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“Ser humano é ser um adorador”. Essas são as palavras que abrem o excelente novo livro de Daniel Block, For the Glory of God [Para a Glória de Deus]. Homens e mulheres são adoradores inveterados. Paulo deixa isso claro em Romanos 1. Mesmo aqueles que rejeitam o simples conhecimento de Deus que pode ser percebido na ordem criada não deixam de adorar. Eles simplesmente adoram as coisas criadas, ao invés do Criador (Romanos 1.18). Dado que todos nós adoramos e nossos corações tendem a ser enganosos, é vital que nossa adoração seja moldada pelo que Deus deixou claro em Sua Palavra, não pelas nossas opiniões pessoais, experiências passadas e intuições.
Mesmo não sendo uma lista exaustiva, os 7 pontos a seguir nos ajudam a pensar de forma mais bíblica a respeito de adoração:
1. Adoração deve ser regulada de acordo com a Escritura
É importante para Deus como Seu povo O adora. A forma importa. Pergunte a Nadabe e Abiú. Nunca somos convidados a adorar Deus de formas que parecem próprias a nós mesmos. A Escritura nunca nos chama a fazer o que “parece certo” na presença de Deus. Pelo contrário, a Palavra de Deus deixa bem claro quais são os elementos nos quais consiste a nossa adoração. A pregação da Palavra, música e canto, leitura da Escritura, oração, dízimos e ofertas, confissão de pecado e os sacramentos (batismo e a Ceia do Senhor).
Em dias em que muitos cristãos agem como empreendedores espirituais, é importante se lembrar que não somos nós quem decidimos como chegar a Deus (ou nos “conectar”, “experimentar”, “encontrar” ou qualquer outra palavra que esteja na moda). Citando Block mais uma vez, “[O] objetivo da adoração autêntica é a glória de Deus, não o prazer dos seres humanos, o que significa que a forma de adoração deveria se conformar à vontade de Deus, ao invés dos desejos da humanidade caída”.
2. Adoração é a resposta à auto revelação de Deus
Nós adoramos Deus em resposta a o que Ele revelou sobre si mesmo. O cristianismo é uma religião revelada. Isso é, não podemos intuir o evangelho ou os atributos de Deus que não são claramente visíveis na ordem criada. Dessa forma, dependemos das Escrituras para verdadeiramente conhecer e adorar Deus. É por isso que Deus fez da proclamação da Palavra o centro da adoração.
3. Adoração pode ser acompanhada por afeições, mas não guiada por ela
Eu me pergunto o que se quer dizer com perguntar como “o louvor foi bom?”. Não quero ser implicante, mas podemos perceber o que cremos sobre algo pela forma com que falamos sobre isso. Me parece que a forma como avaliamos a adoração muitas vezes tem menos a ver com sua aderência à vontade revelada de Deus e mais com a profundidade das afeições (emoções) que sentimos. Certamente nossa adoração deve abordar as afeições, mas devemos sempre nos lembrar que as emoções são coisas enganosas suscetíveis a manipulação e controle externo.
4. Adoração não deve ser governada por objetivos pragmáticos
Se há uma religião não oficial entre os evangélicos de hoje, é o pragmatismo. É a ideia de que se algo funciona, então é uma coisa boa. Se sua igreja cresce, se atrai famílias jovens, se é atrativo aos jovens, se produz as emoções certas, então é bom. Mas a adoração da igreja nunca deve ser governada por preocupações tais como crescimento, preferências dos não crentes, apelo a um certo grupo demográfico ou uma experiência subjetiva.
5. Adoração é para Deus
Por mais que geralmente tomemos o cuidado para não colocar dessa forma, parece haver uma tendência de tratarmos a adoração como se fosse algo para nós. Não me entenda mal. Há grandes bênçãos na adoração a Deus. Mas mais do que isso, Deus não requer nossa adoração como se fosse algo que ele precisa de nós (Atos 17.22-25). Pelo contrário, Deus nos chama a adorá-lo por causa de seu valor essencial. Deus exigiu a libertação de seu povo do Egito para que eles pudessem adorá-lo (Êxodo 5.1). Os Salmos repetidamente chamam o povo de Deus a adorar o Senhor por quem Ele é e pelo que Ele fez. Nós adoramos Deus porque sempre é propício que a criatura adore o criador.
6. Adoração não deve ser um meio de facilitar encontros místicos com Deus
Baseado em alguns dos comentários ao meu texto anterior, fica claro que muitos cristãos creem que música e adoração tem um papel de mediação em nossa relação com Deus. Mas a adoração não nos leva (ou facilita) a um encontro com Deus. Certamente nós adoramos por vivermos coram deo (perante a face de Deus). Jesus, em sua morte e ressurreição, nos trouxe para perto de Deus. Apesar de tudo que é falado sobre essa questão, ainda não vi nada na Escritura que nos diga que a música nos leva a Deus. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, nos levou a Deus, e não precisa de nenhuma ajuda de outras coisas para tal.
7. Adoração e obediência são inseparáveis
A Bíblia não separa pessoas de suas obras. Nem separa adoração de obediência. A primeira evidência do que está no coração não são as palavras ou as emoções, mas as obras. Na parábola da Vinha (Jesus 13.6-9), Jesus ensina que os ramos que não produzem fruto são jogados no fogo. Esse princípio é estabelecido por Deus na forma de bênçãos e maldições pactuais (Levítico 26; Deuteronômio 28). A lei moral de Deus (os 10 Mandamentos) podem ser entendidos como um chamado para viver toda a vida para a glória de Deus.
***“Ser humano é ser um adorador”. Essas são as palavras que abrem o excelente novo livro de Daniel Block, For the Glory of God [Para a Glória de Deus]. Homens e mulheres são adoradores inveterados. Paulo deixa isso claro em Romanos 1. Mesmo aqueles que rejeitam o simples conhecimento de Deus que pode ser percebido na ordem criada não deixam de adorar. Eles simplesmente adoram as coisas criadas, ao invés do Criador (Romanos 1.18). Dado que todos nós adoramos e nossos corações tendem a ser enganosos, é vital que nossa adoração seja moldada pelo que Deus deixou claro em Sua Palavra, não pelas nossas opiniões pessoais, experiências passadas e intuições.
Mesmo não sendo uma lista exaustiva, os 7 pontos a seguir nos ajudam a pensar de forma mais bíblica a respeito de adoração:
1. Adoração deve ser regulada de acordo com a Escritura
É importante para Deus como Seu povo O adora. A forma importa. Pergunte a Nadabe e Abiú. Nunca somos convidados a adorar Deus de formas que parecem próprias a nós mesmos. A Escritura nunca nos chama a fazer o que “parece certo” na presença de Deus. Pelo contrário, a Palavra de Deus deixa bem claro quais são os elementos nos quais consiste a nossa adoração. A pregação da Palavra, música e canto, leitura da Escritura, oração, dízimos e ofertas, confissão de pecado e os sacramentos (batismo e a Ceia do Senhor).
Em dias em que muitos cristãos agem como empreendedores espirituais, é importante se lembrar que não somos nós quem decidimos como chegar a Deus (ou nos “conectar”, “experimentar”, “encontrar” ou qualquer outra palavra que esteja na moda). Citando Block mais uma vez, “[O] objetivo da adoração autêntica é a glória de Deus, não o prazer dos seres humanos, o que significa que a forma de adoração deveria se conformar à vontade de Deus, ao invés dos desejos da humanidade caída”.
2. Adoração é a resposta à auto revelação de Deus
Nós adoramos Deus em resposta a o que Ele revelou sobre si mesmo. O cristianismo é uma religião revelada. Isso é, não podemos intuir o evangelho ou os atributos de Deus que não são claramente visíveis na ordem criada. Dessa forma, dependemos das Escrituras para verdadeiramente conhecer e adorar Deus. É por isso que Deus fez da proclamação da Palavra o centro da adoração.
3. Adoração pode ser acompanhada por afeições, mas não guiada por ela
Eu me pergunto o que se quer dizer com perguntar como “o louvor foi bom?”. Não quero ser implicante, mas podemos perceber o que cremos sobre algo pela forma com que falamos sobre isso. Me parece que a forma como avaliamos a adoração muitas vezes tem menos a ver com sua aderência à vontade revelada de Deus e mais com a profundidade das afeições (emoções) que sentimos. Certamente nossa adoração deve abordar as afeições, mas devemos sempre nos lembrar que as emoções são coisas enganosas suscetíveis a manipulação e controle externo.
4. Adoração não deve ser governada por objetivos pragmáticos
Se há uma religião não oficial entre os evangélicos de hoje, é o pragmatismo. É a ideia de que se algo funciona, então é uma coisa boa. Se sua igreja cresce, se atrai famílias jovens, se é atrativo aos jovens, se produz as emoções certas, então é bom. Mas a adoração da igreja nunca deve ser governada por preocupações tais como crescimento, preferências dos não crentes, apelo a um certo grupo demográfico ou uma experiência subjetiva.
5. Adoração é para Deus
Por mais que geralmente tomemos o cuidado para não colocar dessa forma, parece haver uma tendência de tratarmos a adoração como se fosse algo para nós. Não me entenda mal. Há grandes bênçãos na adoração a Deus. Mas mais do que isso, Deus não requer nossa adoração como se fosse algo que ele precisa de nós (Atos 17.22-25). Pelo contrário, Deus nos chama a adorá-lo por causa de seu valor essencial. Deus exigiu a libertação de seu povo do Egito para que eles pudessem adorá-lo (Êxodo 5.1). Os Salmos repetidamente chamam o povo de Deus a adorar o Senhor por quem Ele é e pelo que Ele fez. Nós adoramos Deus porque sempre é propício que a criatura adore o criador.
6. Adoração não deve ser um meio de facilitar encontros místicos com Deus
Baseado em alguns dos comentários ao meu texto anterior, fica claro que muitos cristãos creem que música e adoração tem um papel de mediação em nossa relação com Deus. Mas a adoração não nos leva (ou facilita) a um encontro com Deus. Certamente nós adoramos por vivermos coram deo (perante a face de Deus). Jesus, em sua morte e ressurreição, nos trouxe para perto de Deus. Apesar de tudo que é falado sobre essa questão, ainda não vi nada na Escritura que nos diga que a música nos leva a Deus. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, nos levou a Deus, e não precisa de nenhuma ajuda de outras coisas para tal.
7. Adoração e obediência são inseparáveis
A Bíblia não separa pessoas de suas obras. Nem separa adoração de obediência. A primeira evidência do que está no coração não são as palavras ou as emoções, mas as obras. Na parábola da Vinha (Jesus 13.6-9), Jesus ensina que os ramos que não produzem fruto são jogados no fogo. Esse princípio é estabelecido por Deus na forma de bênçãos e maldições pactuais (Levítico 26; Deuteronômio 28). A lei moral de Deus (os 10 Mandamentos) podem ser entendidos como um chamado para viver toda a vida para a glória de Deus.
Nota do editor: esse texto é a continuação do texto A adoração em sua igreja é mais pagã do que cristã?
Fonte: Christianity.com
Tradução: Filipe Schulz
Via: Reforma 21
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