O Evangelho do auto-engano

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É com tristeza e grande pesar que afirmo que o evangelho mais consumido é o menos saudável.

Existe um evangelho que não visa promover o Reino de Deus muito menos a salvação da alma de quem pecar. Ele somente busca exaltar a si mesmo e resolver os problemas práticos desta vida temporal. Neste evangelho não há espaço para Deus e sua divindade, resta apenas um claro em aberto para ser ocupado pelo menino das entregas rápidas.

Tal evangelho é prejudicial a Igreja (Corpo de Cristo) e ao próprio Homem que dele se alimenta, pois transforma-o num ser humano frágil, incapaz trabalhar e de providenciar seu próprio sustento. Vive de mensagens calorosas e positivas!

Por diminuir o status de Deus a um simples garoto de entrega de pedidos, o qual deve atender no mais curto prazo de tempo, anula o temor e tremor, a reverência e a gratidão, o zelo e a correção.

Este evangelho, já há muito tempo perpetuado entre nós, cria cristãos nominais. Homens que buscam a benção e não o abençoador. Não anseiam e nem anelam em se aproximar do verdadeiro Deus. O que querem é identificar a linha divisória entre ser salvo e não sê-lo, para que estejam o mais próximo possível de suas vidas pré-“conversão”. Não almejam conhecê-lo, pois sabem que quanto mais conhecem mais indesculpáveis se tornam por não vivenciarem o evangelho autêntico.

Enquanto isso, o único e verdadeiro evangelho acumula poeira entre suas folhas, porque ninguém deseja ser corrigido e exposto como pecador, mesmo que seja pelo próprio Deus.

Ninguém anseia em seguir pelo caminho mais dificil, muito embora as escrituras afirmem, constantemente, que o caminho é estreito e envolve renúncia, negação, mortificação da carne e, por consequência, santificação.

Como temos dois produtos no mercado, o verdadeiro e o genérico. De uma forma bem simplificada, o primeiro envolve sofrimento, renúncia, perseguição, desgaste e as beneces serão dadas na eternidade. O segundo massageia o ego, é extremamente positivo, centrado nas necessidades consumistas humanas, dá todas as coisas em vida, mas as beneces da eternidade foram trocadas e inexistem, produto falso que acarretará numa perda eterna. Por que digo isso? Porque quem leu o evangelho e, realmente, o entendeu, sabe que quem se alimenta deste falso evangelho nunca chegou ao conhecimento da revelação de Cristo. Se não conhecê-lo? Como se decidir por ele? Como aceitá-lo? Como ter intimidade com Ele, se o que nos é passado não tem relação alguma com Ele? É o cumprimento profético da expressão encontrada em 2ª Timóteo 2.13, indo de mal a pior enganando e sendo enganados... Quem abraça este evangelho de auto-ajuda, de prosperidade, de pensamento positivo está bem longe da verdade, compraram um produto falsificado incapaz de produzir as bem-aventuranças futuras, enfim, “o barato que sai caro”;

Qual deles terá mais aceitação? O evangelho original ou o falsificado? Nem se preocupe em responder! Nossa geração já respondeu a questão com ações...

Autor: Ricardo Inacio Dondoni
Fonte: [ O Pensador ]

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2 comentários

Vlw pela publicação Ruy, ...
Fico lisonjeado de ver o texto publicado neste blog...

Ontem, uma amigo me enviou um email questionando-me sobre alguns pontos do texto em questão.

A passagem "Tal evangelho é prejudicial a Igreja, ao Corpo de Cristo e ao próprio Homem" estava um tanto quanto redundante, a troquei para "Tal evangelho é prejudicial a Igreja (Corpo de Cristo) e ao próprio Homem" a fim de evitar a redundância...

Se achar que é o caso, fique a vontade para fazer a atualização...

Apesar de ter pouquíssimos comentários neste blog, o acompanho assiduamente e boa parte do que é publicado remeto para amigos e irmãos. Estou morando em Campinas, São Paulo, e ontem descobri que um dos textos publicados aqui chegou lá em Porto Alegre onde rendeu o que falar...

No mais, bom trabalho...

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Olá irmão, tudo bem?

O privilégio é todo nosso em ter este ótimo artigo de sua autoria no Bereianos. Muito obrigado pela profundidade reflexiva do mesmo.

Fiz a alteração que você solicitou, realmente o texto fica melhor agora.

Obrigado mais uma vez e grande abraço, em Cristo!

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