Futuro para os filhos, ou, filhos para o futuro? Eis a questão

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Muitos pais estão extremamente preocupados em deixar um futuro melhor para seus filhos, mas poucos estão interessados em deixar filhos melhores para o futuro.

Quanto mais o tempo passa, mais aumentam os casos de depressão, vício e violência na adolescência. E esses problemas estão presentes tanto fora quanto dentro da igreja.

Os pais estão cada vez mais distantes dos filhos devido à quantidade de atividades realizadas por ambos. O diálogo já não existe mais, e como forma de compensar a ausência, os pais não medem consequências para fazer as vontades dos filhos. Mas isso só torna as coisas piores. Sozinhos, carentes de afeto e donos de suas próprias vontades, os adolescentes enveredam por caminhos tortuosos, procurando alívio para a ausência de afetividade nos vícios, nas relações sexuais precoces, na corrupção dos costumes, provocando alienação, destruição, guerras e conflitos interiores, terminando na decadência do ser humano e na falência moral. Tudo isso acontece quando os valores são invertidos. 

Não há mal nenhum em trabalhar com o intuito de preparar o futuro para os filhos, o problema é quando isso nos impede de preparar os filhos para o futuro. Uma boa escola, uma faculdade bem conceituada, uma poupança generosa e a garantia de não passar necessidade financeira, são coisas excelentes para desejarmos aos nossos filhos, mas isso não é a garantia de um bom futuro. O que vai determinar o futuro dos filhos é a obediência deles aos mandamentos de Deus (Dt 6:1-3). Mandamentos que devem ser obedecidos não somente por eles. O v.2 diz que a obediência é exigida dos pais, dos filhos e dos netos. Os pais, assim como os filhos, estão no mesmo patamar em relação a Deus, isto é, sujeitos à obediência. Os papéis são diferentes, mas o Mestre é o mesmo. Ambos devem guardar os mandamentos, mas existe um em especial que se destina exclusivamente aos pais, a saber, ensinar os mandamentos de Deus aos filhos (Gn 18:19).

O propósito de Deus é que uma geração siga a outra nos caminhos d’Ele. Os pais são agentes de Deus para o cumprimento desse propósito. Se os nossos filhos desobedecerem a Deus por falta de ensino, nós também estaremos em desobediência. Nunca se esqueça de uma coisa: “Você pode ganhar o mundo para seu filho, mas se não ganhar o coração dele para Cristo, fracassará na missão que Deus lhe incumbiu”.

Deuteronômio 6:6-9 nos diz que nós devemos “inculcar” a palavra de Deus em nossos filhos. Inculcar significa “ensinar incisivamente” ou “perfurar”. O texto nos mostra que a Palavra é inculcada aos filhos quando os pais fazem o uso dela de forma constante (vs.7-9). O principal desafio para o pai cristão não é preparar o futuro para os filhos, e sim, preparar os filhos para o futuro. Deus nos deu Sua palavra para que a transmitíssemos a nossos filhos, “tu as inculcarás”, porque ela é “...útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Tm 3:16,17). Devemos gastar com a transmissão da Palavra de Deus a nossos filhos. Mas, é importante lembrarmos que, essa Palavra deve, antes de tudo, estar em nossos corações (v.6). Lembremo-nos sempre: “nós e nossos filhos devemos obediência a Deus, o que ensinamos a eles deve ser vivido por nós”.

E mais: “os filhos pertencem aos pais, mas o futuro a Deus pertence; preocupemos em preparar nossos filhos, pois o futuro já está preparado por Deus”. 

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Autor: Rev. Rogério Bernardes da Mota
Fonte: Boletim Informativo PIPG, ano XIX, nº 41

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