.
Ao ensinar sobre as doutrinas da graça, comumente sou questionado com algumas perguntas que são motivo de confusão na mente daqueles que não tem um devido conhecimento do que chamamos de Calvinismo. Ao usar aqui o termo Calvinismo preciso esclarecer de imediato que, por ser aderente dessa linha teológica - que para mim é a que melhor se coaduna com as Escrituras Sagradas - não sou por isso obrigado a concordar com a totalidade da teologia de Calvino ou Calvinista, embora o reformador genebrino seja para mim um dos maiores nomes da história da teologia e o maior nome da reforma protestante, sendo o seu legado para posteridade de valor inestimável. No entanto, a teologia de Calvino não é a Escritura Sagrada, por isso me denomino calvinista no que se coaduna com as Escrituras. Bem, feitos esses esclarecimentos, prossigamos.
Dentre muitas questões levantadas para um correto entendimento do Calvinismo uma delas é: Se o Calvinismo está correto em seus cinco pontos, então, para que evangelizar? Por que a igreja deve se esforçar na obra missionária se Deus tem seus eleitos, se a expiação é particular, se a graça é eficaz? Ora, se o Calvinismo está certo não precisamos evangelizar!? Errado! Neste artigo procuraremos trazer alguns dados históricos sobre o trabalho da igreja reformada e seu empenho em evangelizar as tribos, povos e nações. Procurarei traçar uma linha histórica desde a reforma até o presente ponto histórico e os esforços da igreja para levar as boas novas de salvação a todos os homens.
De forma alguma o objetivo deste texto é atacar os irmãos arminianos, mas, esclarecer que a reforma também foi um movimento histórico voltado para missões no que se refere a seus desdobramentos, embora inicialmente tenha sido um movimento voltado para a eclesiologia e não para a missiologia. Esclarecer esses fatos é importante para uma mais larga compreensão das contribuições do Calvinismo nos vários movimentos missionais ocorridos na história da igreja. Ao fim deste texto listarei alguns livros que ajudarão numa pesquisa complementar para aqueles que desejarem se aprofundar no assunto. É importante dizer também que houve movimentos importantes relacionados as missões cristãs que partiram da influencia de Moody e Wesley.
A Reforma e Missões
A historiadora de missões Ruth Turker nos diz acerca de Calvino:
Calvino acreditava que os missionários tinham que ser preparados para ler a Bíblia nas línguas originais e ser cuidadosamente preparados para o campo e profundamente habilitados em teologia. Michael Horton, falando da preocupação de Calvino com a preparação de obreiros para o campo, diz: "O campo missionário não merecia menos do que qualidade de ministros esperados em sua terra de origem".
Em seu comentário de 1 Timóteo 2.3-5 Calvino fala:
Calvino ainda diz em um outro sermão sobre 1 Timóteo 2.3-5 : "Temos de trabalhar, tanto quanto possível para levar a salvação aqueles parecem estar distantes."
Michael Horton ainda nos diz em seu livro A favor do Calvinismo, p. 208:
Vale ainda frisarmos aqui que o catecismo na era pós-reforma foi traduzido em malaio, javanês, português, espanhol, cingalês, tâmil, chinês e japonês. Algum tempo depois em navajo, zuni, tiv e hausa. Essa preocupação demonstra a intensificação da atividade missionária do calvinismo na era da reforma e pós-reforma. Essa preocupação está fundamentada no ensino de Jesus e dos apóstolos sobre a evangelização das nações e, como lemos correntemente no livro do Apocalipse, que adorarão ao Cordeiro gente de toda tribo, povo, raça e nação. O fato de o Calvinismo pregar a eleição dos santos e a expiação limitada não empobrece o ímpeto missionário provindo do ensino teológico de expoentes do pensamento reformado. A exemplo disso podemos citar o avivamento de Princeton com as preleções de Charles Hodge, que futuramente foi responsável por impelir jovens a vários lugares do mundo como veremos mais adiante.
Portanto, ao nos depararmos com a questão que ronda a mente daqueles que não conhecem bem o calvinismo, nem sua história, vemos que as doutrinas da graça não invalidam a obra missionária, antes, a intensifica. Se Deus elegeu homens e mulheres de todas as tribos, povos e nações, e o soberano Deus decretou que essas pessoas seriam salvas ao ouvirem a pregação, esse é o maior incentivo para a igreja de Cristo, existem eleitos nesses povos e o Senhor quer que cheguemos lá com a mensagem do evangelho para que eles sejam salvos. O empenho missionário das igrejas reformadas é a demonstração do zelo do povo de Deus pela ordem que lhes foi dada, Ide, e não somente em um tempo histórico, mas, indo, indo por todas as nações e fazendo discípulos.
O Movimento Missionário Moderno
Ao chegarmos aos tempos modernos temos grandes nomes a citar nessa visão panorâmica que estamos estabelecendo aqui. Aconselho o leitor a ampliar a leitura sobre esses dados históricos.
A Sociedade Missionária de Londres, que foi organizada em 1795, era um celeiro do movimento missionário e confessionalmente Calvinista. Na primeira reunião do grupo, George Burder discursou:
Vale citar aqui também David Brainerd (1718-1747), ministro calvinista, notável por sua missão entre os índios no Oeste de Massachusetts, e Jhonatas Edwards (1749) que foi missionário entre os índios também. Edwards é conhecido pelo memorável sermão – Pecadores nas mãos de um Deus irado – teólogo, escritor, ainda um filosofo influente no pensamento americano.
Não podemos deixar de citar também William Carey, conhecido como o pai das missões modernas, tradutor da Bíblia, pregador do evangelho de Cristo na índia. Os esforços de Carey são um exemplo para a igreja. A morte de duas esposas e de um filho não foram impedimentos para Carey atender o chamado para levar o evangelho a Índia. Sapateiro, com pouco estudo, aprendeu sânscrito, hebraico e grego, Carey foi um dos grandes, se não o maior tradutor das Escrituras Sagradas. Carey foi muito influenciado pelos escritos de Jhonatas Edwards, também de confissão calvinista.
Os calvinistas também olharam para a África, Robert Moffat (1795-1862) e David Livingstone (1813-1873) foram nomes chaves na evangelização da África. A escocesa Mary Stessor, missionária pioneira na África Ocidental em 1876 com apenas 27 de idade. Ela era vice-cônsul do império Britânico e abriu mão para ser missionária tomando a missão como superior, morreu aos sessenta e seis anos de idade na sua cabana de barro.
Jonathan Goforth, conhecido como o mais notável evangelista da China, foi um presbiteriano canadense. Chegando em tempos recentes, temos a chegada de Robert Reid Kalley ao Brasil em 1855. Kalley chegou ao Brasil e um tempo depois fundou a primeira congregação de nativos brasileiros, a Igreja Evangélica Fluminense. Depois de assistir uma palestra do Dr. Charles Hodge em Princeton, o jovem Ashbel Green Simonton também veio para o Brasil e, após sua chegada oito anos depois (1867), fundou o primeiro presbitério no Rio de Janeiro e o primeiro seminário presbiteriano. Claro que poderíamos citar muitos outros nomes e trazer mais provas históricas do empenho dos calvinistas para a evangelização do mundo, mas, concluiremos citando alguns nomes contemporâneos que tem se empenhado em esforços a evangelização de povos não alcançados, temos o conhecido pastor John Piper, que segundo Russel Shedd é um dos maiores evangelistas do nosso tempo, temos também Paul David Washer, que tem percorrido o mundo pregando o evangelho de Cristo. Não poderíamos deixar de citar dois nomes importantes, o Dr. Russel Shedd, fundador das edições Vida Nova, que tem se dedicado por décadas a evangelização do Brasil e preparação de líderes da nação brasileira. O último nome que gostaria de mencionar é do missionário Ronaldo Lidório, que também tem empreendido grandes esforços na evangelização de povos não alcançados, fundador do Instituto Antropos.
Dentro desse escopo que discorremos temos reformados das mais variadas denominações como Presbiterianos, Anglicanos, Congregacionais, Reformados, Episcopais, Batistas e muitas outras denominações que professam os princípios e ensinos da Reforma do século XVI. Portanto, é um erro afirmar que o Calvinismo não promove o zelo missionário nas igrejas. Historicamente vimos que é o oposto, Calvino enviou missionários ao Brasil e a evangelização posterior do Brasil também se deu pelo trabalho Calvinista. Os Estados Unidos são frutos de uma peregrinação e colonização cristã, e aí é valioso um estudo da vida e obra dos Puritanos. O zelo por missões está em nossas raízes e deve arder em nosso coração, como foi com nossos irmãos no passado. Que esse breve texto venha servir como uma simples introdução ao estudo missiológico.
“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda judeia e Samaria, e até os confins da terra.” NVI Atos 1.8
“Esperemos grandes coisas de Deus, façamos grandes coisas para Deus.” - William Carey
_________
Nota:
[1] – Missões até os confins da Terra – Ruth Tucker, ed. Vida Nova
Livros indicados:
• Missões até os confins da Terra – Ruth Tucker, ed. Vida Nova.
• A Favor do Calvinismo – Michael Horton, ed. Reflexão.
• A Igreja Missional na Bíblia – Michael Goheen, ed. Vida Nova.
• A Missão de Deus - Christopher J. H. Wright, ed. Vida Nova.
• A Missão do Povo de Deus - Christopher J. H. Wright, ed. Vida Nova.
• Evangelização – Fundamentos Bíblicos – Russel Shedd, ed. Vida Nova.
• Igreja Centrada – Timothy Keller, ed. Vida Nova.
• História e Teologia da Evangelização – Fabio Henrique Caetano, ed. Arte Editorial.
• História da Evangelização no Brasil, dos Jesuítas aos neopentecostais – Elben César, ed. Ultimato.
***
Por Thomas Magnum
Ao ensinar sobre as doutrinas da graça, comumente sou questionado com algumas perguntas que são motivo de confusão na mente daqueles que não tem um devido conhecimento do que chamamos de Calvinismo. Ao usar aqui o termo Calvinismo preciso esclarecer de imediato que, por ser aderente dessa linha teológica - que para mim é a que melhor se coaduna com as Escrituras Sagradas - não sou por isso obrigado a concordar com a totalidade da teologia de Calvino ou Calvinista, embora o reformador genebrino seja para mim um dos maiores nomes da história da teologia e o maior nome da reforma protestante, sendo o seu legado para posteridade de valor inestimável. No entanto, a teologia de Calvino não é a Escritura Sagrada, por isso me denomino calvinista no que se coaduna com as Escrituras. Bem, feitos esses esclarecimentos, prossigamos.
Dentre muitas questões levantadas para um correto entendimento do Calvinismo uma delas é: Se o Calvinismo está correto em seus cinco pontos, então, para que evangelizar? Por que a igreja deve se esforçar na obra missionária se Deus tem seus eleitos, se a expiação é particular, se a graça é eficaz? Ora, se o Calvinismo está certo não precisamos evangelizar!? Errado! Neste artigo procuraremos trazer alguns dados históricos sobre o trabalho da igreja reformada e seu empenho em evangelizar as tribos, povos e nações. Procurarei traçar uma linha histórica desde a reforma até o presente ponto histórico e os esforços da igreja para levar as boas novas de salvação a todos os homens.
De forma alguma o objetivo deste texto é atacar os irmãos arminianos, mas, esclarecer que a reforma também foi um movimento histórico voltado para missões no que se refere a seus desdobramentos, embora inicialmente tenha sido um movimento voltado para a eclesiologia e não para a missiologia. Esclarecer esses fatos é importante para uma mais larga compreensão das contribuições do Calvinismo nos vários movimentos missionais ocorridos na história da igreja. Ao fim deste texto listarei alguns livros que ajudarão numa pesquisa complementar para aqueles que desejarem se aprofundar no assunto. É importante dizer também que houve movimentos importantes relacionados as missões cristãs que partiram da influencia de Moody e Wesley.
A Reforma e Missões
A historiadora de missões Ruth Turker nos diz acerca de Calvino:
"Calvino por si mesmo, entrementes, fora pelo menos exteriormente o espírito mais missionário de todos os reformadores. Ele não só enviou dezenas de evangelistas de volta à sua terra natal, a França, mas também comissionou quatro missionários, juntamente com um bom número de huguenotes franceses, para estabelecer uma colônia e evangelizar os índios no Brasil." [1]
Calvino acreditava que os missionários tinham que ser preparados para ler a Bíblia nas línguas originais e ser cuidadosamente preparados para o campo e profundamente habilitados em teologia. Michael Horton, falando da preocupação de Calvino com a preparação de obreiros para o campo, diz: "O campo missionário não merecia menos do que qualidade de ministros esperados em sua terra de origem".
Em seu comentário de 1 Timóteo 2.3-5 Calvino fala:
"Assim podemos ver o significado que São Paulo pretende quando diz: Deus deu a conhecer a todo mundo, e seu evangelho pregado a todas as criaturas. Portanto, devemos procurar, tanto quanto possível, convencer aqueles que são estranhos à fé, e parecem estar totalmente privados da bondade de Deus, a aceitar a salvação. Jesus Cristo não é apenas um Salvador de poucos, mas ele se oferece a todos."
Calvino ainda diz em um outro sermão sobre 1 Timóteo 2.3-5 : "Temos de trabalhar, tanto quanto possível para levar a salvação aqueles parecem estar distantes."
Michael Horton ainda nos diz em seu livro A favor do Calvinismo, p. 208:
"Calvino não era indiferente em seu zelo missionário. O Catecismo de Heidelberg (1564), por si mesmo era uma ferramenta evangelística, foi traduzido para o holandês, saxão, húngaro, inglês, grego, francês, polonês, lituano e italiano. No período de vinte e cinco anos de sua publicação inicial."
Vale ainda frisarmos aqui que o catecismo na era pós-reforma foi traduzido em malaio, javanês, português, espanhol, cingalês, tâmil, chinês e japonês. Algum tempo depois em navajo, zuni, tiv e hausa. Essa preocupação demonstra a intensificação da atividade missionária do calvinismo na era da reforma e pós-reforma. Essa preocupação está fundamentada no ensino de Jesus e dos apóstolos sobre a evangelização das nações e, como lemos correntemente no livro do Apocalipse, que adorarão ao Cordeiro gente de toda tribo, povo, raça e nação. O fato de o Calvinismo pregar a eleição dos santos e a expiação limitada não empobrece o ímpeto missionário provindo do ensino teológico de expoentes do pensamento reformado. A exemplo disso podemos citar o avivamento de Princeton com as preleções de Charles Hodge, que futuramente foi responsável por impelir jovens a vários lugares do mundo como veremos mais adiante.
Portanto, ao nos depararmos com a questão que ronda a mente daqueles que não conhecem bem o calvinismo, nem sua história, vemos que as doutrinas da graça não invalidam a obra missionária, antes, a intensifica. Se Deus elegeu homens e mulheres de todas as tribos, povos e nações, e o soberano Deus decretou que essas pessoas seriam salvas ao ouvirem a pregação, esse é o maior incentivo para a igreja de Cristo, existem eleitos nesses povos e o Senhor quer que cheguemos lá com a mensagem do evangelho para que eles sejam salvos. O empenho missionário das igrejas reformadas é a demonstração do zelo do povo de Deus pela ordem que lhes foi dada, Ide, e não somente em um tempo histórico, mas, indo, indo por todas as nações e fazendo discípulos.
O Movimento Missionário Moderno
Ao chegarmos aos tempos modernos temos grandes nomes a citar nessa visão panorâmica que estamos estabelecendo aqui. Aconselho o leitor a ampliar a leitura sobre esses dados históricos.
A Sociedade Missionária de Londres, que foi organizada em 1795, era um celeiro do movimento missionário e confessionalmente Calvinista. Na primeira reunião do grupo, George Burder discursou:
“... espírito apostólico revivido nos gloriosos reformadores seguindo a ‘longa e terrível noite’ da superstição e do declínio medieval. Lutero, Calvino, outras grandes luzes da Reforma recuperaram o evangelho em seus dias. ‘Mas, oh! Onde está o zelo primitivo? Onde estão os heróis da igreja – homens que voluntariamente entregaram e se dissiparam por Cristo, onde? Que a ambição não trilhe em uma linha já preparada por eles, mas que preguem a Cristo, onde, ainda ele não foi invocado.”
Vale citar aqui também David Brainerd (1718-1747), ministro calvinista, notável por sua missão entre os índios no Oeste de Massachusetts, e Jhonatas Edwards (1749) que foi missionário entre os índios também. Edwards é conhecido pelo memorável sermão – Pecadores nas mãos de um Deus irado – teólogo, escritor, ainda um filosofo influente no pensamento americano.
Não podemos deixar de citar também William Carey, conhecido como o pai das missões modernas, tradutor da Bíblia, pregador do evangelho de Cristo na índia. Os esforços de Carey são um exemplo para a igreja. A morte de duas esposas e de um filho não foram impedimentos para Carey atender o chamado para levar o evangelho a Índia. Sapateiro, com pouco estudo, aprendeu sânscrito, hebraico e grego, Carey foi um dos grandes, se não o maior tradutor das Escrituras Sagradas. Carey foi muito influenciado pelos escritos de Jhonatas Edwards, também de confissão calvinista.
Os calvinistas também olharam para a África, Robert Moffat (1795-1862) e David Livingstone (1813-1873) foram nomes chaves na evangelização da África. A escocesa Mary Stessor, missionária pioneira na África Ocidental em 1876 com apenas 27 de idade. Ela era vice-cônsul do império Britânico e abriu mão para ser missionária tomando a missão como superior, morreu aos sessenta e seis anos de idade na sua cabana de barro.
Jonathan Goforth, conhecido como o mais notável evangelista da China, foi um presbiteriano canadense. Chegando em tempos recentes, temos a chegada de Robert Reid Kalley ao Brasil em 1855. Kalley chegou ao Brasil e um tempo depois fundou a primeira congregação de nativos brasileiros, a Igreja Evangélica Fluminense. Depois de assistir uma palestra do Dr. Charles Hodge em Princeton, o jovem Ashbel Green Simonton também veio para o Brasil e, após sua chegada oito anos depois (1867), fundou o primeiro presbitério no Rio de Janeiro e o primeiro seminário presbiteriano. Claro que poderíamos citar muitos outros nomes e trazer mais provas históricas do empenho dos calvinistas para a evangelização do mundo, mas, concluiremos citando alguns nomes contemporâneos que tem se empenhado em esforços a evangelização de povos não alcançados, temos o conhecido pastor John Piper, que segundo Russel Shedd é um dos maiores evangelistas do nosso tempo, temos também Paul David Washer, que tem percorrido o mundo pregando o evangelho de Cristo. Não poderíamos deixar de citar dois nomes importantes, o Dr. Russel Shedd, fundador das edições Vida Nova, que tem se dedicado por décadas a evangelização do Brasil e preparação de líderes da nação brasileira. O último nome que gostaria de mencionar é do missionário Ronaldo Lidório, que também tem empreendido grandes esforços na evangelização de povos não alcançados, fundador do Instituto Antropos.
Dentro desse escopo que discorremos temos reformados das mais variadas denominações como Presbiterianos, Anglicanos, Congregacionais, Reformados, Episcopais, Batistas e muitas outras denominações que professam os princípios e ensinos da Reforma do século XVI. Portanto, é um erro afirmar que o Calvinismo não promove o zelo missionário nas igrejas. Historicamente vimos que é o oposto, Calvino enviou missionários ao Brasil e a evangelização posterior do Brasil também se deu pelo trabalho Calvinista. Os Estados Unidos são frutos de uma peregrinação e colonização cristã, e aí é valioso um estudo da vida e obra dos Puritanos. O zelo por missões está em nossas raízes e deve arder em nosso coração, como foi com nossos irmãos no passado. Que esse breve texto venha servir como uma simples introdução ao estudo missiológico.
“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda judeia e Samaria, e até os confins da terra.” NVI Atos 1.8
“Esperemos grandes coisas de Deus, façamos grandes coisas para Deus.” - William Carey
_________
Nota:
[1] – Missões até os confins da Terra – Ruth Tucker, ed. Vida Nova
Livros indicados:
• Missões até os confins da Terra – Ruth Tucker, ed. Vida Nova.
• A Favor do Calvinismo – Michael Horton, ed. Reflexão.
• A Igreja Missional na Bíblia – Michael Goheen, ed. Vida Nova.
• A Missão de Deus - Christopher J. H. Wright, ed. Vida Nova.
• A Missão do Povo de Deus - Christopher J. H. Wright, ed. Vida Nova.
• Evangelização – Fundamentos Bíblicos – Russel Shedd, ed. Vida Nova.
• Igreja Centrada – Timothy Keller, ed. Vida Nova.
• História e Teologia da Evangelização – Fabio Henrique Caetano, ed. Arte Editorial.
• História da Evangelização no Brasil, dos Jesuítas aos neopentecostais – Elben César, ed. Ultimato.
Fonte: Electus
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