Por John McArthur
Pragmatismo
é a noção de que o significado ou o valor é determinado pelas
consequências práticas. É muito similar ao utilitarismo, a crença de que
a utilidade estabelece o padrão para aquilo que é bom. Para um
pragmatista/utilitarista, se uma determinada técnica ou um curso de ação
resulta no efeito desejado, a utilização de tal recurso é válida. Se
parece não produzir resultados, então não tem valor.
O pragmatismo tem suas raízes no
darwinismo e no humanismo secular. É inerentemente relativista,
rejeitando a noção dos absolutos – certo e errado, bem e mal, verdade e
erro. Em última análise, o pragmatismo define a verdade como aquilo que é
útil, significativo e benéfico. As ideias que não parecem úteis ou
relevantes são rejeitadas como sendo falsas.
Quando o pragmatismo é utilizado para formularmos juízos acerca do certo e do errado ou quando se torna a filosofia norteadora da vida, da teologia e do ministério, acaba, inevitavelmente, colidindo com as Escrituras. A verdade espiritual e bíblica não é determinada baseando-se no que “funciona” ou no que não “funciona”. Sabemos por intermédio das próprias Escrituras, por exemplo, que o evangelho frequentemente não produz uma resposta positiva (I Co 1:22-23; 2:14). Por outro lado, as mentiras satânicas e o engano podem ser bastante eficazes (Mt 24:23-24; II Co 4:3-4). A reação da maioria não é um parâmetro seguro para determinar o que é válido (Mt 7:13-14), e a prosperidade não é uma medida para a veracidade (Jó 12:6). O pragmatismo como uma filosofia norteadora do ministério é inerentemente defeituoso e como uma prova para a veracidade é satânico.
Para muitos, a quantidade de pessoas nos cultos tornou-se o principal critério para se avaliar o sucesso de uma igreja, aquilo que mais atrai o público é aceito como “bom”, sem uma análise crítica. Isso é pragmatismo.
Quando o pragmatismo é utilizado para formularmos juízos acerca do certo e do errado ou quando se torna a filosofia norteadora da vida, da teologia e do ministério, acaba, inevitavelmente, colidindo com as Escrituras. A verdade espiritual e bíblica não é determinada baseando-se no que “funciona” ou no que não “funciona”. Sabemos por intermédio das próprias Escrituras, por exemplo, que o evangelho frequentemente não produz uma resposta positiva (I Co 1:22-23; 2:14). Por outro lado, as mentiras satânicas e o engano podem ser bastante eficazes (Mt 24:23-24; II Co 4:3-4). A reação da maioria não é um parâmetro seguro para determinar o que é válido (Mt 7:13-14), e a prosperidade não é uma medida para a veracidade (Jó 12:6). O pragmatismo como uma filosofia norteadora do ministério é inerentemente defeituoso e como uma prova para a veracidade é satânico.
Para muitos, a quantidade de pessoas nos cultos tornou-se o principal critério para se avaliar o sucesso de uma igreja, aquilo que mais atrai o público é aceito como “bom”, sem uma análise crítica. Isso é pragmatismo.
Pior ainda, a teologia concede à
metodologia lugar de honra. Na igreja contemporânea, tudo parece estar
na moda, exceto a pregação bíblica! Assim, o pragmatismo representa para
a igreja de hoje exatamente a mesma ameaça sutil que o modernismo
representou há quase um século. O modernismo começou como uma
metodologia, mas logo se tornou uma teologia singular.
Ao menosprezar a importância da
doutrina, o modernismo abriu a porta para o liberalismo teológico, o
relativismo moral e a incredulidade aberta! Se existe algo que a
história nos ensina é que os ataques mais devastadores desfechados
contra a fé sempre começaram com erros sutis surgidos dentro da própria
igreja.
Por viver em uma época tão instável, a
igreja não pode se dar ao luxo de vacilar. Ministramos a pessoas que
buscam desesperadamente respostas; por isso, não podemos amenizar a
mensagem ou abrandar o evangelho. Se fizermos amizade com o mundo, nos
tornaremos inimigos de Deus. Se nos dispusermos a crer em artifícios
mundanos, estaremos automaticamente abrindo mão do poder do Espírito
Santo.
A fraqueza da pregação em nossos dias
não brota de lábios excêntricos e frenéticos que discursam sobre o
inferno; resulta de homens que comprometem a mensagem e temem proclamar a
Palavra de Deus com poder e convicção. A igreja certamente não
manifesta uma superabundância de pregadores sinceros e objetivos; de
fato, ela parece repleta de ministros que adulam os homens (Cf. Gl
1:10).
Sutilmente, em vez de uma vida
transformada, é a aceitação por parte do mundo e a quantidade de pessoas
presentes aos cultos o que vem se tornando o alvo maior da igreja
contemporânea.
Contudo, devemos estar conscientes de
que tamanho de igreja não é sinônimo da bênção de Deus; e a popularidade
não é barômetro de sucesso. O verdadeiro sucesso não é prosperidade,
poder, proeminência, popularidade ou qualquer outro conceito mundano de
sucesso. Sucesso genuíno é fazer a vontade de Deus apesar das
consequências!
Muitos cristãos professos aparentam se
importar mais com a opinião do mundo do que com a de Deus. As igrejas
manifestam tanta preocupação em agradar os não-crentes, que muitas
esqueceram que seu primeiro propósito é agradar a Deus (II Co 5:9). A
igreja se contextualizou a tal ponto, que se deixou corromper pelo
mundo.
Nós, que amamos o Senhor e à sua igreja,
não devemos ficar assentados enquanto a igreja ganha ímpeto em direção
ao declínio que leva ao mundanismo e ao comprometimento do evangelho.
Homens e mulheres pagaram com seu próprio sangue o preço de passarem a
nós uma fé genuína. Agora é a nossa vez de preservarmos a verdade; e
esta é uma tarefa que requer coragem, sem compromisso com o erro.
Trata-se de uma responsabilidade que exige devoção inabalável a um
propósito muito específico!
Fonte: John McArthur, Com Vergonha do
Evangelho, (São José dos Campos, SP. Editora Fiel, 1997). Trechos
selecionados dos três primeiros capítulos.
Via: Refletindo / Minha vida em Cristo sem heresias / Púlpito Cristão
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