Por Solano Portela
Todos nós experimentamos, como alunos, os efeitos da secularização profunda do nosso ensino. Ele se mostra não apenas incapaz de produzir uma visão holística de vida, mas também, para os cristãos, promove uma dicotomia entre a fé a as áreas de conhecimento nas quais fomos treinados. Todos os que foram resgatados por Cristo deveriam relembrar os ensinamentos bíblicos sobre o Deus Soberano a quem servem, constatar a abrangência dessas doutrinas em suas áreas de atividades e trazer paz ao pensar e ao caminhar como cristãos em um mundo hostil. Quando falamos de educação e ensino, portanto, temos temas pertinentes a todos nós.
Desde que pisamos nesta terra vivemos um dilema no que diz respeito aos caminhos do conhecimento humano. Quer tenhamos sido encaminhados em lares cristãos, quer tenhamos sido alvo de conversão posterior, encontramos dificuldade em reconciliar o chamado e os princípios cristãos com a carreira. Em compatibilizar as determinações e ensinamentos da Palavra de Deus, com a aquisição progressiva de conhecimentos a que somos submetidos desde a nossa tenra idade e com a profissão à qual nos dedicamos, depois de firmarmos nossos próprios horizontes e interesses.
Desenvolvemos com muita facilidade o pensamento de que as coisas espirituais, as questões relacionadas com Deus, as determinações da Palavra dizem respeito ao nosso futuro espiritual. Por vezes compartimentalizamos esses interesses às ocasiões de culto. Enquanto isso, absorvemos conhecimentos diversos, seguimos uma carreira, educamos os nossos filhos e somos educados em um universo estanque, distanciado e divorciado dos conceitos das Escrituras.
Não é que duvidemos da veracidade da Bíblia – até aceitamos tudo e abraçamos doutrinas contidas na Palavra que, muitas vezes, não entendemos plenamente, mas as recebemos tão somente pela fé. No entanto, deixamos que essas convicções não perturbem muito a nossa vida diária, nem as carreiras e profissões que escolhemos. As questões espirituais são segregadas àquelas épocas e ocasiões que dedicamos à expressão de nossa religiosidade – cultos públicos e devoções privadas.
Se analisarmos com honestidade a nossa postura de vida, vamos nos encontrar, na realidade, em uma situação de conflito mental em muitos sentidos: Justamente por sermos cristãos e desejarmos estar no seio da “vontade de Deus” somos escravos de um complexo de culpa por nos dedicarmos a atividades várias, às demandas da nossa profissão, quando a igreja e o “trabalho do Senhor” clamam por atenção, ação e envolvimento. Somos, portanto:
• escravos de uma visão que separa o secular do sagrado; o ganha-pão da adoração; a honestidade da vida e prática cristã da desonestidade e descaminho dos negócios.
• escravos de uma visão curta que não enxerga a amplitude dos princípios apresentados nas Escrituras – de um Deus que é todo poderoso, criador e mantenedor do universo; que não nos deu, na Palavra, apenas um manual acanhado de Escola Dominical, mas um conceito e uma compreensão de vida, uma cosmovisão, que deve permear toda a nossa existência.
• escravos de uma postura eclesiástica que declara a existência de duas categorias de servos de Deus – os que estão envolvidos em seu trabalho e os que estão servindo ao mundo.
Desde que pisamos nesta terra vivemos um dilema no que diz respeito aos caminhos do conhecimento humano. Quer tenhamos sido encaminhados em lares cristãos, quer tenhamos sido alvo de conversão posterior, encontramos dificuldade em reconciliar o chamado e os princípios cristãos com a carreira. Em compatibilizar as determinações e ensinamentos da Palavra de Deus, com a aquisição progressiva de conhecimentos a que somos submetidos desde a nossa tenra idade e com a profissão à qual nos dedicamos, depois de firmarmos nossos próprios horizontes e interesses.
Desenvolvemos com muita facilidade o pensamento de que as coisas espirituais, as questões relacionadas com Deus, as determinações da Palavra dizem respeito ao nosso futuro espiritual. Por vezes compartimentalizamos esses interesses às ocasiões de culto. Enquanto isso, absorvemos conhecimentos diversos, seguimos uma carreira, educamos os nossos filhos e somos educados em um universo estanque, distanciado e divorciado dos conceitos das Escrituras.
Não é que duvidemos da veracidade da Bíblia – até aceitamos tudo e abraçamos doutrinas contidas na Palavra que, muitas vezes, não entendemos plenamente, mas as recebemos tão somente pela fé. No entanto, deixamos que essas convicções não perturbem muito a nossa vida diária, nem as carreiras e profissões que escolhemos. As questões espirituais são segregadas àquelas épocas e ocasiões que dedicamos à expressão de nossa religiosidade – cultos públicos e devoções privadas.
Se analisarmos com honestidade a nossa postura de vida, vamos nos encontrar, na realidade, em uma situação de conflito mental em muitos sentidos: Justamente por sermos cristãos e desejarmos estar no seio da “vontade de Deus” somos escravos de um complexo de culpa por nos dedicarmos a atividades várias, às demandas da nossa profissão, quando a igreja e o “trabalho do Senhor” clamam por atenção, ação e envolvimento. Somos, portanto:
• escravos de uma visão que separa o secular do sagrado; o ganha-pão da adoração; a honestidade da vida e prática cristã da desonestidade e descaminho dos negócios.
• escravos de uma visão curta que não enxerga a amplitude dos princípios apresentados nas Escrituras – de um Deus que é todo poderoso, criador e mantenedor do universo; que não nos deu, na Palavra, apenas um manual acanhado de Escola Dominical, mas um conceito e uma compreensão de vida, uma cosmovisão, que deve permear toda a nossa existência.
• escravos de uma postura eclesiástica que declara a existência de duas categorias de servos de Deus – os que estão envolvidos em seu trabalho e os que estão servindo ao mundo.
• escravos de uma postura profissional que nos coloca como alienados no meio de uma classe de pessoas integradas com o seu meio, enquanto que nós nos debatemos com contradições metafísicas, em vez de tranquilamente agirmos na redenção da área em que estamos atuando.
No meio desse dilema e dessas tensões as doutrinas resgatadas pelos reformadores, aquilo que chamamos da teologia da reforma, ou de fé reformada, aparecem com todo o seu vigor e poder, como uma força libertadora dessa escravidão, desse conflito e dessa opressão intelectual. É exatamente a teologia calvinista, apresentando a pessoa de Deus em toda a sua soberania e majestade, que liberta, ainda que acusada de promover a escravidão das pessoas, pela sua rigidez doutrinária e subordinação ao conhecimento transcendente encontrado nas Escrituras. A Fé Reformada não trata simplesmente de realizar uma integração entre o secular e sagrado, mas de demonstrar a abrangência das raízes espirituais de cada atividade. Ela apresenta o todo do conhecimento e das atividades humanas como algo abrigado e aprovado pela providência divina, subsistindo o próprio Deus como fonte de todo o verdadeiro conhecimento e sabedoria.
Solano Portela
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P.S. - Dentre as múltiplas atividades que levaram às minhas poucas postagens neste BLOG, estive dedicado por vários meses ao término do livro: "O Que Estão Ensinando aos Nossos Filhos?". Ele foi lançado na semana passada (02.10.2012) na Conferência FIEL, em Águas de Lindóia e já está disponível no link abaixo, da Editora FIEL. É destinado a pais, educadores e escolas cristãs e faz uma avaliação crítica da pedagogia contemporânea, apresentando a alternativa da Educação Escolar Cristã.
O livro é dividido em três partes. A primeira, "O Cenário" - examina diversas situações no contexto educacional de nossa época. A segunda, "O Contraste", apresenta a Educação Escolar Cristã, como uma alternativa. A última, "A Proposta", apresenta aos educadores a necessidade de desenvolvermos uma Pedagogia Redentiva, com seus nove alicerces.
Sou grato a Deus por possibilitar a compilação: de quase 30 anos de meditação sobre o assunto, das inúmeras palestras proferidas e de artigos escritos, agora apresentados em forma de livro. Agradeço, igualmente à Editora FIEL por acreditar nesse projeto.
Aos interessados, o LINK é:
Fonte: O Tempora! O Mores!
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