Marcas de uma Igreja Apostólica - Introdução

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Por: Heitor Alves

A cada hora nasce uma igreja em cada esquina. São milhares delas espalhadas por todos os cantos. Tenho um exemplo verídico para exemplificar o que disse.

Aqui em Recife, há uma rua onde existem 6 igrejas evangélicas, todas coladas muro-com-muro. A rua começa com uma Igreja Presbiteriana, em seguida vem a Igreja Universal, Igreja Batista, Igreja Assembléia de Deus, Igreja Congregacional e termina com uma Igreja Adventista. É hilário! São todas vizinhas! Como disse, muro-com-muro. Essa rua tem nome, mas ninguém conhece a rua pelo seu verdadeiro nome. A rua é conhecida como a "Rua das Igrejas". Ponto de referência? Rua das Igrejas! É um verdadeiro Shopping Eclesiástico! O interessante é que cada uma delas advoga para si o título de "igreja verdadeira". Mas para que uma igreja seja verdadeira, ela precisa observar todas as marcas de uma igreja apostólica.

Mais o problema é que ninguém estar disposto a refletir sobre se sua igreja observa os princípios que caracterizam a verdadeira igreja apostólica. Dizem que esse problema não é essencial para a salvação, logo não precisam se preocupar muito com isso.

Mas é justamente isso que destrói o cristianismo bíblico. Dizer que um fato da revelação de Deus não é essencial para a salvação e que por isso deve ser irrelevante, é desprezar o mandamento bíblico. Além disso, caímos no erro do herege Marcião (séc. II) que afirmou que há partes da Bíblia que não é Palavra de Deus e que por isso, deve ser rejeitado e, se possível, arrancado das Escrituras.

Toda a Escritura é proveitosa. Tudo o que encontramos nela é essencial para a salvação, para a manutenção da vida cristã, para a estabilidade espiritual do povo de Deus e para uma correta administração e ordenação dos oficiais e membros da igreja, incluindo aí a forma de governo eclesiástico estabelecido pelo próprio Deus para a manutenção do Corpo de Cristo.

Nossa intenção nesta série é expor as Marcas de uma verdadeira Igreja Apostólica, abordando a política eclesiástica, ou seja, a forma de governo da verdadeira igreja cristã apostólica.

Apesar que existem inúmeras igrejas evangélicas, todas se resumem a apenas três formas de governo. Temos o Governo Episcopal (ou Prelado), o Governo Congregacional (ou Independente) e o Governo Presbiteriano. Qualquer igreja que você imaginar está inserido dentro de um desses governos. Note que não estamos abordando as denominações. O propósito não é analisar a igreja episcopal, ou a igreja congregacional ou ainda a igreja presbiteriana, e sim analisar a forma de governo de qualquer igreja evangélica. Perceba que abordar o governo eclesiástico não é a mesma coisa que abordar alguma denominação específica.

Episcopal é a forma de governo administrado pelos arcebispos, bispos, deãos, arcediago, dependendo de qual hierarquia. Fazem parte deste governo a Igreja Grega, a Igreja Católica Romana e a Igreja Anglicana.

Congregacional é a forma de governo administrado pelos membros da igreja local. Cada igreja é independente das demais, ou seja, cada igreja com governo congregacional não está sob nenhuma jurisdição externa. Temos como exemplo a Igreja Congregacional e a Igreja Batista.

Presbiteriano é a forma de governo administrado pelos presbíteros reunidos em Conselho, Presbitério, Sínodo e Supremo Concílio (ou Assembléia Geral, em algumas igrejas). Como exemplos temos as várias ramificações da Igreja Presbiteriana no Brasil (IPB, IPI, IPU, IPC, IPR, IPF e outras), Igrejas Presbiterianas da Irlanda, da Escócia, da Inglaterra e dos EUA, e a Igreja Reformada.

Qual destes é o sistema de governo correto? Apenas um destes três governos deve estar de acordo, ou muito próximo, com a vontade de Deus revelada nas Escrituras, os outros não. Vamos adotar a seguinte proposição: a igreja moderna que incorpora mais princípios apostólicos no seu governo é a mais próxima em seu governo à Igreja Apostólica.

Peço que leiam os próximos posts da série com bastante atenção, pois o que vamos abordar pode determinar se o governo da sua igreja está em conformidade com os princípios bíblicos da verdadeira igreja apostólica, ou não. Para isso iremos tão somente comparar os sistemas de governos citados com o modelo apresentado nas Sagradas Escrituras.

Até mais.

Autor: Heitor Alves
Fonte: [ Blog dos Eleitos ]
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