Por Weldon E. Viertel
Fullerton¹ observa que Calvino pode ser chamado o primeiro intérprete científico da história da igreja cristã. Calvino cria que a Escritura cumpre três funções:
(1) Torna claro nosso critério de Deus; (2) revela elementos na relação com Deus que não pode ser conhecido por meio da natureza; e (3) fala de Deus como redentor.
A Escritura é autoridade absoluta para nosso conhecimento de Deus. Ele cria que a inspiração é uma doutrina explicativa de uma experiência que já temos. É incerto se ele sustentava um critério de inspiração mecânica ou não. Rechaçou o método alegórico e enfatizou a interpretação literal das Escrituras.
Calvino insistiu que era necessária a iluminação do Espírito para a interpretação da Palavra de Deus. A verdadeira exegese é confirmada pelo testemunho interno do Espírito. Ele acreditava que a voz do Espírito vivo de Deus fala ao intérprete nas Escrituras.
Calvino insistiu que o primeiro interesse do intérprete é deixar que o autor dissesse o que tem que dizer em lugar de atribuir-lhe o que pensamos que deveria dizer. A tarefa do intérprete é mostrar a mente do escritor. Considerava um sacrilégio o uso das Escrituras para o prazer pessoal. Ele se recusou a ler seus conceitos teológicos em sua interpretação das Escrituras.
Calvino recomendava que o exegeta atuasse com cautela no que se refere à interpretação da profecia messiânica. Encorajou os intérpretes a investigar a localização histórica de todas as Escrituras proféticas e messiânicas. Quis evitar o descobrimento de Cristo no Antigo Testamento através da interpretação alegórica em passagens onde Cristo não podia ser encontrado; entretanto, cria que Deus não se manifestou se não por meio de seu Filho, mesmo no Antigo Testamento.
Os princípios de interpretação de Calvino incluíam o significado literal (Método histórico-gramatical); o princípio Cristocêntrico, por meio do qual tanto o Antigo Testamento como o Novo Testamento apontava para Cristo; o rechaço do método alegórico; e o testemunho interior do Espírito. Produziu um comentário sobre toda a bíblia que ainda hoje é extremamente valioso.
Nota:
¹ Kemper Fullerton, Prophecy and Authority (New York: The Macmillan Co., 1919), p. 133
¹ Kemper Fullerton, Prophecy and Authority (New York: The Macmillan Co., 1919), p. 133
Fonte: A Interpretação da Bíblia - Estudos Teológicos Programados
.
Postar um comentário
Política de moderação de comentários:
1 - Poste somente o necessário. Se quiser colocar estudos, artigos ou textos grandes, mande para nós por e-mail: bereianos@hotmail.com
2 - A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Comentários com conteúdo ofensivo não serão publicados, pois debatemos idéias, não pessoas. Discordar não é problema, visto que na maioria das vezes redunda em edificação e aprendizado. Contudo, discorde com educação e respeito.
3 - Comentários de "anônimos" não serão necessariamente postados. Procure sempre colocar seu nome no final de seus comentários (caso não tenha uma conta Google com o seu nome) para que seja garantido o seu direito democrático neste blog. Lembre-se: você é responsável direto pelo que escreve.
4 - A aprovação de seu comentário seguirá os nossos critérios. O Blog Bereianos tem por objetivo à edificação e instrução. Comentários que não seguirem as regras acima e estiver fora do contexto do blog, não serão publicados.
Para mais informações, clique aqui!
Blog Bereianos!