.Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Como pode um homem sendo pecador ser salvo? Como pode um injusto ser declarado justo aos olhos do Deus santo? Como pode o homem tão vulnerável ter garantia de salvação? Paulo responde a essas questões quando escreve sua carta aos romanos. Vamos, tratar aqui de cinco afirmações categóricas que nos afirmam a soberania de Deus na salvação.
Em primeiro lugar, Deus nos conheceu desde a eternidade (Rm 8.29). Deus nos conheceu de antemão. Ele nos amou desde toda a eternidade. Amou-nos não porque viu algo em nós que despertasse seu amor, mas amou-nos incondicionalmente. Antes do sol brilhar no horizonte, Deus já havia colocado em nós seu coração. Antes dos mundos estalares virem à existência, nós já estávamos no coração de Deus. Seu amor por nós é eterno, incomensurável e incondicional.
Em segundo lugar, Deus nos predestinou
para a salvação (Rm 8.30). Deus nos predestinou em Cristo, para a
salvação, antes da fundação do mundo, desde o princípio, pela
santificação do Espírito e fé na verdade, a fim de sermos santos e
irrepreensíveis perante ele. Deus não nos escolheu porque previu que
iríamos crer em Cristo; cremos em Cristo porque ele nos escolheu. A
escolha divina é a causa da fé e não sua consequência. Deus não nos
escolheu porque viu em nós santidade; fomos eleitos para sermos santos e
irrepreensíveis e não porque éramos santos e irrepreensíveis. A
santidade não é a causa da eleição, mas seu resultado. Deus não nos
escolheu porque viu em nós boas obras; somos feitura dele, criados em
Cristo Jesus, para as boas obras, e não porque praticávamos boas obras.
As boas obras são fruto da escolha divina e não sua raiz.
Em terceiro lugar, Deus nos chamou
eficazmente (Rm 8.30). Todos aqueles que são escolhidos por Deus na
eternidade, por quem Cristo morreu no calvário, são chamados à salvação,
e chamados eficazmente. O homem pode até resistir temporariamente a
esse chamado, mas não finalmente. Jesus disse que ninguém pode vir a ele
se o Pai não o trouxer. Disse, também, que suas ovelhas ouvem sua voz e
o seguem. Os que Deus predestina, Deus chama. Há dois tipos de
chamados: um externo e outro interno; um dirigido aos ouvidos e outro ao
coração. Aqueles que são predestinados, ao ouvirem a voz do bom pastor,
atendem-na e o seguem.
Em quarto lugar, Deus nos justificou por
sua graça (Rm 8.30). Aqueles que são amados, escolhidos e chamados são
também justificados. A justificação é uma obra de Deus por nós e não em
nós; é um ato e não um processo. É uma declaração forense feita diante
do tribunal de Deus e não uma infusão da graça. É completa e
irrepetível. Por isso, não possui graus. O menor crente está tão
justificado quanto o indivíduo mais piedoso. Pela obra substitutiva e
vicária de Cristo na cruz somos declarados quites com as demandas da lei
de Deus. Não pesa sobre nós mais nenhuma condenação. Nossos pecados
passados, presentes e futuros já foram julgados na pessoa de Cristo,
nosso substituto e fiador. Nossos pecados foram colocados na conta de
Cristo e a justiça de Cristo foi colocada em nossa conta. Estamos quites
com todas as demandas da justiça divina.
Em quinto lugar, Deus nos glorificou
pelo seu poder (Rm 8.30). Embora a glorificação seja um fato futuro, que
se dará na segunda vinda de Cristo, na mente e nos decretos de Deus já é
um fato consumado. Mesmo que o caminho seja estreito e juncado de
espinhos. Mesmo que os inimigos nos espreitem e toda a fúria de Satanás
seja despejada contra nós, nada nem ninguém, neste mundo ou mesmo no
porvir poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso
Senhor. Nossa salvação foi planejada, executada, aplicada e assegurada
por Deus. A Deus, portanto, a glória, agora e sempre por tão grande
salvação!
Fonte: Palavra da Verdade
Divulgação: Púlpito Cristão
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