Antes de Pedro iniciar sua longa dissertação acerca dos falsos profetas, ele estabelece as bases da natureza divina da Palavra de Deus:
Muitos erroneamente interpretam essa tradução literal como se o foco estivesse sobre a interpretação de um indivíduo ao invés de estar sobre a origem e natureza das profecias em si. […] Pedro não está falando sobre como as pessoas interpretam as palavras de profecia mas sobre a certeza das próprias Escrituras. A NVI apresenta isso de maneira mais clara:
Nessa tradução, a relação entre “interpretação” e o resto do verso é percebida mais rapidamente. […] Pedro continua a falar acerca de como as Escrituras vieram a existir (não como elas são interpretadas), logo o sentido de “interpretação pessoal” é decifrado nas palavras que se seguem: “As Escrituras não são as opiniões dos profetas mas as palavras do próprio Deus”. A ênfase de Pedro está em negar a origem humana da palavra profética, pois ele continua a dizer “pois jamais a profecia teve origem na vontade humana”. Os homens não acordaram em uma manhã e pensaram: “Acho que hoje vou escrever um pouco de Escrituras”. A constantemente repetida frase: “A palavra do Senhor veio até mim, dizendo” argumenta a favor dessa verdade, pois com essas palavras o profeta está reconhecendo que as palavras do Senhor não vieram de dentro (do homem) mas de fora. Em sua origem primária, a Escritura não é da Terra mas do Céu.
Em contraste ao conceito de Escrituras humanamente originadas, Pedro afirma que os homens falaram por Deus como se, literalmente, tivessem sido “carregados” pelo Espírito Santo. Isso contradiz o que foi dito? Não. Os homens, de fato, falaram. As Escrituras estão em linguagem humana. As Escrituras tiveram autores humanos e eles não eram apenas máquinas de ditado. Eles falavam em suas próprias línguas, a partir de seus contextos, inseridos em suas culturas, mas o que eles falaram, eles falaram por Deus e apenas na medida em que eles eram “carregados” (ou movidos) pelo Espírito Santo. Aqui está o misterioso (e ainda assim maravilhoso) contato entre o humano e o divino na origem das Escrituras: Enquanto os homens estão falando, eles estão fazendo isso sob o poder e direção do Espírito, para que o resultado desse milagre seja, como Paulo colocou, “respirada por Deus”. Não são os homens em si que são “inspirados” mas as Escrituras, o resultado dessa iniciativa divina de revelação.
Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. (2 Pedro 1:20,21, Almeida Corrigida e Fiel)
Muitos erroneamente interpretam essa tradução literal como se o foco estivesse sobre a interpretação de um indivíduo ao invés de estar sobre a origem e natureza das profecias em si. […] Pedro não está falando sobre como as pessoas interpretam as palavras de profecia mas sobre a certeza das próprias Escrituras. A NVI apresenta isso de maneira mais clara:
Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo. (2 Pedro 1:20,21, NVI)
Nessa tradução, a relação entre “interpretação” e o resto do verso é percebida mais rapidamente. […] Pedro continua a falar acerca de como as Escrituras vieram a existir (não como elas são interpretadas), logo o sentido de “interpretação pessoal” é decifrado nas palavras que se seguem: “As Escrituras não são as opiniões dos profetas mas as palavras do próprio Deus”. A ênfase de Pedro está em negar a origem humana da palavra profética, pois ele continua a dizer “pois jamais a profecia teve origem na vontade humana”. Os homens não acordaram em uma manhã e pensaram: “Acho que hoje vou escrever um pouco de Escrituras”. A constantemente repetida frase: “A palavra do Senhor veio até mim, dizendo” argumenta a favor dessa verdade, pois com essas palavras o profeta está reconhecendo que as palavras do Senhor não vieram de dentro (do homem) mas de fora. Em sua origem primária, a Escritura não é da Terra mas do Céu.
Em contraste ao conceito de Escrituras humanamente originadas, Pedro afirma que os homens falaram por Deus como se, literalmente, tivessem sido “carregados” pelo Espírito Santo. Isso contradiz o que foi dito? Não. Os homens, de fato, falaram. As Escrituras estão em linguagem humana. As Escrituras tiveram autores humanos e eles não eram apenas máquinas de ditado. Eles falavam em suas próprias línguas, a partir de seus contextos, inseridos em suas culturas, mas o que eles falaram, eles falaram por Deus e apenas na medida em que eles eram “carregados” (ou movidos) pelo Espírito Santo. Aqui está o misterioso (e ainda assim maravilhoso) contato entre o humano e o divino na origem das Escrituras: Enquanto os homens estão falando, eles estão fazendo isso sob o poder e direção do Espírito, para que o resultado desse milagre seja, como Paulo colocou, “respirada por Deus”. Não são os homens em si que são “inspirados” mas as Escrituras, o resultado dessa iniciativa divina de revelação.
***
Autor: James R. White
Fonte: Scripture Alone: Exploring the Bible's Accuracy, Authority and Authenticity
Tradução: Erving Ximendes
Via: Olhai e Vivei
.
4 comentários
Ótimo texto.
ResponderSó me fala o significado dessa passagem por favor
ResponderPq eu ainda não entendi
ResponderParabéns
ResponderPostar um comentário
Política de moderação de comentários:
1 - Poste somente o necessário. Se quiser colocar estudos, artigos ou textos grandes, mande para nós por e-mail: bereianos@hotmail.com
2 - A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Comentários com conteúdo ofensivo não serão publicados, pois debatemos idéias, não pessoas. Discordar não é problema, visto que na maioria das vezes redunda em edificação e aprendizado. Contudo, discorde com educação e respeito.
3 - Comentários de "anônimos" não serão necessariamente postados. Procure sempre colocar seu nome no final de seus comentários (caso não tenha uma conta Google com o seu nome) para que seja garantido o seu direito democrático neste blog. Lembre-se: você é responsável direto pelo que escreve.
4 - A aprovação de seu comentário seguirá os nossos critérios. O Blog Bereianos tem por objetivo à edificação e instrução. Comentários que não seguirem as regras acima e estiver fora do contexto do blog, não serão publicados.
Para mais informações, clique aqui!
Blog Bereianos!