A igreja brasileira tem crescido absurdamente nas últimas décadas.
O problema é que este crescimento é doentio em muitos aspectos, não é de todo saudável. Cresce em número, mas não cresce em discipulado; cresce em templos, mas não cresce em missões; cresce em em ganho político, mas não cresce em credibilidade e penetração social; cresce em riquezas, mas não cresce no preparo adequado dos líderes.
Há quem fique de boca aberta ao ver um certo "apóstolo" com jeitão de caipira juntar multidões disputando cada gota de seu suor ou comprar uma garrafinha de água mineral fajutamente "ungida" e superfaturada. Mas, aquela multidão não representa numa mínima fração o que é fé bíblica, nem aquele homem representa o que é ministério bíblico. Logo, a conclusão óbvia, é que não deveríamos contabilizar este e outros tipos de movimentos como crescimento da igreja evangélica, visto que nem uma coisa nem outra é evangélica!
Há quem celebre a "conversão" de pessoas de projeção nos meios artísticos, esportivos e da alta sociedade. Entretanto, não tenho visto muitas destas figuras impactarem de maneira substancial e convincente com seus testemunhos - me perdoem o sarcasmo mas, se a igreja brasileira dependesse do testemunho de alguns artistas que se dizem evangélicos estaríamos no fundo do poço!
Há quem celebre a presença maciça de evangélicos no cenário político, ocupando cargos e posições até mesmo nos governos municipais, estaduais e federal. Mas, muito mais são mos que se destacam pelas suas perversões e oportunismo em fazer uso dos tais cargos ou posições para se enriquecerem, do que os que têm alguma bandeira que atenda ao próximo ou que glorifique a Deus - depois daquele sujeito orando após a trama da propina a gente nem precisa falar muito.
Há quem celebre o grande boom da música gospel surgindo no cenário multicultural brasileiro como mais uma alternativa para o entretenimento, mas prefiro aquelas que levavam o povo ao quebrantamento e arrependimento - a badalação "Faz um milagre em mim", me perdoem os mais afoitos, não faz nem mais cócegas, o que dirá milagre!
Há quem celebre as construções dos caríssimos, grandes e luxuosos templos evangélicos, com suas exuberantes fachadas e marquises. Entretanto, lamento que o chamado povo de Deus repita a história edificando grandes "elefantes brancos" que na melhor das hipóteses ficarão para a posteridade como patrimônios tombados, como marcos da engenharia e arquitetura de uma época passada. Boa parte destes templos são a manifestação das vaidades e egos de seus idealizadores, que os constroem para disputar entre si quem constrói o maior, melhor, mais moderno e mais equipado templo, sem a mínima preocupação se aquele lugar terá alguma utilidade ou relevância social.
Há quem celebre um despertamento na igreja por que surgem novos movimentos (muitos deles têm mais de tormento do que de movimento). Mal a gente se recupera do furacão G-12, que varreu igrejas inteiras e deixou marcas indeléveis em muitos pastores; que confundiu e destruiu a fé de muitos crentes; que dividiu a ponto de fechar igrejas em todo o país, e logo vem outro mais forte e mais perigoso. Melhor seria a essa febre de movimento desse lugar à solidez e firmeza na Rocha que é Cristo, onde não somos arrastados e nem abalados por ondas ou movimentos!
Fui a um determinado país recentemente e disseram que alguém estava me esperando em uma das visitas para perguntar sobre o grande crescimento da igreja evangélica brasileira. Pensei muito antes de frustrar a euforia daquela pessoa, mas fui obrigado a dizer pra ela que aquilo que para muita gente parece crescimento, pode ser apenas inchaço!
Autor: Pr. Aécio Felismino da Silva
Fonte: [ CACP ]
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O problema é que este crescimento é doentio em muitos aspectos, não é de todo saudável. Cresce em número, mas não cresce em discipulado; cresce em templos, mas não cresce em missões; cresce em em ganho político, mas não cresce em credibilidade e penetração social; cresce em riquezas, mas não cresce no preparo adequado dos líderes.
Há quem fique de boca aberta ao ver um certo "apóstolo" com jeitão de caipira juntar multidões disputando cada gota de seu suor ou comprar uma garrafinha de água mineral fajutamente "ungida" e superfaturada. Mas, aquela multidão não representa numa mínima fração o que é fé bíblica, nem aquele homem representa o que é ministério bíblico. Logo, a conclusão óbvia, é que não deveríamos contabilizar este e outros tipos de movimentos como crescimento da igreja evangélica, visto que nem uma coisa nem outra é evangélica!
Há quem celebre a "conversão" de pessoas de projeção nos meios artísticos, esportivos e da alta sociedade. Entretanto, não tenho visto muitas destas figuras impactarem de maneira substancial e convincente com seus testemunhos - me perdoem o sarcasmo mas, se a igreja brasileira dependesse do testemunho de alguns artistas que se dizem evangélicos estaríamos no fundo do poço!
Há quem celebre a presença maciça de evangélicos no cenário político, ocupando cargos e posições até mesmo nos governos municipais, estaduais e federal. Mas, muito mais são mos que se destacam pelas suas perversões e oportunismo em fazer uso dos tais cargos ou posições para se enriquecerem, do que os que têm alguma bandeira que atenda ao próximo ou que glorifique a Deus - depois daquele sujeito orando após a trama da propina a gente nem precisa falar muito.
Há quem celebre o grande boom da música gospel surgindo no cenário multicultural brasileiro como mais uma alternativa para o entretenimento, mas prefiro aquelas que levavam o povo ao quebrantamento e arrependimento - a badalação "Faz um milagre em mim", me perdoem os mais afoitos, não faz nem mais cócegas, o que dirá milagre!
Há quem celebre as construções dos caríssimos, grandes e luxuosos templos evangélicos, com suas exuberantes fachadas e marquises. Entretanto, lamento que o chamado povo de Deus repita a história edificando grandes "elefantes brancos" que na melhor das hipóteses ficarão para a posteridade como patrimônios tombados, como marcos da engenharia e arquitetura de uma época passada. Boa parte destes templos são a manifestação das vaidades e egos de seus idealizadores, que os constroem para disputar entre si quem constrói o maior, melhor, mais moderno e mais equipado templo, sem a mínima preocupação se aquele lugar terá alguma utilidade ou relevância social.
Há quem celebre um despertamento na igreja por que surgem novos movimentos (muitos deles têm mais de tormento do que de movimento). Mal a gente se recupera do furacão G-12, que varreu igrejas inteiras e deixou marcas indeléveis em muitos pastores; que confundiu e destruiu a fé de muitos crentes; que dividiu a ponto de fechar igrejas em todo o país, e logo vem outro mais forte e mais perigoso. Melhor seria a essa febre de movimento desse lugar à solidez e firmeza na Rocha que é Cristo, onde não somos arrastados e nem abalados por ondas ou movimentos!
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Autor: Pr. Aécio Felismino da Silva
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