Andei lendo por aí, que a esquerda tem muito a dizer sobre injustiça social. Realmente, ela tem mesmo: justificar o porquê de, em nome da justiça social, cometer-se cada vez mais injustiça, ao invés de minimizá-la. Na verdade, eles precisam abandonar o "dizer", o discurso ideológico, e ver se fazem algo na prática, de fato. Um dos graves problemas da ideologia é colocar o homem no "mundo da lua", fora da realidade, como se o teletransportasse até um mundo mágico e irreal, aos moldes de Alice no País das Maravilhas. E, com isso, ele nunca entenderá o mundo real, e sonhará com um mundo utópico e impossível, onde acreditará fielmente (uma fé cega, diga-se de passagem) em contribuir com a injustiça aumentando-a sensivelmente.
Quanto ao argumento de que a direita não se preocupa com a "injustiça social" e deveria fazê-lo politicamente, saliento que o objetivo do Estado não é paparicar grupo(s) ou indivíduo(s), mas sustentar a ordem institucional e legal de maneira que todos possam alcançar, pelo esforço e mérito próprios, seus objetivos, ao invés de distribuir privilégios aqui e acolá (normalmente aos alinhados ideologicamente com o governo). Acredito que a liberdade de mercado e o empreendedorismo são as melhores formas de se gerar "justiça social", seja lá o que isso represente, pois onde há uma economia forte e produtiva os níveis de pobreza e miséria são baixos, e onde cada vez mais há a mão forte do Estado, normalmente limitando a iniciativa privada e cobrando altos impostos, a proporção de pobreza e miséria aumenta em relação ao maior nível de intervencionismo. Um Estado menos interventor (e se levarmos em consideração que o governo administra mal e porcamente os recursos, a maioria dele servindo aos interesses do próprio governo) produz uma sociedade mais "justa", não no sentido de uma justiça igualitária, onde todos serão contemplados com os mesmos benefícios (algo utópico e irreal servindo apenas à manutenção hegemônica da ideologia, no caso, a marxista), mas onde as possibilidades do cidadão sair da indigência econômica são realmente factíveis. A história prova-o; e a mais recente... nem é preciso falar.
Um detalhe: biblicamente, a responsabilidade de cuidar do próximo, dada pelo Senhor, foi à igreja e não as forças seculares, de maneira que há um desvirtuamento de propósitos quando a igreja transfere a sua prerrogativa bíblica para um Estado não-bíblico. É uma delegação invalidada pois está posto na incapacidade e desautorização da igreja em fazê-lo. Qualquer tentativa nesse sentido é desrespeitosa, negligente e insubordinada. Não compete à igreja subdelegar o que lhe foi expressamente incumbido pelo Senhor. Se uma igreja age assim, está em flagrante pecado.
Ah!, apenas para não haver confusão, assim como na parábola do Bom Samaritano, há um dever individual de cada cristão no auxílio ao próximo, realizando-se concomitantemente com a sua participação na obra eclesial. Uma coisa não exclui a outra, e ambas fazem parte do mandato cristão.
***Quanto ao argumento de que a direita não se preocupa com a "injustiça social" e deveria fazê-lo politicamente, saliento que o objetivo do Estado não é paparicar grupo(s) ou indivíduo(s), mas sustentar a ordem institucional e legal de maneira que todos possam alcançar, pelo esforço e mérito próprios, seus objetivos, ao invés de distribuir privilégios aqui e acolá (normalmente aos alinhados ideologicamente com o governo). Acredito que a liberdade de mercado e o empreendedorismo são as melhores formas de se gerar "justiça social", seja lá o que isso represente, pois onde há uma economia forte e produtiva os níveis de pobreza e miséria são baixos, e onde cada vez mais há a mão forte do Estado, normalmente limitando a iniciativa privada e cobrando altos impostos, a proporção de pobreza e miséria aumenta em relação ao maior nível de intervencionismo. Um Estado menos interventor (e se levarmos em consideração que o governo administra mal e porcamente os recursos, a maioria dele servindo aos interesses do próprio governo) produz uma sociedade mais "justa", não no sentido de uma justiça igualitária, onde todos serão contemplados com os mesmos benefícios (algo utópico e irreal servindo apenas à manutenção hegemônica da ideologia, no caso, a marxista), mas onde as possibilidades do cidadão sair da indigência econômica são realmente factíveis. A história prova-o; e a mais recente... nem é preciso falar.
Um detalhe: biblicamente, a responsabilidade de cuidar do próximo, dada pelo Senhor, foi à igreja e não as forças seculares, de maneira que há um desvirtuamento de propósitos quando a igreja transfere a sua prerrogativa bíblica para um Estado não-bíblico. É uma delegação invalidada pois está posto na incapacidade e desautorização da igreja em fazê-lo. Qualquer tentativa nesse sentido é desrespeitosa, negligente e insubordinada. Não compete à igreja subdelegar o que lhe foi expressamente incumbido pelo Senhor. Se uma igreja age assim, está em flagrante pecado.
Ah!, apenas para não haver confusão, assim como na parábola do Bom Samaritano, há um dever individual de cada cristão no auxílio ao próximo, realizando-se concomitantemente com a sua participação na obra eclesial. Uma coisa não exclui a outra, e ambas fazem parte do mandato cristão.
Autor: Jorge Fernandes Isah
Fonte: Kálamos
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