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Por Alexandre Milhoranza
Como cristãos, cremos que Deus fala. João inclusive escreveu sobre a voz do Bom Pastor (João 10:1-5). Entretanto, num mundo tão dissonante, com tantas vozes alegando ter recebido de Deus uma revelação “especial” devemos tomar certos cuidados.
Já ouvi o caso de um rapaz que disse ter ouvido a voz de Deus para que determinada moça se casasse com ele. Inflado de coragem e determinação, este rapaz procurou a referida moça e contou-lhe o ocorrido. A jovem, meio desnorteada, disse que Deus não havia falado nada com ela sobre isso e, além de tudo, ele deveria conversar com o marido dela, antes deste suposto casamento.
Como cristãos, cremos que Deus fala. João inclusive escreveu sobre a voz do Bom Pastor (João 10:1-5). Entretanto, num mundo tão dissonante, com tantas vozes alegando ter recebido de Deus uma revelação “especial” devemos tomar certos cuidados.
Já ouvi o caso de um rapaz que disse ter ouvido a voz de Deus para que determinada moça se casasse com ele. Inflado de coragem e determinação, este rapaz procurou a referida moça e contou-lhe o ocorrido. A jovem, meio desnorteada, disse que Deus não havia falado nada com ela sobre isso e, além de tudo, ele deveria conversar com o marido dela, antes deste suposto casamento.
O problema começa pela forma como Deus
fala conosco. A Bíblia registra inúmeras maneiras pelas quais Deus se
manifesta: voz audível, visão, sonho, profetas, e, nos dias do Novo
Testamento, percebemos a ação do Espírito Santo na igreja, além do tempo
que Jesus gastou em oração.
Para tentar colocar um pouco de ordem
neste falatório vamos verificar o que disseram alguns cristãos e
teólogos ao longo da história sobre ouvir a voz de Deus.
Orígenes (Século II) – Em seu trabalho sobre a oração disse que quando sentimos paz em nosso espírito, é um indício da voz de Deus, o bom pastor.
Bernardo de Claravau (Século XI)
– Destacou tanto o papel da mente (intelecto), quanto do coração
(sentimentos) para discernir a voz de Deus. Ele disse que o conhecimento
nos faz eruditos, e o sentimento nos faz sábios.
Lutero e Calvino (Século XVI)
– Disseram que a voz de Deus precisa estar de acordo com as Escrituras.
Deus não falaria algo que contradissesse o que ele já disse. Além
disso, o papel da comunidade é importante para a audição da voz de Deus.
Dificilmente Deus falaria algo para alguém e não confirmasse para outra
pessoa.
John Wesley (Século XVIII)
– Destacou o papel interno do Espírito Santo no cristão. Afirmou também
que Deus não iria ferir os princípios da nossa moral e razão.
Jonathan Edwards (Século XVIII) - Afirmou que para ouvir a voz de Deus é necessário uma vida devocional constante, humildade e transformação de vida.
Para ouvirmos a voz de Deus, além das dicas acima, dadas em momentos diversos da história da Igreja podemos destacar também:
- O amor que ele derramou em nossos corações nos ajuda a percebermos sua voz (Rm. 5:5-8);
- O arrependimento de certas atitudes que tomamos;
- Ler e obedecer as Escrituras.
Portanto, chega de falatório, ore mais e leia mais a Bíblia.
(*) Este post foi inteiramente baseado na pregação do Pr. Ivo Gomes de Almeida.
Fonte: Crentassos
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