Justificação pela fé

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Por Klarystone P. Leal


Tudo que provoca a morte espiritual como conseqüência, é provido de pecado, pois uma fé que não tem obras, não é fé, e sim uma fé demoníaca. A fé é um dom de Deus, que é dado gratuitamente para quem Ele quer (Ef 2.8-10). Isto é, você só irá crer se Deus o levar a crer, (Mc 1.15; Mt 11.28; Jo 6. 28-71).

A fé é um selo de Deus para marcar os seus eleitos, pois quem crer em Cristo, verdadeiramente deve andar como Ele andou, e viver como Ele viveu, pois a fé é o que faz o homem viver uma vida segundo Deus (Rm 8.29; Ef 1.1-23; Ef 2.8-10).

Todos nós pecamos, e estamos afastados da presença gloriosa de Deus (Rm 3.23; Sl 14.3,4; Sl 58.1), nos tornamos filhos da ira (Ef 2.3). Mas Deus, por causa do Seu amor e de Sua misericórdia, resolveu escolher uns para viverem para a Sua glória e em comunhão e mudança de vida (Jo 15.16; 15.19; Rm 8.28; Ef 1.4; Fp 2.15; Cl 1.22), e, outros, os entregou em seus próprios pecados e deleites, para que se cumprisse o derramar de Sua ira para punir o pecado e todo o pecador que vive nele, e se, orgulha somente de suas obras e aprovam a quem faz tais coisas (Rm 1.24,26,28; Rm 9.11-16,18-20,22-23).

Por mais que o homem seja responsável pelos seus atos, Deus permanece Soberano, é inegável sim que a Bíblia afirma as duas verdades. Agora o próprio “livre arbítrio” já fala por si, é você escolher algo ou decidir por algo sem ter influência de ambos no proceder da escolha, e qualquer estudioso de gramática da língua portuguesa ou de qualquer outra língua entende muito bem o que é isso. Mas se você tem livre arbítrio para escolher ser salvo ou não, por quê que o homem pode escolher sendo que ele já tem a ação e a influência do pecado em sua vida? A resposta para isso é muito simples, para quem lê a Bíblia pelo poder do Espírito Santo em amor, é que, como já disse, a fé é um dom gratuito de Deus, Ele nos dá por causa do seu amor, e isso vem dEle, e quando você é presenteado por alguém, você não escolhe o presente, Ele dá, e isso é infalível (Rm 5.8-10; Rm 8.28-32, 34-39; Gl 2.20; Fp 1.6; Hb 7.25; Hb 10.14; Ap 17.14), o presente é dado e não escolhido. E se o homem está influenciado pelo pecado, para ele superabundou a graça de Deus (Rm 5.20), porque Deus primeiro regenerou o homem (Tt 3.5) para levá-lo a crer nEle, e o mesmo se arrependeu de seus pecados e creu (Jo 6.37).

Temos livre agência para podermos escolher uma coisa e desinfluenciarmos de outra, mas não somos árbitros em escolher algo na qual não temos tamanha influência, pois já somos influenciados pelo pecado e por ele somos completamente contaminados, e somos extensivamente maus (Gn 6.5; Sl 58.3; Is 64.6; Jr 17.9; Rm 3.10-11). Para que nós tenhamos “livre-arbítrio”, convenha que nós sejamos neutros e que não haja nenhuma influência de pecado em nós, para que passássemos escolher livremente o bem ou mal e que não houvesse arrependimento para voltar atrás, e que não houvesse necessidade da fé, pois determinar exclusiva a sua vontade, é querer depender de seus méritos e de suas obras. Assim como os anjos de Deus e os demônios; os que não seguiram tal rebelião, Deus os confirmou santos, e os demônios junto com satanás, foram todos punidos, por causa do orgulho que eles desenvolveram, no entanto, o diabo e os demônios não tem alguém que possa interceder por eles, mas nós, pecadores, dependemos de um mediador, pois diferente dos anjos, temos sentimentos, inclusive o de arrependimento, diferente dos demônios que não se arrependem de seus feitos.

Árbitros, não voltam atrás em suas escolhas, é por isso que isso encaixa melhor em Deus, o Senhor, que é imutável, o único que não volta atrás em Seus feitos, pois na plenitude dos tempos, Ele determinou estabelecer os Seus propósitos, a Sua vontade (Jó 42.2; Jo 1.3;Ef 1.11;Cl 1.16).

Não foram as nossas obras, as nossas escolhas que defiram a nossa salvação, e sim, o amor de Deus. Não foi pelo que fizemos que fomos justificados, mas foi Cristo imolado antes da fundação do mundo, na onisciência de Deus, que foi determinado na reunião da Trindade para que todos aqueles que o Senhor determinou em Sua presciência, fosse aplicada a vivificação e cressem para a remissão de seus pecados. Dura são essas palavras, mas elas são a plena verdade de Deus, pois a própria palavra faz menção sobre elas. E o que me surpreende, é que de uma maneira irrevelável, feita por Deus, é que Ele faz isso com amor.

Falamos muito sobre livre arbítrio, fazendo a justificação girar em torno do homem, e esquecemos que ela pertence a Deus. Como diz Paulo em Filipenses 2.13: “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” E também ele escreve em Romanos 7.18: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.” Somos limitados pelo pecado, e nada que fazemos é suficiente para sermos regenerados e salvos, a não ser, que seja pela própria fé que vem do Pai. E por saber essas verdades, isso me faz depender ainda mais de Cristo, e não é por medo, mas por amor, em saber que Ele me amou e com essa mesma fé, faz me pregar o Evangelho em lugares impossíveis, mas com a mesma esperança semelhante a de Paulo, é que me faz ter vontade ainda mais de querer ir pregar e falar de Cristo para outros escolhidos e ser ferramenta de Deus para fazer a Sua vontade.

Jactância, é você se orgulhar pelos seus méritos e suas obras por aquilo que você obteve ou conquistou. A salvação não depende de você, e sim de Deus, pois ela não é comparada com uma prova na qual você tem que estudar para poder passar, a graça é um presente acompanhado com fé, e quem elas não tem, são pessoas orgulhosas.

Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. (Rm 3.27 ARC)

Então, de que podemos nos gabar com respeito a fazermos alguma coisa para ganharmos a nossa salvação? Absolutamente de nada. Por quê? Porque a nossa absolvição não está baseada em nossas boas obras; está, sim, baseada naquilo que Cristo fez e na fé que temos nEle.” (Rm 3.27 VIVA).

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Divulgação: Bereianos
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