Quando a verdade prevalece sobre o amor.

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Uma resposta àqueles que defendem o amor acima da verdade.
Por Renato Vargens

Nos últimos meses tenho combatido algumas práticas doutrinarias dos neopentecostais. Em virtude disto, muitas pessoas me escrevem concordando com o conteúdo dos textos, como também outras me criticando severamente pela falta de amor com que denuncio suas heresias. Para estas eu deveria me calar não expondo publicamente as mazelas neo-pentecostais, até porque, o ensinamento bíblico é que devemos amar o próximo.

Pois bem, não foi o Senhor Jesus quem disse que “O AMOR une, mas a VERDADE divide! Por favor, pare, pense e reflita: JESUS CRISTO, a expressão máxima do AMOR, é, antes de tudo, A VERDADE (João 14:6). Ele mesmo disse: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada”. (Mt 10:34). “Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo, mas antes dissensão”. (Lc 12:51).“Assim entre o povo havia dissensão por causa dele” [Jesus Cristo]. (Jo 7:43)

Como bem afirma Humberto Fontes ao contrário do nefasto ecumenismo (que sacrifica a VERDADE, em prol da UNIDADE, custe o que custar), a Bíblia nos diz que a UNIDADE só é possível entre os crentes que professam a VERDADE bíblica! Se isso não ocorrer, teremos uma "falsa unidade", um falso amor, uma verdadeira torre de Babel.

Como já escrevi anteriormente creio na unidade da Igreja Evangélica, porém, nem toda igreja que se diz evangélica de fato é evangélica. Recuso-me a acreditar que igrejas como a Universal do Reino de Deus que comercializa a fé, vendendo indulgências, além de criar doutrinas que afrontam as Escrituras Sagradas pode ser considerada uma agência cristã.

Caro leitor, a unidade da Igreja é bíblica, e deve ser vivida contudo, o ecumenismo gospel é repulsivo e incoerente. Infelizmente não é possível acreditarmos na unidade entre igrejas sérias com igrejas falsas, cujo ensino é ensismemado, aproveitador e antropocêntrico. Ora, os cristãos verdadeiros não negociam a fé, não comercializam Deus, não vendem produtos mágicos, não servem a Maria, nem tampouco adoram a santos. Os verdadeiros cristãos não inventam esquisitices e aberrações teológicas como decretos e determinações espirituais. Os verdadeiros cristãos são éticos, honestos em suas posturas e comprometidos com a verdade e o evangelho de Cristo. Os verdadeiros cristãos zelam pela sã doutrina e repudiam as novas teologias. Os verdadeiros cristãos não relativizaram a Palavra de Deus, antes pelo contrário, pregam e vivem as Escrituras Sagradas em todo o tempo e momento.

Vale a pena ressaltar que o Senhor ao nos desafiar a amar não o faz no desejo de que em nome do amor tapemos os olhos ao pecado bem como as heresias que destroem a comunidade da fé, mesmo porque, amar, antes de tudo, significa não abrir mão da verdade, não negociá-la, nem tampouco relativizá-la em detrimento à uma visão pessoal.

Isto posto afirmo que a verdade arranca as máscaras da religiosidade e hipocrisia, levando ao crente em Jesus a viver uma vida, santa, reta e transparente.

Nele que é a única e abslouta verdade!

Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]


Completando este ótimo artigo do Renato Vargens, coloco logo abaixo um outro texto semelhante, já postado aqui no Bereianos:


Calar por amor, ou falar por causa da verdade?

Quem se cala diante do pecado, da injustiça e de falsas doutrinas não ama de verdade. A Bíblia diz que o amor “... não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade" (1 Co 13.6). Deveríamos orar muito por sabedoria e, com amor ainda maior, chamar a atenção para a verdade e não tolerar a injustiça.

Ao estar em jogo à verdade, Estevão argumentou, mas sempre em amor a seu povo e com temor diante da verdade em Cristo. O apóstolo Paulo estava disposto a ser considerado maldito por amor ao seu povo, mas não cedia um milímetro quando se tratava da verdade em Cristo. Jesus amou como nenhum outro sobre a terra, mas assim mesmo pronunciou duras palavras de ameaça contra o povo incrédulo, que seguia mais as tradições e as próprias leis do que a Palavra de Deus.

Controvérsias religiosas são desagradáveis!

Já é extremamente difícil vencer o diabo, o mundo e a carne sem ainda enfrentar conflitos internos no próprio arraial. Mas pior do que discutir é tolerar falsas doutrinas sem protesto e sem contestação. A Reforma Protestante só foi vitoriosa porque houve discussões. Se fosse correta a opinião de certas pessoas que amam a paz acima de tudo, nunca teríamos tido a Reforma. Por amor à paz deveríamos adorar a virgem Maria e nos curvar diante de imagens e relíquias até o dia de hoje. O apóstolo Paulo foi a personalidade mais agitadora em todo o livro de Atos, e por isso foi espancado com varas, apedrejado e deixado como morto, acorrentado e lançado na prisão, arrastado diante das autoridades, e só por pouco escapou de uma tentativa de assassinato. Suas convicções eram tão decididas que os judeus incrédulos de Tessalônica se queixaram: "Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui" (At 17.6). Deus tenha misericórdia dos líderes cujo alvo principal é o crescimento das suas organizações e a manutenção da paz e da harmonia. Eles até poderão fugir das polêmicas, mas não escaparão do tribunal de Cristo.

Transcrito (autor desconhecido).


Fonte: [ Bereianos ]

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1 comentários:

Concordo em gênero, numero, e grau com o autor. O confronto de idéias sempre esteve presente na história do cristianismo e sempre estará. Paulo no areópago confrontou os sábios epicureus e estóicos. Por vezes, o apostólo dos gentios esteve em discussões acaloradas com os judaizantes e falsos doutrinadores. Judas escreveu uma epístola em defesa da fé e incentivou a igreja a batalhar pela mesma. Fomos colocados em defesa da causa, por ela devemos estar de pé.

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