O apóstolo Paulo fez quatro viagens missionárias, entre Israel, no Oriente Médio, e a Europa. Tal qual hoje, era uma interação em regiões de culturas religiosas altamente inflamáveis.
Mas como discípulo daquele que é o Príncipe da Paz, por onde andava, Paulo semeava a paz. A missão dele era promover parceria entre as religiões a fim de combater as guerras, a pobreza, a corrupção, as doenças e o analfabetismo.
O trabalho de Paulo era extremamente difícil, pois a ONU — sem mencionar o Rev. Moon — ainda não havia nascido, com sua Iniciativa das Religiões Unidas. Una as religiões em parcerias para o bem, e a paz reinará neste mundo.
Na verdade, Paulo nunca agiu dessa forma, mas cristãos liberais e esquerdistas bem que gostariam que ele tivesse tido tal mentalidade.
E se Paulo fosse um pastor famoso dos nossos dias? Ele seguiria ou não uma teologia de “paz e harmonia com tudo e com todos” se vivesse em nossa geração? Ele sacrificaria uma estratosférica reputação secular arriscando fazer a vontade de Deus, que muitas vezes está na contramão da sociedade e dos sistemas religiosos? Ou ele agradaria a todos, a fim de conservar uma boa imagem diante do público e garantir o sucesso televisivo?
Não dá para saber exatamente o que Paulo faria em nossos dias, mas certamente dá para ver o que pastores famosos estão fazendo hoje.
Dias atrás, Rick Warren conseguiu de novo.
Ele participou de um importante evento muçulmano, onde pediu parceria entre muçulmanos e cristãos para combater as guerras, a pobreza, a corrupção, as doenças e o analfabetismo.
Por onde passa, Warren deixa em seu rastro paz e harmonia entre diferentes religiosos.
Não é errado nem pecado querer a paz. Mas quando o Evangelho verdadeiro entra num lugar, Jesus diz o que acontece:
“Vocês pensam que eu vim trazer paz ao mundo? Pois eu afirmo a vocês que não vim trazer paz, mas divisão. Porque daqui em diante uma família de cinco pessoas ficará dividida: três contra duas e duas contra três. Os pais vão ficar contra os filhos, e os filhos, contra os pais. As mães vão ficar contra as filhas, e as filhas, contra as mães. As sogras vão ficar contra as noras, e as noras, contra as sogras.” (Lucas 12:51-53)
O apóstolo Paulo é prova dessa verdade. Suas atividades missionárias lhe custaram experiências bem distantes de “paz e harmonia”. Paulo mesmo diz:
“Tenho sido chicoteado… e muitas vezes estive em perigo de morte. Em cinco ocasiões os judeus me deram trinta e nove chicotadas. Três vezes os romanos me bateram com porretes, e uma vez fui apedrejado. Três vezes o navio em que eu estava viajando afundou, e numa dessas vezes passei vinte e quatro horas boiando no mar. Nas muitas viagens que fiz, tenho estado em perigos de inundações e de ladrões; em perigos causados pelos meus patrícios, os judeus, e também pelos não-judeus. Tenho estado no meio de perigos nas cidades, nos desertos e em alto mar; e também em perigos causados por falsos irmãos. Tenho tido trabalhos e canseiras. Muitas vezes tenho ficado sem dormir. Tenho passado fome e sede; têm me faltado casa, comida e roupas.” (2 Coríntios 11:23-27)
Olhando para o confortabilíssimo sucesso midiático adquirido no mundo, alguém como Warren teria muita dificuldade de se enveredar pelos caminhos espinhosos, intranquilos e desconfortáveis de Paulo. Ele preferiria se envolver nos assuntos da moda — aquecimento global, AIDS, etc. —, sem ofender ninguém.
Um Paulo provoca “transtornos”, seja no primeiro século ou no século 21. Um Warren que faz sucesso no mundo secular e religioso do século 21 com sua mensagem de “parceria entre todos” teria dificuldade de fazer o mesmo sucesso no primeiro século?
Evidentemente, o mesmo mundo que rejeitava Paulo há 2.000 anos o rejeitaria hoje. Paulo simplesmente não sabia se envolver nos assuntos da moda e promover parceria entre diferentes religiões para combater a fome, guerras, etc. O que ele acharia de receber um pouco da “unção de Warren”?
Não se sabe se Warren está agradando a Deus com seus agrados aos grandes, aos poderosos e aos religiosos. Mas sabe-se com certeza que Paulo agradava a Deus e não agradava aos grandes, aos poderosos e aos religiosos.
O que Rick Warren acharia de receber um pouco da “unção de Paulo”?
Autor: Julio Severo
Fonte: [ Blog do autor ]
Via: [ Jesus Site ] / [ Considerações acerca da vida ]
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1 comentários:
Graça e Paz!
ResponderO Rick Warren tem um posicionamento ecumênico, lastreado na Nova Ordem Mundial, haja vista seu plano PEACE.
Interesante, há pouco li neste blog um pastor batista regular se distanciando das sandice neo pentecostais, o que é louvável.
No entanto, os batistas, se regulares ou não, têm um apreço tremendo pelo Rick Warren ao ponto de aplicarem todos os seus métodos de inchaço de templos, sem o menor pejo.
E agora?
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