um teólogo liberal? O verbete sobre o “protestantismo liberal” do Novo Dicionário de Teologia, editado por Alan Richardson e John Bowden, nos traz uma boa noção do termo. Vejamos três destaques de elementos do liberalismo teológico:

1 – É receptivo à ciência, às artes e estudos humanos contemporâneos. Procura a verdade onde quer que se encontre. Para o liberalismo não existe a descontinuidade entre a verdade humana e a verdade do cristianismo, a disjunção entre a razão e a revelação. A verdade deve ser encontrada na experiência guiada mais pela razão do que pela tradição e autoridade e mostra mais abertura ao ecumenismo;

2 – Tem-se mostrado simpatia para com o uso dos cânones da historiografia para interpretar os textos sagrados. A Bíblia é considerada documento humano, cuja validade principal está em registrar a experiência de pessoas abertas para a presença de Deus. Sua tarefa contínua é interpretar a Bíblia, à luz de uma cosmovisão contemporânea e da melhor pesquisa histórica, e, ao mesmo tempo, interpretar a sociedade, à luz da narrativa evangélica;

3 – Os liberais ressaltam as implicações éticas do cristianismo. O cristianismo não é um dogma a ser crido, mas um modo de viver e conviver, um caminho de vida. Mostraram-se inclinados a ter uma visão otimista da mudança e acreditar que o mal é mais uma ignorância. Por ter vários atributos até divergentes, o liberal causa alergia para uns e para outros é motivo de certa satisfação, por ser considerado portador de uma mente aberta para o diálogo com posições contrárias.

As grandes batalhas causadas pelo liberalismo foram travadas dentro das grandes denominações históricas. Muitos pastores que haviam saído dos EUA no intuito de se pós-graduarem nas grandes universidades teológicas da Europa, especificamente na Alemanha, em que a teologia liberal abraçava as teorias destrutivas da Alta Crítica produzida pelo racionalismo humanista, acabaram retornando para os EUA completamente descrentes nos fundamentos do cristianismo histórico. Os liberais, devido à tolerância inicial dos fiéis para com a sã doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes denominações e conseguiram tomar para si os grandes seminários, rádios e igrejas, de modo que não sobrou outra alternativa para grande parte dos fundamentalistas senão sair dessas denominações e se organizar em novas denominações. Daí surgiram os Batistas Regulares (que formaram a Associação Geral das Igrejas Batistas Regulares, em 1932), os Batistas Independentes, as Igrejas Bíblicas, as Igrejas Cristãs Evangélicas, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (em 1936, que mudou seu nome para Igreja Presbiteriana Ortodoxa), a Igreja Presbiteriana Bíblica (em 1938), a Associação Batista Conservadora dos Estados Unidos (em 1947), as Igrejas Fundamentalistas Independentes dos Estados Unidos (em 1930) e muitas outras denominações que existem ainda hoje.

Podemos dizer que algumas das características do cristianismo ortodoxo se baseiam nos seguintes pontos:

• Manter fidelidade incondicional à Bíblia, que é inerrante, infalível e verbalmente inspirada;
• Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade (verdade absoluta, ou seja, verdade sempre, em todo lugar e momento);
• Julgar todas as coisas pela Bíblia e ser julgado unicamente por ela;
• Afirmar as verdades fundamentais da fé cristã histórica: a doutrina da Trindade, a encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a regeneração do Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a ressurreição dos ímpios para o juízo final e a morte eterna e a comunhão dos santos, que são o Corpo de Cristo.
• Ser fiel à fé e procurar anunciá-la a toda criatura;
• Denunciar e se separar de toda negativa eclesiástica dessa fé, de todo compromisso com o erro e de todo tipo de apostasia;
• Batalhar firmemente pela fé que foi concedida aos santos.


Contudo, o liberalismo, em sua apostasia, nega a validade de quase todos os fundamentos da fé, como, por exemplo, a inerrância das Escrituras, a divindade de Cristo, a necessidade da morte expiatória de Cristo, seu nascimento virginal e sua ressurreição. Chegam até mesmo a negar que existiu realmente o Jesus narrado nas Escrituras. A doutrina escatológica liberal se baseia no universalismo (todas as pessoas serão salvas um dia e Deus vai dar um jeito até na situação do diabo) e, conseqüentemente, para eles, não existe inferno e muito menos o conceito de pecado. O liberalismo é um sistema racionalista que só aceita o que pode ser “provado” cientificamente pelos próprios conhecimentos falíveis, fragmentados e limitados do homem.

Os primeiros estudiosos que aplicaram o método histórico-crítico sem critérios ao estudo das Escrituras negavam que a Bíblia fosse, de fato, a Palavra de Deus inspirada. Segundo eles, a Bíblia continha apenas a Palavra de Deus.

O liberalismo teológico tem procurado embutir no cristianismo uma roupagem moderna: pegam as últimas idéias seculares e, sorrateiramente, espalham no mundo cristão. J.G. Machem, em seu livro Cristianismo e liberalismo, trata deste assunto com maestria. Na contracapa, podemos ver uma pequena comparação entre o cristianismo e o liberalismo: “O liberalismo representa a fé na humanidade, ao passo que o cristianismo representa a fé em Deus. O primeiro não é sobrenatural, o último é absolutamente sobrenatural. Um é a religião da moralidade pessoal e social, o outro, contudo, é a religião do socorro divino. Enquanto um tropeça sobre a ‘rocha de escândalo’, o outro defende a singularidade de Jesus Cristo. Um é inimigo da doutrina, ao passo que o outro se gloria nas verdades imutáveis que repousam no próprio caráter e autoridade de Deus”.

Muitos, por buscarem aceitação teológica acadêmica, têm-se comprometido fatalmente, pois, na prática, os liberais tentam remover do cristianismo todas as coisas que não podem ser autenticadas pela ciência. Sempre que a ciência contradiz a Bíblia, a ciência é preferida e a Bíblia, desacreditada.

Hoje, a animosidade que demonstram para com a Bíblia tem caracterizado aqueles que crêem que ela é literalmente a Palavra de Deus e inerrante (sem erros em seus originais) como “fundamentalistas”.1 Ora, podemos por acaso negociar o inegociável?

Os liberais acusam os evangélicos de transformar a Bíblia em um “papa de papel”, ou seja, em um ídolo. Com isso, culpam os evangélicos de bibliolatria.2 Estamos cientes de que tem havido alguns exageros por parte de alguns fundamentalistas evangélicos, mas a verdade é que os “eruditos” liberais têm-se mostrado tão exagerados quanto muitos do que eles denominam de fundamentalistas. Teoricamente falando, a maioria dos liberais acredita em Deus, supondo que Ele pode intervir na história da humanidade, porém, na prática, e com freqüência, mostram-se muito mais deístas.3 Normalmente, os liberais também favorecem o “relativismo”, ou seja, difundem que no campo da verdade não há absolutos. Segundo este raciocínio, se não há verdades absolutas, então, as verdades da Bíblia (que são absolutas) são relativas, logo, não podem ser a Palavra de Deus. Tendo rejeitado a Bíblia como a infalível Palavra de Deus e aceitado a idéia de que tudo está fluindo, o teólogo liberal afirma que não é segura qualquer idéia permanente a respeito de Deus e da verdade teológica.

Levando o pensamento existencialista às últimas conseqüências, conclui-se que: se quisermos que a Bíblia tenha algum valor para a modernidade e fale ao homem moderno, temos de criar uma teologia para cada cultura, para cada contexto, onde nenhum ensino é absoluto, mas relativo, variando conforme o contexto sociocultural. Obviamente, tal pensamento possui fundamento em alguns pontos, mas daí ao radicalismo de pregar que nada é absoluto, isso já extrapola e fere diversos princípios bíblicos.

Raízes

O liberalismo teológico começou a florescer de forma sistematizada devido à influência do racionalismo de Descartes e Spinoza, nos séculos 17 e 18, que redundou no iluminismo.4 O liberalismo opunha-se ao racionalismo extremado do iluminismo.

Na verdade, quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus interesses, ela perde sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. A história tem provado que onde o liberalismo teológico chega a Igreja morre. Este é um aviso solene que deve estar sempre trombeteando em nossos ouvidos.

A baixa crítica

Conforme Gleason L. Archer Jr, “a ‘baixa crítica’ ou crítica textual se preocupa com a tarefa de restaurar o texto original na base das cópias imperfeitas que chegaram até nós. Procura selecionar as evidências oferecidas pelas variações, ou leituras diferentes, quando há falta de acordo entre os manuscritos sobreviventes, e pela aplicação de um método científico chegar àquilo que era mais provavelmente a expressão exata empregada pelo autor original”.5

A alta crítica

J. G. Eichhorn, um racionalista germânico dos fins do século 18, foi o primeiro a aplicar o termo “alta crítica” ao estudo da Bíblia. E, por esse motivo, ele tem sido chamado de “o pai da crítica do Antigo Testamento”. Segundo R. N. Champlin, “a ‘alta crítica’ aponta para o exame crítico da Bíblia, envolvendo qualquer coisa que vá além do próprio texto bíblico, isto é, questões que digam respeito à autoria, à data, à forma de composição, à integridade, à proveniência, às idéias envolvidas, às doutrinas ensinadas, etc. A alta crítica pode ser positiva ou negativa em sua abordagem, ou pode misturar ambos os pontos de vista”.6 Mas o que temos visto na prática é que esta forma de crítica tem negado as doutrinas centrais da fé cristã, em nome da ciência, da modernidade e da razão. O que fica evidente é que alguns críticos partem com o intuito de desacreditar a Bíblia, devido a alguns pressupostos naturalistas, chegando ao cúmulo de dizer que a Igreja inventou Jesus.

Conforme Norman Geisler “a alta crítica pode ser dividida em negativa (destrutiva) e positiva (construtiva). A crítica negativa, como o próprio nome sugere, nega a autenticidade de grande parte dos registros bíblicos. Essa abordagem, em geral, emprega uma pressuposição anti-sobrenatural”.7

Métodos aplicados a qualquer tipo de literatura passaram a ser aplicados também à Bíblia, com grandes doses de ceticismo (no que diz respeito à validade histórica e à integridade de seus livros), com invenções de entusiastas que tinham pouca base nos fatos históricos. Assim, onde vemos nas narrativas da Bíblia fatos sobrenaturais esta teologia lhes confere interpretações naturais, retirando da Palavra de Deus todas as intervenções miraculosas. Claramente é impróprio, ou mesmo blasfematório, nos colocarmos como juízes sobre a Bíblia.

Penosamente, a “alta crítica” tem empregado uma metodologia faltosa, caindo em alguns pressupostos questionáveis. E, devido aos seus resultados, ultimamente vem sendo descrita como “alta crítica destrutiva”. (para melhor compreensão, veja o quadro comparativo acima)8

C. S. Lewis, sem dúvida o apologista cristão mais influente do século 20, em seu artigo “A teologia moderna e a crítica da Bíblia”, tece os seguintes comentários:

“Em primeiro lugar, o que quer que esses homens possam ser como críticos da Bíblia, desconfio deles como críticos9 [...] Se tal homem chega e diz que alguma coisa, em um dos evangelhos, é lendária ou romântica, então quero saber quantas lendas e romances ele já leu, o quanto está desenvolvido o seu gosto literário para poder detectar lendas e romances, e não quantos anos ele já passou estudando aquele evangelho10 [...] os críticos falam apenas como homens; homens obviamente influenciados pelo espírito da época em que cresceram, espírito esse talvez insuficientemente crítico quanto às suas próprias conclusões11 [...] Os firmes resultados da erudição moderna, na sua tentativa de descobrir por quais motivos algum livro antigo foi escrito, segundo podemos facilmente concluir, só são ‘firmes’ porque as pessoas que sabiam dos fatos já faleceram, e não podem desdizer o que os críticos asseguram com tanta autoconfiança”.12

Prove e veja

Na Universidade de Chicago, Divinity School, em cada ano eles têm o que chamam de “Dia Batista”, quando cada aluno deve trazer um prato de comida e ocorre um piquenique no gramado. Nesse dia, a escola sempre convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para palestrar sobre algum assunto relacionado ao ambiente acadêmico.

Certo ano, o convidado foi Paul Tillich,13 que discursou, durante duas horas e meia, no intuito de provar que a ressurreição de Jesus era falsa. Questionou estudiosos e livros e concluiu que, a partir do momento que não existiam provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque estava baseada num relacionamento com um Jesus que, de fato, segundo ele, nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.

Ao concluir sua teoria, Tillich perguntou à platéia se havia alguma pergunta, algum questionamento. Depois de uns trinta segundos, um senhor negro, de cabelos brancos, se levantou no fundo do auditório: “Dr Tillich, eu tenho uma pergunta, ele disse, enquanto todos os olhos se voltavam para ele. Colocou a mão na sua sacola, pegou uma maçã e começou a comer... Dr Tillich... crunch, munch... minha pergunta é muito simples... crunch, munch... Eu nunca li tantos livros como o senhor leu... crunch, munch... e também não posso recitar as Escrituras no original grego... crunch, munch... Não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger... crunch, munch... [e ele acabou de comer a maçã] Mas tudo o que eu gostaria de saber é: Essa maçã que eu acabei de comer... estava doce ou azeda?

“Tillich parou por um momento e respondeu com todo o estilo de um estudioso: ‘Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois não provei a sua maçã’.

“O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maçã dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente: ‘O senhor também nunca provou do meu Jesus, e como ousa afirmar o que está dizendo?”. Nesse momento, mais de mil estudantes que estavam participando do evento não puderam se conter. O auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a platéia e, rapidamente, deixou o palco”.

É essa a diferença!

É fundamental considerar que tudo o que engloba a fé genuinamente cristã está amparado em um relacionamento experimental (prático) com Deus. Sem esse pré-requisito, ninguém pode seriamente afirmar ser um cristão. Seria muito bom se os críticos se atrevessem a experimentar este relacionamento antes de tecerem suas conjeturas. Se assim fosse, certamente se lhes abriria um novo horizonte para suas proposições e, quem sabe, entenderiam que o sobrenatural não é uma brecha da lei natural, mas, sim, uma revelação da lei espiritual.

Notas:
1 O fundamentalismo foi um movimento surgido nos Estados Unidos durante e imediatamente após a 1ª Guerra Mundial, a fim de reafirmar o cristianismo protestante ortodoxo e defendê-lo contra os desafios da teologia liberal, da alta crítica alemã, do darwinismo e de outros pensamentos considerados danosos para o cristianismo.
2 Adoração à Bíblia.
3 Segundo a comparação clássica entre Deus e o fabricante de um relógio, Deus, no princípio, deu corda ao relógio do mundo de uma vez para sempre, de modo que ele agora continua com a história mundial sem a necessidade de envolvimento da parte de Deus.
4 O Iluminismo enfatizava a razão e a independência e promovia uma desconfiança acentuada da autoridade. A verdade deveria ser obtida por meio da razão, observação e experiência. O movimento foi dominado pelo anti-sobrenaturalismo e pelo pluralismo religioso.
5 ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? Edições Vida Nova, p.54.
6 CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol 1. Candeia, p. 122.
7 GEISLER, Norman. Enciclopédia de Apologética. Editora Vida, p.113.
8 Ibid. p. 116.
9 MCDOWELL, Josh. Evidência que exige um veredicto. Vol 2. Editora Candeia, p.522.
10 Ibid., p.526.
11 Ibid., p.526.
12 Ibid., p.528.
13 Paul Tillich nasceu em 20 de agosto de 1886, em Starzeddel, na Prússia Oriental, perto de Guben. Foi um teólogo-filósofo e representante do existencialismo religioso.


Fonte: [ ICP ]
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Apóstolo Paulo e 1 Co 6:9 (sobre o homossexualismo)

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1 CORÍNTIOS 6:9 - A condenação do homossexualismo feita por Paulo foi simplesmente uma opinião pessoal dele?

Paulo disse aos coríntios que "nem imorais,... nem homossexuais ativos ou passivos... herdarão o Reino de Deus" (6:9-10, N VI). Mas nesse mesmo livro ele admitiu estar dando a sua "opinião" pessoal (l Co 7:25). De fato, Paulo admitiu: "não tenho mandamento do Senhor" (v. 25); e "digo eu, não o Senhor" (v. 10). Não foi isso então, por sua própria confissão, simplesmente uma opinião pessoal de Paulo, não obrigatória, a respeito dessa questão?

Resposta:

A condenação do homossexualismo feita por Paulo tem autoridade divina e não é apenas sua opinião particular. Isso se torna claro ao examinarmos com cuidado a evidência de que dispomos. Em primeiro lugar, a condenação mais clara da homossexualidade feita por Paulo acha-se em Romanos 1:26-27, e ninguém que aceita a inspiração das Escrituras contesta a autoridade divina desse texto.

Em segundo lugar, as credenciais apostólicas de Paulo estão firmemente estabelecidas nas Escrituras. Ele declarou em Gaiatas que as suas revelações não tinham sido inventadas por homem algum, mas tinham sido recebidas "mediante revelação de Jesus Cristo" (Gl 1:12).

Em terceiro lugar, Paulo declarou aos coríntios: "as marcas de um apóstolo - sinais, maravilhas e milagres - foram demonstradas entre vocês" (2 Co 12:12, NVI). Em resumo, ele tinha exercitado a sua autoridade apostólica no seu ministério para com os cristãos de Corinto.

Em quarto lugar, mesmo no livro de 1 Coríntios, em que a autoridade de Paulo é severamente contestada pelos críticos, sua autoridade divina torna-se evidente por três razões. (1) Ele começa o livro declarando possuir "palavras... ensinadas pelo Espírito" (1 Co 2:13). (2) Ele conclui o livro dizendo: "o que lhes estou escrevendo é mandamento do Senhor" (14:37, NVI). (3) Mesmo no controvertido capítulo 7, em que dizem que Paulo está dando a sua opinião pessoal não inspirada, ele declara: "também eu tenho o Espírito de Deus" (v. 40).

De fato, quando ele disse: "eu, não o Senhor", ele não queria dizer que as suas palavras não eram inspiradas pelo Senhor; isso iria contradizer tudo o mais que ele falasse. Pelo contrário, aquelas palavras significavam que Jesus não tinha falado diretamente acerca daqueles pontos quando na terra, mas ele prometera a seus apóstolos que enviaria o Espírito Santo para os guiar "a toda a verdade" (Jo 16:13). E o ensino de Paulo em 1 Coríntios foi um cumprimento daquela promessa.

Fonte: Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e "contradições da Bíblia" - Norman Geisler e Tomas Howe
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Pastores que oprimem

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Adriano era um profissional com futuro promissor. Advogado formado pela prestigiada Universidade de São Paulo, a USP, ele ainda ocupava a função de obreiro na igreja que frequentava. Aspirava ao pastorado – o que, conforme a própria Bíblia, é uma excelente opção para o crente. Fiel ao seu líder espiritual, Adriano costumava seguir seus conselhos e determinações à risca, entendendo que desta forma estava agradando a Deus. Chegou a fazer um voto público de lealdade ao dirigente. “Ele fazia uma espécie de mantra em torno do versículo que diz que quem honra o profeta recebe galardão de profeta”, lembra. Gradativamente, o jovem obreiro passou a negligenciar suas responsabilidades fora da igreja, como o trabalho e o cuidado com a família, tudo em prol daquele seu voto. Submetia-se a condições duras, enquanto o pastor não se furtava a luxos como mesas fartas e carros importados. A mulher e os dois filhos de Adriano acabaram abandonando-o, não suportando o controle exercido pelo pastor sobre sua vida. Frustrado, o advogado fraquejou na fé, envolveu-se com outras mulheres e acabou engravidando uma delas.

A vida do rapaz virou do avesso. Hoje, Adriano aguarda o nascimento do bebê inesperado e preocupa-se com o baixo orçamento e a impossibilidade de rever constantemente os filhos, que vivem com sua ex-mulher. “É uma loucura o dano que meus filhos sofreram por causa disso tudo. Não há indenização que pague o que esse pastor causou em minha vida”, desabafa. Este e outros relatos, verídicos apesar da omissão dos nomes verdadeiros, constam do livro Feridos em nome de Deus (Mundo Cristão), da jornalista evangélica Marília Camargo César. A partir do depoimento de gente que se considera vítima de líderes religiosos autoritários, a autora realiza um estudo sério sobre essa realidade, analisando as diferentes situações envolvidas no círculo de abuso com sensibilidade e propriedade. A obra descreve as diferentes formas que o abuso religioso pode assumir – pastores que dominam suas ovelhas sob o ponto de vista emocional, financeiro e psicológico, quase sempre com consequências ruins. “O líder impõe sua visão de mundo sobre a ovelha, e esta a aceita como uma ordem divina que precisa ser obedecida, sob pena de punição”, diz Marília.

“O abuso espiritual poderia ser definido como o encontro entre uma pessoa fraca e uma forte, em que a segunda usa o nome de Deus para influenciar a outra e levá-la a tomar decisões que acabam por diminuí-la física, material ou emocionalmente”, define Marília. O problema acontece mais comumente em igrejas pentecostais, onde geralmente o líder tem maior autonomia e pode apelar para elementos empíricos, como supostas profecias ou revelações para legitimar seu domínio sobre a vida dos fiéis. Estabelece-se então uma relação que vai muito além do saudável discipulado bíblico e pode envolver áreas pessoais da vida do crente. “A obediência ao líder não pode ser cega. Todo ensino deve ser confrontado com as verdades bíblicas, para evitar desvios de rota”, adverte o pastor Paulo Romeiro, autor dos livros Supercrentes e Decepcionados com a graça, lançados pela mesma editora, em que aborda, entre outros assuntos, a questão do controle exagerado do rebanho pelos pastores. Para o estudioso, no entanto, um erro não pode justificar outro: “A Epístola aos Hebreus que ordena explicitamente: ‘Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês’”, recita.

“Porta-voz divino” – Quando o círculo do abuso religioso é analisado mais de perto, nota-se que ambas as partes, abusado e abusador, sofrem no processo. A base dessa semelhança está no fato de que, em um dado momento, as duas pontas perderam o controle, sua identidade e a própria dignidade. “Quem exagera no autoritarismo também foi ou está sendo vítima de abuso”, aponta o pastor batista Ed René Kivitz. Ele explica que a figura de um pastor único não tem respaldo do Novo Testamento. “A única vez em que a palavra ‘pastor’ é usada no singular é para se referir a Jesus. Em todas as demais, é usada no plural, para indicar um grupo de anciãos, ou presbíteros, que zela pelo bem-estar de toda a comunidade.” Nesse caso, a autoridade fica dividida entre um colegiado, o que dificulta a possibilidade de haver exageros no controle da obra de Deus e força os líderes a prestarem contas uns aos outros.

Fato é que muito sofrimento poderia ser evitado nas igrejas se os fiéis estivessem mais preparados para reconhecer os abusadores ou o ambiente propício para formá-los. O pastor Ricardo Gondim, dirigente da Igreja Betesda em São Paulo, realizou um estudo expondo algumas características comuns aos pastores abusadores. Entre estas, encontra-se a postura incontestável do líder, o qual passa a ter a palavra final para todas as questões, tornando-se dono da verdade, uma espécie de “porta-voz divino”. “O medo na relação entre o fiel e seu pastor pode ser um sinal de problemas, pois essa relação deve ser permeada de amizade sincera, doação, afeto e solidariedade”, comenta Gondim.

Autoritarismo, manipulação e desrespeito

Autora do livro Feridos em nome de Deus, a jornalista Marília Camargo César falou sobre as dimensões que o abuso espiritual pode ter na vida de fiéis submetidos a lideranças eclesiásticas autoritárias. “Mas é possível identificar o problema e lidar com suas consequências”, diz, nesta entrevista a CRISTIANISMO HOJE:

CRISTIANISMO HOJE – A senhora diz que a motivação para escrever o livro foi um caso de abuso espiritual que presenciou. Fale sobre essa experiência.

MARÍLIA CAMARGO CÉSAR – Não fui, particularmente, machucada por pastores, porque não andava rotineiramente muito próxima deles, embora convivêssemos bem. Mas testemunhei, na vida de amigos próximos, o estrago que o convívio com nossas antigas lideranças produziu. Muitas histórias de abuso começaram a aparecer depois que um dos pastores de nossa antiga comunidade afastou-se por motivo de saúde. Pessoas que caminhavam bem perto daquele líder começaram a contar histórias tenebrosas de abuso de poder, manipulação psicológica e tirania explícita. As vítimas de abuso eram pessoas adultas e com uma boa formação socioeconômica, por isso eu não conseguia entender como haviam se deixado manipular daquele jeito, só tendo coragem de denunciar o que havia depois que ele se afastou.

Qual foi o caso mais grave de abuso que a senhora conheceu enquanto escrevia o livro?

Foi o caso de uma jovem que sofria de uma doença degenerativa rara – miastenia gravis – e que foi simplesmente massacrada por sua congregação porque não alcançou plenamente a cura. Além desse problema, ela foi levada a crer, pelo pastor, que deveria orar e investir num relacionamento afetivo com um rapaz da igreja, situação que acabou lhe causando enorme constrangimento quando ele apareceu na igreja com uma nova namorada. De certa forma, foi bom para ela, porque o embaraço serviu-lhe para mostrar o nível de adoecimento daquela comunidade, o nível de fundamentalismo que praticavam, e isso acabou por abrir os seus olhos. Ela saiu da igreja e, até onde eu sei, não fez parte de nenhuma outra congregação desde então.

Em sua opinião, quais são os principais tipos de abuso espiritual e suas características?

O livro fala de abuso de poder, de abuso financeiro, mas mostra as nuances do abuso que julgo mais sutil e difícil de identificar, mas bastante devastador da mesma forma, que é o abuso de ordem psicológica ou emocional. O líder impõe sua visão de mundo sobre a ovelha, e esta a aceita como uma ordem divina que precisa ser obedecida, sob pena de punição. O pastor diz, por exemplo, que o discípulo deve casar-se com determinada pessoa, porque teve uma “visão” de que esta era a vontade de Deus para a sua vida. Não importa que não haja, a princípio, nada em comum que possa unir aquele casal. E o fiel obedece. O pastor fala para uma mulher que apanha sistematicamente de seu marido que ela deve fidelidade a ele, porque isso é bíblico. Ou então fala para uma pessoa com uma doença grave que ela ainda não foi curada porque está fraquejando na fé. Todos esses são exemplos reais de pessoas que só se recuperaram emocionalmente após muitas horas de psicoterapia. E, claro, após deixarem essas igrejas.

E por que as pessoas deixam a situação chegar a tal ponto?

Depois de escrever o livro, compreendi que, quando acreditamos estar sofrendo alguma coisa por amor a Deus, aguentamos as piores humilhações. Aquelas pessoas acreditavam, sinceramente, que estavam sendo disciplinados por profetas do Senhor para o seu próprio bem e crescimento espiritual, quando na verdade estavam sendo é espezinhados emocionalmente.

Como os abusos podem ser evitados?

Maturidade espiritual não é alguma coisa trivial, que se alcance da noite para o dia. É preciso uma longa caminhada, tolerância e paciência; o fiel precisa estar bem acompanhado – e aí se incluem lideranças maduras, com uma boa formação, saudáveis física, psicológica e teologicamente, que possam ensinar um cristianismo autêntico, vivo e não-fundamentalista. É preciso também cercar-se de amigos verdadeiros, que nos apoiem e não fiquem nos julgando quando falamos aquilo que estamos sentindo, por mais horrível que isso possa ser.

Fonte: [ Cristianismo Hoje ]


Nota do Blog Bereianos: Embora Ricardo Gondim atualmente tenha se perdido no teísmo aberto, no qual condenamos completamente, o texto acima corresponde com a realidade e creio ser válido a reflexão de todos.

RM.

A esmola envergonha e vicia o cidadão

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Por: Derval Dasilio

Há urgências. Porém, a sociedade não é receptiva. Pessoas famintas, desnutridas, doentes, discriminadas por causa da cor da pele, portadoras de deficiências, sem autonomia física, ficam ainda mais fragilizadas. Quem cuidará delas? A religião as condenaria ao conformismo, como resultado de pecados pessoais ou ancestrais, de acordo com o senso comum. Jesus mandou: “Entra na roda, fique no meio!”. E o esquadrão que vigiava, perguntou: “Será que ele ousará contrariar a religião?”. Na sinagoga/igreja, lugar dos religiosos, o fato chama a atenção. E Jesus, entendendo o espírito coletivo repressivo, legalista ou fatalista, pergunta: “O que a Lei permite fazer no sábado: fazer o bem ou o mal? Salvar uma vida ou dar-lhe fim?”. Fica-se em cima do muro. O medo de “agir ilegalmente”, contra ideologias tradicionais, é mais forte.

A religião não cuida dessas coisas? Jesus não espera -- cura o homem deficiente, alimenta famintos, “porque hoje é sábado”, como diria Vinícius de Moraes. E inclui diferentes, estranhos. Aqui e agora, a vida não pode esperar pela morte. A neutralidade e a equidistância, porém, escondem o julgamento de morte. Estabelecer condições de relacionamento para ações que instrumentalizem teológica e eticamente estas questões como próximas da vida de fé, é urgente. Mas Jesus, enquanto vigiado pelas autoridades religiosas de seu tempo, era julgado.

Heróis nas lutas por libertação no século 20, como Mahatma Ghandi, Martin Luther King, Nelson Mandela, jamais teriam chance de fazer o que fizeram, se dependessem da aprovação oficial da igreja cristã, para não falar da fé fundamentalista. Ghandi leu o Novo Testamento numa noite, quando morava na África do Sul. Ao amanhecer, convicto de que encontrara orientação certa para sua causa, procurou uma igreja cristã. Deparou-se com uma e quis entrar. Imediatamente viu uma placa: “É proibida a entrada de cães e negros”. Nunca mais entrou numa igreja cristã. Não há notícia sobre qualquer apoio evangélico ou cristão à sua causa. Entre cristãos, o legalismo sempre está próximo do preconceito e do exclusivismo. A fome e o racismo não são estudados na Escola Dominical. A afirmação do pecado abstrato, sim.

O Brasil quer torrar milhões e milhões para sediar a Copa do Mundo em 2014, e aqui há milhões de pessoas morrendo de fome. O governo desistiu do Fome Zero, pouco depois da vitória nas urnas. Será a fome uma crise humanitária, social e econômica, resultante da hipocrisia política, de campanhas eleitorais governamentais, insensibilidade das elites, da religião, do conformismo da sociedade? Se não é, então, o que é? O homem tolhido pela doença socializada -- e a fome é a pior delas -- ou pelo racismo, necessita de amparo. Precisa ser útil, trabalhar, produzir o seu sustento e o dos dependentes. Especialmente do ponto de vista coletivo, curar a desnutrição e evitar o holocausto infantil causado por doenças. Transformações, são importantes para a manutenção da vida.

A desnutrição mata mais que a Aids, acidentes aéreos e terrestres, guerras e terrorismo, juntos. Seriam como mil transatlânticos afundando, cheios de crianças que vão morrer; e ninguém chora, ninguém protesta, ninguém lamenta. Talvez porque a Aids, a guerra e o terrorismo não fazem distinção de classe como a fome faz. Desnutrição em massa, epidemias e aumento na mortalidade são “privilégios”dos fracos, excluídos da participação dos bens sociais.

Programas como o Bolsa Família são esmolas, enquanto o que as famílias necessitam é trabalho, habitação e seguridade sanitária, em primeiro lugar. A fome não espera pela religião, diz o Evangelho. Mais de um bilhão de homens, mulheres e crianças, neste planeta -- mais de vinte milhões no Brasil -- sofrem por causa da fome. “A esmola mata de vergonha ou vicia o cidadão”, diz Luiz Gonzaga. E Jesus diz, a respeito do “descanso” que deram a Deus: “Meu Pai ainda trabalha” para saciar as fomes do mundo.

“No juízo final, você espera ser desculpado? Deus poderá lhe obrigar a derramar lágrimas de vergonha, nesse dia, fazendo recitar de cor os poemas que você poderia ter escrito, e não o fez; as palavras de indignação que evitou proferir, tivesse sido sua uma vida de amor à justiça” (W.H. Auden).


Derval Dasilio é pastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil.
Fonte: [ Ultimato ]
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