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Por Josemar Bessa
Jesus, pelos padrões
atuais, foi um líder terrível, não entendendo os paradigmas da verdadeira
liderança.
Pelos padrões atuais
Jesus era um líder incompetente que de maneira óbvia não estava em sintonia com
as necessidades da “experiência de adoração” de sua cultura.
Quando lemos sua
biografia no Novo Testamento, não vemos Jesus discutindo as mais recentes filosofias
de liderança, estratégias de qualidade da igreja, as práticas de marketing e as
últimas ideias de concepção de ambiente holístico tanto áudio como visualmente
para criar o clima perfeita para as pessoas terem uma experiência de adoração e
pregação envolvente. Todas coisas comuns na ideia e na concepção de liderança
de nossos dias.
Ao contrário disso
tudo, ao lermos o Novo Testamento, vemos e descobrimos que Jesus ensinou em
lugares inadequados e estava longe de ser sensível aos “buscadores”. Se você
ousar comparar as práticas de liderança de Rick Warren... e tantos outros que
de várias formas diferentes “encontram” maneiras e métodos de comunicarem com
mais relevância, e encontraram material mais relevante aos ouvintes... Jesus
parece tosco e você teria que concluir que Jesus foi um completo fracasso como
líder, e que nunca esteve antenado em suas reuniões com as necessidades sentidas
no seu, como dizem os experts, mercado-alvo.
Um exemplo da mais
profunda ignorância de Jesus sobre tudo isso podemos encontrar em Marcos
capítulo 8. Logo nos versos iniciais aprendemos que Jesus realizou, não temos
um termo melhor para explicar, três dias de “conferência ao ar livre” – onde Ele
mesmo foi o orador de destaque:
“Naqueles
dias, havendo uma grande multidão, e não tendo que comer, Jesus chamou a si os
seus discípulos, e disse-lhes: Tenho compaixão da multidão, porque há já três
dias que estão comigo, e não têm que comer. E, se os deixar ir em jejum, para
suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe”
- Marcos 8:1-3
Será que lemos
corretamente? Aqueles que participaram da “conferência” de três dias – ficaram ao
ar livre, expostos ao sol, vento, chuva... e pior, não havia comida fornecida
até o final do evento?
Vocês conseguem
imaginar os comentários que Jesus e seus
discípulos receberam nos formulários de pesquisa sobre a satisfação dos “clientes”
após o evento? O lugar escolhido não foi nada sensível ao público alvo. Imagino
alguém dizendo, o calor, o ambiente, os 5.0000 homens aglomerados... arruinaram
completamente minha “experiência de adoração”.
E o ensino, será que
ouviram bem, assimilaram....? “Ah! Não! Diriam, o som se perdia na multidão e
ambiente aberto, e eu estava com o estômago vazio por três dias de palestras...
inviabilizaram tudo. Por que Jesus não
ensinava no máximo em 40 ou 50 minutos? Por que se estender tanto? E como ele
espera que lembremos o que ele ensinou, não havia material adequado, meios para
fazermos nossas anotações... Afinal de contas Jesus devia saber que o Ipad,
laptops, Twitter, Facebook... sequer foram inventados ainda, como iríamos registrar
tudo? Então porque ele não foi breve e fez breves palestras??? Ficou impossível
anotar seus pontos relevantes, frases impactantes... Como podes aplicar os
pontos mais relevantes as nossas vidas? Como experimentar, depois dessa falta
de sensibilidade ao público, alguma mudança em nossas vidas? Isso é uma péssima
maneira de motivar as pessoas a mudarem...”
Imagine quando o
formulário chegasse ao item comida! Diriam: “Nós estávamos morrendo de fome e
assando no sol por três dias antes que a primeira e única refeição fosse
servida. Ele sabia que estávamos completamente famintos mas continuou com suas
palestras sem fim, e só decidiu nos atirar o “milagre”, que só tinha pão e
peixe, já no fim do evento. Por que ele esperou até o fim da conferência para
fazer isso?
Por que Ele não fez o
milagre nos três dias da conferência e pelo menos com duas refeições ao dia?
Por que tínhamos que ouvir suas palestras enooooooormes com o estômago vazio?”
Agora, pense nas
impressões gerais da conferência de três dias. Além do fato de estar quente no
deserto da Judéia, suportar o cheiro dos 5.000 camponeses ( não sei como era o
sistema sanitário ) e com essa multidão sem ter um sistema de som adequado,
sendo ensinado por 3 dias sem data show, sem material para as anotações, sem
comida, num ambiente não confortável... era impossível ter uma experiência de “adoração
relevante” e “aprendizado relevante”! – Eu acho que a conferência foi um tremendo
tiro no pé e não um grande sucesso. Alguém diria, “eu prefiro ir qualquer coisa
a assistir outra conferência de ensino planejada por Jesus”.
Pelo que o Gurus da “Liderança
relevante” de nossos dias falam, você acha que no Novo Testamento está repleto
de “sabedoria” para a “liderança eficaz e relevante” que pode ser aplicado por
líderes visionários e inovadores. Mas quando lemos o Novo Testamento vemos que
a liderança que Jesus exemplificou para nós, nem sequer remotamente é parecida
com a “nova liderança” que os gurus de hoje vendem com estardalhaço.
A razão para isso o
modelo de liderança de Jesus NUNCA teve nada a ver como o foco na satisfação do
cliente, ou a preocupação, como algo essencial, com as experiências positivas
do cliente.
Nos três dias da “conferencia”
com Jesus, uma coisa fica evidente, uma coisa se sobressai, uma coisa é
essencial. A chave para entendermos essa coisa “essencial” podemos encontrar em
Mateus 4.4: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da
boca de Deus” - Mateus 4:4
Ao perdermos o
essencial, todo o resto não passa de banalidades fúteis. O que descreve
perfeitamente a nossa geração e o que ela acha importante de fato.
Fonte: Josemar Bessa
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