Quarta acusação: Uma ignorância do evangelho de Jesus Cristo.
Eu quero submeter a você esta noite que este país não é endurecido ao evangelho. É ignorante do evangelho, porque a maioria dos seus pastores o é. E deixe-me repetir isto. O problema deste país não são os políticos liberais, a raiz de socialismo, Hollywood ou qualquer outra coisa. É o, assim chamado, pastor evangélico de nossos dias e o pregador de nossos dias e o evangelista de nossos dias. É aí que o problema deve ser encontrado. Nós não conhecemos o evangelho. Nós pegamos o glorioso evangelho de nosso Bendito Deus e o reduzimos a “quatro leis espirituais” e “cinco coisas que Deus quer que você saiba”, com uma pequena e supersticiosa oração no final que se alguém repetir depois de nós com bastante sinceridade nós o declaramos, de uma forma papal, nascida de novo.
Nós trocamos regeneração por “decisionismo”.
Em primeiro lugar, eu estou pasmo com quantos crentes devotos, andando na fé há 30 ou 40 anos, virão a mim, depois de eu falar sobre o que eu vou falar por alguns poucos minutos, com lágrimas dizendo: “Irmão Paul, que eu nunca ouvi isto antes em minha vida”. E, entretanto, esta é a doutrina histórica de redenção, de propiciação.
Veja! Quando você falar sobre o evangelho, meu querido amigo, o faça claramente. O evangelho começa com a natureza de Deus e vai para a natureza do homem e a queda deste. Essas duas grandes colunas do evangelho vêm montar para nós o que deveria ser chamada e conhecida por cada crente como “o grande dilema”. E o que é este dilema? Se Deus é justo ele não pode te perdoar.
Veja! Quando você falar sobre o evangelho, meu querido amigo, o faça claramente. O evangelho começa com a natureza de Deus e vai para a natureza do homem e a queda deste. Essas duas grandes colunas do evangelho vêm montar para nós o que deveria ser chamada e conhecida por cada crente como “o grande dilema”. E o que é este dilema? Se Deus é justo ele não pode te perdoar.
O maior problema em todas as Escrituras é este. Como Deus pode ser justo e ao mesmo tempo o justificador de homens maus, quando as Escrituras por toda a Bíblia declaram — especialmente em um texto que eu tirei de Provérbios — “O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao SENHOR.” (Pv 17: 15). E ainda assim, todas nossas canções cristãs ostentam sobre como Deus justifica o perverso.
Este é o maior problema. Esta é a acrópole da fé cristã. Assim disse Martyn Lloyd-Jones e Charles Spurgeon e qualquer outro que leu Romanos 3. Você tem que mostrar isto às pessoas. O grande problema é que Deus é verdadeiramente justo e todos os homens são verdadeiramente maus. Deus para ser justo deve condenar o homem mau. Entretanto Deus, para a própria glória dele, pelo grande amor com que ele nos amou, enviou seu Filho, o qual caminhou nesta terra como um homem perfeito. E, então, de acordo com o plano, o plano eterno de Deus, ele foi àquele madeiro. E naquele madeiro, ele tomou nosso pecado. E, assumindo a posição legal de seu povo e carregando a nossa culpa, ele se tornou uma maldição.
“Maldito todo aquele que não persiste em praticar
todas as coisas escritas no livro da Lei” (Gálatas 3:10)
Cristo nos resgatou da maldição se tornando uma maldição em nosso lugar.
Tantas pessoas têm esta visão romântica, impotente do evangelho onde o Cristo está lá, pendurado no madeiro, sofrendo debaixo das feridas do Império Romano, e o Pai não teve a força moral para agüentar o sofrimento de Filho dele, e, por isso, virou Sua face.
NÃO!!
Ele se virou porque o Filho dele se tornou pecado.
E tantos, quando Ele está naquele jardim e grita “passa de mim este cálice”, especulam: “Bem, o que esteve no cálice? Oh, é a cruz romana. É o chicote. São os cravos. É tudo isso e tudo aquilo.”
Eu não quero desconsiderar os sofrimentos físicos de Cristo naquele madeiro, mas o cálice era o cálice da ira de Deus Pai que teve que ser despejada sobre o Filho. Alguém teve que morrer, suportando a culpa do povo de Deus, desamparado por Deus pela justiça dele e esmagado debaixo da ira de Deus, pois “ao SENHOR agradou moê-lo”. (Isaías 53: 10)
Eu estava na Alemanha um tempo atrás ou em um seminário alemão na Europa há um tempo e vi este livro “A Cruz de Cristo” – não era o livro de John Stott, era outro. Eu o peguei e comecei a ler e isto é o que ele dizia: “O Pai olhou do céu para o sofrimento infligido sobre Seu Filho pelas mãos de homens e considerou isto como pagamento pelos nossos pecados.”
Isso é heresia.
Agora, aquele sofrimento físico, aquela crucificação era tudo parte da ira de Deus. Teve que ser um sacrifício de sangue. Eu não desprezarei nada disso. Mas, meu amigo, se você parar aí, você não tem um evangelho.
E deixe-me lhe perguntar: Quando o evangelho é pregado e compartilhado em evangelismo pessoal atualmente, você sequer ouve as coisas que eu há pouco disse? Quase nunca. Nunca é deixado claro que Cristo pôde redimir porque Ele foi moído debaixo da justiça de Deus e tendo satisfeito a justiça divina com a Sua morte, Deus é, agora, justo e o justificador de ímpios.
Redução de evangelho.
E nós ainda nos perguntamos por que não há nenhum poder nele. Nós nos perguntamos por quê. O que aconteceu? Eu irei te falar. Quando você deixa de lado o evangelho e não há mais nenhum poder em sua suposta mensagem do evangelho, você, então, tem que recorrer a todos aqueles pequenos truques de mercado, que são tão proeminentemente usados hoje em dia para converter os homens. E nós todos conhecemos a maioria deles. Todos eles não funcionam.
Meu querido amigo, deixe-me dizer isto. Vários anos atrás, quando eu estava me formando do seminário eu tive que tomar uma decisão se eu ia ir fazer meu Ph.D. Deus, a fim de salvar minha vida espiritual, me enviou para o meio das selvas no Peru, o mais longe possível do mundo acadêmico que eu poderia ficar. E lá eu comecei a perceber algo.
Como disse Spurgeon, “Maiores homens, com mentes maiores que a minha, se aproximaram desta doutrina da Segunda Vinda, mas em vão. É uma grande e poderosa doutrina.” Ele disse, “eu me fixarei nisto: buscar compreender algo sobre Jesus Cristo e ele crucificado.”
Deixe-me lhe falar isto. Eu fico tão bravo quando as pessoas tratam o glorioso evangelho de Cristo como se fosse um primeiro passo para entrar no Cristianismo, que só leva aproximadamente 10 minutos de aconselhamento e então você parte para coisas maiores. Isso lhe mostra como nós somos patéticos em nosso entendimento das coisas de Deus.
Meu amigo, no dia da Segunda Vinda você entenderá absolutamente tudo sobre a Segunda Vinda, mas você estará em eternidade de eternidades no céu e você vai nem mesmo começar a compreender a glória de Deus no Calvário. É tudo sobre isto.
Moço, jovem pregador, me escute. Persiga-O naquele madeiro. O que significa. Você não precisará construir fogos estranhos em seu forno, se você só pegar um relance do que ele fez naquele madeiro, o que ele fez naquele madeiro.
Eu amo dizer isto. Eu já o disse um milhão de vezes. Abraão leva Isaque para cima daquela montanha. O filho dele, o único filho dele quem ele amou. Você supõe que o Espírito Santo estava tentando para nos falar sobre algo futuro? E aquele filho não resistiu, mas se entregou. E quando aquele pai rendeu sua vontade a vontade de Deus, ele levantou aquele cutelo para perfurar o próprio coração de seu filho. Mas a mão dele foi detida e foi falado ao velho homem que Deus tinha provido um carneiro.
Tantos cristãos pensam: “Oh, que final bonito para aquela história.” Não é o fim. É o intervalo. Milhares de anos depois, Deus o Pai pôs Sua mão sobre Seu Filho, o único Filho dele quem ele amou, e tirou o cutelo da mão de Abraham e sacrificou Seu Filho Unigênito sob a plena força de Sua ira.
Agora você sabe por que aquele pequeno evangelho que você prega não tem nenhum poder? Porque não é nenhum evangelho. Vá ao evangelho. Gaste sua vida em seus joelhos. Se afaste dos homens. Estude a cruz.
Via: [ Ministério Batista Beréia ]
.
Postar um comentário
Política de moderação de comentários:
1 - Poste somente o necessário. Se quiser colocar estudos, artigos ou textos grandes, mande para nós por e-mail: bereianos@hotmail.com
2 - A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Comentários com conteúdo ofensivo não serão publicados, pois debatemos idéias, não pessoas. Discordar não é problema, visto que na maioria das vezes redunda em edificação e aprendizado. Contudo, discorde com educação e respeito.
3 - Comentários de "anônimos" não serão necessariamente postados. Procure sempre colocar seu nome no final de seus comentários (caso não tenha uma conta Google com o seu nome) para que seja garantido o seu direito democrático neste blog. Lembre-se: você é responsável direto pelo que escreve.
4 - A aprovação de seu comentário seguirá os nossos critérios. O Blog Bereianos tem por objetivo à edificação e instrução. Comentários que não seguirem as regras acima e estiver fora do contexto do blog, não serão publicados.
Para mais informações, clique aqui!
Blog Bereianos!