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Por - Josemar Bessa
Alguns anos atrás vi um
filme surpreendente chamado O Sexto
sentido. Um menino parecia estar sofrendo de um transtorno mental. Mas seus
problemas tinham origem no fato de que ele via fantasmas. Mas os fantasmas que
ele via não sabiam que eram fantasmas. Não sabiam que estavam mortos. Um
psicólogo infantil tenta ajudar o menino, mas esse psicólogo não percebe que
ele também está morto. Uma das cenas mais impactantes no filme é quando o
garotinho olha para o psicólogo e diz: “Eu vejo gente morta!”
Cada vez mais na
literatura, cinema, youtube... cresce uma fascinação mórbida pela morte,
pessoas morrendo, mortos... Zumbis! Zumbis são criaturas (fictícias), homens
mortos que são reanimados, andam, devoram... apesar de estarem mortos...
Apesar de não crermos
em zumbis, vemos um mundo cheio de mortos vivos. Vivem ao nosso redor, entre
nós, se casam, tem filhos, amam, lutam, odeiam, tiram férias, frequentam
igreja... estamos literalmente cercados por mortos vivos.
Nós não somente
estávamos entre eles, como de fato éramos um deles. Paulo diz: “E vos vivificou, estando vós mortos em
delitos e pecados” – Efésios 2.1
– A palavra usada significa literalmente cadáver. Paulo está dizendo que cada
membro da igreja em Éfeso antes eram completamente desprovidos de vida
espiritual. Ele está dizendo que pecadores perdidos são completamente incapazes
e também indispostos de chegar a Deus por iniciativa própria.
Todos nós sabemos o que
morte significa. Uma pessoa morta é incapaz de responder a qualquer
estímulo. Quando a pessoa morre seu corpo é reduzido a um vazio infinito, todo
estímulo é fútil, não há capacidade de ouvir, falar, pensar... Os toques que
antes tanto emocionavam já não produz nada, as vozes familiares ao ouvido caem
agora num mundo de silêncio impenetrável. O corpo que foi cheio de vida agora
não passa de uma concha vazia. Todas as famílias da terra já tiveram
experiência com a morte, cada cidade tem cemitérios cheios de tristeza todos os
dias...
Um homem morto perdeu
toda a capacidade de responder ao mundo físico, e essa é a ilustração perfeita
colocada por Paulo sobre os homens que não foram regenerados.
A morte é o oposto da
vida. Cristo em João 17.3 diz: “E a vida eterna é essa: que te conheçam, a ti
só, por único Deus verdadeiro...”. João repete a mesma verdade: “Aquele que tem
o Filho tem a vida, e quem não tem o Filho de Deus não tem vida” – 1 João 5.12.
O homem natural está morto. Ele vive, se move, ri, busca prazer... mas estão
mortos enquanto vivem. Não estão mortos para o mundo, mas estão mortos para
Deus. Ele não está num estado de enfermidade mas que ainda sobra alguma vida
que o deixe capaz de alguma reação em direção a Deus. Ele está morto.
Infelizmente grande
parte da “igreja” de nossos dias acredita, contrariando todo o ensino bíblico, que os perdidos tem uma capacidade de
aproximação de Deus se desejarem, e em seus próprios termos, e quando bem
entenderem... Mas os fatos são bem diferentes. Estão mortos. São incapazes de
se achegar a Deus, se alguém tiver que ser salvo, Deus terá que soberanamente
fazê-lo. É isso que Cristo ensinou em João 6.44: “ninguém pode vir a mim, se o
Pai que me enviou não o trouxer”. O homem precisa de uma ressurreição para vir
a Cristo, e isso amigo, é uma obra inteiramente de Deus.
É por isso que as coisas
espirituais não significam nada para o homem natural. É por isso que as coisas
que agitam o coração regenerado nunca agita o coração do homem natural. Ele
está morto. É por isso que ouvem o evangelho e
estão insensíveis as coisas de Deus. Quando Adão pecou, seus filhos
morreram com ele: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que
todos pecaram” – Romanos 5.12
O homem regenerado não
ouviu apenas a proclamação geral do evangelho. Ele ouviu um chamado específico,
pessoal e eficaz: “Lázaro, sai para fora!” João
11.43
“E vos vivificou, estando vós mortos em delitos e pecados” – Efésios
2.1
Como o menininho do
filme eu posso dizer todos os dias: Eu
vejo gente morta!
Fonte: Fides Reformata
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