Parte da igreja evangélica brasileira trocou a centralidade da Palavra de Deus pela chamada música gospel. Lembro que houve uma ocasião em que fui convidado para pregar em um congresso numa cidade próxima a minha. Como sou extremamente pontual, cheguei à igreja na hora marcada. O culto começou exatamente no horário combinado, dando a impressão de que teríamos uma noite especial. No entanto, o que eu não imaginava era de que aquela noite seria marcada as mais variadas apresentações musicais. Depois de quase duas horas de reunião, onde duetos, corais, bandas e grupos de coreografia se apresentaram o pastor movido por uma aparente espiritualidade me concedeu 10 minutos para a homília, afirmando, que o que Deus tinha que fazer, Ele já tinha feito.
Pois é, infelizmente essa é a realidade de muitas comunidades cristãs deste país, onde muito se canta e pouco se estuda. Ao contrário dos adeptos do gospel tupiniquim, para os Puritanos a pregação era de extrema importância. Para eles, o sermão era o clímax litúrgico do culto público. “Pregação sob quaisquer circunstâncias, é um ato de adoração”. Nada, eles diziam, honra mais a Deus do que uma fiel declaração e um obediente ouvir de Sua verdade. Os Puritanos também diziam que a pregação é a exposição da Palavra de Deus. Eles costumavam afirmar que na fiel pregação, o próprio Deus está pregando, e que se um homem está fazendo uma verdadeira exposição das Escrituras, Deus está falando, pois é a Palavra de Deus, e não a palavra do homem...Os Puritanos também asseveravam que o sermão é mais importante que as ordenanças ou quaisquer cerimônias. Eles alegavam que ele é um ato de culto semelhante à eucaristia, e mais central no serviço da Igreja.
Isto posto, afirmo que um dos motivos da igreja brasileira encontrar-se perdida em tantos conceitos espúrios se deve ao fato de termos abandonado a exposição e pregação da Palavra. Na verdade, o problema foi que trocamos a Bíblia pela baqueta, deixando de lado o estudo e a reflexão das Escrituras Sagradas. Para piorar a coisa, os dias de hoje estão repletos de pessoas, que fundamentados numa exegese equivocada propagam conceitos absolutamente antagônicos a Palavra de Deus. Tais indivíduos, movidos por uma devocionalidade esquizofrênica afirmam que a letra mata, que a teologia engessa a fé e que o Espírito é livre para fazer o que quiser. Para estes o que importa é a espontaneidade e qualquer ênfase que se dê a reflexão impedirá a manifestação daquilo que chamam de avivamento.
Caro leitor, a música não pode ser a ênfase principal de nossos encontros. Ainda que saibamos que devemos louvar a Deus na grande Congregação, é indispensável que compreendamos que ouvir PALAVRA DO SENHOR é o que definitivamente importa.
Pense nisso!
Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]
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Pois é, infelizmente essa é a realidade de muitas comunidades cristãs deste país, onde muito se canta e pouco se estuda. Ao contrário dos adeptos do gospel tupiniquim, para os Puritanos a pregação era de extrema importância. Para eles, o sermão era o clímax litúrgico do culto público. “Pregação sob quaisquer circunstâncias, é um ato de adoração”. Nada, eles diziam, honra mais a Deus do que uma fiel declaração e um obediente ouvir de Sua verdade. Os Puritanos também diziam que a pregação é a exposição da Palavra de Deus. Eles costumavam afirmar que na fiel pregação, o próprio Deus está pregando, e que se um homem está fazendo uma verdadeira exposição das Escrituras, Deus está falando, pois é a Palavra de Deus, e não a palavra do homem...Os Puritanos também asseveravam que o sermão é mais importante que as ordenanças ou quaisquer cerimônias. Eles alegavam que ele é um ato de culto semelhante à eucaristia, e mais central no serviço da Igreja.
Isto posto, afirmo que um dos motivos da igreja brasileira encontrar-se perdida em tantos conceitos espúrios se deve ao fato de termos abandonado a exposição e pregação da Palavra. Na verdade, o problema foi que trocamos a Bíblia pela baqueta, deixando de lado o estudo e a reflexão das Escrituras Sagradas. Para piorar a coisa, os dias de hoje estão repletos de pessoas, que fundamentados numa exegese equivocada propagam conceitos absolutamente antagônicos a Palavra de Deus. Tais indivíduos, movidos por uma devocionalidade esquizofrênica afirmam que a letra mata, que a teologia engessa a fé e que o Espírito é livre para fazer o que quiser. Para estes o que importa é a espontaneidade e qualquer ênfase que se dê a reflexão impedirá a manifestação daquilo que chamam de avivamento.
Caro leitor, a música não pode ser a ênfase principal de nossos encontros. Ainda que saibamos que devemos louvar a Deus na grande Congregação, é indispensável que compreendamos que ouvir PALAVRA DO SENHOR é o que definitivamente importa.
Pense nisso!
Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]
4 comentários
É importante ouvir a Palavra de Deus, qdo realmente é palavra do Senhor... um dia ouvindo uma pregação percebi q algo estava totalmente errado. O apostolo falou sobre a "Parábola do mau pai" Lc 15:11 o filho pródigo sofreu no mundo, porque não teve pai para corrigi-lo. Aquele pai ainda deu uma festa no retorno do filho e ainda o presenteou com anel, sandálias... etc e etc. Sinceramente tem apostolos q não sabem nem o que estão dizendo...
ResponderGlória a Deus por mais esse texto esclarecedor! O mais importante em um culto a Deus, sempre será a palavra! SEMPRE ! Fiquem com Deus!
ResponderGlória a Deus por mais esse texto esclarecedor! Não importa se tem ou não louvor, a palavra de Deus será sempre o ingrediente principal de todo o culto racional.
ResponderFiquem com Deus!
A palavra de Deus é sempre mais importante, pois é nela que tudo se fundamenta. Colocar o louvor acima da palavra é fazer uma inversão perigosa.
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