Imagine que um grupo de pessoas começa um novo empreendimento na área alimentícia. A produção vai de vento em popa e os resultados financeiros que foram programados em longo prazo começam a serem vistos em curto tempo. O grupo se encontra extasiado com o sucesso e só falam em prosseguir com a produção e as vendas. Porém, um imprevisto ocorre. Pessoas começam adoecer ao ingerir aquele alimento produzido, passar mal e muitos começam a dar entrada em hospitais diversos. O caos é notório. Qual deveria ser o procedimento daquele referido grupo de empreendedores em relação à sua produção? temos três alternativas:
Qual você escolheria?
Nossa opinião recai sobre a alternativa de número 2. Pois, a partir de uma base reflexiva se encontraria o problema e este seria corrigido. Com isso as vendas regressariam e, consequentemente, todo o sucesso anterior seria retomado.
A grande pergunta que vos faço a partir desta pequena analogia é a seguinte: Por que não se age assim em relação à prática do Evangelismo moderno? O produto está sendo fornecido com algum erro na receita que tem levado muitos a adoecerem. O Evangelismo contemporâneo tem sido marcado muito pelo aspecto emocional e não pelo aspecto teológico-reflexivo. É preciso sentir menos a presença de Deus e vivê-la mais. Quem sente, logo logo não sente mais, é igual a dor de dente, às vezes demora, mas passa. A presença de Deus precisa ser vivida, pois viver é diferente de sentir.
Os clichês e jargões têm permeado todo o ambiente do evangelho brasileiro, com isso, a prática do evangelismo moderno também é afetada. Um dos clichês mais utilizados na evangelização moderna é este: “Deus tem um grande plano para realizar na sua vida”. Meus irmãos, bem possível seja que quem profira estas palavras em direção a alguém na evangelização esteja repleto de boa vontade e até com o coração puro – boas intenções. Porém, boa vontade, boa intenção e coração puro só são de bom proveito no reino de Deus quando se coadunam com a vontade de Deus expressa nas Sagradas Escrituras. Será que Davi não estava cheio de boas intenções e com o coração puro quando carregou a Arca da Aliança sobre bois, em festejo pelo regresso da Arca que estava sob domínio filisteu (1º Crônicas 13: 6-8)? Será que Uzá não estava repleto de boa vontade e de coração puro quando tentou livrar da queda a Arca da Aliança a segurando (1º Crônicas 13: 9-10)? A resposta é sim, mas a Arca da Aliança não era nem para ser carregada por bois (e Davi conhecia o preceito divino [1º Crônicas 15: 1-2]), nem muito menos ser tocada por mãos humanas. As consequências destes atos foram trágicas, mesmo mediante a boa intenção, boa vontade e coração puro dos personagens em questão. Parece-nos que o ambiente de festa suprime todo e qualquer senso reflexivo, como já mencionamos; Davi e seu séquito estava festejando o regresso da Arca do Senhor do domínio dos filisteus para o domínio israelita, motivo suficiente para comemoração, mas comemorar não significa deixar a emoção sobrepujar à razão, mas é o que mais ocorre. Não quero aqui colocar a razão no trono e vê-la como a rainha soberana. Mas um bom senso reflexivo em todas as áreas da vida, juntamente canja de galinha, não faz mal a ninguém – e isso faltou a Davi na ocasião mencionada.
O Evangelismo moderno, sobre tudo aquele que envolve os jovens, é marcado por uma verdadeira festa nas ruas, mais parece um carnaval fora de época. Grupos de jovens nos semáforos, muitos deles com a face pintada, outros até segurando faixas com dizeres cristãos enquanto o semáforo está vermelho, outros entregando literaturas etc. Sabe-se de igrejas que formam grupos e estipulam metas evangelísticas para estes grupos; quem entregar mais panfletos e quem conseguir maior número de conversões é o campeão, e no final do dia, ainda rola um lanchinho para o grupo vencedor enquanto o grupo perdedor vai servir os campeões. Deva ser por este ambiente festivo que envolve a evangelização moderna, sobre tudo a que se utiliza de pessoas jovens sem o devido treinamento, que muitos pontos principais do evangelho em si, e a capacidade reflexiva, são suprimidos. Se, se erra no início, tudo mais que vier após isso, estará errado também. Ou seja, aparentes conversões, aparentes novos cristãos e um aparente “Evangelho” sendo alimentado. Um “Evangelho do Falso”: falsas conversões, que gera falsos cristãos, que gera falsa adoração, que gera uma falsa compreensão da genuína Fé Cristã. Como dizíamos anteriormente, o clichê que “Deus tem um plano para realizar na sua vida” é grande prova disso. Está carregado de emocionalismo de festejo, mas de pouco senso de reflexão bíblico-teológica. Na realidade, Deus não tem plano nenhum para realizar na vida de seu ninguém. Sabe por quê? Porque Ele já realizou! O plano redentivo da salvação já fora realizado por Deus na vida de sua igreja e esta notícia é muito mais atrativa do que àquela anterior (de que o plano ainda estar por ser feito). É muito melhor saber que alguém já fez algo de bom para nós do que saber que ainda vai fazer.
Parafraseando o professor Leandro Karnal, “o maior desafio dos cristãos modernos é cristianizar os próprios cristãos”. Entendemos que é muito melhor propagar uma fé bem digerida do que propagar uma fé inacabada ou com uma falha na receita principal que adoece pessoas. Uma fé bem digerida, ruminada e processada gerará frutos com sementes, e não frutos ocos sem conteúdos. Algumas alas cristãs de nosso país precisam, de fato, cessar com a propagação de uma fé mal digerida, que mais adoece do que faz bem. Parar com a propagação de um evangelho que se distingue da receita principal. Precisam regressar ao ambiente interno, rever o que está errado, corrigir, e depois voltar às ruas propagando uma fé bem digerida e que gera saúde espiritual. Não se pode continuar fornecendo um alimento que faz mal por tempo prolongado! Os consumidores correm risco eminente de morte! E em muitos casos, o óbito já fora atestado!
***1) Continuar a todo vapor as vendas, mesmo sabendo que seus clientes vão passar mal e correr risco de morte.
2) Parar a produção e refletir sobre os ingredientes da receita, encontrar os possíveis erros, pois antes não ocorria este tipo de problema, corrigi-los e retornar às atividades de venda.
3) Abandonar tudo e decretar falência.
Qual você escolheria?
Nossa opinião recai sobre a alternativa de número 2. Pois, a partir de uma base reflexiva se encontraria o problema e este seria corrigido. Com isso as vendas regressariam e, consequentemente, todo o sucesso anterior seria retomado.
A grande pergunta que vos faço a partir desta pequena analogia é a seguinte: Por que não se age assim em relação à prática do Evangelismo moderno? O produto está sendo fornecido com algum erro na receita que tem levado muitos a adoecerem. O Evangelismo contemporâneo tem sido marcado muito pelo aspecto emocional e não pelo aspecto teológico-reflexivo. É preciso sentir menos a presença de Deus e vivê-la mais. Quem sente, logo logo não sente mais, é igual a dor de dente, às vezes demora, mas passa. A presença de Deus precisa ser vivida, pois viver é diferente de sentir.
Os clichês e jargões têm permeado todo o ambiente do evangelho brasileiro, com isso, a prática do evangelismo moderno também é afetada. Um dos clichês mais utilizados na evangelização moderna é este: “Deus tem um grande plano para realizar na sua vida”. Meus irmãos, bem possível seja que quem profira estas palavras em direção a alguém na evangelização esteja repleto de boa vontade e até com o coração puro – boas intenções. Porém, boa vontade, boa intenção e coração puro só são de bom proveito no reino de Deus quando se coadunam com a vontade de Deus expressa nas Sagradas Escrituras. Será que Davi não estava cheio de boas intenções e com o coração puro quando carregou a Arca da Aliança sobre bois, em festejo pelo regresso da Arca que estava sob domínio filisteu (1º Crônicas 13: 6-8)? Será que Uzá não estava repleto de boa vontade e de coração puro quando tentou livrar da queda a Arca da Aliança a segurando (1º Crônicas 13: 9-10)? A resposta é sim, mas a Arca da Aliança não era nem para ser carregada por bois (e Davi conhecia o preceito divino [1º Crônicas 15: 1-2]), nem muito menos ser tocada por mãos humanas. As consequências destes atos foram trágicas, mesmo mediante a boa intenção, boa vontade e coração puro dos personagens em questão. Parece-nos que o ambiente de festa suprime todo e qualquer senso reflexivo, como já mencionamos; Davi e seu séquito estava festejando o regresso da Arca do Senhor do domínio dos filisteus para o domínio israelita, motivo suficiente para comemoração, mas comemorar não significa deixar a emoção sobrepujar à razão, mas é o que mais ocorre. Não quero aqui colocar a razão no trono e vê-la como a rainha soberana. Mas um bom senso reflexivo em todas as áreas da vida, juntamente canja de galinha, não faz mal a ninguém – e isso faltou a Davi na ocasião mencionada.
O Evangelismo moderno, sobre tudo aquele que envolve os jovens, é marcado por uma verdadeira festa nas ruas, mais parece um carnaval fora de época. Grupos de jovens nos semáforos, muitos deles com a face pintada, outros até segurando faixas com dizeres cristãos enquanto o semáforo está vermelho, outros entregando literaturas etc. Sabe-se de igrejas que formam grupos e estipulam metas evangelísticas para estes grupos; quem entregar mais panfletos e quem conseguir maior número de conversões é o campeão, e no final do dia, ainda rola um lanchinho para o grupo vencedor enquanto o grupo perdedor vai servir os campeões. Deva ser por este ambiente festivo que envolve a evangelização moderna, sobre tudo a que se utiliza de pessoas jovens sem o devido treinamento, que muitos pontos principais do evangelho em si, e a capacidade reflexiva, são suprimidos. Se, se erra no início, tudo mais que vier após isso, estará errado também. Ou seja, aparentes conversões, aparentes novos cristãos e um aparente “Evangelho” sendo alimentado. Um “Evangelho do Falso”: falsas conversões, que gera falsos cristãos, que gera falsa adoração, que gera uma falsa compreensão da genuína Fé Cristã. Como dizíamos anteriormente, o clichê que “Deus tem um plano para realizar na sua vida” é grande prova disso. Está carregado de emocionalismo de festejo, mas de pouco senso de reflexão bíblico-teológica. Na realidade, Deus não tem plano nenhum para realizar na vida de seu ninguém. Sabe por quê? Porque Ele já realizou! O plano redentivo da salvação já fora realizado por Deus na vida de sua igreja e esta notícia é muito mais atrativa do que àquela anterior (de que o plano ainda estar por ser feito). É muito melhor saber que alguém já fez algo de bom para nós do que saber que ainda vai fazer.
Parafraseando o professor Leandro Karnal, “o maior desafio dos cristãos modernos é cristianizar os próprios cristãos”. Entendemos que é muito melhor propagar uma fé bem digerida do que propagar uma fé inacabada ou com uma falha na receita principal que adoece pessoas. Uma fé bem digerida, ruminada e processada gerará frutos com sementes, e não frutos ocos sem conteúdos. Algumas alas cristãs de nosso país precisam, de fato, cessar com a propagação de uma fé mal digerida, que mais adoece do que faz bem. Parar com a propagação de um evangelho que se distingue da receita principal. Precisam regressar ao ambiente interno, rever o que está errado, corrigir, e depois voltar às ruas propagando uma fé bem digerida e que gera saúde espiritual. Não se pode continuar fornecendo um alimento que faz mal por tempo prolongado! Os consumidores correm risco eminente de morte! E em muitos casos, o óbito já fora atestado!
Autor: Thiago Azevedo
Divulgação: Bereianos
8 comentários
Parabéns, excelente texto. Muitos líderes de grupos de jovens devem ler este artigo.
ResponderConcordo com o texto. Não é difícil enxergar essas falhas.
ResponderPorém faltou dar uma solução. Já que apontou uma forma de evangelizar nas ruas errada, deveria apontar uma formar de evangelizar nas ruas correta. Se a justificativa for que o tamanho do texto é limitado, poderia, ao menos, apontar links, artigos, vídeos.
Apresentar falhar na cristandade moderna, muitos estão fazendo (é muito fácil); mas apresentar soluções, poucos. Sem falar no exercício das soluções.
Bem, foi só uma sugestão. Quando apresentar uma falha, tente apresentar um caminho mais excelente. Senão fica parecendo que a intenção é de criticar por criticar.
Que Deus abençoe dando graça para abençoar nossas vidas.
Concordo com tudo que foi colocado aqui. Estão enfeitando e pregando um "Evangelho colorido". Deus desperte a cada um de nós, para que preguemos, evangelizemos corretamente. Graça e Paz.
ResponderConcordo com o publicado neste artigo, porém acredito que para edificar ainda mais a igreja, poderiam ter apresentado alternativas bíblicas para o evangelismo nos dias atuais.
ResponderSó gostaria de fazer uma ressalva nesta analogia. Vamos pensar como "consumidor" desse alimento, vamos pensar que a segunda alternativa seja a escolhida, porém imagina o prejuízo já causado, eu jamais voltaria a comprar algum alimento dessa empresa mesmo que ficasse provado que ela voltou a receita correta...mudaria de empresa...com essa analogia hoje entendo o motivo de tantas pessoas mudar de "empresa"...
ResponderEntendi... Então Jesus não nos ama ?! Então Deus não tem um plano para vida de cada um ?! Porque elaborar um texto cujo incentiva o verdadeiro evangelho, o arrependimento, a salvação é uma coisa. Agora usar de pretexto para desmerecer/questionar evangelismos é outra! Me diga, qual a dica que vocês deixam para as pessoas fazerem enquanto o sinal estiver fechado ?! Vcs tem alguns segundos, comentem...
ResponderIsso aí. Vivemos numa época em q se critica tudo, mas nada é solução. É errado isso. as pessoas precisam saber o caminho certo. E ter certeza de q serão acompanhadas neste caminho. o evangelho pleno ou correto envolve contar para quem vc ama q Cristo morreu em seu lugar, se a pessoa se arrepender, ela vai orar e pedir perdão. É a oração de conversão q inicia a vida cristã. Daí encontrar uma igreja correta depois disso é outra coisa. a boa notícia é q existem sim, igrejas boas para se congregar.
ResponderQual seria a alternativa que os Bereianos tem para oferecer quanto ao evangelismo de rua, de praça, de semáforo!??? (não deveria acontecer???)...
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