Por Michael S. Horton
Sempre que a história de Davi e Golias é usada para motivá-lo a pensar sobre os “Golias” em sua vida e as "Sete Pedras da Vitória" utilizadas para derrotá-los, você é vítima de uma pregação moralista. O mesmo acontece quando a intenção principal do sermão é lhe dar um herói bíblico para ser imitado ou um vilão para ensinar uma lição, tal como o "crime não compensa", ou "o pecado não te torna realmente feliz”. Ler ou ouvir a Bíblia desta forma transforma as Escrituras em uma espécie de Fábulas de Esopo ou os Contos de Fadas dos irmãos Grimm, onde a história existe com o propósito de ensinar uma lição para o prudente, e a história termina com "e viveram felizes para sempre”. Em seu Cartas do Inferno, C. S. Lewis apresenta o Screwtape (Fitafuso ou o Coisa-Ruim em português) escrevendo para Wormwood (Vermebile ou Cupim) na tentativa de persuadir Wormwood a minar a fé ao transformar Jesus em um grande herói e moralista.
“Ele deve ser um ‘grande homem’, no sentido moderno da palavra – alguém de situado no extremo de uma linha de pensamento centrífuga e desequilibrada - um excêntrico vendendo uma panacéia. Desta forma, desviamos a mente dos homens de Quem Ele é, e do que Ele fez. Primeiro fazemos dEle apenas um mestre, e em seguida, ocultamos a substancial concordância entre Seus ensinamentos e as de outros grandes mestres da moral.”
Este é o maior problema, a partir da minha própria experiência, com a pregação que ouvimos hoje. Existe uma demanda por ser prático - isto é, ter princípios engenhosos para a vida quotidiana. Mas o perigo, obviamente, é que o que se ouve na manhã de domingo não é a Palavra de Deus. Na verdade, as escrituras foram lidas (talvez) e houve um sermão (talvez), mas a mensagem teve mais a ver com uma palestra do Lions Clube, um seminário de psicologia pop, uma conferência profética ou uma convenção política do que com a proclamação da verdade celestial "vinda do alto".
Porque já estamos sentados com Cristo nos céus (Ef 2:6) e participando da nova criação que raiou com a ressurreição de Cristo, devemos possuir uma mente celestial. Isto, naturalmente, não significa que sejamos místicos irrelevantes que não têm nenhuma utilidade para este mundo; mais propriamente, isso significa que a nossa perspectiva está orientada em direção a Deus e não a humanidade (incluindo nós mesmos), ao eterno, e não à presente era, à santidade ao invés da felicidade, glorificando a Deus em vez de exigir que Deus satisfaça nossas "necessidades sentidas". Somente com esse tipo de orientação é que podemos ser úteis a este mundo como "sal" e "luz", produzindo um distinto testemunho do transcendente em um mundo tão ligado ao momento presente.
Finalmente, o moralismo comete um erro hermenêutico básico do ponto de vista da Reforma. Tanto os Luteranos quanto os Reformados têm insistido, nas palavras da Segunda Confissão Helvética, "O Evangelho opõe-se à Lei. A Lei opera a ira e anuncia a maldição, enquanto o Evangelho prega a graça e a bênção". Calvino e seu sucessor, Beza, seguiram o entendimento Luterano comum de que, embora tanto a lei e quanto o Evangelho sejam claramente ensinados nas Escrituras (tanto no Antigo quanto no Novo Testamento), a confusão sobre as duas categorias é o fulcro de toda a pregação e ensino recalcitrante na igreja. Não é que os crentes do Velho Testamento estivessem sob a lei e nós estejamos debaixo da graça ou do Evangelho, mas que os crentes em ambos os Testamentos estão obrigados à lei moral, a obedecer perfeitamente aos seus preceitos e em conformidade com a sua pureza, não só nos atos exteriores, mas na estrutura e disposições da alma e do coração. E ainda, em ambos os Testamentos, é oferecidos aos crentes a justiça do Evangelho de Cristo, colocada sobre o pecador nu e transgressor da lei, para que Deus possa aceitar os ímpios - sim, mesmo os ímpios, por amor de Cristo.
Tanto Luteranos quanto Reformados também afirmaram que a lei ainda tem um lugar após a conversão na vida do crente, como as únicas ordenanças para obras que agora são realizadas na fé. Contudo, a pregação deve observar claramente a distinção entre essas duas coisas. Como John Murray escreve: "A lei não pode, nunca, dar ao crente qualquer poder espiritual para obedecer suas ordenanças". E no entanto, muito da pregação moralista destes dias pressupõe o erro de que de alguma forma os princípios, os passos para a vitória, regras, diretrizes habilmente planejadas pelo pregador (ou seja, as tradições dos homens?) prometem sucesso espiritual àqueles que simplesmente os colocarem em prática diária. Aqueles que são novos na fé encaram este tipo de pregação como úteis e práticas; aqueles que já estão presentes há algum tempo, eventualmente se tornam esgotados e cínicos sobre a vida cristã porque não conseguem “conquistar a vitória” mesmo tendo seguido a cartilha.
Deve ser dito que nem mesmo as ordenanças do próprio Deus podem nos dar vida ou o poder para crescermos como cristãos. Os estatutos são retos e bons, mas eu não, disse Paulo em Romanos 7. Mesmo o crente não pode ganhar força alguma da lei. A lei só pode lhe dizer o que está certo; apenas o Evangelho pode fazê-lo justo, dando-lhe o que ele não pode ganhar pela observância da lei. Se a própria lei se torna impotente pelo pecado humano, como poderíamos crer que esquemas humanamente planejados e princípios para a vitória e poder espiritual pudessem alcançar o sucesso? Olhamos para a lei como o padrão, percebendo que, mesmo como cristãos, fracassamos em observá-la. É aí que o Evangelho entra em ação e nos diz que alguém atingiu esse padrão e conquistou essa vitória - para nós, em nosso lugar - e agora a lei pode ser pregada novamente sem atormentar a nossa consciência. Ela já não pode nos conduzir ao medo ou à ansiedade uma vez que suas exigências foram cumpridas pela obediência de outra pessoa.
Portanto, é nosso dever pregar "todo o conselho de Deus", que inclui todas as coisas na categoria da lei (os mandamentos divinos e ameaças de punição; o convite ao arrependimento e à conversão, santificação e serviço a Deus e ao próximo) e na categoria do Evangelho (a promessa de Deus de descanso, do Gênesis ao Apocalipse; a sua realização na da morte, sepultamento, ressurreição, ascensão e segunda vinda de Cristo; o dom da fé, através da qual o crente é justificado, e entra em uma união vital com Cristo; o dom da perseverança da fé, que nos capacita a exercer a piedade, apesar do sofrimento). Mas qualquer tipo de pregação que deixa de enfatizar o papel da lei em condenar o pecador e o papel do Evangelho em justificar o pecador, ou que confunde estas duas coisas, é uma séria violação da distinção que o próprio Paulo faz em Gálatas 3:15-25 .
Muito da pregação evangélica com a qual estou familiarizado nem inspira terror da justiça de Deus, nem expressa admiração pela profundidade da graça de Deus em Seu dom da justiça. Pelo contrário, é muitas vezes uma confusão entre essas duas coisas, de modo que as más notícias não são tão más e a boa notícia não é tão boa. Nelas, nós realmente podemos fazer algo para nos aproximarmos de Deus; nos ensinam que não estamos tão longe de Deus que não possamos fazer uso dos exemplos de personagens bíblicos e alcançar a justiça ao seguir os "Sete Passos para a Vida Cheia do Espírito". Porém, na visão d Bíblia, os personagens bíblicos não são exemplos de suas vitórias, mas da vitória de Deus! A vida de Davi não é um testemunho da fidelidade de Davi em absoluto, mas da fidelidade de Deus, e ao lermos qualquer parte dessa história como se pudéssemos alcançar o Evangelho (justiça) através da lei (obediência) cometemos o antiqüíssimo erro de Caim, dos fariseus, dos gálatas judaizantes, dos Pelagianos, dos Semi-Pelagianos, do Arminianos, e dos defensores da Vida Superior.
Existem variedades de moralismo. Alguns moralistas são sentimentais em suas pregações. Em outras palavras, o objetivo é ser útil, é ser um amoroso cultivador que visa, a cada domingo, dar segurança à sua congregação com as sábias palavras de um Jesus que soa muito mais como um terapeuta de talk show. Outros moralistas são ásperos em suas pregações. Seu Evangelho é, "Faça isso e você viverá”. Em outras palavras, a não ser que você possa medir o crescimento na santidade por qualquer número através de indicadores ou barômetros, você não saberá se tem direito às promessas. O Evangelho, para estes pregadores, é a lei e a lei é Evangelho. Pode-se alcançar o perdão e a aceitação de Deus somente através de constante auto-avaliação. Dúvida, em vez de segurança, marca a reflexão do cristão maduro, insistem estes pregadores em um agudo contraste com a ternura do Salvador que excluiu somente aqueles que acham que “marcaram todos os gols”. Os pecadores foram bem-vindos à mesa de Cristo, os "justos" claramente não foram.
Portanto, mesmo o cristão precisa ser constantemente lembrado de que sua santificação é tão lenta e imperfeita nesta vida que nenhuma bênção espiritual pode ser extraída da mão de Deus através da obediência; Está tudo lá, nas mãos abertas e estendidas do Pai. Isto, naturalmente, é o atestado de óbito do moralismo de todos os matizes. A má notícia é realmente muito ruim; a boa notícia é maior do que qualquer sabedoria moral terrena. É por isso que Paulo disse, parafraseando: "Vocês, cristãos gregos em Corinto, querem sabedoria moral? Ok, vou te dar sabedoria: Cristo se fez nossa justiça , nossa santidade e nossa redenção. Aha! Deus na sua loucura é mais sábio que todos os gurus de auto-ajuda de todo o mundo! " (1 Coríntios. 1:18-31).
O moralismo até pode responder às "necessidades sentidas" de quem procura palestras de encorajamento inspirativas e práticas nas manhãs de domingo, mas isto não pode realmente ser considerado pregação.
Michael S. Horton
Preaching Christ Alone
Tradução: Reforma&Razão - Maio/2010
Fonte: [ Reforma & Razão ]
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Sempre que a história de Davi e Golias é usada para motivá-lo a pensar sobre os “Golias” em sua vida e as "Sete Pedras da Vitória" utilizadas para derrotá-los, você é vítima de uma pregação moralista. O mesmo acontece quando a intenção principal do sermão é lhe dar um herói bíblico para ser imitado ou um vilão para ensinar uma lição, tal como o "crime não compensa", ou "o pecado não te torna realmente feliz”. Ler ou ouvir a Bíblia desta forma transforma as Escrituras em uma espécie de Fábulas de Esopo ou os Contos de Fadas dos irmãos Grimm, onde a história existe com o propósito de ensinar uma lição para o prudente, e a história termina com "e viveram felizes para sempre”. Em seu Cartas do Inferno, C. S. Lewis apresenta o Screwtape (Fitafuso ou o Coisa-Ruim em português) escrevendo para Wormwood (Vermebile ou Cupim) na tentativa de persuadir Wormwood a minar a fé ao transformar Jesus em um grande herói e moralista.
“Ele deve ser um ‘grande homem’, no sentido moderno da palavra – alguém de situado no extremo de uma linha de pensamento centrífuga e desequilibrada - um excêntrico vendendo uma panacéia. Desta forma, desviamos a mente dos homens de Quem Ele é, e do que Ele fez. Primeiro fazemos dEle apenas um mestre, e em seguida, ocultamos a substancial concordância entre Seus ensinamentos e as de outros grandes mestres da moral.”
Este é o maior problema, a partir da minha própria experiência, com a pregação que ouvimos hoje. Existe uma demanda por ser prático - isto é, ter princípios engenhosos para a vida quotidiana. Mas o perigo, obviamente, é que o que se ouve na manhã de domingo não é a Palavra de Deus. Na verdade, as escrituras foram lidas (talvez) e houve um sermão (talvez), mas a mensagem teve mais a ver com uma palestra do Lions Clube, um seminário de psicologia pop, uma conferência profética ou uma convenção política do que com a proclamação da verdade celestial "vinda do alto".
Porque já estamos sentados com Cristo nos céus (Ef 2:6) e participando da nova criação que raiou com a ressurreição de Cristo, devemos possuir uma mente celestial. Isto, naturalmente, não significa que sejamos místicos irrelevantes que não têm nenhuma utilidade para este mundo; mais propriamente, isso significa que a nossa perspectiva está orientada em direção a Deus e não a humanidade (incluindo nós mesmos), ao eterno, e não à presente era, à santidade ao invés da felicidade, glorificando a Deus em vez de exigir que Deus satisfaça nossas "necessidades sentidas". Somente com esse tipo de orientação é que podemos ser úteis a este mundo como "sal" e "luz", produzindo um distinto testemunho do transcendente em um mundo tão ligado ao momento presente.
Finalmente, o moralismo comete um erro hermenêutico básico do ponto de vista da Reforma. Tanto os Luteranos quanto os Reformados têm insistido, nas palavras da Segunda Confissão Helvética, "O Evangelho opõe-se à Lei. A Lei opera a ira e anuncia a maldição, enquanto o Evangelho prega a graça e a bênção". Calvino e seu sucessor, Beza, seguiram o entendimento Luterano comum de que, embora tanto a lei e quanto o Evangelho sejam claramente ensinados nas Escrituras (tanto no Antigo quanto no Novo Testamento), a confusão sobre as duas categorias é o fulcro de toda a pregação e ensino recalcitrante na igreja. Não é que os crentes do Velho Testamento estivessem sob a lei e nós estejamos debaixo da graça ou do Evangelho, mas que os crentes em ambos os Testamentos estão obrigados à lei moral, a obedecer perfeitamente aos seus preceitos e em conformidade com a sua pureza, não só nos atos exteriores, mas na estrutura e disposições da alma e do coração. E ainda, em ambos os Testamentos, é oferecidos aos crentes a justiça do Evangelho de Cristo, colocada sobre o pecador nu e transgressor da lei, para que Deus possa aceitar os ímpios - sim, mesmo os ímpios, por amor de Cristo.
Tanto Luteranos quanto Reformados também afirmaram que a lei ainda tem um lugar após a conversão na vida do crente, como as únicas ordenanças para obras que agora são realizadas na fé. Contudo, a pregação deve observar claramente a distinção entre essas duas coisas. Como John Murray escreve: "A lei não pode, nunca, dar ao crente qualquer poder espiritual para obedecer suas ordenanças". E no entanto, muito da pregação moralista destes dias pressupõe o erro de que de alguma forma os princípios, os passos para a vitória, regras, diretrizes habilmente planejadas pelo pregador (ou seja, as tradições dos homens?) prometem sucesso espiritual àqueles que simplesmente os colocarem em prática diária. Aqueles que são novos na fé encaram este tipo de pregação como úteis e práticas; aqueles que já estão presentes há algum tempo, eventualmente se tornam esgotados e cínicos sobre a vida cristã porque não conseguem “conquistar a vitória” mesmo tendo seguido a cartilha.
Deve ser dito que nem mesmo as ordenanças do próprio Deus podem nos dar vida ou o poder para crescermos como cristãos. Os estatutos são retos e bons, mas eu não, disse Paulo em Romanos 7. Mesmo o crente não pode ganhar força alguma da lei. A lei só pode lhe dizer o que está certo; apenas o Evangelho pode fazê-lo justo, dando-lhe o que ele não pode ganhar pela observância da lei. Se a própria lei se torna impotente pelo pecado humano, como poderíamos crer que esquemas humanamente planejados e princípios para a vitória e poder espiritual pudessem alcançar o sucesso? Olhamos para a lei como o padrão, percebendo que, mesmo como cristãos, fracassamos em observá-la. É aí que o Evangelho entra em ação e nos diz que alguém atingiu esse padrão e conquistou essa vitória - para nós, em nosso lugar - e agora a lei pode ser pregada novamente sem atormentar a nossa consciência. Ela já não pode nos conduzir ao medo ou à ansiedade uma vez que suas exigências foram cumpridas pela obediência de outra pessoa.
Portanto, é nosso dever pregar "todo o conselho de Deus", que inclui todas as coisas na categoria da lei (os mandamentos divinos e ameaças de punição; o convite ao arrependimento e à conversão, santificação e serviço a Deus e ao próximo) e na categoria do Evangelho (a promessa de Deus de descanso, do Gênesis ao Apocalipse; a sua realização na da morte, sepultamento, ressurreição, ascensão e segunda vinda de Cristo; o dom da fé, através da qual o crente é justificado, e entra em uma união vital com Cristo; o dom da perseverança da fé, que nos capacita a exercer a piedade, apesar do sofrimento). Mas qualquer tipo de pregação que deixa de enfatizar o papel da lei em condenar o pecador e o papel do Evangelho em justificar o pecador, ou que confunde estas duas coisas, é uma séria violação da distinção que o próprio Paulo faz em Gálatas 3:15-25 .
Muito da pregação evangélica com a qual estou familiarizado nem inspira terror da justiça de Deus, nem expressa admiração pela profundidade da graça de Deus em Seu dom da justiça. Pelo contrário, é muitas vezes uma confusão entre essas duas coisas, de modo que as más notícias não são tão más e a boa notícia não é tão boa. Nelas, nós realmente podemos fazer algo para nos aproximarmos de Deus; nos ensinam que não estamos tão longe de Deus que não possamos fazer uso dos exemplos de personagens bíblicos e alcançar a justiça ao seguir os "Sete Passos para a Vida Cheia do Espírito". Porém, na visão d Bíblia, os personagens bíblicos não são exemplos de suas vitórias, mas da vitória de Deus! A vida de Davi não é um testemunho da fidelidade de Davi em absoluto, mas da fidelidade de Deus, e ao lermos qualquer parte dessa história como se pudéssemos alcançar o Evangelho (justiça) através da lei (obediência) cometemos o antiqüíssimo erro de Caim, dos fariseus, dos gálatas judaizantes, dos Pelagianos, dos Semi-Pelagianos, do Arminianos, e dos defensores da Vida Superior.
Existem variedades de moralismo. Alguns moralistas são sentimentais em suas pregações. Em outras palavras, o objetivo é ser útil, é ser um amoroso cultivador que visa, a cada domingo, dar segurança à sua congregação com as sábias palavras de um Jesus que soa muito mais como um terapeuta de talk show. Outros moralistas são ásperos em suas pregações. Seu Evangelho é, "Faça isso e você viverá”. Em outras palavras, a não ser que você possa medir o crescimento na santidade por qualquer número através de indicadores ou barômetros, você não saberá se tem direito às promessas. O Evangelho, para estes pregadores, é a lei e a lei é Evangelho. Pode-se alcançar o perdão e a aceitação de Deus somente através de constante auto-avaliação. Dúvida, em vez de segurança, marca a reflexão do cristão maduro, insistem estes pregadores em um agudo contraste com a ternura do Salvador que excluiu somente aqueles que acham que “marcaram todos os gols”. Os pecadores foram bem-vindos à mesa de Cristo, os "justos" claramente não foram.
Portanto, mesmo o cristão precisa ser constantemente lembrado de que sua santificação é tão lenta e imperfeita nesta vida que nenhuma bênção espiritual pode ser extraída da mão de Deus através da obediência; Está tudo lá, nas mãos abertas e estendidas do Pai. Isto, naturalmente, é o atestado de óbito do moralismo de todos os matizes. A má notícia é realmente muito ruim; a boa notícia é maior do que qualquer sabedoria moral terrena. É por isso que Paulo disse, parafraseando: "Vocês, cristãos gregos em Corinto, querem sabedoria moral? Ok, vou te dar sabedoria: Cristo se fez nossa justiça , nossa santidade e nossa redenção. Aha! Deus na sua loucura é mais sábio que todos os gurus de auto-ajuda de todo o mundo! " (1 Coríntios. 1:18-31).
O moralismo até pode responder às "necessidades sentidas" de quem procura palestras de encorajamento inspirativas e práticas nas manhãs de domingo, mas isto não pode realmente ser considerado pregação.
Michael S. Horton
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Tradução: Reforma&Razão - Maio/2010
Fonte: [ Reforma & Razão ]
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