"Achei que eles iam orar por mim, então fui." Assim começou o pesadelo da dona de casa Ana Jorge Siqueira, 68, ao ir, pela primeira vez, a um culto da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), em Piracanjuba-GO, a 87 Km de Goiânia. A mulher acusa a entidade de agredi-la fisicamente durante uma "sessão do descarrego". O caso foi parar na polícia e agora é julgado na comarca do município.
O caso teve início em setembro do ano passado, um dia depois dela sair do hospital. A dona de casa sobre de osteoporose e, um dia depois de ter alta, recebeu a visita de uma amiga de nome Joana D'arc. Obreira da igreja, Joana convidou a vítima para ir ao culto de domingo, onde aconteceria o evento chamado "A família ao pé da Cruz". Ana teria sido orientada a depositar em uma sacola os pedidos de oração e uma doação de dinheiro.
"Para mim, ela era uma amiga que queria orar por mim", conta. Ainda indisposta por causa do período hospitalizada, Ana tentou recusar o convite, alegando não se sentir bem. Diante da insistência de Joana, ela aceitou. "Ela foi induzida pelos ministros a ir ao culto", acusa a advogada da dona de casa, marilene Vieira Sampaio.
Católica, a dona de casa nunca havia frequentado a um culto da Igreja Universal, até então. "Não sabia o que ia acontecer", conta. No meio do culto, percebendo a comoção de Ana, a amiga a levou ao altar. Foi aí que as agressões começaram. A vítima acusa o pastor, identificado como Rone, de tê-la agarrado pela cabeça e arremeçado ao chão. "Ele segurou minha cabeça e gritou 'fala'. Eu não sabia o que dizer, então ele me jogou no chão", recorda.
Além da humilhação de ser tratada como possuída por alguma entidade, Ana teve o rosto ferido e sofreu escoriações por todo o corpo. "Foi uma sorte ela não ter quebrado nada", avaliou a advogada. Ela também acusa os pastores de não a socorrerem, mesmo depois de tê-los pedido ajuda. "Eu pedi ao pastor que me levasse a um médico, mas ele disse que bastava eu pôr um pouco de gelo que tudo ficaria bem"...
...Se condenado, o pastor acusado de agressão poderá ficar de seis meses a um ano preso. A igreja, como autora indireta da agressão, deverá indenizar a vítima.
As seções de descarrego são prática comum nos cultos da Igreja Universal. Similares a um ritual de exorcismo, o pastor atua de forma a livrar o fiel da influência de supostos demônios. A página eletrônica da Igreja Universal define o ritual como "voltando para os que sofrem com a atuação das forças do mal". Os advogados da instituição defendem que a prática é amparada pela Constituição, que garante a liberdade de culto.
Fonte: [ Jornal Diário da Manhã, edição de 19/03/09 ]
O caso teve início em setembro do ano passado, um dia depois dela sair do hospital. A dona de casa sobre de osteoporose e, um dia depois de ter alta, recebeu a visita de uma amiga de nome Joana D'arc. Obreira da igreja, Joana convidou a vítima para ir ao culto de domingo, onde aconteceria o evento chamado "A família ao pé da Cruz". Ana teria sido orientada a depositar em uma sacola os pedidos de oração e uma doação de dinheiro.
"Para mim, ela era uma amiga que queria orar por mim", conta. Ainda indisposta por causa do período hospitalizada, Ana tentou recusar o convite, alegando não se sentir bem. Diante da insistência de Joana, ela aceitou. "Ela foi induzida pelos ministros a ir ao culto", acusa a advogada da dona de casa, marilene Vieira Sampaio.
Católica, a dona de casa nunca havia frequentado a um culto da Igreja Universal, até então. "Não sabia o que ia acontecer", conta. No meio do culto, percebendo a comoção de Ana, a amiga a levou ao altar. Foi aí que as agressões começaram. A vítima acusa o pastor, identificado como Rone, de tê-la agarrado pela cabeça e arremeçado ao chão. "Ele segurou minha cabeça e gritou 'fala'. Eu não sabia o que dizer, então ele me jogou no chão", recorda.
Além da humilhação de ser tratada como possuída por alguma entidade, Ana teve o rosto ferido e sofreu escoriações por todo o corpo. "Foi uma sorte ela não ter quebrado nada", avaliou a advogada. Ela também acusa os pastores de não a socorrerem, mesmo depois de tê-los pedido ajuda. "Eu pedi ao pastor que me levasse a um médico, mas ele disse que bastava eu pôr um pouco de gelo que tudo ficaria bem"...
...Se condenado, o pastor acusado de agressão poderá ficar de seis meses a um ano preso. A igreja, como autora indireta da agressão, deverá indenizar a vítima.
As seções de descarrego são prática comum nos cultos da Igreja Universal. Similares a um ritual de exorcismo, o pastor atua de forma a livrar o fiel da influência de supostos demônios. A página eletrônica da Igreja Universal define o ritual como "voltando para os que sofrem com a atuação das forças do mal". Os advogados da instituição defendem que a prática é amparada pela Constituição, que garante a liberdade de culto.
Fonte: [ Jornal Diário da Manhã, edição de 19/03/09 ]
Não é a primeira vez que acontece isso na IURD (clique aqui).
Os advogados da IURD disseram na reportagem que a Constituição do Brasil ampara a prática das "sessões do descarrego", eu concordo plenamente, só que eles devem ter esquecido que, no mesmo artigo 5º, insiso VI, que trata da liberdade de culto religioso, diz assim: "É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;" (grifo meu). Ou seja, "na forma da lei" significa que a liberdade de crença, consciência e a proteção aos locais de culto e suas liturgias tem que passar pelo "crivo da lei". Lesão corporal e agressão física é crime perante a lei. Se ocorrer tal prática dentro de um contexto religioso, automaticamente invalida a proteção prevista neste artigo. Lembrando que o mesmo artigo da Constituição também protege as pessoas que participam de cultos religiosos (insisos III e X).
Ruy Marinho
Fonte: [ Bereianos ]
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Os advogados da IURD disseram na reportagem que a Constituição do Brasil ampara a prática das "sessões do descarrego", eu concordo plenamente, só que eles devem ter esquecido que, no mesmo artigo 5º, insiso VI, que trata da liberdade de culto religioso, diz assim: "É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;" (grifo meu). Ou seja, "na forma da lei" significa que a liberdade de crença, consciência e a proteção aos locais de culto e suas liturgias tem que passar pelo "crivo da lei". Lesão corporal e agressão física é crime perante a lei. Se ocorrer tal prática dentro de um contexto religioso, automaticamente invalida a proteção prevista neste artigo. Lembrando que o mesmo artigo da Constituição também protege as pessoas que participam de cultos religiosos (insisos III e X).
Ruy Marinho
Fonte: [ Bereianos ]
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5 comentários
Acho q e muito Feio Ficar falando mal da IURD SEM TER VISTO o q realmente aconteceu neste dia... Acho q esta senhora so queria aparecer... ops e queria dinheiro tambem a iurd.....
Respondereu sou português e felizmente a IURD não é forte em Portugal...
ResponderMas para além de fazerem todos os "milagres" à custa de dinheiro (o que no meu ponto de vista é, no mínimo, idiota), misturam crenças pagãs que nada tem a ver com catolicismo.
A IURD, como muitas organizações religiosas, é inculta e serve-se da ignorância das pessoas, para as abusar fisica e intelectualmente.
é uma pena e uma vergonha
aparecer?
Responderso fanatico da iurd
que mulher idosa vai querer apanhar so para aparecer
acorda
você que colocou este comentário tem que primeiro aprender a escrever direito porque tem muitos erros de português, em segundo não fale o que você não sabe direito, como que esta mulher fala que foi espancada e que não estava possuida de uma entidade maligna, se de fato ela não estava, se estava sobria porque não pediu ajuda? Tenho certeza que assim como ela, tinha várias outras pessoas pela primeira vez que concerteza se ela estivesse sendo espancada a ajudariam
Respondercoitada da velhinha, que jesus mais estranho ela foi pedir essa ajuda,sera foi pq ela pagou pouco???hoje em dia existem cerca de 57.000 jesus ``diferentes```em todo planeta é quase acertar numa loteria néh..tomara que ela acerte da proxima vez,,se continuar assim ela só vao perder dinheiro sustentando esses vagabundos e ñ vai conseguir o possivel milagre esperado..
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