O Problema do Dom de Línguas - Parte II

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Depois de analisar o texto de Marcos 16.17,18, vou me deter agora no livro de Atos, onde nós encontramos apenas quatro ocasiões onde se fala sobre o batismo do Espírito Santo. O primeiro relato está em Atos 2.4:

...de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. (Atos 2.2-4).

O texto nos apresenta três sinais que mostravam aos presentes que Deus havia derramado seu Espírito naquela ocasião:

  1. um som como de um vento;
  2. línguas como de fogo sobre cada um dos presentes;
  3. falaram em outras línguas.

Os três sinais juntos (e não apenas as línguas) constituem o tripé que caracteriza o ocorrido como um derramamento do Espírito nesta ocasião. Isso é bastante claro no verso 33: “Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis”. Alguns defensores do continuísmo alegam que esta passagem é o padrão. Ora, então podemos concluir que os três sinais acontecem nas igrejas pentecostais? Claro que não! Por quê só deve acontecer o sinal 3 e não os outros dois?

No restante do capítulo 2, não há provas de que o batismo do Espírito é acompanhado pelo falar em línguas. No verso 38 Pedro diz: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”.

Dizer que receber o dom do Espírito do verso 38 é o mesmo que falar em línguas é um argumento desprovido de provas concretas, porque não é dito que os 3.000 convertidos falaram em línguas. Querer dizer o que o texto não diz é muita pretensão!

Pelo contrário, o texto diz aquilo que os pentecostais rejeitam. Pedro está dizendo que o arrependimento é suficiente para o recebimento do batismo do Espírito Santo. Ou seja, quando é que se recebe o batismo do Espírito? Pedro diz que é no momento do arrependimento, e não numa ocasião futura. Quando alguém se arrepende e crê recebe o Espírito Santo, e não algum tempo depois. O texto não está dizendo mais nada além do que já diz!

Autor: Heitor Alves
Fonte: [ Eleitos de Deus ]

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3 comentários

Prezados irmãos do Bereianos,
o argumento usado pelo Heitor chega a se infantil em seu objetivo. Se o tripé do recebimento do batismo com o Espírito Santo deve ser mantido, conforme ele afirma, então a salvação deve conter os mesmos elementos como: Calvário, Crucificação e Crucificado em todo seu processo. O autor esquece que elementos iniciais não precisam ser repetidos como na salvação. Os elementos inciais são históricos mas a salvação é eterna.
Acredito que outros argumentos deveriam ser utilizados na tentativa de tentar anular o continuismo dos dons. Embora seja pastor reformado acho que este argumento é fraquíssimo.

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Pr. Luiz Fernando,

Me perdoe a sinceridade, mas quem está sendo infantil aqui é você.

Ou você ainda não entendeu o que eu disse. Vou repetir aqui. Eu disse:

"Os três sinais juntos (e não apenas as línguas) constituem o tripé que caracteriza o OCORRIDO como um derramamento do Espírito nesta OCASIÃO".

Eu me referi a ocasião, ao ocorrido. Eu não disse que esse "tripé" deve ser mantido.

Eu não afirmei que o tripé do recebimento do batismo com o Espírito Santo deve ser mantido. Eu disse que o tripé ocorreu naquela ocasião apenas.

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Gente, cuidado com os ataques...

o argumento foi bem fundado, mas ele refuta somente o falar em línguas como evidência do batismo com o Espírito Santo, e eu sempre concordei com isso. Conheço crentes tradicionais tão piedosos que não me atreveria de falar que eles não tem o Espírito Santo.

Entretanto, esse artigo não cumpriu o que prometeu, já que era para falar sobre o dom de línguas, que é algo totalmente diferentes, cujas maiores refer~encias estão em 1 Coríntios.

Abraços, Paz de Cristo.

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