Por: Martyn Lloyd Jones
Há fases na vida cristã, como acontece na vida em geral. O Novo Testamento fala do estado de bebês em Cristo, fala acerca do crescimento. João escreve sua primeira carta para crianças, jovens e homens de idade. É um fato; é bíblico. A vida cristã não é sempre a mesma; há começo, continuação e fim. E, por causa dessas fases, há muitas variações.
Os sentimentos são, quiçá, os mais variáveis. Você esperaria ter os sentimentos predominando no início, e é o que comumente sucede. Sucede com muita freqüência que cristãos ficam aflitos porque se lhes foram certos sentimentos. Não percebem que essa diferença se deve à sua maturidade. Porque já não são o que eram, acham que estão lavrando em erro total. Mas, à medida em que crescemos e nos desenvolvemos espiritualmente, têm que ocorrer mudanças, e é claro que essas coisas todas fazem diferença em nossa experiência. . .
Outro dia tive ocasião de ver uma criancinha de cerca de quatro anos, segundo me pareceu, saindo de casa junto com sua mãe, e não pude deixar de sentir-me atraído pelo modo como ela saiu de casa. Não andava; pulava, saltava, dava cabriolas como um cordeiro; mas notei que a mãe simplesmente caminhava. . . há alguma coisa parecida com isso na vida espiritual. Na criança há exuberância de energia, e ela não aprendeu ainda a controlá-la. A mãe, na verdade, tinha muito mais energia do que a filha pequena, embora. . . parecesse ter muito menos porque andava tranqüilamente. Entretanto, sabemos que não é assim. A energia é, realmente, muito maior no adulto, embora pareça maior na criança; e é porque não compreendem esta experiência quanto a diminuir a pressa, que muitos acham que perderam alguma coisa de vital importância e ficam aflitos e deprimidos.
Reconheçamos que há fases. . . que há estágios de desenvolvimento da vida cristã.
Via: [ Blog Martyn L. Jones ]
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