Num período que ficou mais em “moda” falar das Doutrinas da Graça, da Reforma... muitos esquecem o propósito pelo qual Deus escolheu e redimiu um povo. João Calvino não tinha a ilusão de que a Reforma tinha alcançado seu objetivo durante sua vida, ou que iria chegar lá em uma ou duas gerações. Ele escreveu:
"Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." ( Ef 5, 25-27. ). No entanto, é verdade, que o Senhor está diariamente alisando suas rugas e limpando suas manchas. Daqui se segue que sua santidade ainda não é perfeita. E esse trabalho é e deve ser constante, nesta direção: Santidade. Assim deve ser, a santidade da Igreja (e cada um de nós individualmente): faz progressos diários, mas ainda não é perfeita, avança diariamente, mas ainda não atingiu a meta, não podemos recuar".
Aqui está o ponto: a reforma só é verdadeira e válida na medida que alinhar as nossas crenças, nosso comportamento e nossa adoração com a Palavra de Deus de fato, a versão completa não abreviada do lema em latim é: Ecclesia reformata et semper reformanda secundum verbum Dei ("A Igreja Reformada e sempre sendo reformada de acordo com a Palavra de Deus.").
A Palavra de Deus é a única norma verdadeira e temos um mandato divino de nos conformar (não ao mundo ou nossa geração), mas a Palavra e tão somente a ela. Santificação é a direção diária da vida regenerada: “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” - João 17:17. E este é o padrão supremo pelo qual seremos julgados.
Sucesso ou fracasso no ministério, portanto, não pode ser avaliado por estatísticas numéricas, números financeiros, pesquisas de popularidade, pesquisa de opinião pública, ou qualquer um dos outros fatores do mundo tipicamente associados com o "sucesso." O único triunfo real no ministério e alvo é ouvir Cristo dizer: "Bem feito." – “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” - Mateus 25:21
A idéia de Doutrinas da Graça, ou da Reforma... em que a santificação não é o alvo diário, já que santidade de Deus e santificação nunca serão temas “relevantes” para o mundo e uma sociedade que “jaz no maligno”, é uma falsificação tanto das Doutrinas da Graça, quanto de tudo que possamos relacionar a Reforma.
Fonte: Site do autor
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