Este versículo que lemos, é de grande valor para as nossas vidas nos dias de hoje, como o foi nos tempos passados quando estas palavras foram pronunciadas. Nestas palavras encontramos a essência de Deus, a verdade de Deus e o poder de Deus.
Temos aqui para nós, assim como foi para Moisés, a chave para uma vida bem sucedida na “fé”. A nossa vida diária depende de entendermos claramente a verdade aqui contida; a nossa vida espiritual e o nosso chamado, depende de experimentarmos o poder destas palavras.
Quando cantamos: “Rompendo em fé”, será que realmente sabemos o que estamos cantando? Será que sabemos realmente como romper em fé?
Vamos entender primeiramente como a “fé” opera em nós e através de nós, apenas compreendendo o seguinte: em Mateus 9:38, Jesus disse: “Rogai, pois, ao Senhor da Seara que mande trabalhadores para a sua seara”. O próprio Senhor Jesus, deu a chave para a oração que Deus responde, lembram-se?
“...que tudo quanto pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda.” João 15:16 e em Marcos 11:24 “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.” Também em 1 João 3:22 diz: “e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.”
Quando a oração que fazemos é aquela oração que vem do coração de Deus, é certo que haveremos de receber, portanto, temos um povo que ora, um Deus que responde e trabalhadores que aceitam o chamado para servir a Jesus. Entretanto, temos igrejas que não enviam por falta de recursos ou porque algum homem tem um projeto mais importante que os projetos de Deus para a salvação dos perdidos.
É fácil ter fé para pedir mais trabalhadores para a seara, mas parece ser muito difícil ter fé para sustentá-lo no treinamento e no campo. Pedir é um movimento de palavras; significa simplesmente falar com Deus. É nesse momento que entra a fé em seus dois aspectos diferentes de atuação na nossa vida.
O primeiro é o exercício da fé “abstrata”, é quando você entra em oração por algum motivo, mas para por ai.
O segundo aspecto, é a tomada de atitude. Tomemos como exemplo a oração feita para que Deus envie trabalhadores para a seara, nós oramos, Deus respondeu mandando obreiros, mas é nessa ora que entra o exercício da fé na prática.
Enviar é a prática do que se falou e pediu. Exige ação; requer a tomada do cabo do arado. É a hora de mexer com os bens do homem ou da organização. É o exercício da fé concreta, real.
Normalmente funciona assim: parece que quando pedimos, Deus está precisamente ali, presente. Mas quando “precisamos por os pés no Jordão”, Deus está tão longe. É muito triste na nossa vida, quando entramos na presença do Senhor em oração, Ele nos responde, e depois não cumprimos a nossa parte com Ele. Imaginem os trabalhadores chegando e então dizemos que não poderemos enviá-los, porque não temos dinheiro.
Será que o mesmo Deus que mandou os trabalhadores não haverá de dar recursos necessários para enviá-los?
Este é exatamente o cerne do problema, os recursos dos homens e os recursos de Deus. Na hora do culto nossa mente está fixa no poder de Deus, no dono da prata e do ouro, porém, no meio da semana, os olhos da incredulidade enxergam apenas o medíocre saldo bancário (pelo menos é como eu vejo o meu, todo o dia), é como vemos o medíocre cofre da igreja.
Existe também outro aspecto muito importante, mas pouco lembrado, pelo menos quando tratamos de nossos próprios interesses, que é a questão de fazer a “vontade de Deus”. O próprio Senhor Jesus, mais uma vez deu o exemplo, quando Ele se viu em tremenda agonia e dor, mas acabou se rendendo à vontade de Deus. “...faça-se a Tua vontade e não a minha”.
Qual é vontade que queremos para a nossa vida? A minha própria? Ou a vontade de Deus?
Moisés se rendeu à vontade soberana de Deus! Ele se pôs a caminho, de volta ao Egito, de volta ao desconhecido, pois tudo era novo para ele. Passaram-se 40 anos, ele já não era o “príncipe do Egito”, ele já não era o comandante de exércitos, ele não detinha mais nenhum poder.
Ele era apenas e tão somente um pastor de ovelhas. Mas ele obedeceu sem mesmo entender direito o que estava acontecendo, a ordem de Deus. Ele não disse: “mas Deus, eu não tenho dinheiro, eu não tenho mais poder, eu não tenho mais nenhum direito, eu não tenho recursos”!!!!
Aquela seria uma missão impossível, não fosse pelos recursos ali disponíveis. Mas que recursos estavam disponíveis? Recursos divinos ou humanos?
Houve um momento quando Moisés respondeu: “Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?” Êxodo 3:11. Ele estava pesando seus próprios recursos, mas Deus quando lhe respondeu no texto de Êxodo 3:20, Ele pensava em enviar Moisés com recursos além do entendimento humano.
Quando Deus transformou o cajado do pastor Moisés em uma cobra, foi apenas uma pequena demonstração da grandeza dos cofres divinos. Significativamente, o ato de Moisés ao jogar a vara ao chão para que o poder de Deus se manifestasse, significa que devemos lançar os nossos recursos nas mãos de Deus.
Moisés aprendeu após muita luta interior diante da insistência e promessas de Deus, que a guerra não era sua, mas do Senhor. Então ele mobilizou o povo dizendo: “Não temais. Aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará; porque aos egípcios que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós e vos calareis” (Êxodo 14:13,14). Quão difícil deve ter sido para Moisés dizer essas palavras do Senhor, quando ele e o seu povo estavam completamente “encurralados”.
A grande decisão tinha um nome, e era, Mar Vermelho. Atrás deles estava o poderoso exército egípcio e na frente o obstáculo sem ponte.
E agora Moisés? Onde estão os recursos?
A resposta de Deus foi impressionante: “Porque clamas a mim? Dize aos de Israel que marchem”, Êxodo 14:15.
“Marchar para o mar? Isso é loucura!”
Muitas vezes esses têm sido os nossos pensamentos: “Onde estão as embarcações? Onde estão os marinheiros experientes para nos guiar?”. Talvez essas tivessem sido as questões discutidas entre o povo.
Deus ordenou a Moisés: “Levanta a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco”, Êxodo 14:16. Que rica oportunidade para os homens presenciarem as maravilhas dos recursos de Deus! Eles estavam preocupados com o que eles precisavam ver, enquanto Deus estava prometendo e mostrando o que eles eram incapazes de ver, ainda.
A Noé, Deus mandou que preparasse um navio. A Moisés, ao contrário, Deus mandou que caminhasse para o mar, a pé e somente pela fé. Era o desejo de Deus, como o é até nos nossos dias, revelar-se de forma mais íntima como o supremo e soberano Criador e Consolador das forças da natureza.
Plantar, regar, colher e cozinhar os deliciosos cereais e vegetais do Egito eram recursos exigidos pelos hebreus a fim de atravessar o desafiante deserto. Mas os recursos de Deus trouxeram o maná do céu, que, mais que uma simples comida, tipificou a futura vinda do próprio Deus à terra na pessoa de Jesus. Veja João 6:51 “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão viverá para sempre....”
Dos recursos de Deus vieram codornizes do céu e saiu água da rocha. O exército de Israel vagando pelo deserto, cansado e sem nenhuma arma poderosa, liderado por Josué, lutou contra os Amalequitas, enquanto os braços cansados de Moisés sustentados por Arão e Ur, apontavam para os recursos de Deus nos céus. E eles venceram.
Quem não crê nos recursos de Deus, não deveria orar para que Deus levantasse trabalhadores para a Sua seara, ou para qualquer outra coisa. Quem não está pronto para aceitar grandes desafios, a colocar a fé em prática e se apoiar na autoridade e poder de Jesus, não deveria sequer pretender trabalhar na obra de Deus.
O que vou dizer agora para finalizar, deverá ser aplicado tanto para missões como também para a nossa vida diária: Falta o temor do Senhor que é o princípio da sabedoria. Sabedoria para usar o dinheiro de Deus e colocar a Grande Comissão de Jesus em primeiro plano. O mesmo Jesus que disse: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”, Marcos 16:15, é o mesmo que disse: “É me dado todo o poder, no céu e na terra”, é o mesmo que disse: “...E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”, Mateus 28:18,20.
Falando em missões ou evangelismo, esta é a melhor e mais abundante fonte para o homem ter acesso aos recursos sobrenaturais de Deus.
Fonte: [ SOBERANA GRAÇA ]
Via: [ Ministério Batista Beréia ]
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