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Por Felipe Medeiros
Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é
de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por
vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus
falaram inspirados pelo Espírito Santo. (2 Pedro 1:20-21)
de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por
vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus
falaram inspirados pelo Espírito Santo. (2 Pedro 1:20-21)
No evageliquês brasileiro, não foi
difícil encontrar certos comentários nos blogs reformados, em que aquele
que comenta pergunta coisas como “quantas almas já ganhou para Cristo” ,
“fale de uma coisa que você conhece” , “não toque no ungido de Deus” ou
“você é um frustrado que nunca falou em línguas ou não possuí dom de
profecia” , etc. Os artigos que geraram tais comentários são aqueles que
falam algo sobre megapastores “ungidos” de nossa atualidade, ou que
falam sobre monergismo e sinergismo, calvinismo, dom espirituais. As
agressões que esses comentários contém são as mais absurdas e demonstram
a falta de leitura da bíblia e em função disto, uma conseqüente
interpretação pessoal acerca de assuntos tratados no Santo Livro.
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Infelizmente as interpretações pessoais
são bastante freqüentes em tudo e todos que se usam o termo “evangélico”
ao nosso redor. Não se faz uma análise acurada e tudo o que chega aos
nossos ouvidos com o nome de origem cristã, logo é tida como “ah, se é
de Deus…”. Assim, cada vez mais os evangélicos brasileiros aceitam o que
quer que sejam em detrimento às Sagradas Escrituras simplesmente por
fazer pouco uso delas, tornando-se cada vez mais carismáticos.
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“Apesar de vários desejarem atribuir à
Bíblia uma posição destacada de autoridade em sua vida, as Escrituras,
com muita freqüência, ocupam segundo lugar em definir o que eles crêem
(o primeiro é a experiência)” [1]
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A fundamentação da fé cristã deve ser o
ponto de partida para toda e qualquer experiência vivida e não as
experiências fundamentando a fé, do contrário é negligencia a Palavra de
Deus. Contudo, não parece existir um limite para a criatividade do
religioso povo brasileiro que passa desde revelações em sonhos, palavras
proféticas e etc. até chegar no quase culto a símbolos ou objetos (as
meias e rosas ungidas, os copos com água em cima da TV, novas unções,
apostolados etc.). Essa falta de limite tem destruído, até certo ponto, a
possibilidade de um crescimento qualitativo do cristianismo no Brasil,
aliás, se é que podemos chamar de cristianismo certas práticas
neopentecostais.
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Talvez a maior causa de todo a desordem
teológica que temos vivido hoje seja fruto da desordem quando se
‘estuda’ a Bíblia. Primeiro se lê um texto isolado, que contenha alguma
afirmação que sirva para o que se acha, depois ao seu bel prazer
explicar a passagem como se ela fosse uma alegoria de carnaval bem
enfeitada e que chega até a ser desejável a medida que a aplicação da
palavra aumenta a emoção em 1000% e afaga o ego de quem ouve. Triste
realidade! A alegorização das Escrituras tem o mal de fazer muitos
seguidores famintos em ouvir que Deus esqueceu-se da justiça e passou a
ser somente misericordioso, tão lastimável que muitos passam a crer em
qualquer outro ser, menos no Deus verdadeiro.
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Por fim, o evangelho relativizado, mal
interpretado e mal exposto é , digamos, “o mal do século” para o
cristianismo, de forma que as pessoas não se vêem mais como pecadoras
nem muito menos reconhecem a dependência de Deus para todo e qualquer
propósito de vida.
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As interpretações particulares da
Escritura Sagrada lamentavelmente constituem, em nossos dias, a forma
moderna de se apostatar da genuína fé, pois as experiências não podem
ser validas em si mesmas e nem opiniões próprias constituem a verdade
revelada por Deus, mas sim a inerrante Palavra de Deus devidamente
estudada, corretamente interpretada (não pelo que creio, mas pelo que o
Espírito da Verdade revelar) e coerentemente exposta. É o evangelho que
mostra ao homem a sua condição diante de Deus e não o homem que
condiciona o evangelho a ser o que ele imagina que é, diante de Deus.
Notas:
[1] MacARTHUR, John. O caos carismático. São José dos Campos-SP. Editora Fiel. 395p.
Fonte: [ UMP da Quarta ]
Via: [ Púlpito Cristão ]
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1 comentários:
Bom comentário, precisamos de solidez e raízes nas Sagradas Escrituras!
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