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Todos aqueles que frequentam este blog e outros tantos que tratam da polêmica questão da existência do livre-arbítrio já se depararam com extensos argumentos em torno da liberdade humana para a salvação. Longe de querer estabelecer um fim a toda a discussão em volta do tema, desejo trazer à baila algumas observações que julgo relevantes para o entendimento da participação supostamente livre do indivíduo no ato de sua conversão. Meu intuito é refletir a respeito de um aspecto básico: como definir se alguém é espiritualmente capaz para decidir?
Salvo exceções, todos querem o melhor para si. Assim, qualquer ser humano mentalmente capaz e sadio que esteja diante de dois caminhos, sendo que um conduz à vida e o outro à morte, irá escolher, naturalmente, o melhor caminho para si, que é, obviamente, o caminho da vida. Assim, se um indivíduo escolhe a morte, devemos supor que ele atravessa um terrível quadro de depressão ou é tão louco quanto uma pessoa que rasga dinheiro, e não vemos loucos rasgando dinheiro com muita facilidade. É claro que, em casos extremos, alguns poderiam escolher o caminho da morte por convicções pessoais, mas neste caso estariam fazendo isso pelo enganoso convencimento de ser o melhor, e não o pior, e logo estariam sendo traídos pela razão, equiparando-se a loucos.
Enfim, o ser humano nasce com um instinto de autopreservação, que explica facilmente o medo que muitos tem da morte. Esse instinto está presente na natureza de cada pessoa, e é este mesmo instinto que irá motivar cada uma a buscar sempre o melhor para si: paz, conforto, saúde... e vida. Se isso é verdade, então temos que se alguém escolhe sofrer ou morrer está indo contra seus próprios instintos de sobrevivência.
Quando alguém rejeita o evangelho, o que este alguém está dizendo para Deus é algo como: “Olha, Senhor, a proposta de uma vida eterna plenamente feliz parece muito boa, mas eu prefiro meus poucos segundos aqui na Terra de aparente felicidade e autorrealização para depois passar a eternidade morta”. É claro que isso não faz o menor sentido. Logo, deve haver alguma justificativa minimamente razoável que explique a opção que alguém faz pela autodestruição. Ou este alguém é louco ou está muito doente.
Não à toa Jesus proferiu a parábola do homem rico de Lucas 12:16-20, que termina assim: “Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”. Somente um louco pensaria que o pouco tempo que tem neste mundo seria justificativa para viver uma vida materialista e esvaziada de valores espirituais. E é exatamente isso que a acontece! O homem parece louco por rejeitar a Deus e preferir os prazeres terrenos. Sua mente está terrivelmente doente, e por isso ele não consegue optar pelo que é obviamente bom nem consegue ver o que está evidente, e esta é, e sempre será, uma pedra no sapato dos libertaristas.
Os que advogam a plena liberdade humana, como um suposto estado de neutralidade entre o bem e o mal em que cada um se encontra ao escolher o que é melhor para si, precisam explicar como alguém em pleno juízo pode simplesmente optar por aquilo que lhe é desfavorável. Mas não pode haver qualquer explicação razoável a não ser que a visão e compreensão que este alguém tem das coisas espirituais esteja fatalmente prejudicada, do mesmo modo que não há como argumentar que alguém que quer se matar esteja em pleno estado de consciência quando o normal, natural e bíblico é preservar a si próprio.
Somente a incapacidade espiritual para compreender a mensagem da cruz pode explicar a rejeição ao evangelho, pois qualquer um que entende realmente a dádiva da salvação jamais a rejeita, mas, ao contrário, humilha-se diante de seu Criador com um coração contrito e arrependido por reconhecer o estado de pecado no qual se encontra e perceber a maravilhosa graça manifesta na cruz do Calvário.
Os que acusam calvinistas de incoerentes ou antibíblicos precisam, no mínimo, explicar o que leva alguém a preferir o prazer fugaz desta vida em vez da alegria da vida eterna junto ao Rei dos reis. Afinal, é bem mais fácil aceitar que o Deus soberano e infinitamente mais sábio que nós humanos tenha eleito incondicionalmente apenas alguns para a salvação segundo Seu propósito do que concordar com a ideia de uma liberdade que conduz à morte, representando, incontestavelmente, uma incoerência com a lógica mais fundamental existente em torno do desejo de viver inerente ao ser humano.
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Por Renato César
Todos aqueles que frequentam este blog e outros tantos que tratam da polêmica questão da existência do livre-arbítrio já se depararam com extensos argumentos em torno da liberdade humana para a salvação. Longe de querer estabelecer um fim a toda a discussão em volta do tema, desejo trazer à baila algumas observações que julgo relevantes para o entendimento da participação supostamente livre do indivíduo no ato de sua conversão. Meu intuito é refletir a respeito de um aspecto básico: como definir se alguém é espiritualmente capaz para decidir?
Salvo exceções, todos querem o melhor para si. Assim, qualquer ser humano mentalmente capaz e sadio que esteja diante de dois caminhos, sendo que um conduz à vida e o outro à morte, irá escolher, naturalmente, o melhor caminho para si, que é, obviamente, o caminho da vida. Assim, se um indivíduo escolhe a morte, devemos supor que ele atravessa um terrível quadro de depressão ou é tão louco quanto uma pessoa que rasga dinheiro, e não vemos loucos rasgando dinheiro com muita facilidade. É claro que, em casos extremos, alguns poderiam escolher o caminho da morte por convicções pessoais, mas neste caso estariam fazendo isso pelo enganoso convencimento de ser o melhor, e não o pior, e logo estariam sendo traídos pela razão, equiparando-se a loucos.
Enfim, o ser humano nasce com um instinto de autopreservação, que explica facilmente o medo que muitos tem da morte. Esse instinto está presente na natureza de cada pessoa, e é este mesmo instinto que irá motivar cada uma a buscar sempre o melhor para si: paz, conforto, saúde... e vida. Se isso é verdade, então temos que se alguém escolhe sofrer ou morrer está indo contra seus próprios instintos de sobrevivência.
Quando alguém rejeita o evangelho, o que este alguém está dizendo para Deus é algo como: “Olha, Senhor, a proposta de uma vida eterna plenamente feliz parece muito boa, mas eu prefiro meus poucos segundos aqui na Terra de aparente felicidade e autorrealização para depois passar a eternidade morta”. É claro que isso não faz o menor sentido. Logo, deve haver alguma justificativa minimamente razoável que explique a opção que alguém faz pela autodestruição. Ou este alguém é louco ou está muito doente.
Não à toa Jesus proferiu a parábola do homem rico de Lucas 12:16-20, que termina assim: “Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”. Somente um louco pensaria que o pouco tempo que tem neste mundo seria justificativa para viver uma vida materialista e esvaziada de valores espirituais. E é exatamente isso que a acontece! O homem parece louco por rejeitar a Deus e preferir os prazeres terrenos. Sua mente está terrivelmente doente, e por isso ele não consegue optar pelo que é obviamente bom nem consegue ver o que está evidente, e esta é, e sempre será, uma pedra no sapato dos libertaristas.
Os que advogam a plena liberdade humana, como um suposto estado de neutralidade entre o bem e o mal em que cada um se encontra ao escolher o que é melhor para si, precisam explicar como alguém em pleno juízo pode simplesmente optar por aquilo que lhe é desfavorável. Mas não pode haver qualquer explicação razoável a não ser que a visão e compreensão que este alguém tem das coisas espirituais esteja fatalmente prejudicada, do mesmo modo que não há como argumentar que alguém que quer se matar esteja em pleno estado de consciência quando o normal, natural e bíblico é preservar a si próprio.
Somente a incapacidade espiritual para compreender a mensagem da cruz pode explicar a rejeição ao evangelho, pois qualquer um que entende realmente a dádiva da salvação jamais a rejeita, mas, ao contrário, humilha-se diante de seu Criador com um coração contrito e arrependido por reconhecer o estado de pecado no qual se encontra e perceber a maravilhosa graça manifesta na cruz do Calvário.
Os que acusam calvinistas de incoerentes ou antibíblicos precisam, no mínimo, explicar o que leva alguém a preferir o prazer fugaz desta vida em vez da alegria da vida eterna junto ao Rei dos reis. Afinal, é bem mais fácil aceitar que o Deus soberano e infinitamente mais sábio que nós humanos tenha eleito incondicionalmente apenas alguns para a salvação segundo Seu propósito do que concordar com a ideia de uma liberdade que conduz à morte, representando, incontestavelmente, uma incoerência com a lógica mais fundamental existente em torno do desejo de viver inerente ao ser humano.
Fonte: Bereianos
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