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Por Davi Lago
O apologeta William Lane Craig aponta três grandes evidências da ressurreição de Cristo[1].
Primeira evidência: o túmulo vazio.
A história da ressurreição de Cristo não teria durado um minuto se o
corpo de Jesus estivesse na tumba. Contudo, há grandes evidências que
comprovam o fato de que o túmulo de Jesus ficou vazio.
Primeiro, a
credibilidade da história do enterro de Jesus. Existe ênfase no Novo
Testamento no sepultamento de Cristo. Paulo escreveu em 1Coríntios
15.3-5: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi
sepultados e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras, e
apareceu a Pedro e depois ais Doze”. No período em que esse texto foi
escrito, como as testemunhas de Jerusalém estavam vivas, elas poderiam
desmentir Paulo afirmando que não houve sepultamento de Jesus. Contudo,
isso não ocorreu. Além disso, não havia tempo suficiente para que uma
lenda a respeito do sepultamento de Cristo tivesse surgido e sido aceita
por todos. O próprio Paulo esteve por duas semanas em Jerusalém (Gl
1.18) e lá pode confirmar o fato de que todos sabiam que Jesus foi
sepultado. Outro ponto importante é considerar a figura de José de
Arimatéia. Nenhum acadêmico de nosso tempo afirma que José é uma
invenção dos primeiros cristãos, sobretudo por se afirmar que ele era um
membro do Sinédrio, fato que poderia ser facilmente desmentido. Além
disso, até mesmo detalhes incidentais que os evangelhos fornecem sobre
José corroboram sua existência histórica. As narrativas afirmam que ele
era rico (o que justifica o tipo de túmulo) e que ele era de Arimatéia
(um lugar sem nenhuma importância e simbolismo na Bíblia).
Segundo, o túmulo vazio foi descoberto
por mulheres. Dado o relativo baixo status que as mulheres ocupavam na
sociedade judaica e sua pequena qualificação para servir como testemunha
legal, é surpreendente o fato de que foram mulheres que descobriram o
túmulo vazio. Se, de fato, não fossem mulheres que tivessem descoberto o
túmulo vazio, por que a igreja afirmaria isso e humilharia seus líderes
afirmando que esses permaneceram escondidos em Jerusalém como covardes?
Além disso, os nomes das mulheres citadas eram conhecidos por toda a
igreja primitiva e seria muito fácil desmenti-las caso elas não tivesses
visto o túmulo vazio primeiro.
Terceiro, a investigação que Pedro e
João fizeram do túmulo vazio é historicamente provável. A visita dos
discípulos à tumba vazia é extremamente plausível porque eles estavam em
Jerusalém.
Quarto, seria impossível para os
discípulos anunciarem a ressurreição em Jerusalém se a tumba não
estivesse vazia. O túmulo vazio é a condição sine qua non do anúncio da ressurreição de Cristo. A pregação dos discípulos não duraria um minuto se o corpo de Jesus estivesse sepultado.
Quinto, os próprios opositores do
cristianismo não negaram o fato do túmulo vazio. Os judeus opositores à
fé cristã em nenhum momento negaram que o túmulo estivesse vazio, pelo
contrário, acusaram os discípulos de terem roubado o corpo de Jesus.
Essa é uma evidência muito persuasiva de que o túmulo estava vazio.
Sexto, o fato de que o túmulo de Jesus
não foi venerado indica que ele estava vazio. Os judeus veneravam e
preservavam os túmulos dos profetas e homens santos. Essa veneração era
aspecto importante na religião judaica. Contudo não existe o mínimo
vestígio de que o túmulo de Jesus foi venerado. A razão para isso é que
ele estava vazio.
Somadas, essas evidências são um forte argumento para comprovar o história de que o túmulo de Jesus estava vazio.
Segunda evidência: as aparições de Jesus ressuscitado.
Há grande comprovação histórica de que Jesus foi visto depois de morto
por várias pessoas. Em 1Coríntios 15.3-5 Paulo afirma que Jesus apareceu
a Pedro e aos demais discípulos, e prossegue dizendo: “Depois disso
apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais
ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago
e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim,
como a um que nasceu fora de tempo” (1Co 15.6-8). Essas informações de
Paulo foram escritas muito próximas aos eventos e, por isso, não podem
ser lendas. A maioria das quinhentas pessoas que viram Jesus ressurreto
poderia ser questionada para comprovar a história.
Terceira evidência: a origem da crença dos discípulos na ressurreição de Jesus.
Por que os discípulos acreditariam que Jesus ressuscitou se de fato ele
não tivesse ressuscitado? Não há explicação satisfatória para essa
pergunta a não ser admitir que Jesus realmente ressuscitou dentre os
mortos. È importante notar que os judeus acreditavam na ressurreição,
como comprovam os textos de Isaías 26.19, Ezequiel 37 e Daniel 12.2.
Contudo, eles acreditavam que a ressurreição seria no fim do mundo e não
no meio da história, e também que a ressurreição seria para todas as
pessoas e não para um indivíduo isolado. Portanto, os discípulos de
Jesus só poderiam crer na ressurreição de Jesus e morrer afirmando que o
viram depois da morte, se verdadeiramente Jesus tivesse ressuscitado e
aparecido para eles. É um contra-senso afirmar que alguém morre por algo
que sabe ser uma mentira.
[1] CRAIG, Willian L. Did Jesus rise from the death? In: WILKINS, Michael J.; MORELAND, J.P. Jesus under fire. Grand Rapids, Michigan: Zodervan, 1995, p.141-176
Fonte: [ NAPEC ]
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