Por Allen Porto
Edith Schaeffer, a esposa do Rev. Francis Schaeffer (1912-1984) e com ele fundadora do L’abri, agora está com o Senhor. Faleceu hoje (30 de Março de 2013) em sua casa, na Suíça, cuidada em seus últimos dias por sua filha Debby e seu genro, Udo Middleman.
Edith é uma forte expressão do ensino bíblico sobre a mulher auxiliadora. Muito poderia ser dito aqui, sobre como ela abriu mão de luxos e caminhou para a simplicidade em seu casamento com Francis (a história da lua de mel, contada no livro “A celebração do matrimônio”, é especialmente marcante). Apoiou e contribuiu imensamente para o ministério do esposo, desenvolvendo o trabalho com crianças e iniciando L’Abri com ele. Suportou o seu marido em oração: quando ele, em crise, questionava e revisava sua fé, ela orava incessantemente pelo marido. Enriqueceu a experiência comunitária – seu senso estético e sensibilidade com as pessoas a transformaram em um canal importante para a comunicação do conteúdo transmitido em L’Abri. Ajudou o seu marido, viajando sempre com ele, e, na ocasião em que ele precisou passar muito tempo longe da esposa numa Europa destruída pela Segunda Guerra, o acolheu e cuidou dele durante as semanas seguintes, em que ele precisou ficar de cama, sendo alimentado por uma sopa feita com todo amor. Quando dos últimos dias do Rev. Francis, ela o acompanhou fielmente, levando-o para morrer em casa, como ele desejava, tendo a paisagem e a música de Haendel a embalar sua caminhada.
Edith comunica sensibilidade e força, coragem e simpatia, inteligência e doçura. Gostava de dançar, e teve seus impulsos reprimidos quando se aproximaram de um presbiterianismo fundamentalista. Mas logo redescobriram o amor pelas artes e a liberdade cristã. Escreveu livros importantes como a história de L’Abri (L’Abri e The tapestry), outros sobre o cristianismo, o sofrimento, a família, e a arte de decorar e embelezar as coisas (The hidden art). Adorava formar pares, e conseguiu “fazer muitos casamentos” entre os visitantes e obreiros de L’Abri.
Agora ela está com o Pai. Sempre trabalhou para ter um lar acolhedor e aconchegante a todos os que visitavam os chalés na Suíça, mas agora é recebida no maior acolhimento e aconchego da presença de nosso Senhor. Seus livros e o ministério de L’Abri continuarão testemunhando do casal que se recusou a dissociar evangelho de beleza, verdade de amor, e, por isso, causou tanto impacto.
Para ler outras matérias sobre a morte de Edith, confira os links abaixo:
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