Neste vídeo, Paul Washer e Scott Brown discutem como devemos explicar o Evangelho a uma pessoa não convertida. Por onde começar? Que doutrinas enfatizar? Como desafiá-lo a crer? Essas serão algumas questões esclarecidas no vídeo.
Transcrição:
SCOTT BROWN: Então, vamos falar
um pouco sobre a mensagem do Evangelho. Vamos falar sobre doutrina,
sobre o efeito da doutrina ou da falta de sã doutrina ao compartilhar o
Evangelho. Penso que uma das coisas que todos nós reconhecemos e é
aterrorizante é quantas pessoas há na igreja, participam da mesa do
Senhor, ouvem as pregações, são membros de igrejas locais, porém, não
conseguem explicar o evangelho a você. E você tem de perguntar: elas
abraçaram o evangelho verdadeiro ou não? Em minha experiência, as
pessoas mais comumente esquecem-se do arrependimento e da ressurreição.
Quando pergunto a um cristão professo: “Pode, por favor, me explicar o
Evangelho?” Diga-me o que você diria a uma pessoa. Elas quase sempre
deixam essas duas coisas de fora. Então, eu só quero conversar um pouco
sobre a mensagem do Evangelho. Então, como você explicaria a mensagem do
Evangelho a mim se eu não fosse convertido?
PAUL WASHER: Nessa era de
ceticismo, eu começaria com a simples verdade de que: “ouça… Eu vou lhe
dizer uma coisa que eu creio com todo meu coração ser verdadeira. Isso
não a torna verdadeira. Mas apenas para nos nivelarmos, quero que saiba
que tudo o que você basicamente pode me acusar como um cristão –
pressuposição, como pressupor que há um Deus – você está fazendo a mesma
coisa. Se nós percebermos que é isso que você está fazendo, justamente
aquilo de que você me acusa… Agora me deixe apenas compartilhar com você
a cosmovisão que vejo na Bíblia e se você quiser, compartilhe comigo
sua cosmovisão, e vamos ver qual delas de fato funciona.” Isso me dá uma
porta aberta – apologética pressuposicionalista – pra não sentar lá por
duas horas discutindo se Deus existe ou não. Isso me dá a porta aberta
para apenas pregar a verdade das Escrituras para a pessoa. Então, eu não
entro em muita discussão. Eu não vou por esse caminho. Eu só digo: “Eu
creio que homens são salvos através da proclamação do evangelho. e eu
vou proclamar o evangelho a você.” Então, isso nos coloca no mesmo
fundamento.
Agora, sempre comece com a doutrina de
Deus, porque o evangelho não faz sentido e nem seria necessário se Deus
não fosse justo. Se Deus fosse outra coisa que não justo, nós nem
precisaríamos de um evangelho. Então, eu começo com: “Esse é Deus, e é
por isso que isto é importante.” Basicamente lidando com sua
reivindicação sobre a pessoa como Criador e Sustentador e mais tarde,
seu Redentor. E, daí, eu digo: “Este Deus é dessa maneira.” E eu
respondo suas objeções, como: “Por que Deus tem de ser santo, ou justo?”
E eu digo: “Você realmente gostaria que Hitler fosse um deus
onipotente?” E, então, entrar por aí explicando o problema. O grande
problema é que Deus é bom, mas você não é. Deus é amor, você não é. Deus
é justo, você não. Então, o que Deus faz com você e Sua criação? Ele
pode simplesmente lhe perdoar? Porque se ele fizer isso, ele não é
justo. E eu passo por todo esse problema que Paulo argumenta em Romanos
3. E não demora muito.
E, daí, eu explico à pessoa: “É isso o
que Deus fez. Para satisfazer sua justiça, Seu Filho tornou-se homem.
Levou sobre ele mesmo os seus pecados, morreu no seu lugar, ressuscitou
dos mortos.” E, então, explico não apenas a importância da morte, mas a
importância da ressurreição. A ressurreição não o fez o Filho de Deus,
mas era a reivindicação divina de sua filiação, como diz em Romanos 1. E
também era a prova de que sua morte satisfez de fato a justiça de Deus,
como diz em Romanos 4:25. Você precisa perceber que este Jesus que foi
crucificado em fraqueza e ressurreto em poder, é o Rei dos reis e Senhor
dos senhores, e ele reina sobre este mundo. Frequentemente vou ao livro
de Daniel e mostro a eles que na realidade todos os governos deste
mundo são como menininhos sentados em tronos de papel. Há um Rei, ele
voltará para reclamar aqueles que são dele.
E, então, explico: julgamento, justiça,
morte, ressurreição da própria pessoa, e digo a ela que Deus ordena
agora que todo homem se arrependa. Eu explico o que é o arrependimento.
Mas eu sou muito cauteloso aqui, porque se você vasculhar a doutrina
bíblica do arrependimento perfeitamente e diz: “Isso é arrependimento.”
Você não vive nisso. Nem eu. Veja, você se arrepende esperando que seja
sinceramente, mas o próprio arrependimento é sujeito à santificação. Eu
estou me arrependendo mais agora…
BROWN: Continua acontecendo.
WASHER: E continua se
aprofundando. Não é aquele arrependimento que acontece só uma vez, que
conserta tudo… Então, eu digo o que é o arrependimento, e digo o que é a
fé, e falo do mandamento para se arrepender e do mandamento de crer.
E, daí, eu pergunto a elas: “É isso que
você fez?” Eu gosto de dizer: “Isso é uma realidade na sua vida?” Porque
as pessoas dizem: “Eu não sei se tenho arrependimento.” “Então, vamos
ver o que é arrependimento e você me diz se isso é uma realidade, uma
realidade crescente em sua vida?” “Eu não sei se eu creio.” “Bom, isso
aqui é fé. Isso é uma realidade?” E muitas pessoas dizem: “Acho melhor
voltar depois de pensar sobre isso.” E, daí, talvez me contatem mais
tarde e se convertem saudavelmente. Outras pessoas que ouvem o
evangelho, logo no início dizem: “Sim, isso é real! Eu vejo!” Mas,
deve-se trabalhar com cada alma de uma maneira diferente. E explicar!
Ouvimos tantas frases que ninguém entende. E eis aqui o problema: muitos
pregadores modernos dirão que não devemos usar as frases. Bem, nós
devemos usar se estão na Bíblia. Mas precisamos explicá-las! Entende?
E eu nunca deixo alguém sem dizer isso,
especialmente alguém que professou a fé em Cristo comigo… Vamos dizer
que estou pregando em uma igreja do outro lado do continente… Eu nunca
vou deixá-la a menos que lhes tenha dado as advertências do evangelho. O
que quero dizer com isso é… Eu digo: “Ouça, a evidência de que você se
converteu, de que você de fato se arrependeu e creu para a salvação, é
que você vai continuar se arrependendo, e continuar crendo. Você vai
continuar crescendo em santificação. Você pode esfriar, mas verá a
disciplina de Deus. E você verá um progresso na santificação, e verá a
mão da providência de Deus, a mão inescapável da providência de Deus ao
longo do curso de sua vida. Mas se você chega a um ponto em sua vida
onde nada disso importa, e você continua naquilo, saiba que você não
aprendeu nada aqui hoje. Nada aconteceu com você.”
Tradução/Fonte: voltemosaoevangelho.com
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1 comentários:
Excelente postagem! Parabéns ao site.
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