Jesus era a favor do casamento gay?

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Atualmente, um dos assuntos mais discutidos, sem dúvida, é o casamento gay. Tanto na esfera política quanto na religiosa o tema é bastante debatido e estudiosos, conservadores e progressistas, discutem de forma acalorada sobre esta questão. Já demostrei no texto "A ordem natural fundamenta a incoerência do casamento gay" algumas consequências negativas que a aprovação do casamento gay na esfera civil poderia trazer para a sociedade. Meu objetivo agora focaliza-se na questão teológica propriamente dita. Isto devido ao fato de existir pessoas que se auto-denominam cristãs, que buscam legitimar biblicamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Este texto será uma breve resposta a esses que se dizem cristãos, não com o objetivo de humilhá-los, mas de demostrar suas incoerências.

Alguns defensores do casamento gay, que se auto-denominam "cristãos", argumentam: "Não existe nenhum verso bíblico que demostre Cristo sendo contrário ao casamento gay. Somente Moisés, os profetas e os Apóstolos eram contrários a isto".

Resposta: À Princípio é bom que se saiba que esta tentativa de dissociar os ensinos de Moisés, Cristo, os profetas e os apóstolos, não significa outra coisa senão descredibilizar a crença histórica do Cristianismo ortodoxo de que a Escritura é a inerrante palavra de Deus. Entretanto, estes pseudo-cristãos, tentando achar contradição entre os ensinos de Cristo e dos demais personagens bíblicos, acabam eles mesmos caindo em sua própria armadilha, pois, se a Bíblia é contraditória, e não é inerrante, o que garante a eles (defensores do casamento gay) que Cristo seja contrário ao casamento gay ou não? Ora, se o livro em que eles buscam fundamentar a ideia de que "Cristo não era contra o casamento gay" é recheado de erros, como estes defensores do casamento gay podem garantir que Cristo era a favor do casamento gay"? Como eles podem ter certeza disto? Como eles podem fundamentar uma convicção baseando-se em algo que, para eles próprios, não é inerrante mas que contém erros e incoerências? O que garante que a visão deles não esteja errada também?

O segundo ponto é que, mesmo Cristo não falando diretamente sobre casamento gay, ele foi claro em definir o que era, em sua concepção, o casamento legítimo quando disse:

"Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem." (Marcos 10:6-9)

Primeiramente fica claro que, para Cristo, o casamento está fundamentado na ordem natural da criação que é universal. E a ordem natural da criação estabelece a realidade da existência de apenas dois sexos; o que passar disto é anti-natural. De forma que Cristo, quando falou isto, se baseava  na ordem da criação estabelecida por Deus, por meio d'Ele mesmo (Cl 1:16), e os apóstolos também fundamentavam sua posição tanto neste princípio natural estabelecido pelo criador, quanto pela confirmação do próprio Cristo à este princípio natural.

Uma outra questão é que este princípio, ou ordem natural, faz com que a prática homossexual continue sendo um pecado aos olhos de Deus. Por quê? Porque esta ordem natural (dois sexos/macho e fêmea) estabelecida por Deus, É UNIVERSAL, e não apenas local e restrita aos tempos bíblicos. A prática homossexual é uma quebra daquilo que fora estabelecido naturalmente por Deus: "Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea" (Mc 10:6). Claro, não estamos querendo classificar a homossexualidade como o maior dos pecados; apenas colocamos esta prática como UM dos pecados resultantes da queda. A queda de Adão afetou o homem em todos os aspectos possíveis. Afetou seu intelecto, vontade, comunhão espiritual com Deus, sua condição física etc (Rm 3).

Muitos defensores da homossexualidade argumentam que o fato de terem tendências homossexuais, isto por si deveria servir como fundamento para a legitimação da prática homossexual. Ora, se for assim, então por que também não legitimarmos as tendências de certos indivíduos referente ao adultério? Sabemos que existem muitas pessoas com tendências à infidelidade, à prostituição, e tantas outras práticas. O que define a legitimidade de uma prática não é a tendência particular de certas pessoas, mas sim se tal tendência é natural e assim legitimada por Deus. Se a tendência fosse fundamento para legitimar uma prática, a sociedade se auto-destruiria, visto que muitas tendências contrariam a ordem natural das coisas que por Deus foram estabelecidas. Desta forma, a tentativa de certas pessoas em buscar sustentar suas tendências homossexuais baseando-se na Escritura, não se sustenta.

Assim sendo, podemos concluir que Deus estabeleceu uma ordem natural, leis e princípios pelos quais a humanidade deve basear-se. E que Cristo em momento algum anulou o que Deus estabeleceu, muito pelo contrário, Ele confirmou e defendeu. E que não há contradição nenhuma entre o que Cristo, Moisés, os profetas e Apóstolos ensinaram. De forma que a palavra de Deus permanece viva e infalível para todo o sempre.

Sola Scriptura!

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Autor: Álvaro Rodrigues
Fonte: A Suficiência das Escrituras
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