.
Na própria obra de nossa salvação, há duas ações que Cristo fez. (Não me refiro ao plano eterno que torna possível nossa salvação, mas apenas na sua produção em tempos históricos). Estes dois atos históricos de Cristo, são:
Na entrega que Cristo fez de Si mesmo, incluo Sua prontidão para sofrer tudo o que estava envolvido em Sua vinda para morrer, isto é, o esvaziar-Se de Sua própria glória, e o nascer de uma mulher, Seus atos de humildade e obediência à vontade do Pai através de toda a Sua vida, e, finalmente, Sua morte na cruz.
E na intercessão de Cristo por nós, incluo também Sua ressurreição e ascensão, pois são a base de Sua intercessão. Sem elas, não poderia haver intercessão.
Veremos estas duas coisas em maiores detalhes depois, mas quero fazer alguns comentários agora. Estes dois atos têm a mesma intenção. Sua entrega voluntária e intercessão destinam-se a "trazer muitos filhos à glória." (Hebreus 2:10). Os benefícios intencionados por estes dois atos destinam-se às mesmas pessoas; Ele ora em favor daqueles por quem morreu. (João 17:9). Sabemos que Sua intercessão deve ser bem sucedida - "Pai, graças te dou, por me haveres ouvido", disse Ele certa vez. (João 11:41). Segue-se, então, que todos por quem Ele morreu necessariamente receberão todas as boas coisas obtidas através daquela morte. Isso claramente destrói o ensino de que Cristo morreu por todos os homens!
A entrega voluntária de Cristo e Sua intercessão são o único meio para realizar nossa redenção.
É importante verificar, nas Escrituras, como a entrega voluntária de Cristo e Sua intercessão estão ligadas intimamente. Por exemplo:
Cristo morreu pelos eleitos de Deus e agora ora por eles (Romanos 8:33-34). Isso deixa claro que Cristo não pode ter morrido por todos os homens, pois se tivesse, então todos os homens seriam justificados, o que, sem dúvida alguma, não acontece.
Sacrificar e orar são tarefas requeridas de um sacerdote. Se ele falhar em qualquer uma delas, terá falhado na qualidade de sacerdote de Seu povo. Jesus Cristo é mencionado tanto como nossa propiciação (sacrifício) quanto como nosso advogado (representante) (1João 2:1-2). Ele é mencionado tanto como oferecendo Seu sangue (Hebreus 9:11-14), quanto como intercedendo por nós (Hebreus 7:25). Posto que é um sacerdote fiel, Ele precisa realizar estas duas tarefas com perfeição. Visto que Suas orações são sempre ouvidas, Ele não pode estar intercedendo por todos os homens, porquanto nem todos os homens são salvos. Isso deixa claro que Ele também não pode ter morrido por todos os homens.
Devemos também nos lembrar da maneira como Cristo agora intercede por nós. As Escrituras dizem que é pela apresentação de Seu sangue no céu (Hebreus 9: 11-12, 24). Em outras palavras, Ele intercede apresentando Seus sofrimentos ao Pai. Os dois atos, sofrimento e intercessão, devem, portanto, estar relacionados à mesma pessoa, caso contrário, não adiantaria usar um como base para o outro.
O próprio Cristo associa Sua morte e Sua intercessão como o único meio para nossa redenção, em Sua oração no capítulo 17 de João. ( "Não oro pelo mundo, mas por aqueles...") Nessa oração, Ele Se refere à entrega de Si mesmo na morte, e Sua oração é por aqueles que o Pai havia dado a Ele. Não podemos separar estes dois atos, se o próprio Cristo os une. Um sem outro não teria valor, como Paulo argumenta: "E, se Cristo não ressuscitou (e portanto não está intercedendo agora), é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados." (1 Coríntios 15:17).
Portanto, se separarmos a morte de Cristo de Sua intercessão, não há segurança de salvação para nós. De que valeria dizer que Cristo morreu por mim, no passado, se Ele agora não intercede por mim? E somente se Ele nos justifica agora que somos salvos da condenação de nossos pecados. Eu ainda poderia estar condenado se Cristo não intercedesse por mim. É claro que Sua intercessão deve ser em favor das mesmas pessoas pelas quais Ele morreu - e, sendo assim, Ele não pode ter morrido por todos!
Na própria obra de nossa salvação, há duas ações que Cristo fez. (Não me refiro ao plano eterno que torna possível nossa salvação, mas apenas na sua produção em tempos históricos). Estes dois atos históricos de Cristo, são:
1. Sua entrega voluntária, no passado,
2. Sua intercessão por nós, agora.
Na entrega que Cristo fez de Si mesmo, incluo Sua prontidão para sofrer tudo o que estava envolvido em Sua vinda para morrer, isto é, o esvaziar-Se de Sua própria glória, e o nascer de uma mulher, Seus atos de humildade e obediência à vontade do Pai através de toda a Sua vida, e, finalmente, Sua morte na cruz.
E na intercessão de Cristo por nós, incluo também Sua ressurreição e ascensão, pois são a base de Sua intercessão. Sem elas, não poderia haver intercessão.
Veremos estas duas coisas em maiores detalhes depois, mas quero fazer alguns comentários agora. Estes dois atos têm a mesma intenção. Sua entrega voluntária e intercessão destinam-se a "trazer muitos filhos à glória." (Hebreus 2:10). Os benefícios intencionados por estes dois atos destinam-se às mesmas pessoas; Ele ora em favor daqueles por quem morreu. (João 17:9). Sabemos que Sua intercessão deve ser bem sucedida - "Pai, graças te dou, por me haveres ouvido", disse Ele certa vez. (João 11:41). Segue-se, então, que todos por quem Ele morreu necessariamente receberão todas as boas coisas obtidas através daquela morte. Isso claramente destrói o ensino de que Cristo morreu por todos os homens!
A entrega voluntária de Cristo e Sua intercessão são o único meio para realizar nossa redenção.
É importante verificar, nas Escrituras, como a entrega voluntária de Cristo e Sua intercessão estão ligadas intimamente. Por exemplo:
"Cristo justifica aqueles cujas iniquidades (ou pecados) Ele carregou" (lsaías 53:11).
"Cristo intercede por aqueles cujos pecados Ele carregou" (lsaías 53:12).
"Cristo ressuscitou dos mortos para justificar aqueles pelos quais Ele morreu" (Romanos 4:25).
Cristo morreu pelos eleitos de Deus e agora ora por eles (Romanos 8:33-34). Isso deixa claro que Cristo não pode ter morrido por todos os homens, pois se tivesse, então todos os homens seriam justificados, o que, sem dúvida alguma, não acontece.
Sacrificar e orar são tarefas requeridas de um sacerdote. Se ele falhar em qualquer uma delas, terá falhado na qualidade de sacerdote de Seu povo. Jesus Cristo é mencionado tanto como nossa propiciação (sacrifício) quanto como nosso advogado (representante) (1João 2:1-2). Ele é mencionado tanto como oferecendo Seu sangue (Hebreus 9:11-14), quanto como intercedendo por nós (Hebreus 7:25). Posto que é um sacerdote fiel, Ele precisa realizar estas duas tarefas com perfeição. Visto que Suas orações são sempre ouvidas, Ele não pode estar intercedendo por todos os homens, porquanto nem todos os homens são salvos. Isso deixa claro que Ele também não pode ter morrido por todos os homens.
Devemos também nos lembrar da maneira como Cristo agora intercede por nós. As Escrituras dizem que é pela apresentação de Seu sangue no céu (Hebreus 9: 11-12, 24). Em outras palavras, Ele intercede apresentando Seus sofrimentos ao Pai. Os dois atos, sofrimento e intercessão, devem, portanto, estar relacionados à mesma pessoa, caso contrário, não adiantaria usar um como base para o outro.
O próprio Cristo associa Sua morte e Sua intercessão como o único meio para nossa redenção, em Sua oração no capítulo 17 de João. ( "Não oro pelo mundo, mas por aqueles...") Nessa oração, Ele Se refere à entrega de Si mesmo na morte, e Sua oração é por aqueles que o Pai havia dado a Ele. Não podemos separar estes dois atos, se o próprio Cristo os une. Um sem outro não teria valor, como Paulo argumenta: "E, se Cristo não ressuscitou (e portanto não está intercedendo agora), é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados." (1 Coríntios 15:17).
Portanto, se separarmos a morte de Cristo de Sua intercessão, não há segurança de salvação para nós. De que valeria dizer que Cristo morreu por mim, no passado, se Ele agora não intercede por mim? E somente se Ele nos justifica agora que somos salvos da condenação de nossos pecados. Eu ainda poderia estar condenado se Cristo não intercedesse por mim. É claro que Sua intercessão deve ser em favor das mesmas pessoas pelas quais Ele morreu - e, sendo assim, Ele não pode ter morrido por todos!
***
Autor: John Owen
Fonte: The Death of Death in the Death of Christ. John Owen - 1647
Tradução: Versão em português do livro, traduzido pela Editora PES, disponível aqui! Se preferir, leia em PDF, aqui!
Divulgação: Bereianos
.
Divulgação: Bereianos
Postar um comentário
Política de moderação de comentários:
1 - Poste somente o necessário. Se quiser colocar estudos, artigos ou textos grandes, mande para nós por e-mail: bereianos@hotmail.com
2 - A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Comentários com conteúdo ofensivo não serão publicados, pois debatemos idéias, não pessoas. Discordar não é problema, visto que na maioria das vezes redunda em edificação e aprendizado. Contudo, discorde com educação e respeito.
3 - Comentários de "anônimos" não serão necessariamente postados. Procure sempre colocar seu nome no final de seus comentários (caso não tenha uma conta Google com o seu nome) para que seja garantido o seu direito democrático neste blog. Lembre-se: você é responsável direto pelo que escreve.
4 - A aprovação de seu comentário seguirá os nossos critérios. O Blog Bereianos tem por objetivo à edificação e instrução. Comentários que não seguirem as regras acima e estiver fora do contexto do blog, não serão publicados.
Para mais informações, clique aqui!
Blog Bereianos!