Amanhã começa oficialmente mais uma Expocristã em São Paulo, que vai até dia 13 de setembro, no Expo Center Norte. Sobre a “maior feira de produtos e serviços para cristãos da América Latina”, segundo seu slogan, escrevi um artigo há pouco tempo atrás.
Pois bem, não queria ir ao evento por ele ser quem ele é, um culto a Mamon disfarçado de oportunidade de se adquirir produtos para evangelização e crescimento espiritual. Realmente o único produto que necessitamos adquirir para isso é a Bíblia Sagrada, que traz todas as instruções, mas o capitalismo demoníaco se infiltrou nas igrejas, atiçando empresários empreendedores a explorar cada vez mais o a cada dia maior público evangélico, ávido por novidades que impulsionem sua vida espiritual. Não à toa floresce todo o tipo de doutrina, modismo e método nas igrejas. É como se a Bíblia estivesse ultrapassada, ou tivesse uma linguagem de muito difícil entendimento (a verdade: são muitas páginas e dá preguiça de ler e ter que meditar sobre), o que favoreceria um mercado de livros, cd’s, dvd’s, roupas gospel, mobiliário, amuletos e tudo o mais que possa nos aproximar de Deus de forma mais rápida e eficiente. Visando a fabricação e venda desses produtos, muitos empresários estão fazendo fortuna, “graças a Deus”.
Eu não queria ir na Expomamon. Apesar de ser contra o comércio que se faz das coisas de Deus, há materiais que são importantes e edificantes. Há livros e autores que precisam ser lidos, há cd’s de verdadeiros adoradores, há dvd’s com pregações genuínas em meio à tanta bobagem gospel vendida. É como no mundo secular, tem produto para todo o tipo de comprador. A Bíblia nos basta, mas é interessante ler o que outros homens e mulheres de Deus pesquisaram. O problema é achar as preciosidades em meio a tanta coisa feita apenas para aproveitar o modismo do momento e para encher os bolsos dos seus autores e editoras.
Eu não queria ir na Expomamon. Ir ao evento é ter a chance de dar de cara com líderes que pregam heresias, como a teologia da prosperidade e outras, dando autografos e sendo aclamados como os “bons”, quase como ídolos gospel. Ir ao evento é ver as fãs histéricas gritando nos shows musicais, é ver candidatos a políticos em 2010 dando abraços e sendo recomendados pelos pastores das denominações, é ver que o Evangelho se reduziu a um método de conquista financeira para uns poucos, em detrimento da maioria manipulada cristã. É ver que, embora constantemente citado no lugar, Jesus não estaria ali, pois se estivesse praticamente todos os estandes e palcos seriam revolvidos, numa espécie de redemoinho ou terremoto, sinalizando o que Cristo fez há mais de 2.000 anos atrás. É saber que Mamon está lá dançando e se divertindo em meio aos “crentes”, que em troca de vitória financeira são capazes de dar tudo o que têm, mas que não são capazes de se ajudar uns aos outros, pois isso não traz a promessa de benefício nenhum.
Eu não queria ir na Expomamon. Não queria sofrer ao ver tantos iludidos com o capitalismo gospel, com a mercantilização da fé, com a atual venda de indulgências na forma de “ofertas voluntárias aos homens santos que fazem milagres”. Não queria ver esse triste espetáculo, mas por outro lado não acho que, ficando em casa, possa resolver alguma coisa. Mas também ir por ir não adianta nada, se for para eu ir tem que ser por uma boa causa: a de denunciar essa corrupção da Palavra de Deus.
Mas quem sou eu? Quem somos nós? Por que achar que podemos fazer justiça, se quem faz a justiça é Deus?
Não sei se vou na Expomamon, pois minha vontade real é a de estender uma faixa denunciando as heresias, como unção financeira a R$ 900,00, porém eu faria isso por vontade própria, não por ter buscado a Deus em oração.
Não sei se vou na Expomamon, é mais certo que eu não vá. Se eu for, que seja para dar algum bom testemunho, mesmo que para apenas um anônimo da longa fila de entrada.
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2 comentários
pior que e autora desse texto tá certa. os crentes fizeram até que conseguiram criar um mundo à parte, onde não se misturam com pessoas de outros credos, onde só as igrejas que tem milagres e programas na TV é que são as boas, onde o fiel tem de frequentar uma denominação, senão é desviado...
Respondero Evangelho não é esse monte de regras a serem seguidas, mas o podre de Deus em cada um dos que aceitaram o sacrifício da cruz.
[ ]´s e continuem na Paz!
AH!
linkei seu blog ao meu. se vc quiser retribuir, agradeço muito :-) e tb estou te seguindo no twitter, ok?!
boa semana!
Graça e paz ruy e aos visitantes do blog bereianos. É com grande tristeza que vejo a decadencia, a falta de "respeito" com as coisas de Deus, não quero dar uma de santo,mas não me atrevo mais a barganhar com Deus e muito menos "usar" o nome dele para ganhar dinheiro, eu mesmo já fui comerciante tendo nascido de filho de comerciantes, mas confesso que nunca tinha visto tanta malandragem no meio do "povo escolhido" "nação santa", tendo trabalhado no segmento de jeans, pude presenciar a compra de carretas de jeans roubadas, esquemas de modinha e todo o segmento de comércio varejista ou atacados tudo está comrrompido e tem uns que se justificam por serem "dizimistas" e dizem, mas nossa "marca" é "consagrada" mas esquecem que suas atitudes não são nada, nada diferente dos "impios" e por falar em "impios" é uma perseguiçao tamanha em derrubar os pobres, porque eles não são "crentes" engraçado que Deus CONDENA acepçao de pessoas, mas se tem uma galera que é seletista são os "evangélicos", nação santa povo escolhido, "expo-cristã" "pagode gospel", "samba de jeová" "reave aleluia" etc...caramba aonde isso vai parar? e o engracado e dizerem que é tudo pra Jesus! e como um novo convertido me disse uma vez ao ir numa "balada gospel" sabe irmão não senti diferença nenhuma doque as que já fui, foi o "suficiente" para entender que estava na contra-mão de Deus. A luta continua...fui
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