Por Fabio Correia
Jesus, certa vez, disse algo que é muito pertinente relembrarmos num
momento de comemoração de mais um ano de vida, especialmente num
contexto de festa
de aniversário. Disse Ele: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode
acrescentar um côvado ao curso de sua vida”? (Lucas 12:25). Côvado é uma
unidade de medida que equivale a aproximadamente 45 centímetros.
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O
argumento
irrefutável nos lembra que nenhum de nós; absolutamente ninguém, tem a
capacidade de alongar, nem mesmo por alguns centímetros, a caminhada que
nos
está proposta. Alguém consciente pode negar isso? Nem mesmo os mais
abastados
com suas muitas riquezas podem decidir por viver mais um pouco, tendo
chegado o
limite do curso de sua vida. Os poderosos não poderão usar sua
recorrente
arrogância para conquistarem mais tempo. A fé dos religiosos também não
os ajudará a merecerem tamanho benefício. Os pobres também não poderão
usar seu sofrimento momentâneo como
estratégia de convencimento para prolongamento de suas vidas. O fim da
estrada
é absolutamente democrático.
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Afinal, “Que
é o homem”?, pergunta o Salmista,
respondendo ele mesmo: "O homem é como um sopro; os seus dias, como a
sombra
que passa" (Salmos 144:3-4). E ainda outro salmista afirma: “Os dias da
nossa
vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o
melhor
deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos”
(Salmos 90:10).
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É o que somos: “humanos; demasiadamente humanos”; seres cujo DNA
está impregnado de transitoriedade e dependência, face à Eternidade e
Imutabilidade
de Deus, como ainda afirma o Salmista: “Antes que os montes nascessem e
se
formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”
(Salmo
90:2). Somos loucos em não atentarmos para tão grande diferença entre Ele
e nós. Parabenizar-se ou parabenizar, por mais um ano de vida, não
significaria, em última análise, entender que o continuar vivo, de
alguma forma, depende de nós?
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Diante disso, não fica sem sentido, em
qualquer língua, as famosas
palavras cantadas “Parabéns pra você ou Happy Birthday to You”? Antes,
não
seria mais adequado, à ocasião, as Ações de Graças a Deus, único autor e
preservador da vida?
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Façamos nossas, pois, as palavras de Moisés, em seu
salmo solitário: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que
alcancemos coração sábio” e ainda: “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade,
para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Salmo
90:12,14).
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Fonte: [ Filosofia Calvinista ]
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