A expiação é definida em termos de sacrifício, reconciliação, redenção, satisfação à justiça divina, pagamento de débito, e portanto, é definida por aqueles a quem Deus predestinou à vida, a saber, os eleitos. Eles são salvos porque Cristo, por sua obra redentora assegurou sua salvação. Aqueles definitivamente perdidos não estão dentro da proteção desta salvação assegurada, e portanto, eles não estão dentro daquilo que a asseguraria, a redenção conquistada por Cristo. É justamente aqui que a diferença entre o Arminianismo e o Calvinismo pode ser mais claramente afirmada. Cristo morreu e ofereceu-se a Si mesmo como sacrifício a Deus para tornar a salvação de todos os homens possível, ou Ele ofereceu-Se como sacrifício para assegurar infalivelmente a salvação de Seu povo? Os arminianos professam a primeira e negam a segunda opção; os artigos em nossa Confissão, como cremos, juntamente com a Sagrada Escritura ensinam o último.
O termo expiação “limitada” gera muitos ataques contrários. Realmente não é a terminologia mais feliz. É passível de entendimento e interpretações errôneas. Por esta razão, alguns preferem o termo expiação “definida” ou “particular”. Porém, o motivo de sermos particularmente insistentes em defender este termo é o que ele historicamente conota e, assim, o desuso do termo “limitada” poderia criar a impressão de que renunciamos à doutrina da qual o termo é um símbolo. Em outras palavras, se o desuso pode animar os inimigos de nossa Fé Reformada, então devemos resolutamente negar a idéia de deixar de usá-lo. A expiação é limitada, porque em seus precisos significado, intenção e efeito, ela é para aqueles e por aqueles somente que estão destinados à salvação no propósito determinado de Deus. Nós podemos louvar a Deus porque estes não são um grupo magro, mas uma multidão que ninguém pode contar, de toda raça, tribo, língua e nação.
Não devemos pensar que o arminiano, por sua doutrina, escapa da expiação limitada. A verdade é que ele professa uma profana doutrina de expiação limitada. Ele professa uma expiação que é tragicamente limitada em sua eficácia e poder, uma expiação que não assegura a salvação de ninguém. O arminiano claramente elimina da expiação aquilo que a faz supremamemente preciosa ao coração cristão. Nas palavras de B.B. Warfield, “a substância da expiação é evaporada para que se refira a elade forma universal”. O que queremos dizer é que, caso abriguemos a posição de restauração universal para toda a humanidade – uma posição contra a qual o testemunho da Escritura é decisivo – uma interpretação da expiação em termos universais deve, com razão, anular seu caráter redentor e substitutivo. Temos de escolher entre uma extensão limitada ou eficácia limitada, ou fazer uma escolha entre expiação limitada ou expiação sem eficácia. A expiação, necessariamente, ou salva os eleitos de forma infalível, ou na verdade não salva ninguém.
Algumas vezes, objeta-se que a doutrina da expiação limitada torna impossível a pregação da salvação completa e livre. Isto é totalmente falso. A salvação consumada pela morte de Cristo é infinitamente suficiente e universalmente digna, e pode-se dizer que sua suficiência infinita e perfeita dignidade nos dá base para uma oferta autêntica de salvação a todos, sem distinção. A doutrina da expiação limitada, tanto quanto a doutrina da eleição soberana, não cria uma barreira para a oferta do Evangelho. A apresentação do Evangelho, oferecendo paz e salvação por meio de Jesus Cristo, é para todos sem distinção, portanto é verdadeiramente do coração da eleição soberana e expiação limitada que esta mensagem de Graça apresentada universalmente nasce. Se pudermos mudar a ilustração, é do alto do monte da soberania divina e da expiação limitada que a oferta livre e completa do Evangelho desce aos nossos pés. A oferta da salvação a todos é autêntica. Tudo que se proclama é absolutamente verdadeiro. Todo pecador, ao crer, inevitavelmente será salvo, porque a fidelidade e o propósito de Deus não podem ser violados.
A crítica de que a doutrina da expiação limitada proibe a oferta livre do Evangelho repousa num profundo engano sobre o que a garantia da pregação do Evangelho, e mesmo o ato primário da fé realmente são. Esta garantia não é a de que Cristo morreu por todos os homens, e sim o convite, a proclamação e a promessa universais do Evangelho unidas aos perfeitos méritos e suficiência de Cristo como Salvador e Redentor. O que o embaixador do Evangelho pede, em nome de Cristo, é que o perdido e incapaz pecador, com base apenas nesta garantia de fé, se entregue a este Salvador, com a segurança de que, confiando nele será salvo. Aquilo em que ele acredita, em primeira instância, não é que ele foi salvo, mas que por crer em Cristo, a salvação torna-se sua. A convicção de que Cristo morreu por ele, ou em outras palavras, de que ele é objeto do amor redentivo de Deus em Cristo, não é o ato primário da fé. No entendimento do crente, é freqüente esta convicção estar tão firmemente ligada ao ato primário de fé que ele é incapaz de estar consciente de uma distinção lógica e psicológica. Porém, apesar disto, o ato primário de fé é uma auto-entrega ao todo-suficiente e digno Salvador, e a única garantia para esta confiança é a indiscriminada, completa e livre oferta de graça e salvação em Cristo Jesus.
O termo expiação “limitada” gera muitos ataques contrários. Realmente não é a terminologia mais feliz. É passível de entendimento e interpretações errôneas. Por esta razão, alguns preferem o termo expiação “definida” ou “particular”. Porém, o motivo de sermos particularmente insistentes em defender este termo é o que ele historicamente conota e, assim, o desuso do termo “limitada” poderia criar a impressão de que renunciamos à doutrina da qual o termo é um símbolo. Em outras palavras, se o desuso pode animar os inimigos de nossa Fé Reformada, então devemos resolutamente negar a idéia de deixar de usá-lo. A expiação é limitada, porque em seus precisos significado, intenção e efeito, ela é para aqueles e por aqueles somente que estão destinados à salvação no propósito determinado de Deus. Nós podemos louvar a Deus porque estes não são um grupo magro, mas uma multidão que ninguém pode contar, de toda raça, tribo, língua e nação.
Não devemos pensar que o arminiano, por sua doutrina, escapa da expiação limitada. A verdade é que ele professa uma profana doutrina de expiação limitada. Ele professa uma expiação que é tragicamente limitada em sua eficácia e poder, uma expiação que não assegura a salvação de ninguém. O arminiano claramente elimina da expiação aquilo que a faz supremamemente preciosa ao coração cristão. Nas palavras de B.B. Warfield, “a substância da expiação é evaporada para que se refira a elade forma universal”. O que queremos dizer é que, caso abriguemos a posição de restauração universal para toda a humanidade – uma posição contra a qual o testemunho da Escritura é decisivo – uma interpretação da expiação em termos universais deve, com razão, anular seu caráter redentor e substitutivo. Temos de escolher entre uma extensão limitada ou eficácia limitada, ou fazer uma escolha entre expiação limitada ou expiação sem eficácia. A expiação, necessariamente, ou salva os eleitos de forma infalível, ou na verdade não salva ninguém.
Algumas vezes, objeta-se que a doutrina da expiação limitada torna impossível a pregação da salvação completa e livre. Isto é totalmente falso. A salvação consumada pela morte de Cristo é infinitamente suficiente e universalmente digna, e pode-se dizer que sua suficiência infinita e perfeita dignidade nos dá base para uma oferta autêntica de salvação a todos, sem distinção. A doutrina da expiação limitada, tanto quanto a doutrina da eleição soberana, não cria uma barreira para a oferta do Evangelho. A apresentação do Evangelho, oferecendo paz e salvação por meio de Jesus Cristo, é para todos sem distinção, portanto é verdadeiramente do coração da eleição soberana e expiação limitada que esta mensagem de Graça apresentada universalmente nasce. Se pudermos mudar a ilustração, é do alto do monte da soberania divina e da expiação limitada que a oferta livre e completa do Evangelho desce aos nossos pés. A oferta da salvação a todos é autêntica. Tudo que se proclama é absolutamente verdadeiro. Todo pecador, ao crer, inevitavelmente será salvo, porque a fidelidade e o propósito de Deus não podem ser violados.
A crítica de que a doutrina da expiação limitada proibe a oferta livre do Evangelho repousa num profundo engano sobre o que a garantia da pregação do Evangelho, e mesmo o ato primário da fé realmente são. Esta garantia não é a de que Cristo morreu por todos os homens, e sim o convite, a proclamação e a promessa universais do Evangelho unidas aos perfeitos méritos e suficiência de Cristo como Salvador e Redentor. O que o embaixador do Evangelho pede, em nome de Cristo, é que o perdido e incapaz pecador, com base apenas nesta garantia de fé, se entregue a este Salvador, com a segurança de que, confiando nele será salvo. Aquilo em que ele acredita, em primeira instância, não é que ele foi salvo, mas que por crer em Cristo, a salvação torna-se sua. A convicção de que Cristo morreu por ele, ou em outras palavras, de que ele é objeto do amor redentivo de Deus em Cristo, não é o ato primário da fé. No entendimento do crente, é freqüente esta convicção estar tão firmemente ligada ao ato primário de fé que ele é incapaz de estar consciente de uma distinção lógica e psicológica. Porém, apesar disto, o ato primário de fé é uma auto-entrega ao todo-suficiente e digno Salvador, e a única garantia para esta confiança é a indiscriminada, completa e livre oferta de graça e salvação em Cristo Jesus.
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1 comentários:
Distintos irmãos, graça e paz!
ResponderReconhecemos, sem falsa modéstia, estarmos muito distantes da grande maioria dos que publica artigos nessa "Tribuna Evangélica" interdenominacional, que, acima de tudo, respeita as opiniões daqueles que têm tido o privilégio de, na mesma, também deixar seus pontos de vista, em relação aos temas abordados.
Nobre Ruy Marinho, parabéns pela postura, que o Eterno Continue o iluminando.
Muito embora não sejamos autoridade no tocante à Teologia, no entanto, do pouco que já lemos, tanto de calvinismo quanto de arminianismo, chegamos à seguinte conclusão: jamais haverá consenso entre os dois grupos sobre vários temas polêmicos.
Do nosso ponto de vista, os debates são, desde que respeitosos, importantes no que se refere a conhecimentos.
Acontece, porém, infelizmente, sabemos de digladiaçoes desrespeitosas entre leigos e acadêmicos.
Assim sendo, quem chega a ser edificado quando ocorrem essas disputas infantis?
Que O Grande General continue sempre nos lembrando da admoestação que se encontra em Tiago 3.13-18.
Em Cristo,
Tadeu de Araújo
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