Durante o período em que permaneceu pregando o evangelho em Atenas, o apóstolo Paulo foi afrontado por alguns filósofos epicureus e estóicos, que começaram a discutir com ele. "Alguns perguntavam: 'O que está tentando dizer esse tagarela?' Outros diziam: 'Parece que ele está anunciando deuses estrangeiros', pois Paulo estava pregando as boas novas a respeito de Jesus e da ressurreição" (At 17.18). Mas quem eram esses tais epicureus e estóicos? Inicialmente cabe ressaltar que, embora citados lado a lado, pertenciam a duas correntes filosóficas distintas, dentre as tantas existentes na Grécia.
De maneira resumida, vejamos as principais ideias dessas linhas de pensamento.
De maneira resumida, vejamos as principais ideias dessas linhas de pensamento.
Iniciemos pelos epicureus, escola fundada por Epicuro (341-270 a.C.) no ano 300 a.C., aproximadamente. A filosofia por ele apregoada trazia em seu bojo o ensinamento de que nosso objetivo precípuo deve ser obter para a vida, através dos sentidos, o máximo possível de satisfação afastando toda e qualquer forma de sofrimento. Extremamente materialista, ensinava que o bem supremo é o prazer. Demonstravam pouco interesse por política e pela sociedade, e tinham como palavra de ordem "viva o agora".
No mesmo período e nação surge o estoicismo, fundado por Zenão. Segundo os estóicos, as pessoas são parte de uma mesma razão universal. Criam que os processos naturais eram regidos pelas leis da natureza e por isso o homem deveria aceitar deu destino. Se mostravam insensíveis a tudo.
Observando tais pensamentos, fica patente que a sociedade em nossos dias tem "um quê" de epicurismo e estoicismo.
Como os epicureus, materialista ao extremo. O homem vive como se não houvesse um porvir: importa o aqui, o agora, o imediato. Busca o prazer a todo custo. Hedonismo é a palavra-chave.
À semelhança dos estóicos, aprisionada a um fatalismo ingênuo que têm servido de desculpa para a inércia, para a inoperância, para uma vida ao "Deus dará". Dando margem à insensibilidade quanto ao sofrimento do próximo e ao próprio sofrimento, sempre utilizando as velhas máximas como desculpa: "Deus assim o quis", "Se Deus quiser" e, por conseguinte, não movendo uma palha sequer para reverter situações adversas.
No areópago, chamaram Paulo de paroleiro, tagarela, pregador de deuses estranhos. Não se preocupe se acontecer o mesmo com você. A semelhança entre os pensamentos em voga hoje e os pensamentos dos epicureus e estóicos é gritante.
Mas faça como o apóstolo: pregue mesmo que te chamem de paroleiro. Muitos desdenharão e dirão: "A respeito disso te ouviremos noutra ocasião." (At 17.32). Mas sempre haverá os "Dionísios" e as "Dâmaris" que crerão (At 17.34).
Soli Deo Gloria!
Autor: Alessandro Cristian
5 comentários
Texto bem esclarecedor e ótimo ponto de vista do autor,e uma pena tão pouco comentários se fosse algo sobre artistas teria dezenas de comentários filhos de Deus vamos despertar!
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ResponderNossa excelentes definição. . estudando agr aki atos 17
MUITO ESCLARECEDOR, GOSTEI, FOI MUITO ÚTIL PARA MIM...
ResponderDeus continue te abençoando
ResponderComentário esclarecedor, ajudpu-me muito.
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