Astrologia gospel e treinamentos "esquisitos"

.
Após conhecer a "maldição hereditária no DNA" (veja tópico anterior), fui conhecer melhor o site do chamado apóstolo contemporâneo, Sr. Fernando Guillen, vejam só o que encontrei por lá também. Além do curso sobre iniquidades no DNA, existe mais alguns "cursos temáticos" que são ministrados pelo mesmo, vejamos:


Comentário Blog Bereianos: Ativar anjos ao nosso favor? Desde quanto anjos estão a nossa disposição na hora que quisermos? Aonde está na Bíblia que podemos ativar anjos no momento que desejarmos? Na verdade quem dá ordens aos mesmos é somente Deus (Sl 91:11). Anjos podem nos servir sim, mas ao comando e vontade exclusiva de Deus e não dos homens! Temos que ter muito cuidado com esse negócio de enfatizar anjos, pois a palavra de Deus adverte: "Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por sua juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus." Cl 2:18-19

Para quê enfatizar anjos? Além de Deus proibir, Jesus é muito maior do que qualquer anjo e Ele deve ser adorado. "Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles." Hb 1:3-4 (ver Hb 1:5-14).



Comentário Blog Bereianos: Mais um que afirma praticar a tal "adoração profética"! Relembrando algumas postagens anteriores neste blog onde tratamos sobre este assunto, coloco que este termo é tão absurdo que, como alguém pode "adorar" à Deus profetizando para Ele mesmo? A adoração é dirigida exclusivamente a Deus e para Deus não se profetiza, pois é por Ele e nEle que se encerra toda a profecia. Este termo sufixador é totalmente incompatível com a Bíblia. Não consigo entender porque ainda insistem com esse termo absurdo!



Comentário Blog Bereianos: Até agora estou tentando entender de onde tiraram isso! Começou a guerra espiritual nas regiões estrelares? Pelo jeito vamos ter que virar astronautas para "tomar o território" do inimigo. Seria algum tipo de "astrologia gospel"? Era só o que faltava...

Fonte das imagens:
[ http://www.apostolofernando.com.br/treinamentos.asp ]


Como eu disse no tópico anterior, reafirmo minha colocação: Sopros e ventos, que vem e que vão... e este povo vai voando, do jeito que o diabo gosta...

Ruy Marinho
Fonte: [ Bereianos ]

.

Maldição hereditária no DNA?

.
Clique na imagem para ampliar

Alguns temas abordados:

A Operação da Iniqüidade - Conexão Com os Espíritos Geracionais - Maldições Geracionais - Padrões Geracionais - Cativeiros Geracionais - Tronos de Iniqüidade - O Cordão Umbilical Espiritual - O Papel da Medula Óssea na Iniqüidade

Fonte: [ http://www.apostolofernando.com.br/iniquidade ]

Agora, a maldições hereditárias estão mais "aprofundadas". Com uma versão contemporânea, o termo agora é mais "técnico"; a influência da iniquidade no DNA! Estudaram até o "papel da medula óssea na iniquidade". Era só o que faltava. Daqui a pouco vão proibir doações de medula óssea afirmando que a pessoa precisa passar por uma "quebra de maldições no DNA", pois o mesmo está amaldiçoado!

Em breve nas igrejas neopentecostais mais próximas de vocês, quebra de maldições no DNA, Descarrego no DNA, libertação no DNA, etc.

Sopros e ventos, que vem e que vão... e o povo vai voando do jeito que o diabo gosta...


Para quem ainda acredita em maldições hereditárias, clique aqui!

RM
.

Avivamento Extravagante, dente de ouro e óleo perfumado. É Bíblico tudo isso?

.

Milagres sem Limites! Dentes são Transformados em Ouro ou Prata durante o mover da glória do Senhor e oração da fé por sinais e milagres. Confira o vídeo com os testemunhos de milagres e manifestaçõe sobrenaturais do poder de Deus nos Encontros de Avivamento Extravagante realizados por todo país.

Fonte: http://www.avivamentoextravagante.com.br


Este texto acima foi extraído do site oficial do chamado "avivamento extravagante", um suposto ministério de avivamento que realiza sinais do tipo dentes de ouro, ouro em pó, óleo perfumado, unção do riso, unção do caicai, dentre outras "manifestações" excêntricas.

Já tinha visto algumas práticas desse pessoal, porém após ver o cartaz do avivamento extravagante divulgado pelo blog "Púlpito Cristão", tive a curiosidade de pesquisar no site oficial dos "extravagantes" mais informações sobre este suposto ministério.

Neste site, encontrei uma "justificação" colocada pelo líder do ministério, Pastor Jelson Becker, para a manifestação dos supostos "dentes de ouro", bem como o óleo perfumado, ouro em pó, etc.

Primeiramente deixo claro que não tenho nada a questionar sobre a pessoa de Jelson Becker, bem como sua integridade moral, religiosa ou física, até porque não o conheço pessoalmente. O que vou colocar é exclusivamente a minha opinião crítica referente às práticas religiosas e posições teológicas praticadas em público por este ministério liderado pelo mesmo, conforme a legislação de nosso país permite.

Vou colocar os textos extraídos do link citado acima, e as minhas refutações aos mesmos logo abaixo:


Extravagantes:

Venha o teu Reino e manifestem-se os sinais desse Reino. Quando invocamos a presença de Deus, Ele vem trazendo consigo todo o seu Reino e os valores desse Reino. Quando esse Reino é manifesto aos homens na terra sinais, prodígios e evidências físicas e meta-físicas desse Reino são liberadas. Foi assim com os profetas no antigo e novo testamento, foi assim com Jesus em seu ministério terreno (At 10.37-44).

REFUTAÇÃO:
Aonde é que está evidente, nesta passagem citada de Atos, as manifestações do "dente de ouro", do "ouro em pó" ou de qualquer outra manifestação material? Afirmar o que o texto não afirma é distorcer a Bíblia, com isso a afirmativa se torna uma heresia.

Extravagantes:
Em alguns casos Deus simplesmente dissipa as densas trevas espirituais sobre a vida de uma pessoa e gera dentro dela paz e certeza de que algo foi transformado depois da oração. Em outros casos além de alterar a realidade espiritual sobre a vida daquele que recebe a ministração do poder do Espírito Santo, muitas vezes Deus reserva-se ao direito materializar sinais físicos e meta-físicos, quebrar paradigmas, envergonhar farizeus e manifestar sinais totalmente fora dos padrões pré-concebidos por um micro-universo religioso e cosmo-visão cristã secularizada, tradicional e incrédula.

REFUTAÇÃO:
Materializar sinais físicos? Claro que Deus pode fazer estes tipos de sinais quando e como quiser. Porém a questão não é incredulidade, tradicionalismo ou secularismo, a questão é que Deus sempre faz algo com um propósito específico e objetivo, para honra e glória Dele e não para honra e glória do homem. Deus pode fazer aparecer um milhão de dólares agora na nossa frente, mas porque ele faria isso? Qual o motivo de Deus gerar um "dente de ouro" na boca de uma pessoa? Qual seria o propósito de Deus manifestar-se dessa forma em nossos dias? Há qualquer paralelo ou base bíblica direta para esse fenômeno? Que resultado esse fenômeno provoca na pessoa que o recebe? Orgulho espiritual do tipo "sou melhor que você porque Deus me restaurou um dos vários dentes"?

Pessoas que já receberam o "suposto" dente de ouro estão se considerando mais espirituais do que as outras. Igrejas que acreditam no fenômeno, como manifestação divina, têm considerado aquelas que ainda não receberam o sinal, como igrejas carnais.

Isto é da vontade de Deus?

Porque Deus utilizaria ouro em vez de utilizar matéria prima de sua criação, o esmalte, que foi utilizado na criação dos dentes. O dente de ouro é mais perfeito do que o de esmalte?

O cego de Jericó (Lc.18:35-43) teve seu olho restaurado com matéria prima original, carne, sangue, veias, nervos, ou com vidro ou fibra ótica?

Jesus não criou um óculos (que é feito de vidro), nem fez um olho de vidro para o cego, mas restaurou-lhe os olhos. Porque Deus restauraria os dentes com ouro em vez de esmalte?

Quem usa ouro são os dentistas, porque não podem recriar os dentes cariados com esmalte. Isto é obra de Deus, que tudo faz perfeito. Mas estou certo de que os próprios dentistas, caso pudessem, prefeririam fazer restaurações originais, usando esmalte ao invés do ouro ou da amálgama. Muitos dentistas examinaram alguns crentes, "agraciados" com o fenômeno, e constataram tratar-se de um fato cientificamente explicável. Muitos estão utilizando um material diferente da amálgama de prata, material este que assume coloração dourada após algum tempo na boca, por causa da ionização do organismo. Seria esta manifestação um sinal inconfundível da manifestação de Deus? Este sinal, que se diz ser divino, pode ser realizado por Satanás? Parece que sim:

"...segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça..." (II Ts.2:9,10).

Pode este sinal ser realizado pelos homens? Os dentistas podem fazê-lo? Como se explicam as mesmas manifestações ocorrendo entre os adeptos de seitas heréticas? (clique aqui para ver)

A manifestação de Deus é inconfundível, pois tudo que Deus faz é perfeito, e tem o propósito de unificar os crentes. Para aqueles que insistem na crença deste fenômeno, convém a advertência bíblica: Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles (Rm.16:17). O maior sinal da manifestação de Deus na vida dos crentes, é o fruto do Espírito (Gl.5:16-26), e este sinal Satanás não pode copiar nem imitar ou fraudar!

Extravagantes:
Essas evidências do Reino de Deus podem ou não estar descritas nas escrituras, pois em Jo 20.30 diz: "Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro" e em JO 14:12 - "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai". Existe uma falsa espiritualidade escondida no pensamento de só crermos como divino os "sinais" descritos nas escrituras, porém a própria Bíblia afirma que Jesus operou sinais que nunca foram relatados nesse livro. O importante é compreendermos que o princípo pelo qual determinados sinais são manifestos glorificam e evidenciam a Cristo.

REFUTAÇÃO:
As interpretações destas passagens citadas estão totalmente equivocadas e fora de contexto!

Primeiramente coloco que temos que ter a Bíblia como a nossa única regra de fé e conduta. Afirmar que Deus autoriza revelações extra-Bíblicas e operações de sinais que não estão descritos na Bíblia é um tremento engano, é dizer que a Bíblia não é suficiente. Deus não autorizou a ninguém ter ou trazer novas revelações para nós, pelo contrário, nos alertou na Sua Palavra que devemos recusar todas e quaisquer extra-revelações Bíblicas e falsos sinais (Mt 7:15, Mt 24:11, Mt 24:24, At 17:11, Cl 2:8, 2Tm 4:1-5, Hb 13:9, 2 Pd 2:1., 1Jo 4:1). O que está escrito na Bíblia já é mais que suficiente para nós (2Tm 3:16-17) e, como Cristãos, devemos rejeitar tudo o que não estiver escrito nas Escrituras (1Tm 4:7, Gl 1:8-9).


Jo 20:30 = Em primeiro lugar: Que tipo de sinais e milagres Jesus operou durante seu ministério terreno? Em algum lugar na Bíblia há algum sinal de transformação de dentes em "ouro"? Não! Os milagres e sinais que Jesus operou em seu ministério foram curas, libertações, ressucitações de mortos, multiplicação de pães e peixes para um fim de alimentar as pessoas, etc. Todas estas manifestações de milagres tinham um propósito específico. Em nenhuma outra parte das escrituras existe algum sinal de transformação de dentes em ouro feito por Jesus.

Pegar este texto de Jo 20:30 para afirmar que Jesus transformou dente em ouro, areia em ouro em pó, abóbora em carroagem, jumento em cavalo, etc, é afirmar o que a Bíblia não afirma, é ir além do que o texto e o contexto nos mostra, ou seja, pura distorção, pois onde a Bíblia não fala, a gente se cala. "Não ultrapasseis o que está escrito..."(1Co 4:6b).

Refletindo neste texto, no versículo 31 diz que "estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.", será que estes milagres registrados não são suficientes para crermos em Jesus? Será que precisamos de novos milagres para crer?


Outra observação importante sobre o texto é que; quando é que foram feitos estes outros sinais em questão neste texto específico? Durante o ministério todo de Jesus, ou só depois da sua ressurreição? A frase "diante de seus discípulos" neste contexto significa que são os sinais feitos depois da sua ressurreição!

Este texto trata-se de uma nota redacional se interpondo a um conjunto de narrativas referentes às aparições do Senhor Jesus após sua morte e ressurreição. Após a constatação de que o sepulcro estava vazio os discípulos “viram e creram” - 20.1-10. Mas adiante, segundo suas próprias palavras, Maria Madalena “viu ao Senhor” - 20.18. Em outro ponto da narrativa Jesus aparece aos demais discípulos - 20.19-23, e em atenção especial a Tomé, confronta-lhe a incredulidade - 20.24-29 após o nosso texto ocorre uma nova aparição no Lago de Tiberíades – 21.1-14. Assim, tematicamente o texto de João 20.30-31 seria um interlúdio aos relatos de aparições pós-pascais.

Então, concluímos que este texto não se refere (neste contexto especificamente) à uma narrativa de "todos" os milagres que Jesus operou em todo o seu ministério terreno, mais sim os milagres operados após a sua ressurreição.

Jo 14:12 = Este versículo tem sido citado para dizer que nós podemos e devemos fazer a mesma quantidade e os mesmos milagres que Jesus fez, portanto indo contra a tese de que a presença física de Jesus na terra foi um pré-cumprimento dos benefícios plenos de Is 53:4. Se nós faremos as mesmas obras de Jesus, dizem eles, nada mudou desde que Jesus subiu aos céus.

Cabe aqui um esclarecimento. Depois que Jesus ressuscitou e subiu aos céus, realmente continuaram acontecendo milagres, e creio eu que aconteçam até hoje. Porém, estes não acontecem na mesma intensidade e freqüência que no tempo em que Jesus esteve fisicamente aqui. Não é todo dia que vemos alguém caminhando sobre as águas, uma tempestade sendo acalmada com uma palavra, mortos ressuscitando, cegos vendo e outros sinais dessa grandeza. Quando Jesus subiu aos céus, essas coisas se tornaram bem menos freqüentes e, ouso dizer, depois que morreram os apóstolos, ficaram ainda bem mais raras. Mas Deus não é o mesmo ontem, hoje e sempre? Sim, Ele é, mas isso não o obriga a agir sempre da mesma forma, e a evidência maior disso é que temos várias alianças diferentes na Bíblia, feitas entre Ele e os homens.

Entendamos, portanto, o que representam os milagres na história do cristianismo. Em II Co 12:12, Paulo deixa claro que os “sinais, prodígios e poderes miraculosos” eram suas “credenciais” como apóstolo. Em outras palavras, essas coisas distinguiam os cristãos comuns dos apóstolos, que eram aqueles que haviam recebido sua missão diretamente do Senhor e sobre o fundamento dos quais a igreja estava edificada. Por outro lado, em I Co 12:28, Paulo também fala de dons de milagres e dons de curas, dados a pessoas que não eram apóstolos. Ainda assim, os dois versos seguintes deixam claro que, assim como não são todos apóstolos, também não são todos que possuem esses dons. Tais dons existem e são para a edificação da igreja, mas não dados a todos os cristãos e nem têm a finalidade de fazer nossas vontades. Vale lembrar que eles são distribuídos conforme a soberania de Deus, que cura e realiza milagres quando quer. Nem mesmo Jesus curou todos os enfermos do seu tempo. Mas alguém pode dizer: “Jesus não curou todos aqueles que o buscaram corretamente?” Com certeza, só que o ato de buscar a Jesus é algo que primeiramente o próprio Deus coloca no coração do homem, em Sua soberania.

Voltando então a João 14:12, o que significa “farão obras ainda maiores que as que faço”? Primeiro, Jesus não se refere necessariamente aos milagres, uma vez que não usou qualquer uma das três palavras gregas comumente usadas para designá-los no Novo Testamento (traduzidas quase sempre como “sinais, prodígios e maravilhas”, como em II Co 12:12). Segundo, a interpretação mais sólida dessa frase é aquela que leva em conta que as “obras” de Jesus tinham e têm por finalidade fazer a vontade do Pai e proclamar o Reino de Deus. Aí fica fácil entender: Jesus levou a mensagem do Evangelho ao povo de Israel, e a igreja já levou a mesma mensagem até os confins da terra! As "obras maiores" seria exatamente isto!

(O autor desta análise específica de Jo 14:12 é: Renato N. Fontes, clique aqui para ver)


Extravagantes:
Além do mais também não existe em nenhum versículo bíblico, de Gênesis a Apocalipse a palavra "trindade", porém apesar do termo não ser bíblico o conceito é! Nenhuma pessoa de conteudo doutrinário biblico sério, iria questionar a realidade da trindade, só por que essa palavra não existe nas escrituras. O mesmo se aplica a sinais e maravilhas, pois o mesmo Jesus que fez uma moeda surgir na boca de um peixe que Pedro pescou para pagar os impostos (Mt 17.27), faz surgir dinheiro em contas bancárias e dentes de ouro nos dias de hoje!

REFUTAÇÃO:
O autor deste texto acima está tremendamente equivocado. Querer justificar a aplicação da realidade da "trindade" para, da mesma forma, averbar a questão dos dentes de ouro? É um verdadeiro absurdo!

O princípio da Trindade realmente está atestado na Bíblia, apesar do termo "trindade" não estar descrito na mesma. Porém, Aonde está na Bíblia evidências de manifestações com "Dentes de ouro", "ouro em pó", aonde está este princípio? Através de qual passagem Bíblica se aplica o mesmo?

Mateus 17:27 não valida a manifestação de dentes de ouro! É totalmente fora de lógica afirmar o contrário.

Vejamos o significado e a significância desta passagem:

O Senhor e os Seus discípulos tinham estado fora da Galileia por algum tempo e não tiveram oportunidade de pagar o imposto "de duas dracmas", que era pago anualmente por homens judeus de vinte anos ou mais no mês de Adar (março), para a manutenção do templo em Jerusalém.

Os coletores do imposto vieram e perguntaram a Pedro se o seu Mestre não pagava o imposto. Pedro respondeu que sim. É curioso que foram perguntar ao discípulo ao invés do próprio Mestre - seria por respeito, ou para evitar embaraço? Foram diplomáticos.

Entende-se pelo que vem a seguir, que Pedro, muito religioso, havia naturalmente pensado que o Senhor tinha o dever de pagar.

Quando Pedro entrou na casa onde o Senhor Jesus estava, este mostrou que sabia da conversa, usando uma parábola para que Pedro visse que, assim como a família do rei de um país não lhe paga impostos, o Filho de Deus não tem o dever de pagar o imposto do Seu templo, a casa de Deus.

Embora pela lógica estivesse isento, na prática o Senhor se dispôs a pagar o imposto para "evitar escândalo". Os demais judeus não iriam compreender essa lógica, e o Senhor preferiu fazer o que não precisava a fim de não dar a impressão que Ele e os seus discípulos desprezavam o templo, e a adoração que se fazia nele de acordo com a lei mosaica.

Em seguida Ele proporcionou a quantia necessária para o imposto dele e de Pedro, mediante um peixe que, apanhado com um anzol, tinha em sua boca uma moeda equivalente ao imposto dos dois.

Com este milagre Ele provou o seu atributo divino de presciência: Ele sabia qual de todos os peixes no mar da Galiléia teria uma moeda desse valor em sua boca, onde estava, e que este seria o primeiro a ser fisgado pelo anzol...

É um exemplo a ser seguido, quando somos confrontados com hábitos e costumes a que não somos obrigados, mas com os quais cumprimos para não causar ofensa, desde que moralmente inócuos.

Concluo com o seguinte questionamento: Por qual motivo Jesus operou este milagre da moeda na boca do peixe? Agora, por qual motivo Jesus iria colocar um dente de ouro na boca de alguém nos dias de hoje?


Extravagantes:
Manifestações extravagantes do poder de Deus sempre marcaram a história dos avivamentos, o importante é compreender que avivamento não são sinais. Eles seguem aos avivamentos, mas durante 40 anos no deserto aquela geração presenciou inúmeros sinais extravagantes do poder de Deus e nem por isso seus corações estavam quebrantados na presença de Deus.

REFUTAÇÃO:
Primeiramente questiono severamente a utilização do termo "extravagante". Vejamos o significado do termo "avivamento extravagante":

Avivamento:
[De avivar + -mento.] Substantivo masculino. Ato ou efeito de avivar(-se). [De a-2 + vivo + -ar2.] Verbo transitivo direto. Tornar mais vivo; excitar, estimular: avivar os espíritos.

Extravagante:
[Do lat. med. extravagante, poss. pelo fr. extravagant.] [Do lat. extra-, «para fora» +vagante-, part. pres. de vagári, «errar», pelo fr. extravagant, «id.»] [adj m+f (de extravagar)]

Adjetivo de dois gêneros: 1.Que anda fora do seu lugar. 2.Que se afasta do habitual, do comum; do singular, do original, comportamento estranho, excêntrico: homem extravagante; conduta extravagante. 3.Que comete extravagâncias, estroinices; estróina, esbanjador: indivíduo extravagante. ~ V. lei ?. Substantivo de dois gêneros. 4.Pessoa extravagante (3).

Fonte: Dicionário Aurélio

Concluímos que:

A palavra "avivamento" significa tornar-se mais vivo, é um aperfeiçoamento à um estado já existente.

A palavra "extravagante" significa comportamento que se afasta do habitual, do comum, do original. Comportamento estranho, excêntrico. Que anda fora do seu lugar, comportamento estulto, imbecil, insano, insensato.

A junção destas duas palavras se torna incoerente para o fim que deseja transmitir. Como pode ocorrer um avivamento de alguém que possui um comportamento totalmente oposto ao mesmo? Ora, pessoas extragavantes na verdade se afastam do que seria um verdadeiro avivamento, pois conforme o próprio termo afirma, são pessoas que se afastam do normal, do comum, do original, com comportamentos estranhos, excêntricos, insanos e insensatos. O avivamento seria um aperfeiçoamento de um estado já existente, não um afastamento do mesmo!

O termo "avivamento extravagante" é totalmente contra as escrituras, uma vez que Deus requer de nós uma adoração "em espírito e em verdade", com o nosso "coração contrito e sincero" e com "descência e ordem", para que possamos prestar o nosso "culto racional". Quem busca estas manifestações "extravagantes" na verdade extra vazam, vazando por todos os lados as maiores esquisitices em nome de Deus.


Extravagantes:
Sinais como: cair ao chão pela manifestação da unção de Deus (II Cr 5.11-14), risos, unção de alegria e gestos físicos semelhante a pessoas embreagadas (At 2 e I SM 7-19), choro, gritos, urros, clamor em alta voz (Ed 3.12-13), eletrecidade, calor, fogo, dentes de ouro (Ag 2.8), objetos em ouro, aromas e cheiros manifestos no templo (Sm 45), reflexo de luz/glória no rosto (Êx 34.29), ficar mudo(Lc 1.20), cego (At 22.6-11) ou com os movimentos paralizados por algumas horas ou dias, emagrecimento instantâneo, ficar colado na cadeira ou parede, e tantas outras operações de fé extraordinárias (Jo 20.30) não devem ser motivo de críticas e divergências, mas sim evidências e sinais de um Reino que vem a terra.


REFUTAÇÃO:
Um verdadeiro festival de distorções bíblicas, totalmente fora de contexto exegético!

Vejamos ítem por ítem:

Cair na unção = Nas Sagradas Escrituras, o "cair prostrado" não chega a ser um fenômeno; é mais uma reação reverente diante do sobrenatural. Registra-se apenas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, 11 casos de pessoas que caíram prostradas, com o rosto em terra, em sinal de adoração a Deus. E tais casos não se constituem num histórico; são episódicos isolados. Não têm foro de doutrina, nem argumentos para se alicerçar um costume, nem para se reivindicar uma liturgia; não podem sacramentar alguma prática. Afinal, reação é reação; apesar de semelhantes, diferem entre si. Como hão de fundamentar dogmas de fé?

Algumas colocações pertinentes a esta prática:

- Nos diversos exemplos de "prostração" existentes na Bíblia, observamos o seguinte: Os personagens que se prostraram, ou foram prostrados, em virtude de alguma experiência sobrenatural, caíram para frente, e não para trás, como está ocorrendo hoje em algumas igrejas. Não era algo programado, nem ministro algum induzira-os a cair. Ou seja: ninguém precisou soprar neles ou neles tocar para que caíssem. Tais modismos têm levado a irreverência e a bizarria ao seio do povo de Deus. Há alguns que se tornaram tão ousados que jogam até os seus paletós a fim de provocar prostrações coletivas. Isto é um absurdo! É antibíblico!

- Os casos de prostração narrados na Bíblia deram-se em virtude da reverência e temor que os personagens sentiram ao presenciar a glória divina. No Novo Testamento, o termo usado para prostração é "pesotes prosekinsan" que, no original, significa: cair por terra em sinal de devoção. Em Apocalipse 5.14, a expressão grega aparece para mostrar os anciãos prostrados aos pés do Cristo glorificado.

- Caso ocorra alguma prostração, deve-se fazer as seguintes perguntas: 1) Qual a sua procedência? 2) Teve como objetivo promover o homem ou glorificar a Deus? 3) Foi usada para catalisar a atenção dos presentes? 4) Foi provocada por sopros, toques ou por algum objeto lançado no auditório? 5) Houve sugestão coletiva? 6) Prejudicou a boa ordem e a decência da igreja? 7) Conta com o respaldo bíblico suficiente? 8) Tornou-se o centro do culto?

- Pode acontecer prostração numa reunião evangélica? Pode! Mas não tem de acontecer necessariamente; pode, mas não precisa acontecer, nem ser provocada. Caso aconteça, deve ser encarada como reação e não como fato doutrinário. John e Charles Wesley, por exemplo, experimentaram um poderoso avivamento, mas jamais elevaram suas experiências à categoria de doutrina. As heresias nascem quando se supervaloriza a experiência em detrimento da doutrina.

- Devemos estar sempre atentos, pois o adversário também opera sinais espetaculares com o objetivo de enganar: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).

(Compilado sobre "cair na unção" extraído no site CACP.)

Fonte: [ CACP ]
(Para uma análise mais profunda sobre o tema, clique neste link acima.)



Risos, unção de alegria e gestos físicos semelhante a pessoas embriagadas
= É citado At 2 e 1Sm 7:19.
Sobre Atos 2, o texto é claro, em nenhum momento nesta passagem fala de "gestos físicos de pessoas embriagadas", e sim de pessoas que zombaram do dom do Espírito Santo afirmando que os discípulos estavam "embriagados". Há uma grande diferença nisso.

As línguas como que de fogo naquela ocasião são interpretadas como uma representação visível de um dom especial que eles estavam recebendo – o de falar em "idiomas estrangeiros", como o que nos é informado logo a seguir.

O fogo pode ser uma figura do Espírito Santo, a fonte desse dom, pois era uma figura de Deus para o povo de Israel (Êxodo 3:2, 24:17, Deuteronômio 4:24). Também pode se referir ao ardor entusiástico com que o Evangelho foi proclamado em seguida.

O dom que foi concedido aos discípulos foi o de falar num idioma que não haviam aprendido, mas eram línguas usadas naquele tempo e foram compreendidas pelas pessoas originárias dos vários países que as falavam, ali presentes.

Quando lemos no verso 13 "outros porém, zombando, diziam: Estão embriagados!", quem afirmou isso eram as pessoas que estavam "zombando" dos discípulos por causa de estarem falando idiomas estrangeiros! O próprio Apóstolo Pedro, ao se dirigir a estes que estavam zombando e aos demais, deixou bem claro que eles não estavam embriagados (vs 15).

Sobre o outro texto citado pelo autor (1Sm 7:19), este texto não existe na Bíblia.

Sobre a tal "unção do riso", para maiores esclarecimentos, clique aqui .


choro, gritos, urros, clamor em alta voz (Ed 3.12-13) = Isto foi um caso isolado no Antigo Testamento e não deve de maneira nenhuma servir de justificativa para tais práticas nos dias de hoje. São épocas e contextos diferentes dos quais vivemos hoje através da Graça. Se for para ficar gritando e berrando em alta voz, como conciliar esta passagem com o que o Apóstolo Paulo nos disse a respeito nosso comportamento no culto: "Tudo, porém, seja feito com decência e ordem." (1Co 14:40)?

eletricidade, calor, fogo, dentes de ouro (Ag 2.8) = ??? Aonde nesta passagem fala de tudo isso? "Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos", de acordo com o contexto, se refere à soberania de Deus perante todas as coisas (Sl 24:1,50:9-12). Nesta passagem Deus promete ao povo de Israel que realizará a sua própria glorificação bem como fará com que o seu povo receba a riqueza das nações (Is 60:5).

Objetos em ouro, aromas e cheiros manifestos no templo (Sm 45) = Não localizei esta passagem na minha Bíblia!

Reflexo de luz/glória no rosto (Êx 34.29) = Casos específicos do Antigo Testamento não se aplicam em nós de maneira nenhuma! É o que acontece nesta passagem, Deus fala com Moisés no monte Sinai, Moisés teve seu rosto resplandecendo luz da glória de Deus. O contexto paralelo imediato desta passagem é os capítulos 19 e 20 de Êxodo. Isso foi um fato isolado, específico da Antiga Aliança, onde Deus se manifestou especificamente à Moisés, onde o mesmo intermediou ao povo os 10 mandamentos e demais ordenanças.

ficar mudo(Lc 1.20) = Seria a "unção do mudinho"? Ora, Deus na verdade não quer ver seus filhos "mudos", pelo contrário, nós devemos abrir a boca e pregar o evangelho sempre quando oportuno! Esta passagem foi específica para o momento narrado, de acordo com o contexto da passagem, e não deve ser estabelecida como "regra geral" de sinais, principalmente para os dias de hoje.

Cego (At 22.6-11) = Unção da cegueira? Esta passagem fala da conversão de Paulo. De acordo com o contexto, também é uma passagem de um acontecimento específico. Esta manifestação sobrenatural que aconteceu com Paulo jamais deve servir como um "sinal" contínuo de que irá ocorrer com outras pessoas na Igreja.

Movimentos paralizados por algumas horas ou dias, emagrecimento instantâneo, ficar colado na cadeira ou parede, e tantas outras operações de fé extraordinárias (Jo 20.30) = Simplesmente fora inventado um monte de sinais em que o texto Bíblico citado não afirma. Isto é um erro tremendo. É inserir algo que a Bíblia não afirma, logo, pura heresia! Aonde está nesta passagem que Jesus operou estes sinais de emagrecimento instantâneo, unção da lagartixa ou paralizando pessoas por horas e dias? Já foi explicado sobre a interpretação deste texto logo acima.

Extravagantes:
Lance fora todo o vinagre da religiosidade azeda, e receba em seu espírito uma transferência de unção pois Deus tem vinho novo para nossas vidas!

REFUTAÇÃO:
O que temos que lançar fora, além do vinagre da religiosidade azeda, é o vinagre podre das distorções Bíblicas, extra-revelações e supostos "sinais" extra-canônicos que nunca foram praticados por Jesus, nem por qualquer outro personagem Bíblico (que é o caso do tal dente de ouro). Isto sim é que temos que abrir mão de nossas vidas. Pois já temos a única e exclusiva "unção" de Deus que veio sobre nós através do Espírito Santo após nossa nova vida em Jesus Cristo (1Jo 2:20 e 27). Não existem "novas unções", muito menos transferência das mesmas!

***

Bom, estas foram as minhas refutações ao referido texto que justifica os tais sinais "extragagantes". Me coloco a disposição para responder as réplicas do referido pastor, bem como deixo aberto o espaço democraticamente neste Blog para suas colocações pertinentes a estas minhas refutações. Lembrando que enviarei um e-mail ao mesmo com o link desta postagem para que haja o conhecimento deste conteúdo.

No mais, deixo as minhas considerações finais para que todos nós, como Cristãos, possamos ser sempre iguais aos Bereianos de Atos 17:11, analisando nas escrituras tudo o que vemos, ouvimos e recebemos, para ver se conferem realmente com a Palavra de nosso Deus.

Autor: Ruy Marinho
Fonte: [ Bereianos ]

.

Prostitutos Cultuais e Mercadores da Fé

.
Eu estava tentando encontrar um adjetivo para qualificar os atuais cantores e pregadores que cobram elevadas somas em dinheiro para pregar ou cantar nas igrejas e em conferências promovidas por evangélicos, e achei que “mercador da fé” não é um adjetivo apropriado, porque é simples demais para nominar tais pessoas.

Pois bem. Vejo esses exploradores da boa-fé evangélica como prostitutos cultuais – que é a tradução da versão atualizada – para os que se prostituíam junto aos templos pagãos e que depois passaram a se prostituir diante do templo do Senhor em Jerusalém. Porque os prostitutos (as) cultuais mencionados na Bíblia exploravam os que se dirigiam ao templo para adoração oferecendo-lhes um pouco de orgia – orgia sexual revestida de espiritualidade, como alguns desses a que me refiro que falam línguas, profetizam, oram pelos enfermos, são místicos e super espirituais... Mas orgiofantes (como os sacerdotes que prestavam culto a Dionísio).

Os prostitutos e prostitutas cultuais, comuns nos templos pagãos passaram a conviver com os adoradores junto ao templo de Jerusalém, indicativo de uma deformação espiritual da nação de Israel. Não estou afirmando que é comum tais pessoas se prostituir de verdade, em orgias sexuais; estou afirmando, isto sim, que sempre que uma pessoa se afasta de Deus, comete prostituição com outros deuses – fato mencionado pelo próprio Deus em várias passagens do Antigo Testamento. Em Ezequiel 16 ele compara Israel a uma menina, que é cuidada por Deus, adornada e preparada para ser esposa, mas se prostitui com os povos vizinhos.

Deus se antecipou ao que poderia acontecer e recomendou a Moisés: “Das filhas de Israel não haverá quem se prostitua no serviço do templo, nem dos filhos de Israel haverá quem o faça... Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à Casa do Senhor, teu Deus (Dt 23.17-18).

O que se vê hoje no Brasil é uma orgia espiritual, uma masturbação coletiva praticada por cantores e cantoras, pregadores e pregadoras, que não conseguiram fazer sucesso no mundo e encontraram na igreja um filão de negócio; o caminho para o enriquecimento à custa da espiritualidade dos irmãos.

Imagine o Lázaro da Bíblia, que Jesus ressuscitou dos mortos gravando seu cd e saindo pelo mundo a pregar nas igrejas, usando os recursos para comprar bens e imóveis em Atenas, Roma e Jerusalém. Imagine Dorcas, relatando sua ressurreição e insinuando aos irmãos por onde pregava que precisava de dinheiro para comprar máquinas de costura a fim de ajudar os pobres com maior eficácia, lucrando com a bênção alcançada. Eles seriam excluídos do rol de membros do céu pelos apóstolos.

Pois sei que esses excrementos espirituais – e não há palavra melhor para descrever tais pessoas – cobram preços exorbitantes para pregar e cantar. Eu estava numa cidade pregando o evangelho e em várias cidades daquele Estado os irmãos se mobilizavam para ouvir o ex (que deve ter fracassado no mundo) cujo preço varia de 20 a 35 mil reais por apresentação. Este cantor que explora a espiritualidade do povo deve ganhar, pelo menos, com a agenda cheia em torno de cem mil reais por semana! Sim, porque fazem sucessos os ex-, sejam ex de quaisquer espécies. Ex que tocou na famosa banda do mundo; ex- que se prostituía com drogas, mas agora se prostitui com dinheiro. Prostituem-se com a fé. Sim, porque quais prostitutos cultuais do AT usam da espiritualidade para fazer orgia com o povo com o fim de levar o povo a se alegrar, enquanto eles ficam ricos.

Uma denominação pentecostal nutriu, alimentou e criou um pregador que cobra o exorbitante preço de quinze mil reais por pregação e nunca tomou uma atitude corretiva e disciplinar quanto a seu enriquecimento e vida pessoal; ao contrário, alimenta o sucesso desse mercador de dons. Balaão se sentiria envergonhado!

Assim, quando viajo pelo Brasil sinto no ar o odor fétido que eles deixam por onde passam; o odor da prostituição espiritual, o cheiro nauseabundo que costumam exalar os espiritualmente mortos. Que se prostituem espiritualmente e que levem pastores, líderes e povo à prostituição com eles é inegável, e não é de se duvidar de que se prostituam literalmente em seus confortáveis quartos de hotel. Pregadores e cantores que fazem exigências incomuns; que não aceitam fazer uma refeição na casa de irmãos; apenas em restaurantes que servem a La Carte. Que não se contentam com os bons hotéis e se não houver os melhores, recusam-se participar de eventos a menos que suas exigências sejam atendidas.

Os culpados são os líderes que atraídos pela ganância financeira esperam obter lucros com os gananciosos. Certamente porque muitos pastores, apóstolos e líderes se prostituíram espiritualmente, empolgados com as riquezas deste mundo, sonhando com mansões no litoral brasileiro e nas famosas cidades dos Estados Unidos.

Que posso dizer? Afirmar que alguns desses pastores que apóiam tais cantores e pregadores, juntamente com estes sejam descendentes de Balaão – que se prostituiu e usou de seus dons para ensinar Balaque a armar ciladas para os filhos de Israel – seria ofender o profeta do Antigo Testamento, que por seu pecado foi morto por Josué.

Quem sabe possuem o DNA de Judas, ou são da mesma linhagem espiritual que vendem o nosso Senhor em troca das benesses de Mamom. Pedro e Judas descreveram tais cantores, pregadores e pastores com adjetivos pouco recomendáveis, afirmando que estes “andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores... Considerando como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos; abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça... Esses tais são como fonte sem água, como névoas impelidas por temporal. Para eles está reservada a negridão das trevas”.

Por mistificações o apóstolo está se referindo aos que usam dos dons espirituais para se sobrepor aos demais; eles têm dons, são místicos e falam como se uma nuvem de transcendência divina repousasse sobre eles.

Faz-se necessária uma limpeza na igreja, a Casa de Deus, como fizeram Asa e Josafá. Asa tirou de cena sua própria mãe e “removeu os prostitutos cultuais” que usavam o templo como local de prostituição. Josafá ainda precisou intensificar a reforma, porque, de tempos em tempos os aproveitadores da boa vontade do povo; os exploradores da espiritualidade das pessoas, tais como eram os filhos de Eli aparecem na igreja de Deus (1 Rs 15.12; 22.47).

Uma igreja rameira serve de alcova para os exploradores da espiritualidade do povo. E Deus haverá de limpar sua igreja.

João A. de Souza Filho
dica do José Freire

Fonte: [ PavaBlog ]
.

Revelação divina do inferno?

.

Uma enxurrada de "tristestemunhos" de pessoas que supostamente estiveram no céu ou no inferno tem proliferado no meio dos evangélicos. São relatos extremamente sensacionalistas e repletos de aberrações teológicas, onde pessoas afirmam terem visto as coisas mais bizarras possíveis, tais como: armários com gavetas contendo pontas de cabelo, calças compridas e brincos; e demônios espetando com tridentes as pessoas (quase sempre irmãs que usavam calça comprida ou cortaram os cabelos ou irmãos que assistem televisão), caminhos e corredores diferentes no inferno, etc... Alguns até dizem terem visto o próprio diabo torturando as pessoas. Muitas igrejas convidam estes "irmãos santos" e "experientes" para testemunhar em suas igrejas [nestes dias, as igrejas lotam de curiosos para ouvirem os tais "testemunhos"] e livros e apostilas são feitos e vendidos com estas mentiras e baboseira, e é um destes livros - certamente o mais famoso deles - que iremos analisar aqui.

O livro "a divina revelação do inferno" foi publicado originalmente em inglês com o título: "a divine revelation of hell", em 1993, nos Estados Unidos. A autora, Mary Kathryn Baxter, é "ministra" [as heresias já começam aqui: mulheres exercendo o oficio pastoral, o que é antibíblico] da Igreja Nacional de Deus, em Washington, EUA. Nasceu em Chattanooga, Tennessee, EUA. Segundo ela mesma relata, começou a ter "visões" de "deus" na década de 60, em Michigan; mas foi em 1976, que "jesus" teria aparecido para ela, na forma humana, em "sonhos", "visões" e "revelações", durante quarenta noites, e mandou-a transmitir as profundezas, degradações e tormentos das almas perdidas no inferno (pp. 183, 184).

Entre as pessoas que indicam e apoiam o referido livro, encontra-se a Sra. Marilyn Hickey, que num de seus livros ensina ter Noé, sob o efeito da embriaguez, praticado atos homossexuais com seu neto Canaã, além de dizer que o homem possui a natureza de Deus, tornando-se participante de "todos os seus atributos" [Hickey, Marilyn. Quebre a cadeia da maldição hereditária. Rio de Janeiro: Adhonep, 1988, pp. 30-32, 98]. Percebe-se, pois, que a insensatez acompanha não apenas a obra indicada, mas também quem a indicou.

A visita ao inferno da Sra Baxter

O "inferno" de Baxter é sui generis. Nada há igual. Ela usa e abusa de seu "talento artístico" para criar baboseiras "espirituais". Sua imaginação é fertilíssima.

Baxter relata sua "visita" ao inferno nos seguintes termos: "...'jesus' veio a mim em 1976 (...). "jesus" levou-me ao inferno por um período de 40 dias. (...) No mesmo momento, minha alma foi retirada do meu corpo. Saí com "jesus" do meu quarto em direção ao céu. (...) Meu corpo permanecia na cama, enquanto o meu espírito ia com "jesus" através do telhado da casa. (...) Depois, começamos a subir cada vez mais e eu já podia ver a Terra embaixo. Saindo dela, de vários pontos, haviam tubos girando em direção a um ponto central, indo e vindo. Eles se moviam como gigantes, continuamente e envolviam a Terra toda. (...) "São os portões do inferno" (pp. 11, 16-18).

Ela retrata o inferno como se fora um corpo humano. O livro tem alguns capítulos "interessantes", como, por exemplo: A perna esquerda do inferno (02), A perna direita do inferno (03), O ventre do inferno (07), O coração do inferno (10), O braço direito do inferno (13), O braço esquerdo do inferno (14), As mandíbulas do inferno (19) etc. Relata Baxter (aparentemente citando as palavras de "jesus"): "O inferno tem a forma de um corpo (semelhante à forma humana) deitado no centro da Terra. Ele tem a forma de um corpo humano - grande e com muitos compartimentos cheios de tormentos (...). O corpo está deitado de costas, com os braços e as pernas estendidas para fora" (pp. 31, 32, 52, 53).

Ao visitar o "coração" do inferno (capítulo 10), juntamente com "jesus", ele a abandonou, entregando-a aos demônios. Ela conta que sofreu tormentos, foi aprisionada, ajoelhou-se diante de satã. Diz Baxter: "espíritos na forma de morcegos me mordiam por toda parte" (p. 90). Ao indagar de "jesus" a razão desse incidente, a resposta foi: "Minha filha, o inferno é real. Mas você jamais poderia ter certeza até que experimentasse por si mesma. Agora você sabe da verdade e o que é estar perdido para sempre lá. Você poderá relatar para os outros a sua experiência, sem sentir nenhuma dúvida" (p. 92). O "jesus" que conduziu a Sra. Baxter ao inferno não era o JESUS da Bíblia (II Coríntios 11: 4).

O "jesus" da Sra. Baxter não se deu por satisfeito com o que ela conheceu e, após essa experiência traumática, enviou-a mais uma vez para os tormentos infernais, desta vez às mandíbulas do inferno (capítulo 20). Depois de entrar em colapso, ela declarou que queria "estar bem longe - longe de "jesus", da minha família e de qualquer pessoa" (p. 92). Certamente que o JESUS dos Evangelhos não submeteria nenhum de seus "irmãos" a horrendas atrocidades, como se Ele fosse um carrasco nazista.

Algumas esquisitices que a Sra. Baxter diz ter visto no "inferno"

Ratos e serpentes (p. 53). Como foram parar ali?;

Uma alma - com coração e sangue - dentro de um caixão (p. 57). De que era feito esse caixão, só Baxter sabe;

Uma mulher presa numa cela, cujas paredes eram de "barro" e a porta de "um metal escuro com barras e uma fechadura", e sentada numa "cadeira de balanço, balançando e chorando copiosamente" (p. 70). Pelo que parece, o inferno anda contratando pedreiro, ferreiro e carpinteiro.

Satanás despachando com um grupo de mulheres, instruindo-as para enganar a muitas pessoas. De repente, "uma estante alta foi trazida para perto de Satanás e lá havia muitos papéis. Ele pegou alguns e começou a ler para as mulheres" (p. 63). De que eram feitos aqueles papéis que não queimavam nas profundezas ardentes do inferno de Baxter?

Aberrações Teológicas

a) Exaltação ao demônio

O livro "a divina revelação do inferno", é um verdadeiro parque de diversões para os demônios, lá os homens penam no fogo e os demônios só curtem; uns espetam, outros torturam, outro tem uns 4 metros e fica brincando de lançamento de disco (literalmente). Um disco com muito enxofre e lago de fogo, onde são colocadas várias pessoas e o demônio fica jogando este disco de um lado para outro... (olimpíadas infernais?!?).

No inferno de Baxter, Satanás jamais sofre; ao contrário, ele conta com um "centro de divertimento" (p. 80), onde ele e seus demônios deleitam-se com a desgraça alheia (p. 82). O apóstolo João, porém, diz que Satanás, ao invés de ter um "centro de divertimento", será atormentado pelos séculos dos séculos (Apocalipse 20:10).

b) Contradições

O caráter contraditório das declarações por si só já desqualifica a "revelação" de Baxter. Por exemplo: na p. 16 encontramos a suposta declaração de "jesus" para ela: "Minha filha, levarei você até o inferno (...). Quero que escreva um livro e conte todas as coisas que vou revelar a você". Desobedecendo à ordem de "jesus", porém, ela comenta na p. 20: "Algumas coisas, por serem horríveis demais, não consegui passar para o papel". Ora, por mais que a mensagem a ser transmitida fosse dura, os profetas de Deus declaravam o que Ele ordenava, independentemente do que sentiam a esse respeito; tal foi o caso de Jonas, Jeremias, Oséias e outros. A Sra. Baxter mostrou claramente não possuir características próprias de um profeta de Deus. Para terminar o festival de contradições, diz: "Como obreira de Deus, submeti-me ao comando de 'nosso senhor jesus cristo' e registrei fervorosamente as coisas que me foram mostradas e reveladas por Ele" (p. 181). Baxter registrou ou não?!?

c) Negando a Trindade

Baxter ensina no livro um conceito errôneo sobre a Trindade. Ela afirma ouvir de Deus, o Pai, o seguinte: "O Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma única pessoa" (p. 158). Essa heresia, que não faz distinção entre as "pessoas" da Trindade, chama-se patripassionismo (ou modalismo, também conhecida como sabelianismo). Para os patripassianos, foi o próprio Pai que assumiu a natureza humana, sofreu, morreu e ressuscitou. Diziam que a expressão "Filho" refere-se à carne de Jesus (= natureza humana), e que "Pai" é o elemento divino unido à carne (= Deus). Hoje, muitas seitas ensinam tal heresia, como por exemplo, o Tabernáculo da Fé, Igreja Pentecostal Unida do Brasil, Igreja Voz da Verdade, Testemunhas de Ierrochua etc.

Conclusão

Este livro é uma farsa e sua autora, Mary K. Baxter uma mentirosa e charlatã que se enriqueceu as custas de pessoas ingênuas e ignorantes biblicamente. Não há nada nas Escrituras (nem mesmo na literatura apócrifa) que apoie essa "visão" de Baxter, muito pelo contrário, pois:

1) A Bíblia não relata nenhum caso de pessoas que foram ao inferno e voltaram.

2) Ainda que alguém fosse ao inferno, não teria visto pessoas naquele lugar, pois o inferno ainda não foi inaugurado! Não confundir inferno (geena = lago de fogo e enxofre) com Hades [grego] / Sheol [hebraico] (lugar onde os ímpios estão aguardando o juízo; lugar de tormentos), que em algumas versões vem traduzido erroneamente como "inferno". Antes da ressurreição de Cristo todos que morriam iam para o Hades/Sheol [crentes e ímpios], porém lá havia uma separação [grande abismo] entre o lugar de descanso dos crentes e o lugar de tormento dos ímpios [Lc 19]. Após a Sua ressurreição, Cristo levou todos os crentes para o Céu, junto dEle, e os ímpios permaneceram no Hades/Sheol. Hoje quando um crente morre vai direto para o Céu [Paraíso], juntamente com Cristo; quando um ímpio morre, vai para o Hades/Sheol [que não é o inferno] aguardar o julgamento final.

3) O diabo não está no inferno e sim nos ares (Jó 1.7,2.2; Ef 6. 12)

4) O diabo será lançado no inferno somente após o milênio (Ap 20.10)

5) No inferno o diabo não irá brincar ou torturar ninguém, aliás, isto seria um prêmio para ele. No inferno ele também será atormentado (Ap 20.10b)

6) Quem vai inaugurar o inferno é a besta e o falso profeta(Ap 19.20)

7) Os ímpios só serão lançados no inferno após o juízo final (Ap 20.11-15)

Tudo o que precisávamos saber a respeito do inferno, Deus já revelou através da sua Palavra, a Bíblia. Não precisamos de nenhuma dona Baxter.

Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. I João 4:1

(compilado)

Fonte: [ O Bereano ]

.

Entrevista - Augusto Nicodemus Lopes

.
Abaixo publicamos a entrevista do Rev. Augustus Nicodemus cedida à Enfoque Gospel:

ENFOQUE – Como o senhor analisa hoje o cenário evangélico brasileiro?

Augustus: Vivemos um momento de grandes mudanças no cenário brasileiro evangélico, mudanças que começaram a ser gestadas quando as igrejas evangélicas em décadas passadas passaram a abandonar o referencial da Reforma protestante, o referencial da própria Escritura Sagrada, a Bíblia, e passaram a se entender como um movimento voltado para a satisfação das necessidades imediatas e materiais dos seus aderentes e a aferir o sucesso espiritual pela prosperidade material. As igrejas neopentecostais continuam a crescer e continuam a não ter rumo teológico algum, escandalizando cada vez mais a opinião pública, envergonhando os evangélicos com práticas e costumes bizarros e estranhos, e com escândalos que ganham a mídia e que revelam os intestinos dessas igrejas. Espanta-me o fato que a teologia da prosperidade continua crescendo apesar de tudo.

Mas, não é somente isso. Hoje, as igrejas evangélicas pentecostais tradicionais correm o risco de ser minadas pelo liberalismo teológico, através dos obreiros e pastores que vão buscar um diploma de teologia reconhecido pelo MEC em universidades públicas e seminários dominados pelo velho liberalismo teológico. Não há nada errado em almejar um diploma desses, mas é que as instituições credenciadas para emiti-los usam o chamado "método científico" para estudar a Bíblia, método esse que parte do pressuposto que ela é simplesmente um livro religioso e não a infalível Palavra de Deus.

As igrejas históricas continuam pequenas e sem muito poder de fogo no cenário nacional, embora sejam elas que estejam fornecendo os professores de seminários onde os demais evangélicos vão buscar diplomas reconhecidos. São elas, também, que estão na linha de frente provendo informações e estudos sobre as questões éticas que estão sendo debatidas hoje no Brasil, como, por exemplo, a lei da homofobia. Algumas dessas denominações tradicionais estão totalmente divididas internamente entre conservadores, pentecostais e liberais, que lutam por tomar o controle dessas denominações.

Em outras palavras, não vejo o atual cenário brasileiro evangélico com muito otimismo, embora recentemente tenham acontecido algumas coisas que sugerem que nem tudo está perdido. Uma denominação histórica que estava muito minada por pastores e professores de teologia liberais deu uma reviravolta e cortou toda e qualquer relação com organismos ecumênicos que envolvam o catolicismo. Para muitos foi um retrocesso, para mim, um avanço. Percebo igualmente um aumento do interesse de muitos, especialmente dos pentecostais, pela teologia reformada, pela teologia conservadora séria, erudita e pastoral, que traz um misto de profundidade e piedade. Cresce bastante o mercado de livros evangélicos com boa teologia e boa prática. Isso traz alguma esperança.

ENFOQUE: As igrejas históricas estão conseguindo sobreviver aos furos das neopentecostais?

Augustus: Em parte. Por um lado, o neopentecostalismo é tão obviamente antibíblico que a tarefa dos pastores e líderes das igrejas tradicionais fica mais fácil. Seria mais difícil se o neopentecostalismo fosse mais sutil, mais sofisticado. Mas, é um movimento de massas, levado avante no grito, na centralização do poder nas mãos de pseudo-bispos e apóstolos que manipulam as massas usando a Bíblia como pretexto para recolher milhões e milhões de reais. Não é difícil para qualquer pessoa um pouco mais esperta desconfiar do que realmente está acontecendo.

Por outro lado, o apelo que o neopentecostalismo faz à alma católica dos evangélicos é muito grande: objetos ungidos, relíquias, líderes apostólicos, prosperidades, milagres físicos – tudo herança do catolicismo na mentalidade brasileira. Mas, muitas igrejas tradicionais já estudaram o assunto e já tomaram posição sobre ele. A Igreja Presbiteriana do Brasil, por exemplo, tem veiculado cartas pastorais que instruem seus membros sobre o movimento G-12, as práticas da Universal do Reino de Deus, coreografia e dança litúrgica, para mencionar alguns. Isso ajuda os membros e pastores presbiterianos a ficarem firmes contra essas práticas.

ENFOQUE: Na sua opinião, qual será o futuro da Igreja Evangélica Brasileira?

Augustus: Como alguém já disse, “é muito difícil profetizar sobre o futuro”. O presente sugere que esse futuro não é róseo. O crescimento vertiginoso entre os evangélicos do pragmatismo, o relativismo, o liberalismo, a libertinagem, associado à desorganização e à fragmentação do movimento evangélico só pode pressagiar dias maus pela frente, a menos que Deus tenha misericórdia de Sua Igreja e intervenha de forma poderosa, como já fez várias vezes no passado.

O que mais me preocupa quanto ao futuro é que os evangélicos estão cada vez mais achando que os valores morais e doutrinários são relativos e cada vez mais abandonando o conceito de verdades absolutas e permanentes. Essa tendência é o resultado óbvio da influência do relativismo que permeia a cultura brasileira.

Uma amostragem do relativismo, que desemboca na libertinagem, pode ser encontrada em blogs, comunidades no Orkut e sites evangélicos na internet. Há comunidades evangélicas no Orkut, por exemplo, onde o sexo entre os jovens cristãos antes do casamento é defendido como se fosse absolutamente normal. Os jovens são expostos a todo tipo de doutrinação sem ter o acompanhamento de seus pastores e líderes, que via de regra não estão familiarizados com essa forma de comunicação ou não têm tempo. Pais e líderes evangélicos ficariam abismados se entrassem nessas comunidades. Por um lado, os jovens evangélicos são hoje muito mais bem informados e críticos que os de gerações anteriores. Por outro lado, receio que uma nova geração de evangélicos está se formando, em que pese o alcance ainda bastante limitado desses meios de comunicação, que verá com naturalidade a relativização dos valores morais e dos pontos doutrinários basilares do Cristianismo, com trágicos resultados para a fé e o testemunho cristãos.

Fonte: [ O Tempora, O Mores ] via [ CACP ]

Sobre Augustos Nicodemus: Paraibano, casado com Minka, pai de Hendrika, Samuel, David e Anna. Pastor presbiteriano (IPB), mestre e doutor em Interpretação Bíblica (África do Sul, Estados Unidos e Holanda), chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor de exegese, Bíblia, pregação expositiva no Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper, da IPB, autor de vários livros.
Fonte: [ http://www.blogger.com/profile/04362983992398308974 ]
.

A "unção" do riso.

.

Certa irmã em Cristo comentou o seguinte, num site da internet:

"Irmãos, [...] eu gostaria de contar um fato que ocorreu na minha vida: eu era de uma igreja que não acreditava no mover do Espírito Santo, na qual o seu lema era "Fazei tudo com ordem e decência" Com isso, os cultos eram cada vez mais frios. Ao passar do tempo, não suportei mais ficar ali, pois eu queria ter uma experiência nova de vida com Cristo. Então, mudei de denominação. Onde agora estou, eu sinto total libertade do Espirito, e não vejo mal algum na unção do riso, pois já a senti. Muitos a criticam, como também já a critiquei uma vez, mas hoje, depois que passei por essa experiência com Deus, eu posso verdadeiramente afirmar que é TREMENDO!!!! Foi algo maravilhoso, inexplicável a alegria que eu sentia no meu coração: eu ria, lágrimas caíam dos meus olhos e não conseguia parar de falar em línguas estranhas, tudo isso ao mesmo tempo. Para encerrar, queridos, eu só quero lhes lembrar de uma palavra que diz assim "Aquilo que o olho não viu, que o ouvido não ouviu, nem jamais penetrou em coração humano é o que Deus tem preparado para aqueles que O amam." Quem somos nós, queridos, para dizer que isso é frescura ou palhaçada? Lembrem-se: blasfêmia contra o Espírito Santo não tem perdão!!!! E se verdadeiramente é unção, provém do Espírito santo, e negando-a, ou até mesmo chamando-a de "PALHAÇADA", estamos blasfemando contra Ele."

Não se pretende aqui tecer julgamentos, muito menos desqualificar de não-convertidos pessoas que afirmam receber essa unção. Todavia, precisamos defender a Palavra de Deus contra todos os ensinos e práticas sem base bíblica.


Unção do Riso - Suas Orígens

A unção do riso, também chamada de "bênção de Toronto", "gargalhada sagrada" ou "unção de Isaque" não tem nenhuma básica bíblica. Tais manifestações estranhas às Escrituras Sagradas tornaram-se mais conhecidas pois a erupção destas ocorreu na Igreja Vineyard, do Aeroporto de Toronto, Canadá. Nada de novo no mundo religioso, pois os Hindus praticam isso há mais tempo. De acordo com o site http://www.nccg.org/042Art-Laughing.html, há 37 clubes do riso só em Bombay, India praticando essas gargalhadas. O modo como começam os risos ali são bem parecidos com o modo como os neopentecostais e até os pentecostais iniciam as gargalhadas - tudo resultado de uma indução a um estado de relaxamento.

Há alguns relatos da tal unção do riso já 1933, em escala, bem pequena e nas Igrejas de Kenneth Hagin (1992) e de Kathryn Kuhlman, mas os cristãos que propagaram, no meio evangélico, a "Bênção de Toronto" foi Rodney Howard-Browne, na década de 90, mais precisamente a partir de Janeiro de 1994 e John Wimber. Não demorou muito para que chegasse ao Brasil, evidentemente. Tal "unção" é praticada aqui no Brasil e no mundo por grupos pentecostais e neopentecostais, e também carismáticos.

Como acontece o fenômeno

Na maioria das vezes, as pessoas sentadas sentem-se relaxadas e de deslisam com as costas nas cadeiras, ficando como que em posição de alguém que está bêbedo, quase que caindo da cadeira. Outras, caem no chão, e de repente o riso se torna incontrolável. Num vídeo de Rodney Howard-Browne, chamado The Coming Revival, ele relata que um homem permaceu rindo por três dias. Outras vezes, relata-se que pessoas debaixo dessa suposta unção emitem sons de animais, do tipo miados, uivos, latidos, rugidos, e quando no chão, se comportam com se fossem certos animais, como cobras, leões, e outros. Tudo isso acompanha a "unção" do riso. Imagine se o apóstolo Paulo fosse ressuscitado em nossos dias observasse esse zoológico dentro das igrejas! Será que ele se comportaria de tal forma? Consegue imaginar Paulo rindo dessa forma, e ainda por cima latindo como um cachorrinho? Dois textos das cartas de Paulo podem ser citados para responder a essas perguntas:

1 Coríntios 14:20 - "Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos."

Efésios 4:14 - "Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro".

Meninos, aqui, nos lembra a carta aos Hebreus, quando o escritor fala sobre aqueles que já deviam ser instrutores, pelo tempo de conversão, mas por não desfrutarem do alimento sólido da Palavra de Deus, contentam-se com o "leitinho" da Bíblia. (Hebreus 5:13, 14) O resultado de uma mente de um convertido sem conhecimento bíblico é agir sempre como criança, ou como imaturos.

Por que não tem base bíblica?

Os que estão sob a chamada "unção do riso" vivem buscando nas Escrituras Sagradas, a todo custo, base para tal manifestação. Mas o próprio John Wimber admitiu: "Penso que esse tipo de coisa deve ser colocado na categoria do não-bíblico e do exótico." Vejam como essas pessoas carecem de conhecimento bíblico, e nos fazem dar verdadeiras gargalhadas deles:

Isaías 5:29 - "O seu rugido é como o do leão; rugem como filhos de leão, e, rosnando, arrebatam a presa, e a levam, e não há quem a livre."

Comentário - Usar um texto bíblico escrito 700 anos antes de Pentecostes do ano 33 d.C. para justificar um fenômeno pentecostal é no mínimo hilário. Isso sim nos faz rir. E pior! O contexto mostra que esse rugido não é do povo de Deus, Israel, mas dos babilônios, que atacariam Israel e os levariam cativos para Babilônia. Por isso, levariam a presa e não haveria quem os livrasse. Trata-se, portanto, de uma metáfora. Se esses irmãos criancinhas na fé levarem ao pé da letra essas matároras, então terão que aprender a voar, conforme Isaías 40:31, onde lemos que "sobem com asas como águias".

Gênesis 18:12 - "Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer?"

Comentário - Novamente, um texto anacrônico ao fenômeno de Pentecostes de 33 d. C.. Mas se Sara riu no íntimo, então, existe a "unção de Isaque", pois o nome do filho de Sara foi Isaque, o qual significa "riso" em hebraico. Entretanto, esse riso dado por Sara foi uma manifestação do Espírito Santo nela, ou quem sabe uma unção? Não, mas foi uma reação de incredulidade, quando soube que embora velha daria à luz um filho. Tanto é verdade que Deus diz no versículo 14: "Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil?"

Salmo 126:1, 2 - "Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por eles."

Comentário - Será que a expressão "ficamos como quem sonha" indica uma unção que justifica a "unção do riso"? Quem sonha está dormindo, e quem ri enquanto sonha não tem consciência do que ocorre. Mas nas manifestações pentecostais do primeiro século, os que recebiam as maravilhas do Espírito Santo sabiam o que estava se passando. Quanto à expressão "nossa boca se encheu de riso", em parte alguma lemos que foi uma unção, mas uma reação natural de um povo, os israelitas, que haviam sido libertos do cativeiro babilônico.

Provérbios 17:22 - "O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos."

Comentário - Onde está a unção do riso aqui? Pelo que sabemos, tal manifestação espatafúrdica ocorre nos templos, em determinadas ocasiões. Entretanto, Provérbios 17:22 refere-se ao coração sempre está alegre como remédio para nosso corpo. Não precisa nem ser cristão para se saber disso. Há budistas, hindus, ateus que pensam positivamente, são pessoas alegres, e isso resulta-lhes em benefícios para a saúde.

Eclesiastes 3:4 - "Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria."

Comentário - Se as expressões "tempo de rir" e "tempo de saltar de alegria" são indicativos da "unção do riso", então deveria haver, de acordo com o contexto a "unção de prantear", "unção de matar", "unção de aborrecer", "unção de guerrear", etc. (Veja Eclesiastes 3:1-7) Que infantilidade de nossos irmãos pentecostais e neopentecostais, praticantes dessa aberração da fé isenta de conhecimento bíblico.

João 17:13 - "Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos."

Comentário - A palavra grega para "gozo" usada aqui é "khara", e significa "alegria, satisfação", conforme a Concordância de Strong de Palavras do Novo Testamento (palavra número <5479>). Realmente, todo o cristão sente essa alegria que vem do Espírito Santo (Gálatas 5:19-21). Essa mesma alegria "khara" é usada por Tiago (1:2) da seguinte maneira: "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações." Trata-se de uma alegria interior, que nos ajuda a perseverar. Não vemos um caso no Novo Testamento de cristãos rindo da forma como observamos essa "molecada" de crentes fazer.

Filipenses 4:4 - "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos."

Comentário - Da mesma raiz de "khara", mencionado acima, há aqui usado por Paulo o verbo grego "khairo", que significa alegrar-se muito. Paulo não se referia às risadas sem controle nos cultos cristãos, mas à alegria no Senhor, que encobre e vive no crente todos os dias. E no contexto, era a alegria no Senhor que deveria motivar os cristãos em Filipos a vencer os problemas de relacionamento entre cristãos, como os de Evódia e Síntique.

Por que essas manifestações ocorrem?

No meu ponto de vista, trata-se de mera infantilidade, ou imaturidade. Por não conhecerem a Palavra de Deus e buscarem desesperadamente por "sinais visíveis de Deus" para se apegarem (pois precisam ver para crer), deixam-se levar por líderes que gostam de aparecer, impactar a opinião pública. Eles sempre surgem com práticas e modismos novos. Fazem o que podem para manter seu rol de membros crescendo. Elem põem a pique os incautos facilmente, pois sabem, com palavras bem elaboradas, induzir pessoas a pensar e reagir como eles querem. Todavia, não podemos descartar a ação do grande inimigo da Igreja de Jesus, Satanás, junto com seus demônios. O que eles desejam é causar confusão e desordem entre o povo de Deus que, em muitos casos, sofre por falta de conhecimento.

Enquanto muitos se deixam levar por erros de interpretação bíblica, há cristãos comprometidos com a Palavra de Deus, e que buscam nela o modo correto de agir dentro e fora dos templos. Esperamos que você tenha experiências maravilhosas com o Deus Verdadeiro - Pai, Filho e Espírito Santo, mas que todas elas sejam frutos do propósito deste Deus em sua vida. Jamais tente usar sua experiência como uma prova divina para um novo modismo. Antes, pergunte-se: Aquilo que vejo ocorrer em minha igreja é bíblico?


Autor: Fernando Galli

Fonte: [ IACS ]
.

Oceano da mediocridade

.


Pastor Batista critica a falta de conteúdo dos programas cristãos e detona líderes que "ficam na tv vendendo seus livros feitos p/ analfabetos evangélicos".

Fonte:[ blog do Mukamatrix ] via [ PavaBlog ]

Onde eu assino?
.

Ministério de dança?

.


Por Leonardo G. Silva - Th.M.


Um dos modismos mais comuns na igreja contemporânea chama-se ministério de dança: grupos de coreografia, com roupa geralmente colorida e movimentos semelhantes ao Tai-Chi Chuan, que sempre garantem a “unção” na hora do culto.

Aqueles que defendem a viabilidade dessa prática geralmente se apoiam em passagens do A.T., como o caso de Miriã (Êx 15.20) e de Davi (2Sm 6.16). O problema aqui é que, no primeiro caso, a dança aparece como um ato patriótico e não como parte da liturgia, e no segundo vemos um fato isolado em toda história vetero-testamentária. Resta-nos apenas o Salmo 150, cuja possível tradução seria “louvai ao Senhor com adufes e danças”, para sustentar o aludido "ministério". Não podemos, porém, ignorar a grande quantidade de eruditos, entre os quais encontra-se o mestre Antônio Gilberto, que afirmam que “adufes e flautas” é a melhor tradução do texto hebraico, fortalecendo a tradicional versão Revista e Corrigida. Como vemos, há duas possíveis traduções e duas tendências, não havendo ainda um argumento conclusivo.

Se não é conclusivo, e se ainda permanece o empasse acerca da dança no salmo 150, porque então não validamos de uma vez as danças na igreja como costume bíblico? O caso é que não se pode fortmular uma doutrina tendo como base um único texto. Uma andorinha só não faz verão... E mais: ainda que o salmo 150, bem como as passagens acerca de Davi e Miriã fossem consideradas como doutrina, a falta de alusão a tal prática no Novo Testamento seria um argumento liquidante, e é fato que em todo N.T. não há nenhuma alusão à dança como elemento no culto religioso.

De tudo o que eu já vi e ouvi dos defensores do ministério de dança, muito me chama a atenção o fato de que, dentro desse novo mover, apenas um pequeno grupo louva a Deus com movimentos corporais. Os demais crentes ficam passivos na hora da coreografia, apenas observando a apresentação dos dançarinos. Isso é no mínimo incoerente, pois, se Deus gosta tanto assim da dança, não seria muito mais óbvio que todos dançássemos? Porque o resto da igreja tem que ficar inerte, apenas observando, enquanto os outros louvam (dançam) à Deus?

Recentemente fui convidado para assistir a um culto em uma igreja onde havia o dito ministério. Não pude deixar de perceber certos movimentos sensuais que chamavam a atenção para o busto e para os quadris das nobres bailarinas. O ministério usava uma blusa branca de Lycra semi-transparente, de modo que era impossível não perceber que algumas delas não estavam usando soutien. Em ritmo de salsa, as moças mesclavam Tai-Chi Chuan com passos caribenhos, saltando e sacolejando os seios rijos (e outros nem tanto, rs) bem diante dos nossos olhos. A solução foi fechar os olhos momentaneamente enquanto esperava que a “ministração” terminasse. Finalmente, o "Pastor de Jovens" tocou o Shofar, anunciando o fim o espetáculo, e eu disse: Graças a Deus!

Devemos ser cautelosos acerca das inovações no culto religioso. Não duvido nem por um instante de que aquelas jovens dançarinas tinham zelo de Deus, mas creio que faltou-lhes entendimento e no fim, o que devia ser um louvor a Deus acabou se tranformando em uma porta para a carnalidade.

Finalmente, depois de tudo o que dissemos aqui, creio que você mesmo pode responder à pergunta que deu origem ao tópico. Não se trata de farisaísmo ou de legalismo, e sim de bom senso! Eu ainda acho que a dança na igreja não edifica em nada, mas se alguém pensa diferente, sinta-se livre para expressar-se por meio de um comentário.


Fonte: [ Púlpito Cristão ]

O pior é a justificação deste suposto "ministério" como sendo uma "dança profética". O termo é tão absurdo que, como alguém pode "dançar" para Deus profetizando para Ele mesmo? A adoração é dirigida exclusivamente a Deus e para Deus não se profetiza, pois é por Ele e nEle que se encerra toda a profecia. Este termo sufixador é totalmente incompatível com a Bíblia.

É como o nosso irmão Leonardo escreveu no artigo acima, falta mesmo é conhecimento Bíblico para o povo. Já dizia nosso Deus por intermédio do profeta:
"O meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento..."( Os 4:6).

RM
.