Após a conversão, quando um homem de fato foi regenerado, a motivação para tudo na vida deve ser o desejo de agradar a Cristo, que, como Kurios (Senhor), tem direitos de propriedade sobre a sua vountade – douloi (Escravo) – “Paulo, escravo de Cristo Jesus...” (Romanos 1.1) - “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” - 2 Coríntios 5:15
Este é o ponto crucial se estamos falando de uma doutrina, casamento, membresia ou frequência à igreja... ou qualquer outra área da vida cristã. Quando respondemos a mandamentos divinos com um “mas” ou uma série de desculpas, nós exibimos a Serpente (questionando com Eva a clara ordem de Deus), e tratamos a Deus como nosso colega de debates. Isso não é pensar como um escravo. E não se engane, se não somos escravos de Deus, então somos escravos do pecado (Romanos 6.15-23). Mas nós somos escravos! Então, o que você faz quando confrontado com um mandamento claro, com o claro ensino das Escrituras.
Sem argumentação bíblica, argumentamos como ímpios. O ensino das Escrituras muitas vezes atravessa a nossa vontade natural, sobre casamento, igreja, trabalho, lazer... mas grande parte das argumentações se opondo a verdade não partem de textos bíblicos. Pessoas dizem: “não faço parte de nenhuma igreja – não congrego... porque há muitos erros...” – Esse não é um raciocínio bíblico. Não flui de nenhum texto e ensino das Escrituras, que na verdade, ensinam o oposto: “"Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns..." - Hebreus 10.25
Deus instituiu o casamento. Você crê nesta instituição? O homem pode argumentar da mesma forma – como se quisesse vencer Deus num debate. Nós precisamos de argumentos bíblicos - mas grande parte dos argumentos nem são lógicos e nem bíblicos -
Por exemplo - Deus criou a instituição do casamento - o casamento de muitas pessoas é um fracasso - Aí alguém dirá - "eu não acredito na instituição do casamento!" - Mas isso o coloca em rota de colisão com Deus que instituiu o casamento - o argumento (muitos casamentos são um fracasso) em nada justifica sua rebeldia contra o claro ensino de Deus sobre o casamento, nem anula o que Deus instituiu.
A mesma coisa se aplica a igreja e a todas as coisas que Deus instituiu - quando argumentamos sem argumentação bíblica, argumentamos como ímpios!! Se não cremos em Cristo no que diz respeito a igreja, casamento...não podemos tê-lo como Senhor e salvador...
Repito, o que você faz quando é confrontado com um claro ensino bíblico? Tomamos um caminhão de desculpas e justificativas e racionalizações (argumentando sem a Bíblia ) em “lógicas” ímpias... para não nos submetermos? Argumentação pífia e que racionaliza qualquer mal – Deus instituiu a família, a maioria das famílias são uma fracasso – eu não acredito na instituição da família – Essa é a ‘lógica’ do diabo! Não pode haver argumentação mais ímpia.
Quando recebemos orientação clara da bíblia, devemos abandonar racionalizações, devemos dizer: “sim, eu vou precisar de ajuda”, e então tomar a nossa cruz, nos contarmos como mortos para nós mesmos e nossas opiniões e “lógicas” ímpias, suplicarmos por graça para que em tudo Deus nos leve a obediência.
Abandonamos assim o “mas” – Muitos insistem: “Deus disse para eu obedecer, mas eu tenho estas desculpas, desafios e dificuldades – eu não consigo aceitar...” – Não! Pare! Se você insiste em argumentos não bíblicos sobre família, casamento, igreja... você coloca o seu juízo sobre Deus. O que quer dizer que não importando o que sua boca professe sobre o evangelho, suas escolhas dizem que você acha o juízo de Deus deficiente e inapropriado, se coloca como seu superior. Você não é escravo, Ele não é Senhor... Significa que você é um tolo, e de fato blasfemo, quer você tenha pretendido ou não ser.
Cristo preparou a igreja local, ministérios, comunhão, disciplina... Diz que você precisa dessa comunhão, crescer com todos os santos... “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado... até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.” - Efésios 4:11-13 – Cristo diz que você é parte do corpo que precisa de ministério, comunhão, disciplina... numa igreja local... congregando... Você diz: não! Você ou Jesus? Você ou Jesus? Kurios (Senhor) ou douloi (Escravo)?
A confissão de Jesus como Senhor é fundamental para a fé cristã (Romanos 10.9; 1 Coríntios 12.3; Filipenses 2.11). Em fé e verdadeiro arrependimento, nós dobramos os joelhos ao senhorio de Cristo. O problema de nossa geração – os arroubos anti-igreja nada tem do Novo Testamento. Slogans de panfleto e não a Bíblia tem guiado grande parte das pessoas hoje. Muitos não querem ser simplesmente cristãos - querem se ver como revolucionários - "Ches Guevaras" -Mas a verdade é: O Novo Testamento não conhece nada sobre cristianismo sem igreja. A igreja invisível é para os cristãos invisíveis. A igreja visível é para você e para mim. Tire a camiseta de Che Guevara, pare a "revolução", e se junte ao resto dos discípulos de Cristo: "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns..." - Hebreus 10.25.
Eu não sou a igreja e você não é a igreja. Você é parte da igreja. A palavra ἐκκλησία ( ekklesia ) significa "assembléia", e não, você não é realmente uma assembléia. Você é um cristão. De todos os 112 casos em o Novo Testamento onde "ekklesia" se refere à instituição fundada por Cristo, em todos, exceto em cinco (por exemplo, se referindo a igreja - "ekklesia" - se referindo a uma assembléia futura Efe. 5:25-32 e Heb. 12:23) - refere-se a uma igreja particular, concreta, local, ou a uma pluralidade de igrejas semelhantes, como "a igreja que estava em Jerusalém" (Atos 8:1); "todas as igrejas dos gentios" (Rom. 16:4); "as igrejas da Macedônia" (2 Cor. 8:1); "a igreja em tua casa" (Filemon 2); e "as igrejas de Deus" (2 Tess. 1:4).
A raiz do problema hoje não é falta de clareza bíblica, a raiz é um problema de autoridade. Não gostar de se sentar e escutar enquanto outra pessoa fala. Não gostar da ideia de liderança. Ânsia por ser um “rebelde revolucionário”. Não gostar do comprometimento, do compromisso, de ser responsável... Não há nada de bíblico nisso, mas exatamente o oposto do ensino bíblico.
Nossa raça foi infectada por um a vírus anti-autoridade quando nossos pais ouviram no Jardim do éden: “Sereis como deuses”. Mas conversão, conversão verdadeira trata e extermina este vírus.
Arrependimento bíblico não é pedir desculpas a Deus e depois tentar "cristianizar" todos os seus gostos, desejos, tribo...
O arrependimento bíblico consiste em uma transformação radical de pensamento, atitude, perspectivas e direção .... Arrependimento bíblico é uma mudança do pecado para Deus e seu serviço, Cristo o Senhor, eu o escravo. É a morte do Eu, do viver para mim - para tomar a cruz e negar a mim mesmo.
Arrependimento é uma revolução no que é mais determinante na personalidade humana e é o reflexo na consciência de a mudança radical operada pelo Espírito Santo na Regeneração.
Mas o homem natural é – Só você, só você... como você quer... exatamente por ser livre disso o homem regenerado se torna um membro do corpo de Cristo que é a igreja – Você prefere ficar em casa, ser cristão virtual, assistindo vídeos, quando quiser, onde quiser... nenhum povo “chato” no qual você tenha que exercer a paciência, longanimidade, amor... sem necessidade de se ajustar... Só você, você, você... Mas Jesus – O Senhor – ordena estar uma igreja local, juntar-se a igreja, participar da igreja, congregar ( em Corinto, Galácia, Éfeso, Colossos, Tessalônica, Laodicéia... Seu bairro, outro bairro...), ter uma liderança humana como ( Timóteo, Tiago, João, Silas, Barnabé... pastores, presbíteros...) – Esse é o problema, Cristo é o Senhor! A igreja lhe pertence, ele determina o que e o como da igreja... Ele é o Senhor em realidade ou teoria? Ele é apenas um colegar de debates? Ele é Senhor quando é conveniente, ou não? É o nosso Ego que controla os limites do Senhorio de Cristo.
Eu posso falar com confiança, Deus não permita que alguém use o meu blog, os textos, os sermões postados em vídeo... como um substituto da ordem de Cristo, como um substituto para não obedecer a Cristo envolvendo-se na comunhão da igreja local de Cristo.
Fonte: Josemar Bessa
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