A Questão da Cessação

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Por Richard Gaffin

É visão amplamente difundida hoje que todos os dons mencionados em Romanos 12, I Coríntios 12, e Efésios 4 foram dados para permanecer na igreja até o retorno de Cristo. A percepção de que certos dons cessaram é vista como um estratagema desesperado, em flagrante descuido para com o claro ensino bíblico, algo pouco convincente, uma racionalização a posteriori de uma igreja embaraçada pela ausência destes dons em seu meio. Não obstante, há várias linhas de ensino do Testamento Novo que, na sua convergência, apontam para a conclusão de que a profecia e as línguas foram designadas para cessar antes do retorno de Cristo, e de fato cessaram. Neste capítulo, serão esboçadas estas linhas, algumas delas mais completamente que outras.

A. A Natureza Temporária do Apostolado

Passando por sobre os detalhes do debate que tem envolvido muito os eruditos bíblicos sobre o papel do apóstolo, é uma generalização justa dizer que no Novo Testamento o termo tem uma de duas referências básicas: (1) pode se referir ao representante de uma igreja em particular, a quem temporariamente foi delegada uma tarefa específica (II Cor. 8.23; Fp 2.25; talvez Atos 14.4, 14). (2) A mais importante e dominante referência, tal como aparece em I Coríntios 12.28, 29 e Efésios 4.11, é quanto aos apóstolos de Cristo. Neste último sentido, os apóstolos são limitados em número (quantos, pode permanecer uma questão aberta aqui), e confinados à primeira geração da história da igreja. Este caráter temporário do apostolado pode ser visto de vários ângulos: (1) uma exigência era que o apóstolo fosse uma testemunha ocular e auditiva do Cristo ressuscitado (João 15.27; Atos 1.8, 22; 10.41). Paulo considera esta exigência como tendo sido atendida no caso dele pelo aparecimento de Cristo a ele na estrada de Damasco (I Co 9.1; 15.8e.d.; cf. Atos 9.3-8; 22.6-11; 26.12-18). (2) Paulo sugere que ele é o último dos apóstolos (I Co 15.8e.d.: “... último de todos... o menor dos apóstolos...”; talvez também 4.9: “...a nós, os apóstolos, em último lugar,” onde, provavelmente, “nós” não inclui Apolo [v. 6] mas é limitado a Paulo, desde que as experiências atribuídas a “nós” nos versos imediatamente seguintes [9b-13] são melhor compreendidas como a própria experiência individual de Paulo). (3) As Epístolas Pastorais tornam claro que Paulo vê Timóteo, mais do que qualquer outro, como o sucessor pessoal dele. A tarefa do ministério do evangelho designada por Paulo deve ser assumida e continuada por Timóteo (e outros). Mesmo assim, Paulo nunca o designa como apóstolo. De acordo com o Novo Testamento, “sucessão apostólica” em um senso pessoal é uma contradição em termos. A atividade dos apóstolos na igreja é “de uma vez por todas”. Qualquer um que esteja trabalhando com o Novo Testamento é então compelido a reconhecer o caráter temporário do apostolado. Esta conclusão tem sido negada ao longo da história da igreja e ainda há hoje os que resistem a ela. Com eles nós temos que dividir a companhia sobre este ponto, lamentavelmente. Mas onde for aceita, várias outras conclusões se tornam envolvidas. Por um lado, com tudo que é singular e preeminente sobre o ofício do apóstolo, posto que Paulo lista este dom como um (o primeiro) entre outros dons dados à igreja (I Co 12.28e.d.; Ef 4.11), há que se notar claramente não ser o caso que todos os dons mencionados por Paulo devam continuar até a volta de Cristo. Tampouco, por consequência, defender a posição de que um (ou mais) destes dons tenha sido retirado há de implicar, necessariamente, na negação da autoridade e aplicabilidade contínua da Bíblia. Além do mais, a distinção apostólico-pós-apostólico não é imposta sobre o Novo Testamento e sobre a história da igreja, mas é determinada pelo próprio Novo Testamento. As epístolas pastorais, em particular, são escritas para efetuar a provisão para o futuro pós-apostólico da igreja. Por conseguinte, a demanda que compromete a todos os que reconhecem a natureza temporária do apostolado, especialmente devido à sua importância óbvia e central, é determinar que elementos da vida da igreja são, assim, tão integralmente associados com o ministério dos apóstolos, a ponto de terem desaparecido junto com a cessação do apostolado, e quais elementos continuam no período pós-apostólico da igreja.

B. O Caráter Fundacional do Testemunho Apostólico

A atividade singular mais importante dos apóstolos seguramente é aquela já salientada, a saber, de testemunhas de Cristo (por exemplo, João 15.27; Atos 1.8; 13.31). Os apóstolos exibiram um testemunho autorizado e revestido de poder pelo próprio Cristo, concernente à sua ressurreição, como sendo o cumprimento da história do pacto (por exemplo, Lucas 24.48; Atos 1.22; 2.32; 4.33; 10.39-41). Por causa da centralidade e das implicações de longo alcance da morte e ressurreição de Cristo, este testemunho é uma interpretação abrangente de sua pessoa e obra. Não é limitado à proclamação dos fatos básicos do evangelho aos incrédulos. Antes, é de uma só essência com, ou melhor, é a totalidade da pregação e ensino apostólicos, seja oral ou escrito (II Ts 2.15). Consiste em declarar nada menos que “todo o conselho de Deus” (Atos 20.27), revelado na vinda do reino de Deus (por exemplo, v. 25) e a revelação do mistério em Cristo (por exemplo, Rom. 16.25e.d.), para a salvação do seu povo e a renovação de toda a criação (II Co 5.17; Ap 21.5).

Talvez a mais ampla perspectiva desta tarefa de testemunha seja oferecida em Efésios 2.19e.d. Nesse texto Paulo vê a igreja da nova aliança (conf. vv. 11e.d.) como o resultado da grande atividade de edificação de Deus no período entre a ressurreição e a volta de Cristo (conf. II Pe 2.4-8). Laborando desse modo, Paulo denomina os apóstolos, juntamente com Cristo, como a base, o fundamento da igreja-edifício (v. 20). Não é dito isto para que se ofusque ou se negue a superioridade da pessoa e da obra de Cristo como fundamento exclusivo da igreja (I Co 3.11), mas para incluir os apóstolos e a atividade deles dentro de um objetivo específico. Os apóstolos suplementam a obra de Cristo, não por expiação adicional ou por realizações redentivas de sua parte, mas pela sustentação do testemunho acerca da obra de Cristo. Em termos desta passagem, os apóstolos não são, como Cristo é, a paz que fez judeus e gentios um só, pela destruição da inimizade e pela reconciliação de ambos com Deus, bem como de um com o outro (vv. 14-16). Mas eles são os porta-vozes por meio de quem o Cristo exaltado vem e apregoa a paz-unidade tanto a judeus quanto a gentios (v. 17). A obra de Cristo uma-vez-por-todas, fundacional, consumada na sua morte e ressurreição, é ligada ao testemunho uma-vez-por-todas, fundamental, dos apóstolos com respeito àquela obra. Tal testemunho é antecipado em Mateus 16.18, onde Jesus chama Pedro, em sua confissão (conf. v. 16), na qualidade de representante dos demais apóstolos, de a pedra sobre a qual ele edificaria a sua igreja.

Os apóstolos não fazem parte da fundação por causa de sua precedência cronológica na igreja (se fosse assim, a inclusão de Paulo seria duvidosa; conf. especialmente I Co 15.8e.d.) ou porque o seu número fosse fixo (o Testamento Novo não tem por interesse delimitar seu número preciso). Nem são eles o fundamento por causa de sua raça (judaica). O ponto da passagem não é a unidade entre judeu e gentio exibida no fato de que gentios sejam edificados sobre um fundamento judeu, mas uma unidade entre judeu e gentio porque ambos são edificados sobre a base, que é Cristo, o qual, junto com os apóstolos e profetas, estabelece o fundamento. Os apóstolos não são parte do fundamento por qualquer razão ou característica de suas pessoas à parte do exercício de suas funções (apostólicas). Por outro lado, o fundamento não é o testemunho apostólico abstraído dos próprios apóstolos. A escolha entre um entendimento pessoal e um impessoal acerca do fundamento é um falso dilema exegético. O fundamento é os apóstolos na qualidade de apóstolos testemunhas, os apóstolos em termos da revelação dada a eles e pronunciada por eles (conf. Ef 3.5).

É também importante perceber que o fundamento aqui é absoluto e histórico em seu caráter. Ele não descreve situações particulares as quais o evangelho alcança pela primeira vez, indiferentemente de tempo e lugar. Antes, é parte de uma imagem histórico-redentiva única, abrangente[1] (edificação), a qual encena, no caso dos apóstolos como também de Cristo, o que é realizado uma única vez, ao início da história da igreja, e não permite repetição. O período, além deste que é fundacional, não é um tempo de reassentar perpetuamente o fundamento, mas é o da superestrutura que é construída em cima deste fundamento (que é definitivamente assentado). A natureza fundacional do testemunho abrangente dos apóstolos nos permite apreciar uma ênfase correlata na “tradição” apostólica a ser rapidamente assumida, como já encontrada em II Tessalonicenses (2.15; 3.6), sobre o “depósito” a ser guardado, nas cartas pastorais (I Tm 6.20; lI Tm 1.14) e na “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 3). Esta ênfase reflete a autoridade conexa do testemunho dos apóstolos e estabelece linhas que preparam e apontam o caminho para o eventual surgimento do cânon do Novo Testamento (veja lI Pedro 3.16, onde as cartas de Paulo são já consideradas no mesmo nível das “demais Escrituras”).

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Extraído do livro "Perspectivas sobre O Pentecostes", Richard B. Baffin Jr., Ed. Os Puritanos, páginas 97 a 101.
Fonte: [
Os Puritanos ]
Extraído do site: [ Eleitos de Deus ]

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9 comentários

Primeira Tessalonicenses foi escrita por Paulo,Silvano e Timóteo;logo no primeiro versiculo da carta é mostrado isso claramente.

No capítulo segundo,verso 6,está escrito o seguinte:

"E não buscamos glória dos homens,nem de vós,nem de outros,ainda que podíamos como APOSTOLOS DE CRISTO,servos pesados"

Ou seja:Timóteo e Silvano são chamados de Apostolos nesta carta,o que contraria o que foi escrito pelo Richard B. Baffin.

No começo da matéria também foi dito que o falar em linguas e as profecias foi cessado,mas cadê os versículos bíblicos que comprovam isto?Não foi colocado!

Responder

Caro Paulo Junior.

Em primeiro lugar, a 1ª carta aos tessalonisenses foi escrita por Paulo e não há evidências suficientes para afirmar sobre uma contribuição textual ao conteúdo da mesma por Silas e Timóteo. Paulo, Silas e Timóteo estavam em viajem missionária, por isto que é citado logo no início da carta o nome dos três. Em momento algum fala que ambos são os autores da carta!

Em segundo lugar, o versículo citado por você (1Ts 2:6) a palavra "apóstolo" (enviado) se refere ao "sentido amplo" e não ao "sentido restrito" da palavra. Afirmar que Timóteo e Silas eram Apóstolos no sentido restrito - iguais aos 12 apóstolos escolhidos e enviados por Cristo - é forçar o texto bíblico e dizer algo que a bíblia não diz.

Recomendo a leitura dos seguintes artigos esclarecedores sobre o assunto:

Artigo 01
Artigo 02

Sobre apóstolos contemporâneos, já postamos uma série de estudos exegéticos que tratam sobre este assunto:
Clique aqui!


Em relação ao "dom de línguas" e de "profecias", recomento a leitura dos seguintes artigos que tratam com muita propriedade sobre o assunto, bem como cita vários versículos bíblicos (conforme o irmão solicita):

Sobre o dom de línguas e profetas:

Artigo 01
Artigo 02
Artigo 03

Espero ter esclarecido.

Soli Deo Gloria!

Responder

Olá Rui tudo bem?

Em nenhum momento eu afirmei que os apostolos citados na carta de Tessalônica são no sentido restrito,e sim que eles são chamados de apostolos na passagem em questão.

Como Paulo coloca apostolos no plural(vc colocou no singular e depois eu é que estou forçando o texto!!),ele deve estar se referindo a outros apostolos além dele nesta passagem correto?

Os apostolos originais não acompanhavam Paulo nas suas viagens missionárias,portanto os unicos que cabem no contexto do versículo 6 são Timóteo e Silas,como vc muito bem disse,eram os que acompanhavam Paulo nesta viagem missionária.

Qual a dificuldade nisso?

Só porque muitos usam este título indevidamente nos nossos dias,não podemos negar que existem sim outros que são chamados de apostolos na Bíblia,além dos doze.

Lucas também estava nesta viagem com eles,mas o seu nome não foi citado no começo da carta,o que acaba enfraquecendo o seu argumento dizendo que eles foram citados só porque estavam em viagem missionária....e Lucas?

É claro que,quando a Bíblia chama de apostolos outros que não os doze,sempre será no sentido de enviados,e não que eles tinham a mesma autoridade daqueles que foram escolhidos pelo proprio Senhor.
Isso é muito óbvio pra ser colocado em questão.

Por fim,Paulo é o autor desta carta(outra coisa óbvia),mas ele teve a colaboração dos seus dois amigos Timóteo e Silvano,se não,não haveria o menor sentido em citá-los no começo da Epístola.

Se fosse só porque eles estavam juntos numa viagem missionária, seria uma tremenda injustiça da parte de Paulo não ter colocado o nome de Lucas que também estava com eles,vc não acha?

Fico por aqui!

Responder

Olá Paulo, tudo ótimo e contigo?
Vou responder suas colocações por tópicos:

vc disse:
"Em nenhum momento eu afirmei que os apostolos citados na carta de Tessalônica são no sentido restrito,e sim que eles são chamados de apostolos na passagem em questão."

Resposta:
Você não afirmou diretamente, porém colocou este fato para confrontar a defesa do autor do artigo no que diz respeito ao "apostolado contemporâneo" (continuidade dos apóstolos após a igreja primitiva). ora, Richard B. Baffin Jr. deixa claro em seu artigo sobre a diferença entre uso restrito e amplo da palavra Apóstolo na Bíblia, bem como a sessação do ministério apostólico. E você discordou disto.

vc disse:
"Como Paulo coloca apostolos no plural(vc colocou no singular e depois eu é que estou forçando o texto!!),ele deve estar se referindo a outros apostolos além dele nesta passagem correto?"

Resposta:
Coloquei no singular pois analisei somente o sentido da palavra em si (apóstolo = enviado). Mas mesmo no plural não muda em nada a convicção da minha afirmativa.

vc disse:
"Os apostolos originais não acompanhavam Paulo nas suas viagens missionárias,portanto os unicos que cabem no contexto do
versículo 6 são Timóteo e Silas,como vc muito bem disse,eram os que acompanhavam Paulo nesta viagem missionária. Qual a dificuldade nisso?"

Resposta:
Dificuldade em que meu irmão? não entendi sua colocação, pois eu não tive dificuldade nenhuma em compreender esta verdade. Na minha postagem foi exatamente isso que eu coloquei, que Paulo, juntamente com Silas e Timóteo fizeram a viagem missionária a Tessalônica. (?)

vc disse:
"Só porque muitos usam este título indevidamente nos nossos dias,não podemos negar que existem sim outros que são chamados de
apostolos na Bíblia,além dos doze."

Resposta:
Com certeza, isto eu não nego. Porém, novamente deixo a necessidade de entender que na bíblia o uso da palavra "Apóstolo" se aplica a dois sentidos: sentido amplo e sentido restrito. Se não fizermos esta separação exegética, entraremos em um erro hermenêutico gravíssimo!

Leia atentamente o seguinte artigo para poder esclarecer sobre isto:
http://bereianos.blogspot.com/2007/10/h-apstolos-hoje.html

Responder

vc disse: "Lucas também estava nesta viagem com eles,mas o seu nome não foi citado no começo da carta,o que acaba enfraquecendo o seu argumento dizendo que eles foram citados só porque estavam em viagem missionária....e Lucas?
Por fim,Paulo é o autor desta carta(outra coisa óbvia),mas ele teve a colaboração dos seus dois amigos Timóteo e Silvano,se não,não haveria o menor sentido em citá-los no começo da Epístola.
Se fosse só porque eles estavam juntos numa viagem missionária, seria uma tremenda injustiça da parte de Paulo não ter colocado o nome de Lucas que também estava com eles,vc não acha?"

Resposta:
Amigo, "Lucas" nunca esteve presente junto com Paulo, Silas e Timóteo em Tessalônica! Qual base bíblica para esta afirmação? Paulo, Silas e Timóteo estiveram em Tessalônica na segunda viagem missionária! Os mesmos, após saírem de Filipos (onde Lucas ficou nesta cidade), foram para Tessalônica, visitaram e evangelizaram esta cidade por três semanas nas cinagogas locais e depois disto prosseguiram com a viagem missionária em outras cidades. Timóteo visitou Tessalônica posteriormente e trouxe de lá um relatório da igreja desta cidade, na qual com base neste relatório, Paulo elaborou as epístolas aos Tessalonissenses como resposta a várias questões.

O Apóstolo Paulo é o "único" autor das epístolas aos Tessalonissenses. Em 1ªTs 1:1, Silas e Timóteo estão associados com Paulo na saudação porque os mesmos tinham colaborado com Paulo na evangelização de Tessalônica. Nesta epístola não encontramos evidências de que Silas e Timóteo colaboraram com o conteúdo da mesma, ao contrário de Paulo que temos evidências claras de que "somente ele" escreveu a epístola (1ª Ts 2:18, 3:15 e 5:27), note o uso da primeira pessoa do singular por Paulo!

Portanto amigo, continuo com convicção as minhas afirmações, ao menos que o irmão apresente bases bíblicas exegeticamente corretas para me refutar.

Espero ter esclarecido.

Graça e paz!

Responder

Algumas coisas se esclareceram:

Lucas se inclui na segunda viagem missionária de Paulo,a partir do capítulo 16 de Atos,a qual inclui Tessalônica,no "roteiro".

Mas dando uma lida com mais atenção,realmente pode ser que ele não tenha ido a Tessalônica com Paulo e os demais.(mas não se pode ter certeza porque não estavamos lá pra saber e o texto não deixa isso claro.)O seu "nunca" com relação a Lucas ter estado com eles em Tessalonica soa um tanto quanto prepotente e mostra que vc não está "aberto" a outras possibilidades.(A de que Lucas possa sim ter estado lá,por exemplo).

1ª Tessalonicenses 3:15 só deve ter na sua Bíblia,porque na minha,eu não achei!

Realmente o versículo 18 do capítulo 2 é escrito no singular por um breve momento-pelo menos eu,Paulo-mas rapidamente volta pro plural novamente-mas Satanás nos impediu.

Bom,pelo menos a questão principal do meu comentário,creio que foi resolvido:

-Que Silvano e Timóteo são chamados de apostolos nesta carta,assim como Andrônico e Junias também o são na carta aos Romanos,mostrando que existiram outros apostolos na Bíblia,além dos doze.

E essa é a minha questão porque no artigo do Richard,ele diz explicitamente:"A tarefa do ministério do evangelho designada por Paulo deve ser assumida e continuada por Timóteo (e outros). Mesmo assim, Paulo nunca o designa como apóstolo"

Se o designa eu não sei,mas pelo menos o inclui como apostolo nesta carta aos Tessalonicenses,e isto como vc mesmo disse não dá pra negar.

Com relação a autoria exclusiva de Paulo,eu vou pensar e reler com cuidado e talvez eu mude de opinião.

Obrigado pelas respostas!

Deus te abençoe.

Responder

Errata:

Aonde eu escrevi sobre as passagens que testificam que Paulo escreveu a epístola, onde está escrito: "(1ª Ts 2:18, 3:15 e 5:27)", digitei errado a segunda passagem (3:15). Na verdade é 1ªTs 3:5!

Responder

Prezado Paulo Junior.

Quando eu afirmei com convicção que Lucas "nunca" esteve em Tessalônica juntamente com Paulo, Silas e Timóteo, não quiz me expressar de forma "prepotente", mas sim que tenho convicção teológica de que este fato não ocorreu. Estou aberto sim a outras possibilidades, desde que tenham bases bíblicas e estejam exegeticamente corretas.

Vou elaborar uma análise sobre este tema (viagem missionária a Tessalônica e autoria de 1ª e 2ª Tessalonisenses) e tão logo termine postarei por aqui para estudarmos, ok?

Se o irmão adquirir mais informações a respeito da autoria exclusiva de Paulo à carta de 1ª Tessalonisenses, por favor compartilhe conosco para podermos estudar também.

Muito obrigado e fique na paz.

Responder

Ok,até mais e fique na paz também!

Responder

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