Na organização militar em que trabalho chegou-nos, recentemente, um equipamento bastante utilizado nos hospitais (especialmente nas “Emergências”): o desfibrilador. Para quem não sabe do que se trata, basta lembrar-se daquelas cenas de filmes e novelas em que o médico aplica um “choque” no paciente para tentar reanimá-lo (ou veja a foto ao lado, é mais fácil!). O médico do quartel nos dava instruções gerais sobre o equipamento, como suas características, finalidade e manuseio. Referindo-se à finalidade do desfibrilador, o médico nos falava que ele serve, em resumo, para “tentar reanimar uma pessoa que tenha desfalecido”.
Fiquei a refletir sobre a necessidade de um “desfibrilador espiritual”. O número de pessoas que estão desfalecendo na fé não é menor do que o número de pessoas que estão desfalecendo por motivos de saúde (física, nesse caso). Aliás, é perfeitamente possível alguém não estar sucumbindo fisicamente e mesmo assim estar definhando espiritualmente. O contrário também é verdade. Há muitos que, apesar de estarem num leito de hospital, muitas vezes até como pacientes terminais, estão com sua saúde espiritual em perfeitas condições.
Mas o fato a lamentar é o de pessoas que estão dentro das igrejas e, contudo, parecem mais moribundas do que sãs. Para as tais existem vários tipos de “desfibriladores espirituais” que podem livrá-las de tal letargia: a disciplina, seja ela preventiva ou até mesmo corretiva; a chamada para uma vida de piedade e quebrantamento diante de Deus, o que nem sempre acontece por meios “agradáveis”; as provações; as perseguições, dentre tantos outros instrumentos usados pelo Pai para forjar em nós o caráter por Ele requerido. São choques que realmente funcionam! Se não funcionar é porque o indivíduo já está morto (espiritualmente falando, são natimortos – nunca foram salvos de fato). Quando o choque surte efeito, não devemos atribuir os méritos da reanimação a nós mesmos.
Assim como o manuseio do desfibrilador está fora do alcance do paciente, o “desfibrilador espiritual” está longe de funcionar por nosso querer. E é justamente aqui que o orgulho espiritual se constitui num grande inimigo de nossas almas, pois, além de achar que a reanimação se deu por conta do próprio paciente, também pode nos impedir de ver que um dia podemos precisar de um “desfibrilador espiritual”, e de que tal "equipamento divino" não foi feito somente para alguns crentes. Para aqueles que teimam nesse orgulho, o “Ministério da Saúde Espiritual” adverte: “aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Co 10.12)!
Soli Deo Gloria!!!
Autor: Leonardo Galdino
Fonte: [ Optica Reformata ]
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