Soberba e destruição

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Esta é a cidade alegre e confiante, que dizia consigo mesma: Eu sou a única, e não há outra além de mim. Como se tornou em desolação, em pousada de animais! Qualquer que passar por ela assobiará com desprezo e agitará a mão. Sofonias 2.15

O profeta, lembra aqui aos judeus que, apesar de se orgulhar assim da sua riqueza, Nínive não lograria escapar da mão de Deus. Mais do que isso, ele mostra que a grandeza pela qual Nínive se exaltava seria a causa da sua ruína e a derrubaria da sua soberba. Como uma parede pendida, ela não permaneceria de pé. O profeta prediz tal destruição sobre ninivitas e assírios. Tenhamos em mente que essa cidade nos serve como exemplo daquilo que é comum a todas a nações: Deus não pode tolerar a presunção dos homens que, enfatuados pela própria grandeza e poder, não consideram o serem homens nem se humilham da maneira própria à condição de homens, mas esquecem-se o que são, como se pudessem exaltar a si mesmos acima dos céus. Portanto, se desejamos ser protegidos pela mão de Deus, lembremo-nos qual é a nossa condição e diariamente, na verdade a toda hora, estejamos preparados para uma mudança, caso não seja do agrado de Deus sustentar-nos. A nossa firmeza deve depender exclusivamente do auxílio de Deus e da consciência da nossa fraqueza, a tremer em nós mesmos, para que a deslembrança do nosso estado não se infiltre em nós.

Oração

Concede, ó Deus onipotente, que assim como nos pões à prova no combate da cruz e despertas os inimigos mais poderosos, cuja brutalidade nos aterrorizaria e desencorajaria com razão, se não dependêssemos do teu auxílio, — ó concede que nos lembremos do modo tão maravilhoso por que livraste o teu povo outrora e o quão oportunamente lhe trouxeste socorro, estando ele oprimido e totalmente esmagado, para que aprendamos hoje a correr em busca da tua proteção e a não duvidar que, quando és propício a nós, há em ti poder suficiente para nos preservar e prostrar em terra os nossos inimigos, por mais que agora eles exultem e pensem que triunfam sobre os céus; para que, pela experiência, saibam finalmente que são criaturas terrenas e frágeis, cuja vida e condição é como a neblina que logo se dissipa; e que aprendamos a anelar pela eternidade bendita guardada no céu para nós, mediante Cristo, nosso Senhor. Amém.


Fonte: Devotions and prayers of John Calvin, 52 one-page devotions with selected payers on facing pages. Org. Charles E. Edwards. Old Paths Gospel Press. S/d. Pags. 78 e 79. Tradução: Marcos Vasconcelos, janeiro/2010.
Via: [ Monergismo ]

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